APRENDEI DE MIM QUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO
“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” é o convite que Jesus estende às pessoas
cansadas e oprimidas que, num ato de fé, tomam sobre si o Seu jugo; isto é,
tornam-se seus discípulos (Mateus 11:29). Aqueles que atendem a esse
maravilhoso convite encontram descanso para suas almas.
Provavelmente
Jesus pronunciou essas palavras após ter recebido de volta os setenta
discípulos que Ele havia enviado numa missão evangelística (cf. Lucas 10:1-22).
Mas antes de fazer esse convite, Jesus fez uma oração de agradecimento ao Pai
por soberanamente ter ocultado dos sábios e cultos as questões concernentes à
salvação; mas as revelado aos pequeninos (Mateus 11:25,26).
Essa
oração serve de base para o convite que se segue: “Vinde
a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu os aliviarei. Tomai sobre
vós o meu jugo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e achareis
descanso para a vossa alma” (Mateus 11:28,29).
Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim
Quando
Jesus falou em sua oração sobre os sábios e cultos dos quais as verdades da
salvação foram ocultadas, obviamente ele estava censurando diretamente os
líderes judaicos que reivindicavam possuir todo um sistema de regulamentos que
podia garantir a vida eterna através da justiça própria.
Mas
essa designação pode ser estendida a qualquer pessoa, em qualquer época e
lugar, que pensa poder salvar a si próprio através de sua sabedoria
extraordinária ou seu intelecto acima da média. Como uma pessoa assim pode
atender o convite: “Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”?
A
expressão “tomar o jugo” é equivalente a “tornar-se um discípulo”.
Por isso esse convite é atendido pelos pequeninos; aos quais Deus resolveu
revelar o sublime conteúdo da verdade do Messias e de seu Evangelho.
Mas
entenda que o contraste aqui não é entre pessoas cultas e incultas de modo
geral; mas entre aquelas pessoas que pensam possuir seu próprio conhecimento do
caminho da salvação através de seus méritos, e aquelas pessoas que reconhecem
que são completamente dependentes da graça de Deus para a salvação.
Os
pequeninos não são os menos estudados; mas são todos aqueles que,
independentemente de seu preparo intelectual, escutam e atendem o
chamado: “Aprendei de mim que sou manso e
humilde de coração”.
Portanto,
tomar sobre si o jugo de Cristo e aprender dele significa literalmente tornar
seu discípulo; significa aceitar seu ensino; significa compreender que a
verdade do Evangelho revela a salvação mediante a confiança unicamente em
Cristo.
Que
sou manso e humilde de coração
Jesus
não apenas diz: “Aprendei de mim”, mas também diz: “sou
manso e humilde de coração”. A palavra manso traduz um termo
grego que significa “gentil”, “meigo”, “tranquilo”
ou “suave”. Uma pessoa mansa, como diz o salmista, se “deleita na abundância da paz” (Salmo 37:11).
Na
Bíblia, a mansidão aparece como uma qualidade indispensável ao
cristão. Ela também está diretamente relacionada ao ato de curvar-se ou
submeter-se humildemente à vontade do Senhor. Junto da mansidão está também
a humildade. Uma pessoa humilde é o oposto da pessoa soberba, arrogante e
orgulhosa.
Essas
virtudes manifestam-se no coração e irradiam por toda a pessoa do homem. Por
coração, aqui, entenda-se como sendo o centro do ser do homem; onde está o
controle de todas as suas emoções e pensamentos.
Então como uma pessoa pode ser manso e humilde? O próprio Senhor Jesus responde: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Ele
mesmo, como Mestre e Senhor, é o maior exemplo para seus discípulos. Ele é
tranquilo e concede àqueles que estão nele o verdadeiro descanso para suas
almas. Sim, o verdadeiro descanso só pode ser dado por Cristo e encontrado
n’Ele!
