DAVI E SEU REFÚGIO NA CAVERNA DE ADULÃO
O exílio de Davi e seu refúgio na Caverna de Adulão são eventos significativos na história bíblica, marcando um período de provação, formação de liderança e fé inabalável.
Após
sua notável vitória sobre o gigante Golias, Davi ganhou grande popularidade e
reconhecimento em Israel. No entanto, o sucesso de Davi despertou a inveja do
rei Saul, que via o jovem como uma ameaça ao seu trono. Movido por ciúme e
paranoia, Saul começou a perseguir Davi, tentando tirar sua vida em várias
ocasiões.
Diante
da crescente hostilidade de Saul, Davi se viu forçado a fugir para salvar sua
vida. Ele buscou refúgio em diversos lugares, e um dos mais notáveis foi a Caverna
de Adulão.
A
Caverna de Adulão, localizada na região montanhosa perto de Gate, tornou-se um
esconderijo para Davi e seus seguidores. Este período na caverna não foi de
isolamento solitário. Pelo contrário, a notícia de que Davi estava ali se
espalhou, e muitos aflitos, endividados e descontentes se juntaram a ele. A
Bíblia relata que cerca de quatrocentos homens se reuniram a Davi em
Adulão, formando um grupo leal e aguerrido.
Este
refúgio na caverna teve um impacto profundo na vida de Davi. Em vez de se
entregar ao desespero, ele se tornou o líder desses homens, moldando-os em um
exército coeso e leal. A Caverna de Adulão se transformou em um local de comunidade,
apoio mútuo e fortalecimento.
Além
disso, o tempo de Davi na caverna foi um período de intensa comunhão com
Deus. Em meio à perseguição e incerteza, Davi buscou a Deus em oração e
louvor, expressando seus sentimentos de angústia, mas também sua confiança e
esperança no Senhor. Muitos dos Salmos atribuídos a Davi refletem as emoções e
experiências vividas durante esse período de exílio e refúgio.
O
episódio da Caverna de Adulão demonstra a liderança nata de Davi, mesmo
em circunstâncias adversas. Ele não apenas sobreviveu ao exílio, mas também
inspirou e liderou outros que se encontravam em situações difíceis. Este
período foi crucial para a formação do futuro rei de Israel, forjando seu
caráter, sua fé e sua capacidade de liderar um povo.
Em
resumo, o exílio de Davi, culminando em seu refúgio na Caverna de Adulão, foi
um tempo de perseguição e provação, mas também um período de formação de
liderança, fortalecimento de laços e profunda conexão com Deus. A caverna, um
lugar de esconderijo, ironicamente se tornou o berço de um exército leal e um
testemunho da resiliência e fé de Davi em meio à adversidade.
O EXÍLIO DE DAVI -
Texto Bíblico: 1Samuel 22:1-5
"Então,
Davi se retirou dali e se escapou para a caverna de Adulão; e ouviram-no seus
irmãos e toda a casa de seu pai e desceram ali para ele. E ajuntou-se a ele
todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e todo homem de
espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos
homens" (1Sm.22:1,2).
INTRODUÇÃO
Dando
continuidade ao estudo do trimestre sobre liderança do povo de Deus, com base
nos livros de Samuel, trataremos nesta Lição do exílio de Davi. Exílio (do
latim exilium = banimento, desterro) é o estado de estar longe da
própria casa (seja cidade ou nação) e pode ser definido como
expatriação, voluntária ou forçada de um indivíduo. Alguns autores utilizam o
termo exilado no sentido de refugiado, longe do convívio social,
no ostracismo.
Davi,
o jovem que o Senhor ungiu para suceder a Saul ao trono de Israel; o valente
destemido que venceu o gigante Golias; aquele de quem as mulheres diziam: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez
milhares”(1Sm.18:7); aquele que comia à mesa do rei; aquele que
comandava um grupo de homens da elite do exército de Saul, agora é atingido
fortemente pelo medo de morrer e é obrigado a viver no exílio, no ostracismo,
no desterro, em cavernas, longe do convívio social, num estado de completa
humilhação.
Entretanto,
os livros de Samuel deixam transparecer que Deus trabalhava na vida de Davi a
fim de prepará-lo para reinar no lugar de Saul. Como bem diz o pr. Osiel Gomes, “nem sempre as vivências marcadas por situações
traumáticas podem ser vistas como negativas. Por vezes, elas servem para tirar
as cascas das aparências, a infantilidade, o esquecimento de nós mesmos, a fim
de levar-nos à essência real da vida”. Temos a certeza de que, nos
desertos de nossa vida, Deus caminha conosco, nos conduzindo na direção certa e
provendo para nós nos momentos de aflição e necessidades. Devemos, pois, estar
no centro da Sua vontade e esperar o momento certo da divina providência, mesmo
em tempos bastantes desconfortáveis.
