A
PROVISÃO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
TEXTO BÍBLICO
"E
Disse Abraão: DEUS Proverá Para Si O Cordeiro Para O Holocausto, Meu Filho.
Assim, Caminharam Ambos Juntos."(Gn
22.8)
VERDADE PRÁTICA
A Declaração De
Abraão Se Cumpriu Plenamente Quando CRISTO Morreu Na Cruz Para Perdão Dos
Nossos Pecados.
LEITURAS
BÍBLICAS:
Gn 22.3 A
obediência de Abraão e a provisão no monte do sacrifício
Gn 22.6 Um altar é erguido no monte do sacrifício
Hb 11.18 A fé do patriarca e a provisão no monte do sacrifício
Gn 22.9 A obediência do filho e a provisão no monte do sacrifício
Gn 22.13,14 O cordeiro substituto no monte do sacrifício
Gn 22.17 A bênção de DEUS no monte do sacrifício
REFERÊNCIAS BÍBLICA
- Gênesis 22.1-3
1 - E aconteceu,
depois destas coisas, que tentou DEUS a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele
disse: Eis-me aqui. 2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho,
Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto
sobre uma das montanhas, que eu te direi. 3 - Então, se levantou Abraão pela
manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus
moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e
foi ao lugar que DEUS lhe dissera.
22:1-19. A
oferta sacrificial de Isaque.
O
pai e o filho são-nos revelados com especial clareza nesse momento supremo. De
Abraão, a perturbadora exigência só evoca amor e fé, certo como ele está de que
a “loucura de Deus” é sabedoria ainda não descoberta.5 Assim, fica ele
capacitado, pela entrega do seu filho, a refletir o ainda maior amor de Deus, enquanto
a sua fé lhe propicia um primeiro vislumbre de ressurreição. Ver comente. do v.
5. A prova, em vez de quebrantá-lo, leva-o ao ponto culminante da peregrinação
de sua vida toda andando com Deus. Isaque também chega logo ao cume em sua
jornada — não pelo que faz e sim pelo que sofre. Neste acontecimento está o seu
papel, por mais que ele mesmo não se torne personagem distinguido. Outros farão
proezas; ele aí fica na condição de vítima calada, num único episódio, para
demonstrar o plano de Deus quanto à “semente” escolhida: ser um servo
sacrificado.
1. Tentou (AV) é mais bem expresso
por provou ou testou (cf. RV, RSV, AA). A confiança de
Abraão teria de ser posta na balança contra o senso comum, o afeto humano e a
ambição de toda a sua vida; de fato, contra tudo que é terrenal.
2. Cada uma das frases iniciais acrescenta um
grau à tensão. Moriá reaparece apenas em 2 Cr 3:1, onde se identifica
com o lugar em que Deus suspendeu a praga de Jerusalém e onde Salomão edificou
o templo. Nos termos do Novo Testamento, ficava nas vizinhanças do Calvário.
3. Sobre a partida de Abraão bem cedo.
A indicação da
data, ao terceiro dia, incidentalmente se harmoniza com a localização
de Moriá anotada acima, mas fala principalmente da prolongada prova e da
obediência mantida.
5. A certeza de
que Isaque, como Abraão, voltaria do sacrifício não era simples frase
vazia; era a plena
convicção de Abraão, baseada na promessa: “por
Isaque será chamada a tua descendência” (21:12).
Hb
11:17-19 revela que ele
esperava que Isaque ressuscitasse. Daí em diante o consideraria como devolvido
dos mortos. Quanto a uma extensão desta atitude, ver as reflexões de Paulo
sobre a vida mediante a morte em 2 Co, especialmente 5:14.
6. A colocação da lenha sobre
Isaque traz inevitavelmente à memória o pormenor de Jo 19:17: “e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu”.
Mas o fogo e o cutelo estão nas mãos do pai. O fato de a vítima e o
ofertante caminharem ambos juntos (o pungente refrão retorna no v.
8), prefigura a coparticipação maior expressa em Is 53:7,10.
