A PALAVRA DE DEUS É VIVA E EFICAZ
Texto Base: Hebreus 4.11-13; 2 Coríntios 10.4-6
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e
mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão
da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração” (Hb.4:12).
Hebreus
4:
11.Procuremos, pois, entrar naquele repouso,
para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência.
12.Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz,
e mais penetrante do que qualquer espada alguma de dois gumes, e penetra até à
divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir
os pensamentos e intenções do coração.
13.E não há criatura alguma encoberta diante
dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem
temos de tratar.
2
Coríntios 10:
4.Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas;
5.Destruindo os conselhos e toda a altivez
que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o
entendimento à obediência de Cristo;
6.E estando prontos para vingar toda a
desobediência, quando for cumprida a vossa obediência.
INTRODUÇÃO
Hebreus
4. 11 Procuremos,
pois, entrar naquele repouso
Repouso é JESUS -
Ele mesmo entrou no repouso eterno junto ao PAI após efetuar nossa salvação.
NOSSO
REPOUSO (DESCANSO) É EM JESUS
- Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho
é minha; a alma que pecar, essa morrerá. Ezequiel 18:4
NOSSO CANSAÇO É NA ALMA. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve. Mateus 11:28-30
Hebreus 4. 11 - Exemplo de desobediência (Não creram no poder de DEUS)
Depois,
voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias. Números 13:25
Relatório
de dez expias - O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as
cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque
(gigantes). Números 13:28
Porém
os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra aquele povo,
porque é mais forte do que nós. E infamaram a terra, que tinham espiado,
perante os filhos de Israel, dizendo: A terra, pelo meio da qual passamos a
espiar, é terra que consome os seus moradores; e todo o povo que vimos no meio
dela são homens de grande estatura. Também vimos ali gigantes, filhos de
Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e
assim também éramos aos seus olhos. Números 13:31-33
A mesma coisa se repete quando se fala da ressurreição de JESUS.
Paulo
afirma que aquele que não crê na ressurreição de JESUS tem uma fé vã e sem
valor. O Problema é a falta de fé no poder de DEUS.
E, se CRISTO não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e
também é vã a vossa fé. 1
Coríntios 15:14
Depois,
disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas
mãos; chega a tua mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
João 20:27
Ora,
DEUS, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder. 1
Coríntios 6:14
JESUS,
porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não
conhecendo as Escrituras, nem o poder de DEUS. Mateus 22:29
SARA, REBECA, RAQUEL, ANA, MÃE DE SANSÃO E ISABEL - OS FILHOS DESSAS DEVERIAM NASCER DEVIDO A UM MILAGRE. É SOBRENATURAL A FAMÍLIA DE DEUS. NÓS TAMBÉM NASCEMOS DE UM MILAGRE DE DEUS. NASCEMOS DE NOVO PELA AÇÃO SOBRENATURAL DA PALAVRA DE DEUS UNGIDA PELO ESPÍRITO SANTO.
Hebreus 4. 12 - A palavra de DEUS é viva, e eficaz - Ouvir a Palavra de DEUS gera vida, pois a Palavra tem este poder.
O
espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos
disse são espírito e vida. João 6:63
sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da
incorruptível, pela palavra de DEUS, viva e que permanece para sempre. 1 Pedro 1:23
Hebreus 4.12 mais penetrante do que qualquer espada alguma de dois gumes, e penetra - O ESPÍRITO SANTO nos sonda e a Palavra é enviada de acordo com a necessidade.
A
espada tem dois gumes, Antigo e Novo Testamentos. Toda a Palavra de DEUS é inspirada por
DEUS e serve para nos transformar. Espada de dois gumes que sai da boca de
CRISTO (Ap 1.16).
Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar,
para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, 2 Timóteo 3:16
porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem
algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. 2 Pedro 1:21
Hebreus 4.12 divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas
E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso
espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a
vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
1 Tessalonicenses 5:23
Disse,
então, Maria: A minha alma engrandece ao Senhor, e
o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, Lucas 1:46,47
A
alma é sede das emoções, desejos, tem o comando do ser humano, por isto
mesmo, "Eis que todas as almas são minhas;
como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa
morrerá. Ezequiel 18:4".
espírito
humano é sede das coisas que não se veem, aí se manifesta a fé, por isto
mesmo, "Ora, sem fé é impossível agradar-lhe,
porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e
que é galardoador dos que o buscam. Hebreus 11:6".
A
Palavra de DEUS é tão poderosa que penetra no íntimo e sabe o que faz a alma
pecar e o a fé que está no espírito.
Juntas
- É o espaço regular entre
estruturas. A função é aliviar tensões provocadas pela movimentação
do concreto. A Palavra de DEUS mantém o homem em pé
diante de suas lutas.
A medula óssea é responsável pela produção de células
sanguíneas. A medula óssea atua na produção dos componentes figurados
do sangue — hemácias, leucócitos e megacariócitos, células cujos fragmentos
constituem as plaquetas. Fala de sangue, fala de vida. Só a Palavra de DEUS
gera vida.