Então quando
alguém realmente ouve e atende o convite: “Aprendei de mim que sou manso e
humilde de coração”, essa pessoa se junta ao apóstolo Paulo quando
diz: “Mas o que para mim era ganho reputei-o
perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela
excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda
de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a
Cristo e seja achado nele; não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que
vem pela fé em Cristo; a saber, a justiça que vem de Deus, pela fé” (Filipenses
3:7-9).
MANSIDÃO, O OPOSTO DA ARROGÂNCIA
Mansidão,
mais que tudo, é uma das qualidades do Espírito Santo - "Mas o fruto do Espírito é: [... [mansidão [...]" (Gl.5:22).
O crente que é vestido do fruto de Mansidão é gentil no trato para com o
próximo. Moisés revelava este traço de caráter em notável medida; e Jesus é o
nosso paradigma superlativo; esta virtude foi uma das bases para Ele convidar
homens e mulheres cansados e oprimidos e achar alívio e descanso Nele
(Mt.11:28,29). Os mansos se humilham diante de Deus por reconhecerem sua total
dependência dele. Quando Deus tiver destruído todos os que em sua arrogância
resistem à sua vontade, os mansos serão os únicos a herdar a Terra - "Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na
abundância de paz" (Sl.37:11)
1. Mansidão não é covardia. A Mansidão caracteriza-se por uma
atitude de brandura, de suavidade no que precisa ser feito, mas, de modo algum,
significa o recuo, o medo que impede a tomada de atitudes. O crente deve ser
alguém firme e pronto a testemunhar, com palavras e obras, a fé que tem em
Cristo Jesus, sem que para isto precise ser ríspido, duro ou que venha
maltratar o próximo. Enquanto é dito que os mansos herdarão a terra (Mt.5:5),
também as Escrituras mostram que os tímidos, os covardes ficarão de fora da
Nova Jerusalém (Ap.21:8). Ser manso não é ser covarde nem tímido. Muitos podem
pensar que Paulo era um tanto rígido com os irmãos, mas ele era muito
equilibrado. Quando era preciso usava de firmeza para com aqueles que, não
querendo andar na verdade, desafiavam sua autoridade apostólica (1Co.4:21),
mas, no trato com os crentes, era como uma paciente e amorosa ama (1Ts.2:7).
2. Ser manso é ser corajoso. Mansidão não é fraqueza, mas poder
sob controle. Uma pessoa que não tem controle pessoal ou domínio próprio não é
sábia. Mansidão é o uso correto do poder, assim como sabedoria é o uso correto
do conhecimento. Ter um coração corajoso não significa que devemos ser duros e
rudes. É possível ser delicado e forte ao mesmo tempo, e a chave é saber quando
ser manso e quando ser forte. Precisamos ser mansos e dóceis para com as
pessoas, mas corajosos, fortes e decididos com o diabo, porque é assim que ele
é conosco. Moisés era manso, mas, ao mesmo tempo, demonstrou força e coragem
(Nm.11:15; 12:3). Moisés, por quarenta anos liderou o povo através do deserto,
com mãos firmes e fortes. Sem perder sua mansidão, fez uso, sempre que foi
necessário, de sua autoridade e do poder que o Senhor Deus lhe outorgara. No
entanto, dele está escrito: “E era o varão Moisés
mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm.12:3).
Não
poderíamos nos esquecer de José, que ocupando o segundo maior lugar, em poder,
naquela época, teve em suas mãos aqueles que um dia o venderam como escravo. A
vingança estava ao seu dispor. Poderia punir, com a morte, àqueles que lhe
haviam feito grande mal. Porém, José, como homem de Deus, mostrou toda grandeza
de sua mansidão, perdoando.
Jeremias era um forte proclamador das verdades divinas, mas
disse que não passava de um manso cordeiro (Jr.11:19).
3.
Mansidão não é acomodação. Os mansos não são passivos; são famintos e sedentos de
justiça, e alimentam-se da indignação contra o mal. Por isso superam, resistem
e vencem o mal (Rm.12:9-21); conseguem confrontar sem medo seus
inimigos, mas podem também orar por eles. A ação dos mansos não depende da
maneira como os outros agem. Para eles, preservar a integridade e a dignidade
significa conservar seu próprio modo de agir, sem se deixar manipular pelo
poder do mal.
