segunda-feira, 5 de maio de 2025

AH SE O MEU POVO ORAR !!!

 


SE O MEU POVO ORAR

 

TEXTO BÍBLICO:

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2 Cr 7.14).


VERDADE PRÁTICA

A oração de confissão, acompanhada de temor e humildade, exalta a bondade e a benignidade do Senhor.

 

LEITURAS BÍBLICAS E CONCORDANCIAS

2 Cr 6.27 Devemos confessar o pecado a DEUS em oração
Tg 4.10    Devemos nos humilhar diante de DEUS em oração
2 Cr 6.30,31 Devemos pedir restauração a DEUS
Jo 17.21-23 Devemos pedir a DEUS unidade
2 Cr 7.14    Devemos ter certeza de que DEUS responde à oração
Lc 11.10-1 Devemos ser perseverantes em oração


TEXTO BÍBLICO: 2 Crônicas 7.11-18

11 Assim, Salomão acabou a Casa do SENHOR e a casa do rei; e tudo quanto Salomão intentou fazer na Casa do SENHOR e na sua casa, prosperamente o efetuou. 12 E o SENHOR apareceu de noite a Salomão e disse-lhe: Ouvi tua oração e escolhi para mim este lugar para casa de sacrifício. 13 Se eu cerrar os céus, e não houver chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; 14 e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. 15 Agora, estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar. 16 Porque, agora, escolhi e santifiquei esta casa, para que o meu nome esteja nela perpetuamente; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias. 17 Quanto a ti, se andares diante de mim, como andou Davi, teu pai, e fizeres conforme tudo o que te ordenei, e guardares os meus estatutos e os meus juízos, 18 também confirmarei o trono do teu reino, conforme o concerto que fiz com Davi, teu pai, dizendo: Não te faltará varão que domine em Israel.


7.1 A GLÓRIA DO SENHOR. A "glória do SENHOR" refere-se a uma manifestação visível da presença e do esplendor de DEUS



7.12 O SENHOR APARECEU... A SALOMÃO. Ver 1 Rs 9.3.


7.14 SE O MEU POVO... SE HUMILHAR, E ORAR, E BUSCAR... E SE CONVERTER.

O castigo que DEUS envia ao seu povo nos tempos de declínio moral, indiferença espiritual e de parceria com o mundo é a seca, a esterilidade e a peste (v. 13). A promessa de DEUS, embora originalmente feita a Israel, é de igual modo aplicável ao povo de DEUS em qualquer época, desde que este povo, uma vez sob castigo divino, satisfaça as seguintes condições para um avivamento espiritual e restauração do santo propósito e bênção de DEUS para seu povo (cf. At 3.19):


(1) "Humilhar-se". O povo de DEUS deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza pelo seu pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade de DEUS. Humilharmo-nos diante de DEUS e da sua Palavra, importa em reconhecer nossa pobreza espiritual (11.16; 15.12,13,15; 34.15-19; Sl 51.17; Mt 5.3).


(2) "Orar". O povo de DEUS deve clamar agonizante, pedindo-lhe misericórdia, deve depender totalmente dEle e confiar nEle para a sua intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante até DEUS responder do céu (cf. Lc 11.1-13; 18.1-8; Tg 5.17,18).


(3) "Buscar a minha face". O povo de DEUS deve, com dedicação, buscar a DEUS de todo o coração e ansiar pela sua presença e não simplesmente tentar fugir da adversidade (11.16; 19.3; 1 Cr 16.11; 22.19; Is 55.6,7).


(4) "E se converter dos seus maus caminhos". O povo de DEUS deve se arrepender com sinceridade, abandonar pecados específicos e todas as formas de idolatria, renunciar o mundanismo e chegar-se a DEUS; pedindo misericórdia, perdão e purificação (29.6-11; 2 Rs 17.13; Jr 25.5; Zc 1.4; Hb 4.16).