I. AS
CARACTERISTICAS DO EXÍLIO DE DAVI
O
exílio de Davi foi uma experiência pedagógica para ele, cujos estágios moldaram
o seu caráter, que o levaram à maturidade e crescimento na vida espiritual e
relacional, e que lhe promoveu à virtude da paciência –
“pois a tribulação produz a paciência” (Rm.5:3) -, e que fariam dele um
homem resiliente diante das intempéries, vicissitudes, preparando-o para uma
missão especial de grande relevância: a liderança do povo de Deus, Israel. Não
sabia ele “que a prova de nossa fé
produz a paciência” (Tg.1:3).
É
certo que houve momentos em que a fé dele demonstrou arrefecimento, que é comum
ocorrer com qualquer crente diante de provas inclementes. Um exemplo disso,
dentre outros, é quando, numa situação de total desespero, Davi foge para
cidade Gate, território inimigo, onde buscou asilo com Áquis, rei filisteu de
Gate (1Sm.21:10), e ainda levava consigo a espada de Golias que Aimeleque tinha
dado a ele; é como se Davi tivesse se tornado Golias, armado com sua espada e
rumando para a cidade natal dele. Fica óbvio que Davi caminhava de acordo com o
que via, e não pela fé, e confiava em sua própria capacidade. Mas, cedo ou mais
tarde, se perceberia que viver de acordo com o que se vê terminaria em
fracasso; e Davi, que anteriormente havia mentido para Aimeleque, dominado pelo
medo, é obrigado a encenar outra mentira e fingir-se de louco para não ser
morto (1Sm.21:13). O respeito oriental em presença da loucura salvou-o da morte
praticamente certa. Davi, ao recorrer à fraude, deixou de entregar sua vida
incondicionalmente ao Senhor e à sua proteção. É um erro que não deve ser
imitado.
Quando
a fé vacila, pode acontecer de o indivíduo perder Deus de vista e agir de forma
contrária às suas crenças e às suas experiências pessoais. A despeito desse
claro arrefecimento da fé diante das provas, Davi não perdeu a esperança em
Deus, ele ainda esperava na providência divina – “até
que saiba o que Deus há de fazer de mim” (1Sm.22:3).
As
diversas situações difíceis que o seguidor de Cristo passa na caminhada cristã
podem servir-lhe de amadurecimento e crescimento na vida espiritual. Em
quaisquer circunstâncias devemos esperar em Deus, pois no seu tempo (Kairol)
ele cumprirá as suas promessas.
Depois
de escapar de Gate, Davi refugiou-se na Caverna de Adulão (1Sm.22:1-5). Era
assim chamada devido a uma cidade nas suas proximidades. Vamos explorar esta
Caverna e extrair dela lições para a vida.
1. A Caverna de Adulão
Para
ficar longe de Saul Davi teve que ir para o exilo à busca de refúgio, e um
desses refúgios foi a caverna de Adulão (1Sm.22:1), um sistema de corredores
sem fim e passagens transversais.
Davi,
o valente que derrotou o gigante Golias, o valente cantado pelas mulheres de
Israel em suas músicas - “Saul feriu os seus
milhares, porém Davi, os seus dez milhares” (1Sm.18:7) -, agora estava
fugindo em direção a uma caverna, tímido e com medo de morrer pelas mãos de
Saul.
Num verdadeiro redemoinho de eventos, ele perdeu o emprego, a
mulher, a casa, seu conselheiro, seus melhores amigos e, finalmente, sua
autoestima. À semelhança de
Jó, ele foi golpeado com tanta força que sua cabeça deve ter ficado girando
durante horas. Davi chegou ao fundo do poço.
Este
foi o pior momento na vida de Davi até então. Se você quiser saber como ele
realmente se sentia, leia o Salmo 142, de sua composição. Era assim que Davi se
sentia como habitante da caverna:
"Olhei para a minha direita e vi; mas não havia quem me
conhecesse; refúgio me faltou; ninguém cuidou da minha alma” (Sl.142:4).
Davi
não tinha segurança, alimento, alguém com quem conversar, promessa à qual
apegar-se e nem esperança de que as coisas viessem a modificar-se um dia.
Estava sozinho numa caverna escura, longe de tudo e de todos que amava. De
todos, exceto de Deus.
Podemos
sentir a solidão desse lugar tão desolado? A umidade dessa caverna? Podemos
sentir o desespero de Davi? As profundezas em que sua alma desceu? Não havia
meios de fugir. Nada restou, absolutamente nada!
