quarta-feira, 2 de abril de 2025

TANQUE DE BETESDA: A HISTÓRIA DE CURA DO PARALÍTICO


 TANQUE DE BETESDA: A HISTÓRIA DE CURA DO PARALÍTICO

A cura do paralítico no tanque de Betesda, narrada em João 5, mostra o poder e a compaixão de Jesus. Um homem doente há 38 anos aguardava a cura, mas nunca conseguia entrar na água a tempo. Sem precisar do tanque, Jesus ordenou que ele se levantasse e andasse. O paralítico passou a andar, mas como era sábado, os líderes religiosos criticam o milagre. A história desta cura ensina sobre fé, misericórdia e o amor de Deus acima das regras humanas.

Passagem da cura do paralítico no tanque de Betesda

Algum tempo depois, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus.

Há em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, um tanque que, em aramaico, é chamado Betesda, tendo cinco entradas em volta.

Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas.

De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse.

Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos.

Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: Você quer ser curado?

Disse o paralítico: Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim.

Então Jesus lhe disse: Levante-se! Pegue a sua maca e ande.

Imediatamente o homem ficou curado, pegou a maca e começou a andar. Isso aconteceu num sábado, e, por essa razão, os judeus disseram ao homem que havia sido curado: Hoje é sábado, não é permitido a você carregar a maca.

Mas ele respondeu: O homem que me curou me disse: Pegue a sua maca e ande.

Então lhe perguntaram: Quem é esse homem que mandou você pegar a maca e andar?

O homem que fora curado não tinha ideia de quem era ele, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão.

Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não aconteça a você.

O homem foi contar aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.

- João 5:1-15

Estudo bíblico sobre o tanque de Betesda

Como era o tanque de Betesda


A Bíblia descreve que o tanque possuía cinco pórticos, ou entradas (João 5:2), onde ficavam reunidas muitas pessoas doentes, como cegos, mancos e paralíticos, esperando um movimento nas águas. O tanque de Betesda ficava em Jerusalém, próximo à Porta das Ovelhas.

Escavações em Jerusalém identificaram o local do tanque de Betesda, revelando duas grandes piscinas com degraus e divisões que possivelmente correspondem às descrições bíblicas.

O relato bíblico destaca que Jesus curou um paralítico nesse tanque, sem necessidade da água, mostrando que a verdadeira cura vem da fé em Deus e não das tradições.

Quem era o anjo do tanque de Betesda  


A Bíblia menciona que, no tanque de Betesda, um anjo descia e agitava as águas, e o primeiro que entrasse era curado (João 5:4). No entanto, a identidade desse anjo não é revelada na Bíblia.

Algumas interpretações sugerem que esse anjo poderia ser um mensageiro de Deus enviado para realizar curas, como ocorre em outros relatos bíblicos (Salmo 103:20, Hebreus 1:14).

Outros estudiosos argumentam que essa crença pode ter sido uma tradição judaica de época, já que algumas traduções modernas omitem João 5:4, por não estar presente nos manuscritos mais antigos.

O mais importante no relato é que Jesus demonstrou que a verdadeira cura vem d’Ele, não da crença no tanque ou na ação do anjo. Ele curou o paralítico diretamente, sem necessidade das águas, mostrando que a misericórdia de Deus está acima da tradição.

Qual o significado do tanque de Betesda

O significado de “betesda” em aramaico é “casa de misericórdia”. O tanque de Betesda, localizado em Jerusalém, era conhecido por suas propriedades curativas. Muitos doentes, incluindo cegos, mancos e paralíticos, esperavam ali por um milagre, pois se acreditava que, quando as águas eram agitadas por um anjo, o primeiro a entrar seria curado.

Esse tanque representa a busca humana por alívio e solução para o sofrimento, muitas vezes baseada em tradições, mitos ou crenças limitadas. A cura do paralítico por Jesus vai além do físico.

