SE O MEU POVO
ORAR
TEXTO BÍBLICO:
“E se o meu povo, que se
chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter
dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus
pecados, e sararei a sua terra” (2
Cr 7.14).
VERDADE PRÁTICA
A
oração de confissão, acompanhada de temor e humildade, exalta a bondade e a
benignidade do Senhor.
LEITURAS
BÍBLICAS E CONCORDANCIAS
2 Cr 6.27 Devemos confessar o pecado a DEUS em oração
Tg 4.10 Devemos nos humilhar
diante de DEUS em oração
2 Cr 6.30,31 Devemos pedir restauração a DEUS
Jo 17.21-23 Devemos pedir a DEUS unidade
2 Cr 7.14 Devemos ter certeza
de que DEUS responde à oração
Lc 11.10-1 Devemos ser perseverantes em oração
TEXTO BÍBLICO: 2 Crônicas 7.11-18
11
Assim, Salomão acabou a Casa do SENHOR e a casa do rei; e tudo quanto Salomão
intentou fazer na Casa do SENHOR e na sua casa, prosperamente o efetuou. 12 E o
SENHOR apareceu de noite a Salomão e disse-lhe: Ouvi tua oração e escolhi para
mim este lugar para casa de sacrifício. 13 Se eu cerrar os céus, e não houver
chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste
entre o meu povo; 14 e se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos
seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e
sararei a sua terra. 15 Agora, estarão abertos os meus olhos e atentos
os meus ouvidos à oração deste lugar. 16 Porque, agora, escolhi e santifiquei
esta casa, para que o meu nome esteja nela perpetuamente; e nela estarão fixos
os meus olhos e o meu coração todos os dias. 17 Quanto a ti, se andares diante
de mim, como andou Davi, teu pai, e fizeres conforme tudo o que te ordenei, e
guardares os meus estatutos e os meus juízos, 18 também confirmarei o trono do
teu reino, conforme o concerto que fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te
faltará varão que domine em Israel.
7.1 A GLÓRIA DO SENHOR. A "glória do SENHOR" refere-se a uma
manifestação visível da presença e do esplendor de DEUS
7.12 O SENHOR APARECEU... A SALOMÃO. Ver 1 Rs 9.3.
7.14 SE O MEU POVO... SE HUMILHAR, E ORAR, E BUSCAR... E SE CONVERTER.
O
castigo que DEUS envia ao seu povo nos tempos de declínio moral, indiferença
espiritual e de parceria com o mundo é a seca, a esterilidade e a peste (v.
13). A promessa de DEUS, embora originalmente feita a Israel, é de igual modo
aplicável ao povo de DEUS em qualquer época, desde que este povo, uma vez sob
castigo divino, satisfaça as seguintes condições para um avivamento espiritual
e restauração do santo propósito e bênção de DEUS para seu povo (cf. At 3.19):
(1) "Humilhar-se". O povo de DEUS
deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza pelo seu pecado e renovar
seu compromisso de fazer a vontade de DEUS. Humilharmo-nos diante de DEUS e da
sua Palavra, importa em reconhecer nossa pobreza espiritual (11.16;
15.12,13,15; 34.15-19; Sl 51.17; Mt 5.3).
(2) "Orar". O povo de DEUS deve
clamar agonizante, pedindo-lhe misericórdia, deve depender totalmente dEle e
confiar nEle para a sua intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante
até DEUS responder do céu (cf. Lc 11.1-13; 18.1-8; Tg 5.17,18).
(3) "Buscar a minha face". O povo
de DEUS deve, com dedicação, buscar a DEUS de todo o coração e ansiar pela sua
presença e não simplesmente tentar fugir da adversidade (11.16; 19.3; 1 Cr
16.11; 22.19; Is 55.6,7).
(4) "E se converter dos seus maus caminhos".
O povo de DEUS deve se arrepender com sinceridade, abandonar pecados
específicos e todas as formas de idolatria, renunciar o mundanismo e chegar-se
a DEUS; pedindo misericórdia, perdão e purificação (29.6-11; 2 Rs 17.13; Jr
25.5; Zc 1.4; Hb 4.16).