7.14 ENTÃO, EU OUVIREI... PERDOAREI... SARAREI. Quando são cumpridas as quatro condições da parte de DEUS, para o avivamento e renovação espiritual do seu povo, cumpre-se também a tríplice promessa divina do avivamento:


(1) DEUS desviará a sua ira do seu povo, ouvirá o seu clamor angustiado e atenderá a sua oração (v. 15). Noutras palavras, a primeira evidência de um reavivamento é DEUS começar a ouvir, do céu, a oração e responder de lá (vv. 14,15) e a manifestar compaixão pelo seu povo (Sl 85.4-7; 102.1,2,13; Jr 33.3; Jl 2.12,13,18,19).


(2) DEUS perdoará o seu povo, purificá-lo-á dos seus pecados e restaurará entre eles o seu favor, presença, paz, verdade, justiça e poder (cf. Sl 85.9-13; Jr 33.7,8; Os 10.12; Jl 2.25; 2 Co 6.14-18). (3) DEUS sarará o seu povo e sua respectiva terra, derramando novamente chuvas (i.e., favor e bênçãos físicas) e o ESPÍRITO SANTO (i.e., despertamento espiritual entre o seu povo e entre os perdidos, cf. Sl 51.12,13; Os 5.14-6.3,11; Jl 2.28-32)



RESUMO:
O povo deveria clamar a DEUS sempre que estivesse em dificuldades, mas teria que passar por alguns pontos necessários para que DEUS os ouvisse e atendesse:

I. A NECESSIDADE DE SE HUMILHAR E BUSCAR A DEUS


1. DEUS é grande, o homem é limitado.

O pecar é do homem, o levantar é de DEUS. DEUS é o criador, é SENHOR, Está em toda parte, Sabe todas as coisas, Pode todas as coisas. O homem é fraco, é impotente, nada sabe do futuro, não tem poder sobre o pecado e nem sobre seu mentor: satanás. Precisamos de DEUS para tudo e devemos em tudo ser-LHE sujeito e dependente.


2. A necessidade da humildade.

A árvore boa e produtiva é aquela que se abaixa quando carregada de frutos. Devemos saber que é ao nos humilhar que somos exaltados. DEUS nos ouve em secreto e nos exalta publicamente. DEUS levanta o abatido. Convém que ELE cresça e que nós diminuamos. DEUS deve ser exalto e glorificado através de nós.


3. A busca pela presença de DEUS.

Devemos buscar a DEUS como a corça busca por água, ter sede de DEUS, desejo de estar em sua presença, separar um tempo para buscá-lo todos os dias de nossas vidas. Devemos ter sede de DEUS, fome de DEUS, anseio pela sua presença onde quer que estejamos.


II. A NECESSIDADE DE ARREPENDER-SE E CONVERTER-SE


1. Arrependimento.

A condição sine qua non (“sem o qual não pode ser”) para que DEUS ouça nossas orações é que estejamos arrependidos de nossos pecados, pois eles formam uma barreira entre nós e nosso DEUS.

2. Conversão.

Convergir é mudar de rumo, pegar outra direção. Por que a conversão? A Bíblia diz em Jeremias 17:09: "Enganoso é o coração, mais que todas as cousas e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?" O coração humano é um coração corrupto. Teologicamente chamamos a isso de natureza pecaminosa. Todos os seres humanos, desde que viemos a esta terra, você, eu, todos, nascemos com natureza pecaminosa. Mas o que é natureza pecaminosa? É uma vontade desesperada de gostar do lixo desta vida; de gostar das coisas erradas. Com essa natureza com que nascemos, é impossível agradar a Deus; é impossível amar as coisas certas; é impossível querer estudar a Bíblia, querer seguir a Jesus, querer obedecer. É literalmente impossível! Veja o que Jeremias confirma, no capítulo 13:23: "Pode acaso o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Então poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal?" Esta é a situação do ser humano, e é por isso que é preciso uma conversão de natureza.