Em
meio a tudo isso, Davi não perdeu Deus de vista. Ele clama ao Senhor para
livrá-lo. É aqui que podemos vislumbrar o coração desse jovem-homem, a essência
que só Deus vê, a qualidade invisível que Deus viu quando escolheu e ungiu o
jovem pastor de Belém.
Davi
foi levado a um ponto em que Deus pôde começar realmente a moldá-lo e fazer uso
dele. Quando o Deus soberano nos reduz a nada, é para redirecionar nossa vida e
não para extingui-la.
A
perspectiva humana diz: "Ah, você perdeu isto
e aquilo; você causou isto e aquilo; você destruiu isto e aquilo; por que não
acaba com a sua vida?". Mas Deus diz: "Não.
Você está na caverna, mas isso não significa que é o fim de tudo. Significa
tempo para redirecionar sua vida. Está na hora de um novo começo!". Foi
exatamente isso que Deus fez com Davi.
Apesar
dos séculos existentes entre nós e Davi, esse homem e suas experiências são
mais relevantes do que nunca em nossos dias. Às vezes, as provas inclementes,
as tribulações impiedosas, as tempestades da vida tremendamente ameaçadoras,
nos fazem perder de vista a verdade e nos levam ao fundo do poço. A única
solução? Buscar refúgio no único que nos pode socorrer: o Senhor Deus
Todo-Poderoso.
“A ti, ó SENHOR, clamei; eu disse: tu és o meu refúgio e a minha
porção na terra dos viventes. Atende ao meu clamor, porque estou muito abatido;
livra-me dos meus perseguidores, porque são mais fortes do que eu. Tira a minha
alma da prisão, para que louve o teu nome; os justos me rodearão, pois me
fizeste bem" (Sl.142:4-7).
“O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de
Jacó é o nosso refúgio” (Sl.46:11).
2. Os
proscritos da Caverna de Adulão
Davi estava
sozinho na caverna, e veja quem foi juntar-se a ele: a sua família.
"Quando
ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com
ele" (1Sm.22:1).
Já
fazia muito tempo que a família de Davi não lhe dava atenção. Seu pai quase
esquecera da sua existência quando Samuel fora procurar em sua casa um possível
candidato para reinar sobre Israel. Samuel teve de dizer: "Você só tem esses filhos?". Jessé
estalou os dedos e respondeu: "Oh, não, tenho
um filho que cuida das ovelhas". Mais tarde, quando foi para a
guerra e estava pronto para lutar com Golias, os irmãos o desprezaram, dizendo:
"Sabemos porque veio, só para
mostrar-se". E agora, os mesmos irmãos e o pai, juntamente com o
resto da casa, procuram Davi para ficar com ele, na caverna de Adulão.
Algumas
vezes, quando estamos na “caverna”, não
queremos ninguém por perto; às vezes, não conseguimos suportar outras pessoas.
Não admitimos isso publicamente, claro, mas é verdade; só queremos ficar
sozinhos. Na minha concepção, naquele momento da sua vida, Davi não queria
ninguém por perto. Em vista de não valer nada para si mesmo, não conseguia ver
o seu valor para quem quer que fosse.
Davi
não queria seus parentes, mas eles chegaram. Ele não desejava a presença deles,
mas Deus os levou assim mesmo. Davi os levou para dentro da caverna em que ele
se escondia.
Mas,
não foi somente a família de Davi que se juntou a ele; outro grande grupo de
homens se juntou a ele. Ajuntaram-se a Davi todos os homens que se achavam em
aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito. Os
primeiros eram em sua maioria estrangeiros em dificuldades, homens rudes e
problemáticos, no entanto, Davi os recebeu,
acolheu-os,
ensinou-os e
preparou-os, e se fez
chefe deles.
"E
ajuntou-se a ele todo homem que se achava em aperto, e todo homem endividado, e
todo homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns
quatrocentos homens" (1Sm.22:2).
A princípio, eram 400 homens
"em aperto", mas logo o número chegou a 600 (1Sm.22:2; 25:13).
Esses eram os homens que Deus deu a Davi para liderar. E Davi o fez com
maestria. Ele fez com que esses homens tivessem um senso de companheirismo e
devoção a Deus. Logicamente,
Davi teve de treinar esses “perdedores”, se quisesse formar um exército
eficiente, e ele o fez.
Aquela
caverna não era mais o refúgio de Davi. A caverna malcheirosa, úmida, se
tornara um campo de treinamento para os primeiros soldados que formaram o
começo do exército que veio mais tarde a ser chamado de "Os valentes de Davi". É isso mesmo, aquele bando heterogêneo se
transformaria em seus poderosos homens de guerra, e mais tarde, quando Davi
subiu ao trono, eles viriam a ser os seus ministros de gabinete. Davi modificou
completamente a vida deles e incutiu-lhes ordem, disciplina, caráter e direção.