7.14 ENTÃO, EU OUVIREI... PERDOAREI... SARAREI. Quando são cumpridas as
quatro condições da parte de DEUS, para o avivamento e renovação espiritual do
seu povo, cumpre-se também a tríplice promessa divina do avivamento:
(1) DEUS desviará a sua ira do seu povo, ouvirá o seu clamor angustiado e
atenderá a sua oração (v. 15). Noutras palavras, a primeira evidência de um
reavivamento é DEUS começar a ouvir, do céu, a oração e responder de lá (vv.
14,15) e a manifestar compaixão pelo seu povo (Sl 85.4-7; 102.1,2,13; Jr 33.3;
Jl 2.12,13,18,19).
(2) DEUS perdoará o seu povo, purificá-lo-á dos seus pecados e restaurará entre
eles o seu favor, presença, paz, verdade, justiça e poder (cf. Sl 85.9-13; Jr
33.7,8; Os 10.12; Jl 2.25; 2 Co 6.14-18). (3) DEUS sarará o seu povo e sua
respectiva terra, derramando novamente chuvas (i.e., favor e bênçãos físicas) e
o ESPÍRITO SANTO (i.e., despertamento espiritual entre o seu povo e entre os
perdidos, cf. Sl 51.12,13; Os 5.14-6.3,11; Jl 2.28-32)
RESUMO:
O povo deveria clamar a DEUS sempre que estivesse em dificuldades, mas teria
que passar por alguns pontos necessários para que DEUS os ouvisse e atendesse:
I. A NECESSIDADE DE SE HUMILHAR E BUSCAR A DEUS
1. DEUS é grande, o homem é limitado.
O pecar é do homem, o levantar é de DEUS. DEUS é o criador, é SENHOR, Está em
toda parte, Sabe todas as coisas, Pode todas as coisas. O homem é fraco, é
impotente, nada sabe do futuro, não tem poder sobre o pecado e nem sobre seu
mentor: satanás. Precisamos de DEUS para tudo e devemos em tudo ser-LHE sujeito
e dependente.
2. A necessidade da humildade.
A árvore boa e produtiva é
aquela que se abaixa quando carregada de frutos. Devemos saber que é ao nos
humilhar que somos exaltados. DEUS nos ouve em secreto e nos exalta
publicamente. DEUS levanta o abatido. Convém que ELE cresça e que nós
diminuamos. DEUS deve ser exalto e glorificado através de nós.
3. A busca pela presença de DEUS.
Devemos buscar a DEUS como a
corça busca por água, ter sede de DEUS, desejo de estar em sua presença,
separar um tempo para buscá-lo todos os dias de nossas vidas. Devemos ter sede
de DEUS, fome de DEUS, anseio pela sua presença onde quer que estejamos.
II. A NECESSIDADE DE ARREPENDER-SE E CONVERTER-SE
1.
Arrependimento.
A condição sine qua non (“sem
o qual não pode ser”) para que DEUS ouça nossas orações é que estejamos
arrependidos de nossos pecados, pois eles formam uma barreira entre nós e nosso
DEUS.
2. Conversão.
Convergir é mudar de rumo,
pegar outra direção. Por que a conversão? A Bíblia diz em Jeremias 17:09: "Enganoso é o coração, mais que todas as cousas e
desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?" O coração humano é um
coração corrupto. Teologicamente chamamos a isso de natureza pecaminosa. Todos
os seres humanos, desde que viemos a esta terra, você, eu, todos, nascemos com
natureza pecaminosa. Mas o que é natureza pecaminosa? É uma vontade desesperada
de gostar do lixo desta vida; de gostar das coisas erradas. Com essa natureza
com que nascemos, é impossível agradar a Deus; é impossível amar as coisas
certas; é impossível querer estudar a Bíblia, querer seguir a Jesus, querer
obedecer. É literalmente impossível! Veja o que Jeremias confirma, no capítulo 13:23: "Pode acaso o etíope mudar a sua pele, ou o
leopardo as suas manchas? Então poderíeis fazer o bem, estando acostumados a
fazer o mal?" Esta é a situação do ser humano, e é por isso que é
preciso uma conversão de natureza.