4. A mansidão, fruto do Espírito. “Mas o
fruto do Espírito é: ...mansidão...”. Assim, se “...o fruto do Espírito
é... mansidão...”, segue-se ser ela parte integrante da natureza de Deus. Davi
reconheceu esta verdade quando declarou: “Também me
deste o escudo da tua salvação; a tua mão direita me susteve, e a tua mansidão
me engrandeceu” (Salmo 18:35). Por isto, o Senhor Jesus podia dizer: “...aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração...” (Mt.11:29). Era um prazer enorme estar ao lado de Jesus.
Estar ao lado de pessoas audazes, altivas, é muito difícil. Em geral, os
altivos gostam de pelejas, pois acreditam que estão sempre com a razão e que
são os donos da verdade.
Esta
virtude do Fruto do Espírito ocorre no momento do Novo Nascimento, ou
Regeneração; no momento do Novo Nascimento surge um novo homem, ou na expressão
usada por Paulo, uma “nova criatura” (2Co.5:17). Esta “nova criatura” é feita em santidade, tornando-se
a “morada” de Deus, na Pessoa do Espírito Santo – “Não sabeis vós que sois o
templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?...porque o templo de
Deus, que sois vós, é santo” (1Co.3:16,17).
Assim,
conforme temos aprendido, o Espírito Santo passa, não apenas a habitar, como
também a trabalhar na vida do “novo homem”, formando nele o Seu Fruto. Na
medida em que damos lugar ao Espírito Santo em nossa vida, Ele, através da
formação do Seu Fruto, vai nos transmitindo as virtudes existentes em Deus,
pois, que Ele é Deus. Desta forma o “novo homem” vai se tornando, mais e mais,
parecido com Deus, visto que a Sua Imagem, apagada, ou desfigurada pela ação do
pecado, vai, agora, sendo reconstruída, conforme a do original que foi criado à
imagem e conforme a semelhança de Deus (Gn.1:26,27).
BEM-AVENTURADOS OS MANSOS
1. Os mansos herdarão a Terra. Há uma
recompensa para os mansos: “[…] eles herdarão a terra” (Mt.5:5). Jesus
nunca pregou o mundo terreno e carnal, apesar dos benefícios adjacentes neste
mundo; logo, aqui não poderia ser diferente. A Terra Prometida no Antigo
Testamento estava associada à ideia de descanso, e no Novo Testamento a
referência a terra diz de coisas melhores: do descanso de Deus e a Nova
Jerusalém. O Manso não receberá como herança um hectare de terra, antes será
herdeiro de novos céus e nova terra: "Mas nós,
segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a
justiça" (2Pd.3:13); “E, se nós somos
filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo”
(Rm.8:17).
O
Manso viverá eternamente com o Senhor na Nova Jerusalém (Ap.21:1-3), cujo lugar
Ele foi preparar para nós (João 14:2,3). Esta Terra passará, mas não as
palavras do Senhor (Mt.24:35), de modo que temos de concluir que a promessa
dada aos mansos não diz respeito a esta Terra onde habitamos hoje, mas a uma
herança eterna, incorruptível. Muitos poderão dizer que a terra prometida aos
mansos seria a terra restaurada no reino millenial de Cristo, mas, em primeiro
lugar, está Terra, durante o milênio, não estará destinada à Igreja
glorificada. Como se não bastasse, mesmo no milênio, teremos uma guerra, a
última guerra de rebelião contra o Senhor, no final do milênio, de modo que
também não é este o instante da “abundância de paz”, como afirma o
salmista no Salmo 37:11. Portanto, Manso é alguém que procura a paz e faz o
bem, e será coerdeiro em Cristo do Reino dos céus.