Isso revela que o poder de Deus não depende de tradições. Além disso, a cura no sábado confronta os líderes religiosos, destacando que a misericórdia de Deus é maior que regras formais. Jesus também ensina sobre a importância da santificação, ao dizer: “Não volte a pecar” (João 5:14), mostrando que a transformação interior é essencial.

Explicação da história de cura do paralítico no tanque de Betesda

Junto ao tanque de Betesda, onde a água agitada tinha propriedades curativas, um homem paralítico aguardava há muitos anos por uma oportunidade de ser curado. Jesus, percebendo sua condição e sabendo do longo sofrimento, questiona se o homem deseja ser curado. O paralítico expressa suas dificuldades em alcançar a água a tempo.

Ignorando as práticas tradicionais, Jesus ordena que o homem se levante, tomando sua cama, e imediatamente o paralítico é curado. Este ato ocorre no sábado, provocando a indignação dos líderes religiosos que criticam Jesus por quebrar as tradições do sábado.

A cura do paralítico não apenas revela o poder de Jesus sobre a doença e a compaixão por aqueles que sofrem, mas também gera controvérsias, destacando as tensões entre Jesus e as autoridades religiosas judaicas. Essa passagem enfatiza a importância da fé, da misericórdia e da autoridade de Jesus como o Filho de Deus.

5 lições do tanque de Betesda

Na cura do paralítico em Betesda, aprendemos primeiramente sobre a compaixão de Jesus ao notar o sofrimento do homem paralítico. Isso destaca o cuidado e a prontidão de Jesus em aliviar o sofrimento daqueles que clamam por ajuda.

A segunda lição, foi o desafio a religiosidade. Ao realizar a cura no sábado, Jesus desafia as normas religiosas estabelecidas. Isso nos ensina que a misericórdia e o amor de Deus muitas vezes transcendem as tradições.

A terceira lição é o papel transformador da fé. A fé do paralítico é fundamental para sua cura. Jesus destaca a importância da fé como um elemento essencial para o agir de Deus. Essa lição nos leva a refletir sobre como a fé, mesmo em meio às dificuldades, pode ser a chave para experimentar milagres e transformação em nossas vidas.

A quarta lição é que Jesus é a verdadeira fonte de cura. O tanque de Betesda simbolizava a esperança de cura, mas o paralítico nunca conseguiu entrar nele. No entanto, Jesus curou-o instantaneamente, sem depender das águas. Isso ensina que a solução para nossas dificuldades não está em métodos humanos, mas na confiança em Deus.

A quinta lição é sobre a necessidade da transformação espiritual. Após curá-lo, Jesus advertiu: "Não volte a pecar, para que algo pior não lhe aconteça". Isso mostra que não basta somente a cura física; é essencial buscarmos uma vida de retidão e comunhão com Deus.

I. A SUFICIÊNCIA DE CRISTO PARA COM AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

 Mulher com vestido branco

 A cura do paralítico do tanque de Betesda (cf. João 5:1-9) mostra com bastante clareza a suficiência de Cristo com as pessoas com deficiência. Certa feita, Jesus foi a uma festa em Jerusalém. Mas, enquanto o povo se alegrava, Ele se dirigiu ao tanque de Betesda, onde havia uma multidão de deficientes sofrendo (João 5:1,2). Como sua comida era fazer a vontade do Pai, e a vontade do Pai é a salvação dos perdidos e o socorro dos aflitos, Jesus caminha para esse local, onde havia gente deformada, destruída emocionalmente.

O tanque de Betesda era uma espécie de hospital público da cidade. Conhecido como “Casa de Misericórdia” abrigava uma multidão de pacientes sem perspectiva de cura. O texto é assaz chocante: Nestes jazia grande multidão de enfermos: cegos, coxos e paralíticos, esperando o movimento das águas (João 5:3). Essa multidão era alimentada pela crença de que um anjo desceria em algum momento para agitar a água do tanque, e o primeiro que se lançasse na água seria curado. Jesus caminha no meio dessa multidão e distingue um homem, um paralítico, entrevado em sua cama, abandonado, sem nenhuma perspectiva de cura. Aquele homem era a maquete da desesperança.