O que é conversão?
Primeiro, é muito importante você entender que conversão é converter-se a
Alguém. Tipo meia-volta, volver! Primeiro vem o sentimento do pecado e ruína:
Jeremias 31:
19 Na verdade que, depois que
me converti, tive arrependimento; e depois que fui instruído, bati na minha
coxa; fiquei confuso, e também me envergonhei; porque suportei o opróbrio da
minha mocidade.
Depois é preciso entender que seu pecado e ruína foram pagos por um substituto
na Cruz, que Ele é o Cordeiro de Deus, a consumação dos cordeiros inocentes que
os judeus imolavam cada vez que pecavam. Ou você Converte-se a Cristo ou não se
converte a coisa alguma. É preciso se ver perdido para pedir socorro a Quem
pode salvar. Como fez o carcereiro, ao perguntar a Paulo:
Atos 16:
30 E, tirando-os para fora, disse:
Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
31 E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e
serás salvo, tu e a tua casa.
O negócio é 8 ou 80. O que era cego, agora vê. O que estava morto, agora vive.
É importante entender que Deus nos considera mortos espiritualmente antes de
crermos. Qualquer tentativa de melhoria dessa natureza morta é o mesmo que
maquiar cadáveres. Veja isto que foi
escrito a pessoas convertidas:
Efésios 2:
1 E VOS vivificou, estando vós mortos em
ofensas e pecados,2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo,
segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos
da desobediência.3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos
da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por
natureza filhos da ira, como os outros também.4 Mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,5 Estando
nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela
graça sois salvos),
Veja que uma das características do estado de morto era fazer a própria
vontade, agir conforme seus próprios pensamentos. Esta preocupação grande com o
"fazer" ao invés do "crer" é natural ao ser humano.
Disso provém as religiões, sempre com longas listas de obrigações a serem
cumpridas para talvez merecer um lugar no céu. Deus não pediu para fazer nada.
Quer fazer a obra de Deus? Então leia isto:
João 6:
28 Disseram-lhe, pois: Que faremos para
executarmos as obras de Deus?
29 Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
Na conversão você ganha uma nova concepção de valores. Coisas que eram
importantes já não são mais. Muita gente pensa na conversão como um processo no
qual você é obrigado a renunciar a uma porção de coisas. É claro que você acaba
renunciando a uma porção de coisas, mas é por descobrir que nem tudo o que
reluz é ouro. Quando você conhece a preciosidade de Cristo, fica mais fácil
discernir o que é pirita e o que é ouro.
Cantares de Salomão 5:
9
Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as
mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras?10
O meu amado é branco e rosado; ele é o primeiro entre dez mil.11 A sua cabeça é
como o ouro mais apurado, os seus cabelos são crespos, pretos como o corvo.12
Os seus olhos são como os das pombas junto às correntes das águas, lavados em
leite, postos em engaste.13 As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como
flores perfumadas; os seus lábios são como lírios gotejando mirra com doce
aroma.14 As suas mãos são como anéis de ouro engastados de berilo; o seu ventre
como alvo marfim, coberto de safiras.15 As suas pernas como colunas de mármore
colocadas sobre bases de ouro puro; o seu aspecto como o Líbano, excelente como
os cedros.16 A sua boca é muitíssimo suave, sim, ele é totalmente desejável.
Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.
A conversão não tira o osso que o cachorro está roendo. A conversão dá a ele um
filé (então ele deixa o osso, pois achou algo melhor, mais precioso).
Outro ponto importante é entender que há um Caminho, não dois ou três. Veja
isto:
1 Timóteo 1:
15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda
a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos
quais eu sou o principal.
Atos 4:12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Finalmente, há aqueles que quase aceitam a Verdade, que dizem que falta pouco
para se converterem. Cuidado com o quase...