8. O Deus proverá de Abraão haveria
de imortalizar-se no nome do lugar; ver o v. 14. Quase se poderia dizer que
constitui o moto da sua vida toda. Muitos são os que viveram por esse lema daí
por diante. Sua completa certeza de Deus, juntamente com uma completa abertura
quanto aos pormenores, faz desta um modelo de resposta a uma questão
agonizante. O método de Deus competia a Ele; tomá-los-ia de surpresa.
9,10. Von Rad assinala a diminuição no ritmo da
narrativa rumo ao momento fatal; nos vers. 10 “mesmo
os movimentos singelos” são captados. Trata-se de obra-prima na arte da
narração.
11,12. O momento exato da intervenção extrai da
experiência a última gota de significado. Do lado humano, o sacrifício último é
enfrentado e determinado; do lado divino, nem um vestígio de ferimento é
permitido, e nem um leve sinal de devoção passa despercebido (como o esclarece
a frase o filho, o teu único filho, eco do v. 2, repetido no v. 16).
É a resposta à interrogação levantada por Miquéias (6:6,7), resposta
vividamente conclusiva, embora de modo nenhum fácil.
13. Pela segunda vez (cf. 21:19)
acha-se a provisão de Deus pronta e à espera. Note-se que, ao menos neste
sacrifício, a vítima foi substituta (em lugar de seu filho). E aquilo
que aqui está explícito, o posterior ritual de Levítico 1:4 parece bem
apropriado para expressar.
14. Jehovah-jireh (AV; AA: “o Senhor proverá”), independentemente do seu uso como nome de
Deus, é a expressão empregada por Abraão no v. 8. Prover (proverá) é
um sentido secundário do verbo simples “ver” (cf. o nosso see to
it; como também o português “veja que”), como em 1 Sm 16:1, AV. Ambos os
sentidos provavelmente coexistem na pequena expressão contida no v. 14, a
saber: “No monte ... ficará evidente” (AV: “ ...se verá."; AA:
“ ...se proverá”).
15-18. Obedecer é achar nova segurança como
Abraão descobrira em 13:14; observe-se também a nova promessa em 17. O melhor
comentário do juramento de Deus encontra-se em Hb 6:16-18.
OBJETIVO GERAL
Ressaltar a
provisão de DEUS no monte do sacrifício.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Mostrar que é
necessário ter fé para subir ao monte do sacrifício;
Compreender que a
fé de Abraão o fez vencer a provação no monte do sacrifício;
Explicar que JESUS
é o Cordeiro de DEUS que subiu ao monte do sacrifício por amor a nós.
PONTO CENTRAL - Pela fé Abraão pôde ver a provisão de DEUS no monte do sacrifício.
RESUMO: A Provisão De DEUS No Monte Do Sacrifício
I - FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Abraão é provado.
2. No limite da
capacidade humana.
3. Um pedido
difícil.
II - PROVAÇÃO
NO MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Amor,
obediência e fé no monte do sacrifício.
2. O clímax da
prova.
3. O momento
decisivo da prova.
III - JESUS, O
CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
1. O sacrifício do
Cordeiro de DEUS (Jo 1.29).
2. A reconciliação
mediante o sacrifício do Cordeiro.
3. A justificação
mediante o Cordeiro de DEUS.
SÍNTESE DO TÓPICO
I - É necessário ter fé para subir o monte do sacrifício.
SÍNTESE DO TÓPICO
II - Todo crente é provado pelo Senhor no monte do sacrifício.
SÍNTESE DO TÓPICO
III - JESUS é o Cordeiro de DEUS que foi imolado por nós no monte do
sacrifício.
PARA REFLETIR - A respeito da provisão de DEUS no monte do sacrifício, responda: DEUS nos dá tentação além do que podemos suportar? Confirme a resposta com uma referência.
Não. O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel
é DEUS, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação
dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co 10.13).
O que DEUS pediu a Abraão?
DEUS pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta.
Quantos dias Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?
Acredita-se que eles caminharam durante três dias.
Qual a resposta de Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o
sacrifício?
"DEUS proverá para si o cordeiro" (Gn
22.8).
Quem é o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo?
JESUS CRISTO.
I. FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
A prova que Abraão passou, quando Deus pede a ele o seu único filho em sacrifício, é uma demonstração convincente de amor por Deus. Este episódio retrata uma das experiências mais tremendas registradas em Gênesis. Deus provou Abraão não para fazê-lo tropeçar e assistir a sua queda, mas para aprofundar sua capacidade de obedecer a Deus e verdadeiramente desenvolver seu caráter. Assim como o fogo refina o minério para extrair metais preciosos, Deus nos refina através de circunstâncias difíceis.
1. Abraão é provado. Certa feita, provavelmente à noite, o Senhor ordenou a Abraão: “Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera” (Gn 22:2,3). Em Hebreus 11:17 diz: “Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito” (Hb.11:17).
Deus prometeu um filho a Abraão, e demorou 25 anos para cumprir a promessa. Agora que o filho já é um jovem, Deus pede esse filho a Abraão em holocausto. Isto parece um paradoxo diante do Deus amoroso, justo e que jamais aceitaria um sacrifício humano. Esse tipo de prática era realizado em rituais das religiões pagãs na terra de Canaã (Dt.18:10). Mas o desafio foi feito e Abraão teria de provar sua lealdade e seu amor ao Senhor. Abraão obedece prontamente, sem questionar, por entender que Deus era poderoso para ressuscitar seu filho (Hb.11:18). Sem fé, esse ato seria loucura e paranoia. Sem fé, o gesto de Abraão seria um atentado criminoso. Sem fé, Abraão seria um carrasco sem coração, e não um gigante de Deus. A fé verdadeira sempre é provada. Ela não se enfraquece nas provas, mas torna-se ainda mais robusta e combativa. Veja que a qualidade do metal é comprovada por aquilo que pode suportar. A coragem de um soldado se evidencia na luta. Só uma casa edificada sobre a rocha enfrenta a fúria da tempestade sem desabar. A fé de Abrão foi provada. Ele atravessou, resiliente, o vale da provação.
2. No limite da capacidade humana. Deus pede a Abraão seu filho amado, o melhor que ele tem. Na verdade, Deus pede tudo; pede mais do que a vida de Abraão, pede seu amor, pede seu filho em sacrifício. A prova a que Abraão fora submetido fez com que ele chegasse ao máximo da sua capacidade espiritual e emocional. Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos provados além do que podemos suportar (cf.1Co.10:13). Segundo o Rev. Hernandes Dias Lopes, “as provas não só testam a fé, mas a revigoram. Os músculos exercitados tornam-se mais rijos. O corredor bem treinado tem melhor desempenho na corrida. As tribulações produzem paciência, e esta conduz a ricas e profundas experiências”.
O
autor da prova é o próprio Deus. Deus prova Abraão não para envergonhá-lo ou
derrotá-lo, mas para elevá-lo. Abraão crê em Deus e lhe obedece sem
questionar.
3. Um pedido difícil. Quando Isaque nasceu foi uma grande alegria para o lar de Abraão. Foi um grande e notório milagre. Isaque era tratado com grande carinho e desvelo, como se fosse a joia preciosa jamais encontrada. Mas, agora que Isaque já é um jovem, Deus pede esse filho, o filho da promessa, em holocausto. Foi a prova suprema da fé do patriarca. Foi um pedido muito difícil. Segundo Paul Hoff, o pedido lhe era muito difícil porque:
· A alma de Abraão se desfazia ante o conflito de seu amor paternal e a obediência a Deus.
· Parecia-lhe estranho porque Abraão já sabia que não agradava a Deus o conceito pagão de ganhar o favor dos deuses sacrificando seres humanos.
· O pedido era contrário à promessa de que somente por Isaque se formaria a nação escolhida.
Parecia um paradoxo, um contrassenso. Parece que Deus estava contra Deus, fé contra fé e promessa contraordem. Isto, portanto, pregava contra a lógica humana. Mas Deus nunca precisou da lógica humana para realizar os seus planos. Abraão obedece prontamente, sem questionar, por entender que Deus era poderoso para ressuscitar seu filho, como está escrito em Hebreus 11.19: “porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos...”.
Quantas vezes, em meio às dificuldades e provações, dizemos para Deus que não podemos obedecê-lo, que não podemos suportar o que Ele nos pede. Deus não quer o nosso mal, pois nos prova para que o conheçamos melhor.
II. PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO
O
propósito da prova era aumentar a fé que Abraão tinha, dar-lhe a oportunidade
de alcançar uma vitória maior e receber uma revelação mais profunda ainda de
Deus e de seu plano. É bom ressaltar que Deus não tentou a Abraão como algumas
versões da Bíblia traduzem Gn.22:1. A tentação é do diabo e tem o propósito de
conduzir o homem ao pecado (Tg.1:12-15). Ao contrário, Deus prova o homem para
dar-lhe a oportunidade de demonstrar sua obediência e crescer espiritualmente.
1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício. No Monte do Sacrifício, Abraão demonstrara amor, obediência e fé. E nós? Quando estamos sendo provados por Deus demonstramos essas qualidades? Embora Abraão não tenha entendido o motivo da ordem de Deus, obedeceu imediatamente, a despeito de o momento ser muito difícil e tribuloso para Abraão. O apóstolo Paulo diz que as tribulações produzem paciência, e esta conduz a ricas e profundas experiências. Deus provou Abraão não para envergonhá-lo ou derrotá-lo, mas para aprová-lo, elevá-lo. A fé sempre é provada, para mostrar que ela é verdadeira, resiliente, que resiste a todas as provas.
Não somente foi uma prova de fé, mas também de grande amor a Deus. Abraão amava o seu filho Isaque, mas obedecendo a Deus, deixou claro que era o Senhor que ocupava o primeiro lugar em sua vida. Foi um ato de fé e amor a Deus, mas também uma mera demonstração de obediência incondicional e ultra circunstancial. Abraão prontamente obedeceu ao pedido que o Senhor lhe fizera, mesmo não compreendendo o porquê de tal petição.
2. O clímax da prova. Em Gênesis 22:3-5 está escrito: “Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós”.
Tendo deixado os dois moços ao pé do monte, Abraão e seu filho tomaram a lenha e o cutelo e subiram ao monte do sacrifício (Gn.22:4-6). Enquanto subiam o monte, Abraão e Isaque conversavam. Entrementes, Isaque percebendo que não havia nenhum cordeiro sendo levado para o holocausto, perguntou ao seu pai: "[...]onde está o cordeiro para o holocausto?" (Gn.22:7), e Abraão, de forma incisiva e confiante, respondeu: [...] "Deus proverá para si o cordeiro [...]" (Gn.22:8).
Parece que enquanto caminhava para o monte do sacrifício Abraão meditava sobre o conflito entre a ordem de sacrificar Isaque e as promessas de perpetuar a aliança por meio dele. Teria pensado que a solução era crer que mesmo quando atravessasse com o cutelo o coração de Isaque e acendesse o fogo para que o corpo de seu filho fosse reduzido a cinzas, Deus ressuscitaria a Isaque do montão de cinzas. Por isso, ao deixar seus criados, disse-lhes que tornariam a eles (Gn.22:5; Hb.11:19).
Só uma fé inabalável faz com que o ser humano aja dessa maneira. Sem fé, esse ato seria loucura, seria paranoia. Sem fé, o gesto de Abraão seria um atentado criminoso. Sem fé, Abraão seria um carrasco sem coração, e não um homem de Deus. Crer no poder divino para ressuscitar os mortos foi o auge de sua fé. Não havia ainda registro de ressurreição na História, mas Abraão cria no impossível, via o invisível e tomava posse do intangível. Ele já tinha experimentado o poder da ressurreição de Deus em seu corpo (Rm.4:19-21). Por isso, ele já sabia que Deus era poderoso para levantar Isaque da morte (Hb.11:19).
Quando estivermos no “monte da prova”, nas provas mais profundas, precisamos saber que para Deus não há impossível, e que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece (Fp.4:13).