Davi
teve de descer derrotado até o fundo do poço, quando não havia outro meio senão
olhar para cima. Quando levantou os olhos, Deus
estava lá, levando aquele grupo de desconhecidos até ele, aos poucos, até que
finalmente provaram ser os homens mais corajosos de Israel.
Quem
podia imaginar que o próximo rei de Israel estava treinando suas tropas numa
caverna escura onde ninguém conseguia enxergar nada e ninguém se importava? Que
atitude pouco usual de Deus para preparar os líderes do seu povo! A pedagogia
do Senhor é impressionante!
Davi atraiu homens
semelhantes a ele, almas aflitas. Ele também reproduziu homens como ele,
guerreiros e conquistadores. Davi era um líder nato.
- Davi atraiu esses homens sem
procurá-los.
- Davi extraiu profunda lealdade deles
sem nunca tentar obtê-la.
- Davi transformou esses homens
proscritos sem desiludi-los quanto ao seu estado inicial.
- Davi
lutou lado a lado com esses “perdedores” e transformou-os em
vencedores.
- Davi teve
o controle de seus liderados. Manter sob controle um grupo de
pessoas de bem não é muito complicado; contamos com a boa vontade e o
respeito de todos para uma convivência cordial e amável. Mas, liderar um
grupo de pessoas atribuladas isso não é fácil. Junte em um ambiente
hostil, dentro de uma caverna, 400 homens
desgostosos da vida, que fugiram de sua terra por dívidas
contraídas e não quitadas e outros assuntos não resolvidos. Esses eram homens que não pensariam duas vezes em
puxar uma arma para se defender e matar alguém. Mas, Davi fez com
que os seus liderados tivessem um senso de companheirismo e devoção a
Deus. Ele os ensinou o que significa esperar o tempo de Deus (ler
1Sm.24:5-7).
3. O simbolismo
da Caverna de Adulão
O
que Deus quis ensinar a Davi e, também, a nós seguidores de Deus da Nova
Aliança? Qual o significado de tudo isso? A caverna de Adulão é a pedagogia
de Deus para nos ensinar a confiar sempre nele. Ali, somos desafiados a
entender que não somos os melhores, nem super-homens, mas, sim, que dependemos
de Deus e de pessoas dispostas, e bem disciplinadas, a lutar por aquilo que
Deus propôs para nós. E mais:
a) Adulão nos
ensina que em nossa vida podemos estar na planície, mas, de repente, podemos
estar numa caverna, em aflição
Como
diz o pr. Osiel Gomes, em nossa vida, especialmente
quando estamos gozando de boa posição, nome, título, fama, esquecemos quem
somos e, por vezes, somos levados a situações conflitantes, perseguições,
contrariedades, crises, as quais nos levam às cavernas do recôndito de nossa
alma, para que reflitamos e sejamos forjados outra vez para voltarmos ao
caminho certo da vida. Na caverna, somos confrontados com nós mesmos; lá somos
desafiados a entender que não somos os melhores, nem super-homens, mas, sim,
que dependemos de Deus e de outros para avançarmos.
b) Adulão,
lugar de sair da superficialidade e buscar profundidade insondável
Na
caverna de Adulão, existiam lugares profundos que ainda não tinham sido
sondados, lugares onde não se conseguia medir a profundidade. Mas, Davi
conhecia em profundidade ao Senhor; ele conhecia o Bom Pastor (Salmo 23),
aquele que o havia livrado do urso, do leão e do gigante Golias; aquele que
havia entregue o gigante e todos os filisteus em suas mãos. Davi conhecia ao
Senhor, e seu conhecimento não era superficial. Às vezes, precisamos entrar
em Adulão para conhecermos o Senhor com intimidade.
c) Adulão,
lugar de transformar a humilhação em honra
Os
homens que procuraram a Davi eram homens que se achavam em aperto, endividados,
amargurados de espíritos, humilhados (1Sm.22:2). Mas, na Caverna de Adulão eles
foram honrados. Quando o Senhor livrou Davi das mãos de Saul, muitos daqueles
endividados, daqueles apertados, amargurados de espírito se tornaram heróis em
Israel, porque o nosso Deus é um Deus que exalta o humilde e abate ao soberbo
(1Pd.5:5). Adulão é o lugar que aceita os
perseguidos e injustiçados e os redime, os transforma, e os torna pessoas
honradas.
d) Adulão, o
lugar de encontro com o Davi Celestial
Que tipo de
pessoas vieram a Davi na caverna? Diz o texto sagrado:
"Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em
aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se
fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens" (1Sm.22:2).