O que é conversão?

Primeiro, é muito importante você entender que conversão é converter-se a Alguém. Tipo meia-volta, volver! Primeiro vem o sentimento do pecado e ruína:

Jeremias 31:

19 Na verdade que, depois que me converti, tive arrependimento; e depois que fui instruído, bati na minha coxa; fiquei confuso, e também me envergonhei; porque suportei o opróbrio da minha mocidade.


Depois é preciso entender que seu pecado e ruína foram pagos por um substituto na Cruz, que Ele é o Cordeiro de Deus, a consumação dos cordeiros inocentes que os judeus imolavam cada vez que pecavam. Ou você Converte-se a Cristo ou não se converte a coisa alguma. É preciso se ver perdido para pedir socorro a Quem pode salvar. Como fez o carcereiro, ao perguntar a Paulo:

Atos 16:

30 E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
31 E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
O negócio é 8 ou 80. O que era cego, agora vê. O que estava morto, agora vive. É importante entender que Deus nos considera mortos espiritualmente antes de crermos. Qualquer tentativa de melhoria dessa natureza morta é o mesmo que maquiar cadáveres. Veja isto que 
 foi escrito a pessoas convertidas:

Efésios 2:

1 E VOS vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,2 Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência.3 Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.4 Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,5 Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
Veja que uma das características do estado de morto era fazer a própria vontade, agir conforme seus próprios pensamentos. Esta preocupação grande com o "fazer" ao invés do "crer" é natural ao ser humano. Disso provém as religiões, sempre com longas listas de obrigações a serem cumpridas para talvez merecer um lugar no céu. Deus não pediu para fazer nada. Quer fazer a obra de Deus? Então leia isto:


João 6:

28 Disseram-lhe, pois: Que faremos para executarmos as obras de Deus?
29 Jesus respondeu, e disse-lhes: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou.
Na conversão você ganha uma nova concepção de valores. Coisas que eram importantes já não são mais. Muita gente pensa na conversão como um processo no qual você é obrigado a renunciar a uma porção de coisas. É claro que você acaba renunciando a uma porção de coisas, mas é por descobrir que nem tudo o que reluz é ouro. Quando você conhece a preciosidade de Cristo, fica mais fácil discernir o que é pirita e o que é ouro.

Cantares de Salomão 5:

9 Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Que é o teu amado mais do que outro amado, que tanto nos conjuras?10 O meu amado é branco e rosado; ele é o primeiro entre dez mil.11 A sua cabeça é como o ouro mais apurado, os seus cabelos são crespos, pretos como o corvo.12 Os seus olhos são como os das pombas junto às correntes das águas, lavados em leite, postos em engaste.13 As suas faces são como um canteiro de bálsamo, como flores perfumadas; os seus lábios são como lírios gotejando mirra com doce aroma.14 As suas mãos são como anéis de ouro engastados de berilo; o seu ventre como alvo marfim, coberto de safiras.15 As suas pernas como colunas de mármore colocadas sobre bases de ouro puro; o seu aspecto como o Líbano, excelente como os cedros.16 A sua boca é muitíssimo suave, sim, ele é totalmente desejável. Tal é o meu amado, e tal o meu amigo, ó filhas de Jerusalém.

A conversão não tira o osso que o cachorro está roendo. A conversão dá a ele um filé (então ele deixa o osso, pois achou algo melhor, mais precioso).

Outro ponto importante é entender que há um Caminho, não dois ou três. Veja isto:

1 Timóteo 1:

15 Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.

Atos 4:12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Finalmente, há aqueles que quase aceitam a Verdade, que dizem que falta pouco para se converterem. Cuidado com o quase...

Atos 26:

28 E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão!
29 E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias. (Mário Persona).

III. AS RESPOSTAS DIVINAS ÀS ATITUDES DO POVO


1. “Ouvirei dos céus” (v.14).