2. A
Mansidão de Cristo. Jesus
foi o exemplo maior de mansidão, dentre todos os homens. Vamos considerar aqui
apenas dois dos exemplos deixados por Jesus.
a)
O Senhor Jesus demonstrou sua mansidão condenando o uso da força física e das
armas materiais. Mansidão
e violência são duas coisas antagônicas. Pedro, que naquela última semana vira
Jesus, no Templo, usar de toda sua autoridade e impor a ordem na Casa de Deus,
pode ter pensado que ele fosse favorável ao uso da violência, ou da força
física, contra seus inimigos. Foi assim que, no Jardim do Getsêmani, Pedro
esqueceu-se da mansidão e “...estendendo a mão,
puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha” (Mt.26:51).
Pedro não havia, ainda, aprendido bem sobre o significado da mansidão. Ele não
sabia que a mansidão não impede que um homem de Deus se transforme num gigante
espiritual capaz de desprezar a própria vida quando movido pelo zelo de Deus,
sentir a necessidade de fazer cumprir o que está escrito na Palavra de Deus.
Foi o que aconteceu com Jesus, no Templo.
Porém,
essa mesma mansidão é a virtude do Fruto do Espírito que faz com que um gigante
espiritual se transforme num cordeiro, diante de seus “tosquiadores”. Assim, de
acordo com o ensino de Jesus, o homem manso, por submissão completa ao seu
Senhor, quando o “tosquiador” lhe tirar a “capa”, deve lhe entregar também a
túnica, quando lhe “ferir numa face”, deve oferecer-lhe também a outra e quando
o obrigar a “caminhar uma milha”, deve ir com ele duas (Lc.6:29; Mt.5:41).
O
homem manso não lança mão de sua própria espada, mas, entrega seu caminho ao
Senhor. Pois, como disse Jesus a Pedro: “...Mete no
seu lugar a tua espada, porque todos os que lançarem mão da espada a espada
morrerão” (Mt.26:52). O homem manso aprende a confiar em Deus, assim,
com a mansidão ele conquistará o céu, mas, a terra ele herdará, sem o uso da
“espada” - “Bem-aventurado os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt.5:5).
Se
a vida cristã é assim, e assim é, então o homem, por si só, não pode viver a
vida cristã. Para viver a vida cristã o homem necessita ser revestido de
mansidão. Então, baseado em Gálatas 5:22, o homem salvo pode viver a vida
cristã, pois “...o fruto do Espírito é:
...mansidão...”. A mansidão não é uma virtude gerada pelo homem, mas
oriunda do Espírito Santo.
b) O Senhor Jesus comprovou toda sua mansidão ao entregar-se
nas mãos dos homens.
Jesus era um Mestre que vivia o que ensinava e ensinava o que vivia. Ele ainda
tinha uma lição para ministrar aos seus discípulos, sobre a mansidão. Esta
seria uma lição prática, duraria cerca de quase vinte horas, do Jardim do
Getsêmani até o “está consumado”, na
Cruz do Calvário. Ele que, no Templo, foi um gigante, no Getsêmani se
transformou num cordeiro que, sem qualquer resistência, entregou-se nas mãos
dos que o foram prender. Deixou claro que poderia reagir e não ser preso – “Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por
terra” (João 18:6). Foi dele a iniciativa de, mansamente, estender suas
mãos para ser manietado. Durante toda aquela noite, na presença do Sumo
Sacerdote, dos anciãos e do Sinédrio, de Herodes e de Pilatos, o Senhor Jesus
comprovou ter dito a verdade quando afirmou ser “...manso
e humilde de coração...”.
Demonstrou
todo o poder da sua mansidão suportando sem qualquer revide e sem nenhum
lamento toda dor moral causada pelas calúnias, injúrias e difamações, toda dor
física causada pelas agressões sofridas, bem como pelas seis horas em que
esteve na Cruz. Durante todo tempo ele teve consciência de que estava sofrendo
porque, voluntariamente, havia se entregado nas mãos dos homens para que a
Palavra de Deus pudesse ser cumprida. Ela havia dito: “Eu
sou o bom Pastor, o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.... Ninguém má tira
de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para a tornar
a tomá-la...” (João 10:11,18).