Atos 26:
28 E disse Agripa a Paulo: Por pouco me
queres persuadir a que me faça cristão!
29 E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente
tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu
sou, exceto estas cadeias. (Mário Persona).
III. AS RESPOSTAS DIVINAS ÀS ATITUDES DO POVO
1. “Ouvirei
dos céus” (v.14).
Que maravilha! Somos ouvidos, apesar de nossa pequenez. DEUS lá nos céus nos
ouve e nos responde - A oração é um diálogo.
2. “Perdoarei os seus pecados”.
É ELE que nos perdoa todos os
nossos pecados e sara todas as nossas enfermidades (Is 53, Sl-103).
3. “Sararei a sua terra”.
Sarar, curar, dar vida. Aqui estão envolvidas promessas materiais e
espirituais, escolha as duas, não fique só com uma.
CONCLUSÃO
O nosso DEUS, segundo as suas riquezas, supre todas as nossas necessidades
em glória, por CRISTO JESUS (Fp 4.19).
AS PROMESSAS DE DEUS SÃO CONDICIONAIS - “SE O MEU POVO ORAR”
Na famosa oração de dedicação do Templo, Salomão pediu ao Senhor que atendesse
as súplicas do seu povo, quando ele pecasse e fosse exilado: “Ouve tu desde os céus, e perdoa os pecados de teu povo
de Israel, e faze-os tornar à terra que tens dado a eles e a seus pais” (2Cr
6:24,25). Claro que isto requereria arrependimento, uma mudança de coração,
pelo qual o rei orou fervorosamente (6:37-39).
Em seguida, o Senhor apareceu de noite a Salomão para conceder-lhe bênçãos
adicionais (2Cr 7:12-18) juntamente com uma advertência (2Cr 7: 19-22; cf 1Rs
9:1-9). As suas palavras a Salomão foram uma breve resposta aos pontos
principais da oração de consagração do rei. Deus assegurou-lhe que tinha ouvido
(1Rs 9:3; cf 8:28-30) e confirmou que o seu nome estava no Templo, que teria a
sua atenção contínua. O Senhor novamente declarou que a obediência era a
condição para a continuidade do trono de Davi (1Rs 4:5; cf 8:24-26). Aqui está
o severo aviso de que a desobediência irá certamente resultar em cativeiro em
uma terra estrangeira, e na destruição do Templo. Os próprios estranhos
entenderiam que a causa de tal ruína seria a deslealdade de Israel do seu Deus
(1R 9:6-9). Portanto, a obediência ou a santidade da vida é a chave para que
Israel cumpra o propósito que Deus tem para a nação, como um povo; a sua
desobediência não será tolerada de maneira alguma.
Portanto, obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições
prévias indispensáveis para termos resposta às orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é
ouvida por Deus, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em
Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a
Deus (Tg 5:16-18; Sl 34:13,14).
O Antigo Testamento acentua este mesmo
ensino.
Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram ouvidas por
causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver
Êx 33:17). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em
nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações – “Se
eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl
66:18). Eis a razão principal porque o Senhor não atendia as orações dos
israelitas idólatras e ímpios – “Pelo que, quando
estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas
orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is
1:15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos
ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua
terra – “e se o meu povo, que se chama pelo meu
nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus
caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a
sua terra” (2Cr 7.14).
Vejamos a seguir uma análise sucinta destas promessas condicionais de Deus ao
seu povo Israel, que é aplicado a todos nós que fazemos parte da Igreja do
Senhor.
1. O povo de Deus. “se o meu povo, que se
chama pelo meu nome”. Após a destruição da humanidade pelo dilúvio,
formou-se uma única nação por parte dos descendentes de Noé, mas esta
comunidade logo se revoltou contra Deus, que dividiu esta nação única através
da confusão das línguas (cf Gn 11:1-9), findando-se, assim, a chamada
dispensação do governo humano.