Eram
pessoas miseráveis, amarguradas, angustiadas, deprimidas, pessoas carregadas de
culpa e com um coração atormentado. Mas, na caverna de Adulão, eles encontraram
refúgio, porque o rei ungido estava lá para aceitá-los como eles eram.
Em
Jesus Cristo, as pessoas em aperto, as pessoas endividadas, as pessoas
amarguradas de espírito, encontram refúgio. Diz Jesus, o Ungido de Deus:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e
eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso
e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu
jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt.11:28-30).
Em
lugar algum estamos mais abrigados e seguros do que em Jesus - "...porque Ele (Jesus Cristo) é a nossa paz"
(Ef.2:14). Toda vez que nos humilharmos diante dele em arrependimento sincero e
confessarmos a Ele os nossos pecados poderemos respirar aliviados. Mas será que
tomamos tempo suficiente para buscarmos o Ungido Rei na "caverna de
Adulão", para termos comunhão com o nosso Davi Celestial?
e) Deus é o
nosso Refúgio e Fortaleza na hora da angústia (Sl.46:1)
Para
onde voltamo-nos quando o nosso mundo desmorona? A quem procuramos refúgio na
hora da angústia? Para quem nos voltamos quando não há ninguém a quem contar as
dificuldades? Davi estava nessa situação e ele se voltou para o Deus vivo, e
descobriu nele um lugar para descansar e recuperar-se. Encurralado, ferido pela
adversidade, lutando contra o desânimo e o desespero, ele escreveu estas
palavras em seu diário de lamentos:
“O SENHOR é o meu rochedo, e o meu lugar forte, e o meu
libertador; o meu Deus, a minha fortaleza, em quem confio; o meu escudo, a
força da minha salvação e o meu alto refúgio” (Sl.18:2).
Precisamos
de refúgio, um lugar onde se esconder e sarar. Precisamos de alguém disposto,
afetuoso, disponível; um confidente; um companheiro de “armas”. Você não
está conseguindo encontrar um? Por que não compartilhar do abrigo de Davi?
Aquele que ele chamou de "minha Força, minha
Rocha, minha Fortaleza, meu Baluarte, minha Torre Alta"? Nós o
conhecemos hoje por outro nome: Jesus Cristo, o Senhor; Ele está sempre
disponível, até mesmo para moradores de cavernas, pessoas solitárias que
precisam de alguém que se interesse por elas.
“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na
angústia” (Sl.46:1).
“O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso
refúgio” (Sl.46:11).
II. DAVI E O AMOR COM OS PAIS
Ao
longo das Escrituras, constatamos que a família desfruta de destaque especial
nos desígnios de Deus para a humanidade. Além do seu papel de coesão, inclusive
social, a família provê também apoio emocional e espiritual para seus membros.
Todos nós de alguma forma necessitamos também de nossa "caverna
de Adulão", isto é, um local de refúgio, inclusive familiar.
1. Protegendo
seus pais
Preocupados com o
bem-estar de seus pais, Davi viaja, de Adulão, para Mispa, em Moabe, e pede
proteção e abrigo ao rei para eles, enquanto ele estava escondido (1Sm.22:3,4).
“E
foi-se Davi dali a Mispa dos moabitas e disse ao rei dos moabitas: Deixa estar
meu pai e minha mãe convosco, até que saiba o que Deus há de fazer de mim. E
trouxe-os perante o rei dos moabitas, e ficaram com ele todos os dias que Davi
esteve no lugar forte”
(1Sm.22:3,4).
Nesta
circunstância adversa, Davi teve o cuidado todo especial de proteger os seus
pais das brutalidades de Saul. É possível que o rei de Moabe tivesse alguma
lealdade para com Davi graças aos antepassados dele (por parte de pai, Davi é
descendente da moabita Rute). Quando Davi voltou, o profeta Gade o instruiu a
deixar Adulão, de modo que ele foi para o bosque de Herete, também em Judá
(1Sm.22:5).
“Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques naquele lugar
forte; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi foi e veio para o bosque de
Herete”.
Nesta
fortaleza, Davi encontra segurança, e espera para ver o que Deus faria com ele.
O texto não informa por que o profeta disse para Davi voltar a Judá, mas é
provável que o Senhor tenha considerado a partida de Davi contrária a seu
destino divinamente ordenado. Apesar de ser descendente de Rute, uma moabita
(Rt.4:17), foi errado Davi depositar sua confiança num rei que era inimigo do
povo de Deus. (Diz a tradição que, mais tarde, os moabitas mataram os pais de
Davi).