Quem
é Jesus?
Alguns
responderão dizendo as coisas que Ele fez: é o Filho de Deus, curou enfermos,
expulsou demônios ensinou o caminho de Deus às multidões, morreu na cruz,
ressuscitou e subiu novamente aos céus. Resposta certa, mas superficial.
Quem
Jesus é? A pergunta é
sobre Seu ser, sua personalidade, e não sobre o que Ele fez. Apenas quem tem um
relacionamento íntimo com Ele saberá responder.
Nos
quatro evangelhos, só há um lugar em que Jesus fala sobre Seu coração.
“Coração”: local dos
pensamentos, vontade, emoções e consciência do certo e do errado. O coração não
é parte do que somos, mas o centro de quem nós somos.
1. Como é o coração de Jesus
a. Manso.
Jesus
não é duro nem facilmente irritável. Ex.: a incompreensão dos discípulos em Mc
8.
Jesus
é amável. Age com amor porque é cheio de amor pelas pessoas.
Jesus
é gracioso. Cheio de graça. Ele se alegra em nos presentear com favores que não
merecemos.
Jesus
é agradável. Quem se aproxima dele prova da Sua amabilidade e gentileza. É
alguém que nos desperta o desejo de estar mais e mais com Ele.
b. Humilde.
Lucas
1:52 NAA
52 Derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes.
São
os pequenos. Os de pouca condição.
Mas
Jesus é humilde de coração. O sentido é que Jesus é acessível. Jesus é manso e
humilde. Você não precisa descansar para vir a Jesus. Seu próprio fardo e
cansaço te habilita a vir a Ele.
É
possível ter um extremo orgulho disfarçado de humildade.
Charles Spuregon conta:
Certo
homem pensava que era tão humilde e tão manso, que ele lavava os pés de 13
mendigos todas as manhãs. Porém, ele era tão arrogante que chegava a dominar
seu rei. Ele era o mais orgulhoso dos orgulhosos, embora fingisse ser o mais
humilde dos humildes.
É
possível esconder um orgulho desmedido em nosso coração com atitudes de
humildade externa. Humildade hipócrita não é humildade; é orgulho.
Jesus,
por outro lado, era “manso e humilde de coração”.
Ele se associava com os pobres e os pecadores com autêntica e intensa simpatia
por eles. Jesus não forçava atos de humildade. Ele não se forçava a ir até as
pessoas mais desvalorizadas, pobres e impuras. Ele é um amigo verdadeiro dos
pecadores que buscam a Deus.
Manso
e humilde. Jesus é assim. Acolhedor. Compreensivo. Disposto a abençoar. Se
pudéssemos falar algo sobre quem Jesus é, o mais certo a dizer é que Ele é
manso e humilde.
c. Mas Ele não é assim com todos.
“Manso e humilde” não significa “mole e hesitante”.
Mateus
11:23–24 NAA
23 — E você, Cafarnaum, pensa que será elevada até o céu? Será
jogada no inferno! Porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que
foram feitos em você, ela teria permanecido até o dia de hoje. 24
Mas eu digo a vocês que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para a terra de
Sodoma do que para você.
Para
o arrependido, a mansidão de Jesus não é superada por nossos pecados,
inseguranças, ansiedades e falhas, pois mansidão não é algo que Jesus faz. É o
que Ele é.
2.
Três coisas que Jesus deseja que façamos.
a. Venham a mim.
“Como
posso ir a Jesus? Eu O tenho desprezado há tanto tempo; há anos ouço falar
sobre Ele, mas nunca realmente fui até Ele de coração arrependido e
quebrantado”.
Jesus
diz: “venha a mim. Eu estou pronto a perdoar todos esses anos
de desprezo. Seus pecados são muitos, e são grandes; mas meu amor por você é
ainda maior.”
“Mas
eu O rejeitei milhares de vezes; Ele virá a mim mesmo assim?” Jesus então nos
diz: “Sim, pois sou manso e humilde de coração. Eu
te amo com amor eterno”.