Destacamos neste episódio alguns pontos importantes.

1. Jesus, a esperança do desesperançado (João 5:6) – E Jesus, vendo este deitado e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim”.

Nota-se, pelo texto, que aquele homem não demonstrava nenhuma esperança de ser curado; ele estava desprezado. Como eu disse, ele era a maquete da desesperança. Ele já não tinha mais sonhos para embalar. Sua causa estava totalmente perdida. Seu corpo estava surrado pela doença. Suas emoções estavam turvas pelas circunstâncias adversas. Sua alma estava doente pela autoestima aniquilada. Quando Jesus o viu, perguntou-lhe: "queres ficar são?". Ele respondeu com uma evasiva. Ele não foi direto, não foi objetivo, não disse sim nem não. Em vez de responder à pergunta objetiva de Jesus, saiu pela tangente e acentuou sua dor emocional: "senhor, não tenho ninguém...". Isso demonstra que o desprezo era a doença mais avassaladora na vida daquele paralítico, até mesmo maior do que a paralisia; que o abandono lhe doía mais do que a incapacidade de andar; que a falta de solidariedade naqueles longos anos era como farpas cravadas em seu peito que envenenavam sua alma; que a mágoa havia aberto feridas cheias de pus em seu coração. Só Jesus poderia lhe conceder a cura física e da alma. Jesus era a sua única esperança. Só em Jesus Cristo há salvação para o desesperado sem esperança.

Quantas pessoas não estão assim como este paralitico, sem esperança, sem ninguém para lhe estender a mão! A igreja é o braço estendido de Jesus para amparar estas pessoas e lhes mostrar o caminho certo que as levará à porta da provisão.

2. A divina compaixão de Jesus (João 5:6). Jesus viu aquele homem com uma doença incurável. Era uma causa perdida. Por isso, Jesus foi ao encontro dele. Jesus o viu. Tomou a iniciativa. Abordou-o. Jesus abriu para ele a porta da esperança. Sentiu sua dor, seu drama.

Talvez você também, prezado irmão e amigo, já não tenha mais forças para clamar. Talvez você já tenha desistido de esperar uma cura. Talvez você só tenha encontrado incompreensões e lute sozinho para uma cura que não acontece. Mas Jesus se importa com você e se compadece de sua vida.

Talvez você pense que foi longe demais e agora já não tem mais saída. Talvez você já tenha batido em todas as portas e esteja cansado de esperar. Mas Jesus vê você. Ele sabe o que está acontecendo com você e se importa com tua vida. Jesus é tremendamente misericordioso. Ele nos vê quando estamos prostrados, sozinhos, abandonados, sem ajuda, sem saída, conformados com o caos. Ele nos distingue no meio da multidão e se importa conosco.

Jesus tem prazer na misericórdia. Ele é o caminho para pés perdidos; é a verdade para a mente inquieta; é a vida para os que estão mortos; é a luz para tua escuridão; é pão para tua fome e a água para tua sede; é a paz para o teu tormento. Quando os nossos recursos acabam, somos fortes candidatos a um milagre de Jesus (João 5:7,8) - “O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me coloque no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda”.

Aquele homem estava só. Não tinha ninguém por ele. Não tinha saúde. Não tinha paz. A solidão era a marca da sua vida. Ele havia chegado ao fim da linha, ao fundo poço. Mas, quando se viu desamparado, Jesus lhe estendeu a mão. Este é o nosso Jesus: cheio de compaixão, de misericórdia.

O que as pessoas viam naquele paralítico desprezível e excluído pela sociedade e até mesmo pelos seus familiares? Uma fonte de problemas, e problemas sem solução; alguém sem futuro, sem esperança e sem capacidade de produzir algo relevante para a sociedade; um fardo, não só para ele mesmo como para os demais à sua volta. Para muitos, sua ausência nem seria sentida, apesar das várias vezes que o viram ser colocado junto ao tanque, à espera do milagre. Era isso que as pessoas viam. Mas, Jesus viu naquele homem sem nome, sem história, sem currículo e sem futuro, algo de muito valor.