Que maravilha! Somos ouvidos, apesar de nossa pequenez. DEUS lá nos céus nos ouve e nos responde - A oração é um diálogo.


2. “Perdoarei os seus pecados”.

É ELE que nos perdoa todos os nossos pecados e sara todas as nossas enfermidades (Is 53, Sl-103).

3. “Sararei a sua terra”.

Sarar, curar, dar vida. Aqui estão envolvidas promessas materiais e espirituais, escolha as duas, não fique só com uma.


CONCLUSÃO
O nosso DEUS, segundo as suas riquezas, supre todas as nossas necessidades em glória, por CRISTO JESUS (Fp 4.19).


AS PROMESSAS DE DEUS SÃO CONDICIONAIS - “SE O MEU POVO ORAR”

Na famosa oração de dedicação do Templo, Salomão pediu ao Senhor que atendesse as súplicas do seu povo, quando ele pecasse e fosse exilado: “Ouve tu desde os céus, e perdoa os pecados de teu povo de Israel, e faze-os tornar à terra que tens dado a eles e a seus pais” (2Cr 6:24,25). Claro que isto requereria arrependimento, uma mudança de coração, pelo qual o rei orou fervorosamente (6:37-39).


Em seguida, o Senhor apareceu de noite a Salomão para conceder-lhe bênçãos adicionais (2Cr 7:12-18) juntamente com uma advertência (2Cr 7: 19-22; cf 1Rs 9:1-9). As suas palavras a Salomão foram uma breve resposta aos pontos principais da oração de consagração do rei. Deus assegurou-lhe que tinha ouvido (1Rs 9:3; cf 8:28-30) e confirmou que o seu nome estava no Templo, que teria a sua atenção contínua. O Senhor novamente declarou que a obediência era a condição para a continuidade do trono de Davi (1Rs 4:5; cf 8:24-26). Aqui está o severo aviso de que a desobediência irá certamente resultar em cativeiro em uma terra estrangeira, e na destruição do Templo. Os próprios estranhos entenderiam que a causa de tal ruína seria a deslealdade de Israel do seu Deus (1R 9:6-9). Portanto, a obediência ou a santidade da vida é a chave para que Israel cumpra o propósito que Deus tem para a nação, como um povo; a sua desobediência não será tolerada de maneira alguma.


Portanto, obedecer aos mandamentos de Deus, amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às orações.
Tiago ao escrever que a oração do justo é ouvida por Deus, refere-se tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus (Tg 5:16-18; Sl 34:13,14).

O Antigo Testamento acentua este mesmo ensino.

Deus tornou claro que as orações de Moisés pelos israelitas eram ouvidas por causa do seu relacionamento obediente com o Senhor e da sua lealdade a Ele (ver Êx 33:17). Por outro lado, o salmista declara que se abrigarmos o pecado em nossa vida, o Senhor não atenderá as nossas orações – “Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Sl 66:18). Eis a razão principal porque o Senhor não atendia as orações dos israelitas idólatras e ímpios – “Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue” (Is 1:15). Mas se o povo de Deus arrepender-se e voltar-se dos seus caminhos ímpios, o Senhor promete voltar a atendê-lo, perdoar seus pecados e sarar a sua terra – “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra” (2Cr 7.14).

Vejamos a seguir uma análise sucinta destas promessas condicionais de Deus ao seu povo Israel, que é aplicado a todos nós que fazemos parte da Igreja do Senhor.

1. O povo de Deus. “se o meu povo, que se chama pelo meu nome”. Após a destruição da humanidade pelo dilúvio, formou-se uma única nação por parte dos descendentes de Noé, mas esta comunidade logo se revoltou contra Deus, que dividiu esta nação única através da confusão das línguas (cf Gn 11:1-9), findando-se, assim, a chamada dispensação do governo humano.
Em virtude deste juízo, Deus resolve formar um povo, a partir de Abraão, para trazer a salvação à humanidade (Gn 12:1-3). Perceba-se que a formação deste povo não significa, em absoluto, predileção ou acepção de pessoas, mas visa criar um povo que pudesse ser a demonstração do amor de Deus a todas as nações.