Em virtude deste juízo, Deus resolve formar um povo, a partir de Abraão, para
trazer a salvação à humanidade (Gn 12:1-3). Perceba-se que a formação deste
povo não significa, em absoluto, predileção ou acepção de pessoas, mas visa
criar um povo que pudesse ser a demonstração do amor de Deus a todas as nações.
Israel falhou nesta iniciativa de testificar de Deus a todas as nações,
notadamente ao rejeitar o Messias (cf João 1:11), abrindo-se, então, uma
oportunidade aos gentios para que recebessem a Deus através de Jesus
Cristo(João 1:12,13; Rm 9:30-33,10:11-25).
Vive-se o momento da dispensação da Graça aos gentios, da oportunidade para que
todos aceitem a Cristo como Salvador(Mt 24:14; 28:19;Mc 16:15; Lc 24:47;At1:8;
Ap 5:9,10).
Mediante o perdão divino, passamos a pertencer ao povo de Deus,
independentemente de nossa vida anterior, do que tenhamos vindo a
fazer(Os.2:23). Não há qualquer maldição hereditária, qualquer reminiscência,
qualquer pecado que tenha perdurado, pois o sangue de Jesus nos purifica de
todo o pecado (1João 1:7).
a) “Se o meu povo”. A resposta do Senhor começa com uma
condicional: “Se”. Não é incomum Deus, em sua Palavra, trazer
promessas condicionais, que dependem de uma atitude por parte do homem. Deus
estava pronto para ouvir seu povo, mas este deveria estar pronto para dar o
passo em direção ao Senhor. O povo deveria buscar ao Senhor para que a resposta
divina chegasse a eles.
b) “Que se chama pelo meu nome”. O povo de Israel era chamado o
povo de Deus. Infelizmente, por diversas ocasiões, o povo se rebelou contra o
Senhor e esqueceu a quem pertencia, e essa atitude trouxe diversos julgamentos
da parte de Deus. Ser chamado pelo nome do Senhor exige grande responsabilidade,
pois requer ser um exemplo. Não bastava orar; era preciso ter compromisso com o
Deus que os tirou da escravidão.
2. Condições para cumprimento das promessas de Deus. O castigo que Deus
envia ao seu povo nos tempos de declínio moral, indiferença espiritual e de
parceria com o mundo é a seca, a esterilidade e a peste (2Cr 7:13). A promessa
de Deus, embora originalmente feita a Israel, é de igual modo aplicável ao povo
de Deus em qualquer época, desde que este povo, uma vez sob castigo divino,
satisfaça as seguintes condições para um avivamento espiritual e restauração do
santo propósito e benção de Deus para seu povo (cf At 3:19):
a) “Humilhar-se”. Deus aceita o coração quebrantado, que se vê na
dependência dele para receber o perdão de seus pecados e manter a comunhão.
Pessoas com coração altivo não são aceitas pelo Senhor. Quando se imaginava que
bastava a pessoa apresentar-se ao Senhor com animais para serem mortos, Deus
usa o salmista e diz: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a
um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51:17).
Portanto, o povo de Deus deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza
pelo seu pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade de Deus.
Humilharmo-nos diante de Deus e da sua Palavra, importa em reconhecer nossa
pobreza espiritual (2Cr 11:16; 15:12,13,15; 34:15-19; Sl 51:17; Mt 5:3).
b) “Orar”. O povo de Deus deve clamar com fervor, pedindo-lhe
misericórdia. Deve depender totalmente dele e confiar nele para a sua
intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante até Deus responder do Céu
(cf Lc 11:1-13; 18:1-8; Tg 5:17,18).
c) “Buscar a minha face”. Pode parecer redundante esta fala do
Senhor, mas lembremo-nos de que muitas pessoas não buscam o Senhor em oração.
Jesus contou a parábola do fariseu e do publicano, e nela mostrou a
possibilidade de uma pessoa orar, mas não buscando ao Senhor: “O fariseu,
estando em pé, orava consigo...” (Lc 18:11). O fariseu não estava orando a
Deus: ele orava de si para si mesmo. E esse é o tipo de oração hipócrita. Sua
oração não ia além do templo, não chegava à presença de Deus. Sabe por quê?