Jesus também está vendo a tua vida, caro irmão e amigo. Ele sabe todos os problemas que tu estás passando. Ele conhece a tua dor, a tua angústia, o teu vazio, a tua crise. Ele tem nas mãos o diagnóstico da tua vida. Jesus sabe há quanto tempo você está sofrendo; Ele conhece a dor de ser abandonado; conhece a dor da desesperança; conhece os sonhos frustrados; conhece a virulência do pecado que assola tua vida, o peso da culpa que esmaga tua consciência.

Prezado irmão e amigo, você talvez não saiba, mas o Senhor pode mudar seu cativeiro, e aquilo que hoje você carrega com vergonha vai se tornar, em breve, algo que você carregará com orgulho. Basta que você creia nele, e o aceite como único e suficiente Senhor e Salvador. Ele disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11:28).

3. Jesus supre plenamente a necessidade do paralítico (João 5:8) – “Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda”. Observe que Jesus não pregou, não corrigiu a teologia do paralitico, não fez uma palestra sobre salvação para ele. Pessoas que tem falta de esperança não precisam de mais conhecimento, precisam de compaixão. Jesus deu ao homem o que faltava e aquilo de que ele desesperadamente necessitava; deu a ele graça em forma de uma ordem: “Levanta-te, toma a tua cama e anda”.

O Rev. Hernandes Dias Lopes, citando Charles Erdman, diz que, em João 5:8, a palavra levanta-te”, sugere a necessidade de resolução e ação imediatas; a frase toma a tua cama”, lembra ao homem a ser curado que ele não deve pensar em recaída, nem fazer provisão para uma volta ao velho modelo de vida, nem temer o futuro, mas apenas confiar em Cristo; a palavra anda”, declara a necessidade de passar logo a experimentar a nova vida que Cristo outorga.

Jesus dá a ordem e também o poder para a cumprir. Uma ordem de Cristo sempre encerra uma promessa. Ele sempre nos capacita a executar suas ordens. Na verdade, Jesus dá o que ordena e ordena o que deseja. A Palavra de Jesus tem poder: a natureza lhe obedece, os ventos ouvem sua voz, o mar escuta suas ordens, os anjos obedecem ao seu comando, os demônios batem em retirada diante de sua autoridade. Ele tem toda a autoridade no Céu e na Terra.

4. A causa da deficiência do paralitico de Betesda: o pecado (João 5:14) – Depois, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: Eis que já estás são; não peques mais, para que te não suceda alguma coisa pior”.

 Jesus é Deus, Ele tudo vê. Jesus viu o passado, a condição e o futuro desse paralitico. Viu que ele estava colhendo o que havia plantado. Viu nele uma triste história de pecado. Aquele homem não estava apenas preso à sua cama, mas também preso ao seu passado, às suas memórias amargas, à sua culpa.

Jesus olhou para a mulher samaritana e viu que ela estava vivendo em adultério. Jesus olhou para Zaqueu na árvore e viu que havia sede de Deus no seu coração. Jesus viu o amor às riquezas no coração do jovem rico. Jesus viu a hipocrisia nas atitudes dos fariseus. Jesus viu falsidade no beijo de Judas Iscariotes. Jesus viu o arrependimento sincero no coração do ladrão na cruz. Nada fica oculto aos olhos de Jesus. Caim tentou fugir de Deus; Acã tentou encobrir o seu roubo; Davi tentou esconder o seu adultério. Mas o Senhor estava vendo tudo.

Jesus sabia que aquele homem estava enfermo havia 38 anos. Ele conhecia a causa do seu sofrimento: o pecado. O texto de João 5:14 mostra que o pecado é maligníssimo, porque esse homem está sofrendo por causa do seu pecado. Está colhendo os frutos malditos de sua semeadura insensata. Esse homem estava sem amigos, sem ajuda e sem esperança. Os anos passavam, e ele continuava entregue à sua desventura, sem nenhum socorro. Esse é o preço do pecado.

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