Israel falhou nesta iniciativa de testificar de Deus a todas as nações, notadamente ao rejeitar o Messias (cf João 1:11), abrindo-se, então, uma oportunidade aos gentios para que recebessem a Deus através de Jesus Cristo(João 1:12,13; Rm 9:30-33,10:11-25).
Vive-se o momento da dispensação da Graça aos gentios, da oportunidade para que todos aceitem a Cristo como Salvador(Mt 24:14; 28:19;Mc 16:15; Lc 24:47;At1:8; Ap 5:9,10).
Mediante o perdão divino, passamos a pertencer ao povo de Deus, independentemente de nossa vida anterior, do que tenhamos vindo a fazer(Os.2:23). Não há qualquer maldição hereditária, qualquer reminiscência, qualquer pecado que tenha perdurado, pois o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado (1João 1:7).


a) “Se o meu povo”. A resposta do Senhor começa com uma condicional: “Se”. Não é incomum Deus, em sua Palavra, trazer promessas condicionais, que dependem de uma atitude por parte do homem. Deus estava pronto para ouvir seu povo, mas este deveria estar pronto para dar o passo em direção ao Senhor. O povo deveria buscar ao Senhor para que a resposta divina chegasse a eles.


b) “Que se chama pelo meu nome”. O povo de Israel era chamado o povo de Deus. Infelizmente, por diversas ocasiões, o povo se rebelou contra o Senhor e esqueceu a quem pertencia, e essa atitude trouxe diversos julgamentos da parte de Deus. Ser chamado pelo nome do Senhor exige grande responsabilidade, pois requer ser um exemplo. Não bastava orar; era preciso ter compromisso com o Deus que os tirou da escravidão.


2. Condições para cumprimento das promessas de Deus. O castigo que Deus envia ao seu povo nos tempos de declínio moral, indiferença espiritual e de parceria com o mundo é a seca, a esterilidade e a peste (2Cr 7:13). A promessa de Deus, embora originalmente feita a Israel, é de igual modo aplicável ao povo de Deus em qualquer época, desde que este povo, uma vez sob castigo divino, satisfaça as seguintes condições para um avivamento espiritual e restauração do santo propósito e benção de Deus para seu povo (cf At 3:19):


a) “Humilhar-se”. Deus aceita o coração quebrantado, que se vê na dependência dele para receber o perdão de seus pecados e manter a comunhão. Pessoas com coração altivo não são aceitas pelo Senhor. Quando se imaginava que bastava a pessoa apresentar-se ao Senhor com animais para serem mortos, Deus usa o salmista e diz: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51:17). Portanto, o povo de Deus deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza pelo seu pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade de Deus. Humilharmo-nos diante de Deus e da sua Palavra, importa em reconhecer nossa pobreza espiritual (2Cr 11:16; 15:12,13,15; 34:15-19; Sl 51:17; Mt 5:3).


b) “Orar”. O povo de Deus deve clamar com fervor, pedindo-lhe misericórdia. Deve depender totalmente dele e confiar nele para a sua intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante até Deus responder do Céu (cf Lc 11:1-13; 18:1-8; Tg 5:17,18).