Um
dos deveres dos filhos para com os pais é honrá-los. Só que não podemos honrar
os pais sem os amar, e nem os amar sem honrá-los. O amor aos pais inclui todas
as responsabilidades que temos perante eles.
Na
Lei moral que Deus revelou a Moisés, conhecida como os Dez Mandamentos, vemos a
seguinte divisão: os quatro primeiros mandamentos se referem aos deveres para
com Deus; os seis seguintes, aos deveres do homem para com a humanidade. O
Primeiro Mandamento desta segunda divisão foi escrito para os filhos, e é o
único mandamento que tem uma condição ligada a uma promessa de bênção para os
que o observarem.
“Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus
dias na terra que o Senhor teu Deus te dá” (Ex.20.12).
Este
Mandamento é ratificado no Novo Testamento. Paulo escreveu aos
Efésios: “Honra a teu pai e a tua mãe, que é o
primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre
a terra” (Ef.6:2,3). Em Mateus 15:3-9, Jesus pregou um
sermão cujo tema é a honra devida pelos filhos aos pais. Marcos 7:6-13 repete o
fato com mais detalhes.
Este
mandamento abrange todos os devidos atos de bondade, ajuda material, respeito e
obediência aos pais (Ef.6:1-3; Cl.3:20). Abrange, também, não proferir palavras
maldosas e agressão física aos pais.
Em
Êxodo 21:15,17, Deus estabeleceu a pena de morte para quem ferisse ou
amaldiçoasse seu pai ou sua mãe. Assim fica demostrada a grande importância que
Deus atribuiu ao respeito pelos pais. Portanto, Davi agiu corretamente
engendrando esforços para proteger os seus pais da fúria do inimigo Saul.
Apesar que, aparentemente, a escolha do lugar do asilo seja questionável.
2. A recompensa
para os filhos obedientes
O
assunto da obediência tem sido um problema, desde que nossos primeiros pais
praticaram o ato da desobediência. Paulo descreveu os efeitos do pecado nos
filhos, em Romanos 1:30,31:
” ... desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis
nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem
misericórdia”.
Muitas
famílias pagãs que se convertiam a Cristo nos dias do Novo Testamento eram
caracterizadas conforme esse descrito de Paulo.
Em
Efésios 6:1-4 e Colossenses 3:20,21 Paulo exorta os filhos concernente às suas
atitudes e ações que devem ter para com os seus pais.
” Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é
agradável ao Senhor” (Cl.3:20).
1.Vós,
filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3.
para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4.E
vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e
admoestação do Senhor (Ef.6:1-4).
·
“Porque isto é justo” (Ef.6:1).
É um princípio básico da vida familiar que, os ainda imaturos, impulsivos e
inexperientes se submetam à autoridade do seus pais, que são mais velhos e mais
experientes.
· “Para que te vá bem” (Ef.6:3). O
bem-estar dos filhos depende da obediência prestada aos pais. Pense no que
aconteceria a um filho que nunca recebeu instrução ou correção dos seus pais.
Ele se tornaria insuportável pessoalmente e intolerável socialmente.
·
” Para que vivas muito tempo sobre a terra” (Ef.6:3). A obediência
promove uma vida plena. Nos dias do Antigo Testamento o filho que obedecia aos
pais desfrutava de uma vida longa. Hoje isso não é mais uma regra sem exceção.
De fato, obediência filial nem sempre traz longevidade. Um filho respeitoso pode
morrer jovem. Porém, de modo geral é verdade que a vida de disciplina e
obediência é mais segura, saudável e longa, enquanto a vida de rebelião de
imprudência muitas vezes termina em morte prematura.
Jesus foi um exemplo de obediência e
submissão aos Seus pais adotivos -” E desceu com
eles para Nazaré; e era-lhes submisso” (Lc.2:51).
A
família de Recabe. A
Bíblia diz que todos os filhos de Recabe foram usados por Deus como exemplo
para a nação israelita, pelo fato de obedecerem a seu pai. Levados ao templo
pelo profeta Jeremias, foram convidados a tomar vinho. Não parecia ser nada de
mais, principalmente em se tratando de convite feito pelo profeta de Deus. Mas,
os recabitas responderam:” Não beberemos vinho;
porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: Nunca jamais
bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos” (Jr.35:1-6). Deus repreendeu
o povo de Israel, mostrando-lhe que aqueles filhos obedeciam a seu pai,
enquanto a nação era desobediente a seu Deus.
A obediência
dos filhos aos pais, portanto, é um dever sagrado. Deus não abre mão em tempo algum dessa
exigência. Ele exige isto a ponto de condicionar a felicidade no viver ao seu
cumprimento. Infelizmente, no mundo de hoje, onde a maior parte das pessoas só
faz o que acha certo aos seus próprios olhos, a obediência não é algo popular.