Porque se tratava de uma oração vazia, egoísta, vaidosa, hipócrita, cheia de
arrogância, exaltação e pedantismo religioso. Ora, nós sabemos que Deus não
ouve a oração feita com arrogância.
O publicano, pelo contrário, via muito bem a si mesmo e só tinha olhos para os
seus pecados. Não tinha nenhuma pretensão, mas apenas a convicção de que era
pecador. Esse homem humilde e convicto do seu estado de pecador estava
arrependido diante de Deus. Seu único pedido era por piedade, ou seja, por
perdão. E Deus ouviu o pecador arrependido e o perdoou. O publicano saiu do
templo perdoado e justificado.
O povo de Deus deve, portanto, com dedicação, humildade, temor e tremor buscar
a Deus de todo o coração e ansiar pelo seu perdão e pela sua presença.
d) “E se converter dos seus maus caminhos”. A oração exige de nós
que tornemos a fazer aquilo que agrada a Deus. O povo deve se arrepender com
sinceridade, abandonar pecados específicos e todas as formas de idolatria,
renunciar o mundanismo e chegar-se a Deus; pedindo misericórdia, perdão e purificação
(2Cr 29:6-11; 2Rs 17:13; Jr 25:5; Zc 1:4; Hb 4:16).
Orar é importante, como também ter um coração quebrantado e buscar a face do
Senhor, mas não podemos permanecer no pecado. É preciso ter uma atitude de
conversão, de mudar de caminho, de não cometer os erros que vimos fazendo.
3. Deus cumpre suas promessas. “Então, eu
ouvirei... perdoarei... Sararei”. Quando são cumpridas as quatro
condições acima da parte de Deus, para o avivamento e renovação espiritual do
seu povo, cumpre-se também a tríplice promessa divina do avivamento:
a) Deus ouvirá a oração do seu povo – “eu ouvirei dos
céus”. Deus desviará a sua ira do seu povo, ouvirá o seu clamor
angustiado e atenderá a sua oração (2Cr 7:15). Noutras palavras, a primeira
evidência de um reavivamento é Deus começar a ouvir, do Céu, a oração e
respondê-la, e a manifestar compaixão pelo seu povo (Sl 85:4-7; 102:1,2,13; Jr
13:3; Jl 2:12,13,18,19).
b) Deus perdoará o seu povo – “e perdoarei os seus
pecados”. Deus purificará o seu povo dos seus pecados e restaurará
entre eles o seu favor, presença, paz, verdade, justiça e poder (cf Sl 85:9-13;
Jr 33:7,8; Os 10:12; 2Co 6:14-18).
c) Deus sarará o seu povo e sua respectiva terra – “e sararei
a sua terra”. Deus promete restaurar a comunhão por meio do perdão dos
pecados, e na sequência, restaurar a ordem social e física na nação, derramando
novamente chuvas (isto é, favor e bênçãos físicas) e o Espírito Santo (isto é,
despertamento espiritual entre o seu povo e entre os perdidos, cf. Sl 51:12,13;
Os 5:14; 6:3,11; Jl 2:28-32).
Esse é o resultado de se buscar ao Senhor da forma que Ele deseja e aceita:
a garantia de que Deus estará inclinado às orações que forem feitas a Ele,
desde que cumpra as condições por Ele estabelecidas, como as que foram
mencionadas acima. Portanto, busquemos a presença do Senhor continuamente, a
fim de que o nosso Deus, segundo as suas riquezas, supra todas as nossas
necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4:19).
CONCLUSÃO
A oração de Salomão pelas
bênçãos de Deus tinha sido condicional. A resposta do Senhor foi dada nas
mesmas condições. Não importa quão profundo seja o problema trazido pelo
pecado; existe uma promessa segura de Deus: “se o meu povo, que se chama pelo
nome.... e sararei a sua terra (2Cr 7:14). Mas, o povo de Deus deve caminhar em
obediência às suas leis ou será rejeitado.
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