3. O momento decisivo da prova. Enfim, Abraão e Isaque chegaram ao local do sacrifício. Isaque, como um filho obediente e compreensível, permitiu que fosse amarrado sobre a lenha. E no momento que Abraão levantou o cutelo para imolar Isaque, o anjo do Senhor bradou forte e não deixou que ele o fizesse. Bem perto deles havia um cordeiro substituto. Deus proveu o Cordeiro, e este tomou o lugar de Isaque (Gn.22:13). Assim, Abraão descobriu um novo nome para Deus: Jeová-Jirê, que significa "o Senhor provera”. Esse nome de Deus nos ajuda a entender algumas verdades sobre a provisão do Senhor (adaptado do livro “Quatro homens, um destino”, do Rev. Hernandes Dias Lopes):
a) Deus provê às nossas necessidades no lugar em que Ele determinar. Abraão estava no lugar em que Deus mandou que estivesse. Do jeito que Deus mandou. Na hora que Deus mandou. Por isso, Deus proveu para ele. A estrada da obediência é a porta aberta da provisão. Não temos o direito de esperar a provisão de Deus se não estivermos no centro da vontade de Deus.
b) O Senhor provê às nossas necessidades exatamente quando nós temos a necessidade, nem um minuto antes. Do ponto de vista humano, isso pode parecer muito tarde, mas Deus nunca chega atrasado. O relógio de Deus não se atrasa. Veja o exemplo de Ana, mãe de Samuel. Veja o exemplo do nascimento de João o Batista. Veja o exemplo da ressurreição de Lázaro.
c) O Senhor provê às nossas necessidades por caminhos naturais e também sobrenaturais. Deus não enviou um anjo com um sacrifício, mas mostrou um cordeiro preso pelos chifres. Abraão só precisava de um cordeiro, por isso Deus não lhe mostrou um rebanho. Mas, ao mesmo tempo, Abraão ouviu a voz de Deus. O natural se mistura com o sobrenatural.
d) Deus dá sua provisão a todos os que confiam Nele e obedecem às Suas instruções. Quando você está onde Deus o mandou estar, fazendo o que Deus o mandou fazer, então pode esperar a provisão de Deus em sua vida. Quando a obra de Deus é feita do jeito que Deus manda, nunca falta a Sua provisão. O Senhor não tem obrigação de abençoar minhas ideias e meus projetos. Mas Deus é fiel para cumprir Suas promessas.
e) Deus provê às nossas necessidades para a glória de Seu próprio nome. Deus foi glorificado no monte Moriá porque Abraão e Isaque fizeram a vontade de Deus. A intervenção divina no Monte Moriá é uma antecipação da expressão mais profunda do amor de Deus por nós: a entrega de seu Filho Unigênito para morrer em nosso lugar no Monte Calvário. Ele nos substituiu na cruz, morrendo por nossos pecados. Na verdade, Abraão viu, pela revelação da fé, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
4. Nas provações, procure glorificar ao Senhor. Em tempos de provações é muito fácil pensarmos apenas em nossas necessidades e em nossos fardos, em vez de focarmos nossa atenção em trazer glória ao nome de Cristo. Normalmente, perguntamos: "Como posso sair dessa situação de provação?". Em vez disso, deveríamos perguntar: "Como posso trazer glória ao nome do Senhor nessa situação?".
III. JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO
Como em nenhum outro episódio, a experiência de Abraão e Isaque aponta para o amor do Pai e o sacrifício de Jesus na cruz. A entrega de Isaque é um farol a apontar o amor eterno e sacrificial do Pai que deu Seu Filho para morrer por nós, pecadores. No miraculoso nascimento de Isaque, Abraão viu o dia do nascimento de Cristo. No casamento de Isaque, ele viu o dia da vinda de Cristo para Sua noiva, a Igreja. Mas no monte Moriá, quando Isaque foi colocado no altar, Abraão viu o dia da morte e da ressurreição de Cristo.
Algumas semelhanças entre esse gesto de Abraão e o amor do Pai podem ser identificadas nesta experiência (adaptado do livro “Quatro homens, um destino”, do Rev. Hernandes Dias Lopes):
Abraão entregou
seu filho a Deus, e Deus entregou Seu Filho para morrer pelos pecadores.
2. Isaque foi o filho do coração - Jesus foi o Filho amado (Gn.22:2; João 3:16).
Assim
como Isaque era o filho da promessa, Jesus é o Filho amado, em quem Deus tem
todo o prazer.
3. Isaque foi a Moriá sem reclamar - Jesus, como ovelha muda, foi obediente até a morre, e morte de cruz.
A
atitude de Isaque, caminhando três dias para o monte Moriá, lança luz sobre a
atitude de Jesus caminhando para o Calvário, sem abrir a boca e sem lançar
maldição sobre seus exatores.