c) “Buscar a minha face”. Pode parecer redundante esta fala do Senhor, mas lembremo-nos de que muitas pessoas não buscam o Senhor em oração. Jesus contou a parábola do fariseu e do publicano, e nela mostrou a possibilidade de uma pessoa orar, mas não buscando ao Senhor: “O fariseu, estando em pé, orava consigo...” (Lc 18:11). O fariseu não estava orando a Deus: ele orava de si para si mesmo. E esse é o tipo de oração hipócrita. Sua oração não ia além do templo, não chegava à presença de Deus. Sabe por quê? Porque se tratava de uma oração vazia, egoísta, vaidosa, hipócrita, cheia de arrogância, exaltação e pedantismo religioso. Ora, nós sabemos que Deus não ouve a oração feita com arrogância.
O publicano, pelo contrário, via muito bem a si mesmo e só tinha olhos para os seus pecados. Não tinha nenhuma pretensão, mas apenas a convicção de que era pecador. Esse homem humilde e convicto do seu estado de pecador estava arrependido diante de Deus. Seu único pedido era por piedade, ou seja, por perdão. E Deus ouviu o pecador arrependido e o perdoou. O publicano saiu do templo perdoado e justificado.


O povo de Deus deve, portanto, com dedicação, humildade, temor e tremor buscar a Deus de todo o coração e ansiar pelo seu perdão e pela sua presença.


d) “E se converter dos seus maus caminhos”. A oração exige de nós que tornemos a fazer aquilo que agrada a Deus. O povo deve se arrepender com sinceridade, abandonar pecados específicos e todas as formas de idolatria, renunciar o mundanismo e chegar-se a Deus; pedindo misericórdia, perdão e purificação (2Cr 29:6-11; 2Rs 17:13; Jr 25:5; Zc 1:4; Hb 4:16).
Orar é importante, como também ter um coração quebrantado e buscar a face do Senhor, mas não podemos permanecer no pecado. É preciso ter uma atitude de conversão, de mudar de caminho, de não cometer os erros que vimos fazendo.


3. Deus cumpre suas promessas. “Então, eu ouvirei... perdoarei... Sararei”. Quando são cumpridas as quatro condições acima da parte de Deus, para o avivamento e renovação espiritual do seu povo, cumpre-se também a tríplice promessa divina do avivamento:


a) Deus ouvirá a oração do seu povo – “eu ouvirei dos céus”. Deus desviará a sua ira do seu povo, ouvirá o seu clamor angustiado e atenderá a sua oração (2Cr 7:15). Noutras palavras, a primeira evidência de um reavivamento é Deus começar a ouvir, do Céu, a oração e respondê-la, e a manifestar compaixão pelo seu povo (Sl 85:4-7; 102:1,2,13; Jr 13:3; Jl 2:12,13,18,19).


b) Deus perdoará o seu povo – “e perdoarei os seus pecados”. Deus purificará o seu povo dos seus pecados e restaurará entre eles o seu favor, presença, paz, verdade, justiça e poder (cf Sl 85:9-13; Jr 33:7,8; Os 10:12; 2Co 6:14-18).


c) Deus sarará o seu povo e sua respectiva terra – “e sararei a sua terra”. Deus promete restaurar a comunhão por meio do perdão dos pecados, e na sequência, restaurar a ordem social e física na nação, derramando novamente chuvas (isto é, favor e bênçãos físicas) e o Espírito Santo (isto é, despertamento espiritual entre o seu povo e entre os perdidos, cf. Sl 51:12,13; Os 5:14; 6:3,11; Jl 2:28-32).


Esse é o resultado de se buscar ao Senhor da forma que Ele deseja e aceita: a garantia de que Deus estará inclinado às orações que forem feitas a Ele, desde que cumpra as condições por Ele estabelecidas, como as que foram mencionadas acima. Portanto, busquemos a presença do Senhor continuamente, a fim de que o nosso Deus, segundo as suas riquezas, supra todas as nossas necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4:19).


CONCLUSÃO


A oração de Salomão pelas bênçãos de Deus tinha sido condicional. A resposta do Senhor foi dada nas mesmas condições. Não importa quão profundo seja o problema trazido pelo pecado; existe uma promessa segura de Deus: “se o meu povo, que se chama pelo nome.... e sararei a sua terra (2Cr 7:14). Mas, o povo de Deus deve caminhar em obediência às suas leis ou será rejeitado.

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