III. MORRENDO
POR CAUSA DE DAVI
1. A
inconsistência de Saul
Segundo
o dicionário Aulete, inconsistência é a qualidade, caráter ou estado do que ou
de quem é inconsistente; é a falta de consistência, de estabilidade ou de
firmeza.
Esta
era uma característica do perfil da liderança de Saul. Embora ele tenha se
tornado rei, principalmente por causa de sua formidável aparência, ele nunca
venceu as suas lutas interiores. Externamente, era alto, bonito e de corpo bem
constituído (1Sm.9:2); mas, internamente, não passava de um anão. Observe
esses aspectos do caráter de Saul:
ü
quando chega o tempo de
ser ungido, Saul se esconde entre a bagagem (1Sm.10:22).
ü
Quando Samuel pede para
Saul liderar, ele apresenta desculpas de incapacidade (1Sm.9:21).
ü
quando os soldados de Saul
começam a se dispersar, ele entra em pânico e desobedece às ordens divinas
(1Sm.13:1-14).
ü
quando confrontado com o
seu pecado, Saul apresenta justificativas (1Sm.15:14-23).
ü
Quando Saul ataca os
amalequitas, ele está com medo de confiar em Deus e destruir o inimigo
(1Sm.15:8).
ü
Quando Saul teme perder o
apoio do povo, ele constrói uma estátua de si mesmo, a estátua do orgulho
(1Sm.15:12).
ü
quando os filisteus
enfrentam Israel, o medo impede Saul de negociar (1Sm.17:1-11)).
ü
Quando Davi ganha
popularidade, a insegurança leva Saul a tentar homicídio (1Sm.18:9-11).
2. O preço de
proteger Davi
Proteger
Davi, estando Saul ainda no comando da nação, significava pagar um preço alto,
e o preço era a morte do indivíduo ou de um grupo de indivíduos, ou até mesmo
de uma cidade inteira. Foi o que aconteceu com os sacerdotes e a cidade de Nobe
(1Sm.22:6-19). Foi um massacre cruento contra um povo inocente. A suspeita de
Saul veio do relato de Doegue, que flagrou Davi em uma conversa com Aimeleque,
o sumo sacerdote, e ainda receber comida e uma espada (1Sm.22:9,10).
Esta
atitude insana de Saul foi uma demonstração incontestável de que ele estava
possuído pelo poder demoníaco e tinha uma mente doentia. Ele não confiava em
nada e em ninguém, nem mesmo no próprio filho Jônatas - em duas ocasiões ele
procurou matar o próprio filho (1Sm.14:44;20:33); da segunda vez, em virtude da
lealdade de Jonatas a Davi.
Por
mais que Aimeleque explicasse sua inocência, no sentido de tramar contra o rei,
era impossível Saul confiar nas suas palavras, visto que ele estava dominado
por poderes demoníacos, de maneira que todos eram acusados de conspiração
(1Sm.22:11-23).
O
sentimento de ciúme, ódio e inveja que dominava o coração de Saul fez com que
de imediato ordenasse a morte de todos os sacerdotes do Senhor na cidade de
Nobe. Saul deu a ordem aos soldados para matarem os sacerdotes, mas eles não
quiseram de maneira alguma praticar tal massacre e não obedeceram à ordem do
rei. Então, entra em cena Doegue para cometer esse crime bárbaro. Oitenta e
cinco sacerdotes foram mortos e a cidade foi destruída com seus habitantes. A
atitude de Saul demonstrou sua instabilidade mental e emocional e seu
distanciamento de Deus.
Por
que Deus permitiu que 85 inocentes sacerdotes do Senhor fossem assassinados? Suas mortes serviram para mostrar à
nação de Israel como o rei Saul tornara-se um déspota. Onde estavam os
conselheiros de Saul? Onde estavam os anciãos de Israel? Às vezes Deus permite que o mal ocorra a fim de nos
ensinar que jamais devemos aceitar que os sistemas malignos floresçam.
Servir
a Deus não é um ingresso para a riqueza, o sucesso ou a saúde. Servir a Deus
não é ser protegido numa redoma de vidro contra as intempéries e vicissitudes
da vida. Servir a Deus significa luta renhida e correr risco de vida.
O
Senhor não promete proteger as pessoas do mal deste mundo, mas garante que toda
a maldade será abolida um Dia. Os que permanecem fiéis nas suas provações
receberão grandes recompensas no porvir (Mt.5:11,12; Ap.21:1,7; 22:1-21).