4. Isaque foi o filho da promessa - Jesus é o Filho prometido antes da fundação do mundo.
Isaque
foi prometido por Deus. Seu nascimento foi profetizado. Seu nascimento veio por
uma intervenção miraculosa de Deus, no tempo oportuno de Deus. Assim, também,
Jesus veio ao mundo para cumprir um propósito do Pai. Sua vinda foi prometida,
preparada. Ele nasceu para cumprir um plano perfeito do Pai.
5. Isaque teve seu sacrifício preparado (Gn.22:2,3) - o sacrifício de Jesus foi planejado na eternidade (Ap.13:8).
Assim
como Deus estabeleceu os detalhes do sacrifício de Isaque, também planejou
desde a eternidade a entrega, o sacrifício e a morte vicária de Seu Filho na
cruz.
6. Abraão e Isaque caminham sós para o Moriá - Jesus também bebeu o cálice sozinho, mas conversando com o Pai.
Os
servos de Abraão ficaram no sopé do Monte Moriá; os homens abandonaram Cristo,
inclusive Seus discípulos. Jesus, quando suou sangue no Getsêmani, estava só;
somente Ele e o Pai travaram aquela batalha de sangrento suor. Jesus marchou
para a cruz sob as vaias da multidão e tendo como único refúgio a intimidade
com o Pai.
7. Isaque carregou a madeira para o sacrifício - Jesus carregou a cruz.
Assim
como Isaque levou a lenha para o sacrifício no monte Moriá, Cristo carregou a
cruz para o Gólgota, onde morreu por nossos pecados. Jesus, o Filho de Deus,
teve de carregar o fardo do pecado de toda a humanidade sobre Seus ombros. A
lenha é mencionada cinco vezes no capítulo 22 de Gênesis. O versículo seis diz
que Abraão colocou sobre Isaque, seu filho, a lenha do holocausto. Deus fez
cair sobre Jesus a iniquidade de todos nós. Ele foi transpassado pelas nossas
transgressões. Jesus carregou o lenho maldito sob as vaias da multidão
tresloucada e ensandecida. Foi pregado no lenho e exposto ao vitupério público.
Carregou a cruz e na cruz morreu.
8. Abraão e Isaque caminham sempre juntos - o Pai e o Filho fizeram na eternidade um pacto de sangue para salvar o homem e andaram sempre juntos.
Sempre
houve comunhão perfeita entre o Pai e o Filho. Sempre andaram juntos nesse
glorioso propósito de remir-nos. Quando caminhamos pela fé, mostramos ao mundo
não só nossa fidelidade a Deus, mas revelamos ao mundo o próprio coração de
Deus.
9. Deus poupou Abraão e Isaque, mas não poupou Seu Filho.
Deus
não providenciou um cordeiro substituto para Jesus. Ele viu Seu clamor e não O
amparou. A Bíblia diz que Deus não poupou Seu próprio Filho, antes O entregou
por todos nós (Rm.8:32). Diz ainda que Deus prova Seu amor para conosco pelo
fato de Cristo ter morrido por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm.5:8).
10. Isaque morreu apenas em sentido figurado (Hb.11:19), mas Jesus realmente morreu e ressuscitou.
O
texto não diz que Isaque retornou com Abraão aos seus dois servos (Gn.22:19). A
próxima vez que ouvimos falar em Isaque é quando ele se encontra com sua noiva
(Gn.24:62). Isso mostra-nos que o próximo glorioso evento no calendário de Deus
é o retorno de Jesus Cristo para encontrar-se com a Sua noiva, a Igreja.
Jesus,
o Cordeiro de Deus, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa
condenação. Na cruz, Cristo cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o
Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé,
temos paz com Deus (Rm.5:1).
CONCLUSÃO
No
topo do Calvário, há uma bandeira que tremula e proclama: Jeová-Jirê - "Deus proverá". Ele
providenciou para nós perdão e salvação. Creia que Deus provê todas as nossas
necessidades, em qualquer hora e lugar, desde que estejamos dispostos a
reconhecer sua soberania e suprema vontade. Olhe para o Cordeiro de Deus. Olhe
para Jesus, com fé, e seja um filho de Abraão, seja um filho de Deus.
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