“Mas eu tenho medo de falhar mais uma vez”. Jesus diz: “eu sei que você é pó. Eu
conheço o seu coração mal. É por isso que você precisa do meu poder para
perseverar”.
João
10:27–29 NAA
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me
seguem. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as
arrebatará da minha mão. 29 Aquilo que meu Pai me deu é maior do que
tudo, e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.
b. Tomem meu jugo.
O
jugo é uma trave pesada colocada sobre o gado para carregar equipamento
agrícola.
O
jugo de Jesus não é o jugo da Lei.
O
jugo de Jesus não é o jugo da religiosidade.
O
jugo de Jesus não é o jugo da culpa.
O
jugo dele é suave, e o fardo dele é leve. Pois aquilo que Ele quer de nós, Ele
nos dará plenas condições de realizar através do Santo Espírito que habita em
todo o que nele crê. Vida com Jesus não é uma vida de cobranças. É uma vida de
alegria, prazer em Deus e de transformação.
c. Aprendam de mim.
Nossos
conceitos sobre Jesus às vezes estão tão errados.
A
natureza humana ensina que, quanto mais rica é uma pessoa, mais fácil será
desprezar os pobres. Os mais bonitos geralmente rejeitam os mais feios. Os mais
estudados desdenham dos mais simples.
Mas
Jesus não é assim. Ele é o “exaltado sobremaneira” (Fp. 2.9) e, mesmo assim,
Ele é manso e humilde. Extremamente acessível aos pecadores. Extremamente
paciente e amoroso. Em Sua santidade, deseja nos transformar para sermos
parecidos com Ele.
Ele
está nos convidando a aprender a ser como Ele é. “Aprendam de mim, pois sou
manso e humilde de coração”. Nós não somos mansos e humildes com Jesus. Mas Ele
é tão gentil, paciente e amoroso, que deseja nos ensinar a ser mansos e
humildes como Ele.
Ele
deseja fazer com que nós, pessoas cheias de ira, sejamos mansos como Ele. Uma
das aplicações seria pronto a perdoar como Ele.
Jesus
também deseja nos ensinar a ser humildes de coração. No Reino d Deus, uma
pessoa cheia é uma pessoa humilde; uma pessoa orgulhosa é uma pessoa vazia.
Orgulho é fraqueza; humildade de coração é a verdadeira força.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
O
Deus revelado na Bíblia desconstrói nossos achismos e nos impressiona com
Aquele que é perfeitamente santo e justo, mas também perfeitamente manso e
humilde.
Ele é assim. Esse é o Seu coração.
Jesus
é manso e humilde de coração. Isso significa que Ele, mesmo sendo Deus, é a
pessoa mais acessível de todas. Ele é gentil e paciente. Ele anseia abraçar o
pecador. Ele deseja purificar as nossas vidas.
Jesus
é manso e humilde de coração. Isso significa que não existe nenhum motivo para
nos impedir de ir a Ele.
Ele
chama a todos. Todos nós devemos ir a Ele. Ele nos receberá.
9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
Venha
até Jesus. Ele não exige nada de nós, a não ser ir até Ele. O resto Ele fará.
Não há pré-requisitos para ir a Jesus. Não espere estar melhor. Não espere um
dia perfeito. Ele deseja te purificar de todos os seus pecados agora mesmo.
O
que acontecerá com aqueles que desprezarem um Deus tão manso e humilde de
coração? Um Deus tão acessível e amigo dos pecadores? Jesus é o mais manso e
humilde, mas Ele também é o mais santo e justo. Ele julgará o mundo com
justiça.
Um
dia Ele vai voltar a este mundo, agora com poder e glória. Então, todos
comparecerão diante dele e terão que prestar conta de suas vidas. Cada um será
julgado segundo as suas obras, e merecerá a justa recompensa por elas.
Qual
será o destino dos que deram as costas ao manso e humilde Jesus? Não
negligencie tão grande salvação. Venha a Jesus.
APELO
Venha a Jesus, e você achará descanso para sua alma.
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