“E
vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra
passaram, e o mar já não existe. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu
serei seu Deus, e ele será meu filho” (Ap.21:1,7).
“Eis
que presto venho. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia
deste livro” (Ap.22:7).
3. A sina de
Doegue
Quando
Davi chegou ao sacerdote Aimeleque, lá estava Doegue, edomita, chefe dos
pastores de Saul (1Sm.21:7). Alguns supõem que ele estivesse no tabernáculo
para pagar algum tipo de voto, um tipo de purificação, ou para fazer qualquer
outro sacrifício, deixando de lado a causa de ele estar ali. Sua presença o fez
testemunha do que Davi pediu ao sacerdote. Davi não
podia mudar isso, nem impedir a horrível vingança que a ira de Saul trouxe
sobre o sumo sacerdote e dezenas de outros sacerdotes, bem como mulheres,
crianças e animais em Nobe (1Sm.22:9-19).
Decidido
a aproveitar ao máximo a oportunidade de impressionar o rei, Doegue contou a
Saul que Aimeleque, sumo sacerdote em Nobe, havia ajudado Davi com provisões e
consultado o Senhor a favor dele. Saul convocou de imediato Aimeleque e sua
família e o acusou de traição. A ordem de Saul foi inapelável: “...matem os sacerdotes do Senhor...” (1Sm.22:17).
Este texto retrata Saul como inclinado a cometer homicídios.
As
próprias palavras de Saul o condenaram, pois ele reconheceu que os sacerdotes
eram os “sacerdotes do Senhor”. Ao ordenar a
execução deles, posicionou-se contra o próprio Senhor.
Mas,
os seus servos “se recusaram a levantar as mãos
para arremeter contra os sacerdotes do Senhor” (1Sm.22:17). Eles se
recusaram a cumprir a ordem do rei porque perceberam que seria uma atrocidade
matar os sacerdotes do Senhor. Mas, o desejo do endemoninhado rei não podia
deixar de ser realizado; alguém deveria realizar a chacina, e a sina caiu para Doegue
(1Sm.22:18).
“Então, disse o rei a Doegue: Vira-te tu e arremete contra os
sacerdotes. Então, se virou Doegue, o edomita, e arremeteu contra os
sacerdotes, e matou, naquele dia, oitenta e cinco homens que vestiam éfode de
linho”.
Para
Doegue, homem sem princípio, cometer aquele crime brutal contra os ungidos do
Senhor era algo normal, um simples ataque. No mais, seu objetivo era agradar e
satisfazer o ímpio rei Saul, que queria apenas manter seu poder. Esse homem
matou oitenta e cinco sacerdotes indefesos, desarmados, inocentes. Davi
escreveu o Salmo 52 para registrar a maldade de Doegue.
Só
escapou um sacerdote, de nome Abiatar, filho de Aimeleque. Davi instou com
Abiatar que ficasse com ele, porque confiava na orientação e na proteção de
Jeová (1Sm.22:22, 23).
Doegue realizou o massacre, mas o sacerdote Abiatar, filho de
Alimeleque, atribuiu o crime corretamente a Saul, pois vieram dele as ordens
para que se cometesse essa atrocidade (cf.1Sm.22:18,19). Sem dúvida, Saul era
totalmente incapaz de reinar sobre o povo de Deus.
Pode
acontecer de um crente estar esperando o tempo de Deus e assim mesmo ocorrerem
problemas, fraquezas e dificuldades, como foi o caso ocorrido quando da visita
de Davi ao sacerdote Aimeleque (1Sm.21:1-9; 22:6-22). Às
vezes o inimigo da Obra de Deus se encontra dentro da própria Casa de Deus,
trazendo inúmeros prejuízos e perturbações ao povo de Deus e à sua liderança
fiel. Tenhamos cuidado com os “Doegue’s” infiltrados!
CONCLUSÃO
Em
todo o seu exílio Davi buscou refúgio, protegendo-se das artimanhas de Saul.
Quase sem forças, e como o espírito quebrantado, Davi implora por refúgio.
Todos nós, em nossa jornada da vida, precisamos de refúgio. Por que temos
necessidade de um refúgio? Primeiro, porque estamos aflitos e sofrendo;
segundo, porque somos pecadores e a culpa nos acusa; terceiro, porque estamos
cercados por adversários e as incompreensões nos atacam. Não há outro refúgio
melhor para nas horas de angústia: Jesus. Ele continua disponível até para os “moradores
de cavernas”, pessoas solitárias que precisam de alguém que se interessa
por elas. Deus é o refúgio do Seu povo na hora da angústia. O salmista assim se
expressou: “Deus é o nosso refúgio e a
nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade” (Salmo
46:1).
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