Hebreus 4.12 é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração - A Palavra unida ao ESPÍRITO SANTO conhece tudo sobre nós.
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os
meus pensamentos. Salmos
139:23
Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito
penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. 1 Coríntios 2:10
No
dia em que estiveste perante o Senhor, teu DEUS, em Horebe, o Senhor me disse:
Ajunta-me este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, e aprendê-las-ão,
para me temerem todos os dias que na terra viverem, e as ensinarão a seus
filhos. Deuteronômio 4:10
1.
A Palavra de Deus é viva e eficaz
Está
escrito em Hebreus 4:12: “Porque a palavra de Deus
é viva, e eficaz... (Hb.4:12). A Palavra de Deus é viva e tem vida em si
mesma. Ela é o sopro do próprio Deus vivo (Hb.3:12; 9:14), e não uma coletânea
de doutrinas e preceitos. Ela é ativa e poderosa. Ela fere, corta e mata mais
efetivamente que a melhor e mais cortante espada. Atinge onde mais nada
consegue atingir. Separa até aquilo que é inseparável. Ela tem vida em si mesmo
e age por si mesma. O próprio Jesus disse: “As
palavras que vos tenho falado são espírito e vida” (João 6:63).
Portanto, ela deve ser obedecida a fim de evitar o juízo e a morte
(Dt.32:46,47).
A
Palavra de Deus também é eficaz. Neste texto de Hb.4:12, o termo grego
traduzido por eficaz, significa poder em ação, em contraste com poder em
potencial. A Palavra de Deus é poderosa e sempre cumpre os propósitos para os
quais foi designada. Ela é o bisturi de um cirurgião que descobre os mais
delicados nervos do corpo humano. Portanto, a Palavra de Deus opera a vontade
de Deus, jamais volta vazia e sempre realiza o seu propósito (Is.55:11).
2.
A Palavra de Deus é espada penetrante
“...e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e
penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas... (Hb.4:12).
A Palavra de Deus é penetrante; ela “penetra até à divisão da
alma, e do espírito, e das juntas e medulas” (Hb.4:12c). Significa que ela atinge o âmago de nosso
interior, examina os segredos obscuros e revela o nosso verdadeiro caráter;
ainda expõe os desejos de nossa alma e os conflitos entre o nosso espírito e a
carne (Gl.5:17). Quando a lemos, ela nos lê. Quando a examinamos, ela nos
perscruta. Ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e
medulas. Ela explora os pensamentos, sonda a vontade e todos os desejos do ser
humano. Portanto, não existe nenhuma parte no ser humano que a Palavra de Deus
não possa penetrar, seja imaterial, seja física.
A
Palavra de Deus é como uma espada de dois gumes - dá vida e mata, salva e
condena, traz promessas e juízos. Hernandes Dias Lopes argumenta que a Palavra
de Deus corta a nossa dependência do pecado e o nosso apego ao mundo. Ela é
arma de ataque e também de defesa. Ela tem resistido aos ataques mais furiosos
do inimigo; tem saído vitoriosa das fogueiras da intolerância. O fogo não pode
destruir a Verdade. A Palavra de Deus tem saído sobranceira do ataque dos
céticos. Nada pode resistir a ela. Nenhuma resistência humana consegue impedir
a ação da espada do Espírito (Ef.6:17). A Palavra de Deus não pode falhar;
passam o céu e a terra, mas a Palavra de Deus jamais passará (Mt.24:35).
3.
A Palavra de Deus é apta para discernir
“...e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração” (Hb.4:12).
A
Palavra de Deus é discernidora; ela é como o raio-X; ela analisa o que está em
nosso íntimo, devassa os corredores escuros da nossa alma e revela os segredos
do nosso coração. Ela traz à luz o que está oculto. Nada fica escondido diante
de sua sondagem. Coisa alguma pode ser escondida de Deus; toda a verdade é
exposta “aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb.4:13). Um dia
estaremos face a face com o reto e justo Juiz para prestarmos contas da nossa
vida. Deus é inescapável; Ele olha desde os céus e vê todos os filhos dos
homens (Sl.139:7-10). No tempo apropriado de Deus, a Sua Palavra julgará, e por
fim condenará todos os incrédulos e desobedientes. Portanto, “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um
coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo” (Hb.3:12).
II.
A BÍBLIA ANULA OS CONSELHOS DO MUNDO
1.
As armas da nossa milícia
A
Igreja, desde o seu nascedouro no Pentecostes, está em uma luta renhida, luta
esta que não é física, mas espiritual. Nesse campo de guerra, as armas carnais
são impróprias e inadequadas. Paulo esclarece aos Coríntios que “as armas da nossa milícia não são carnais” (2Co.10:4a),
são espirituais. Aos crentes de Éfeso ele disse:
“porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os
principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século,
contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Ef.6:12).
Portanto, essa guerra espiritual não é uma ficção; o fato de o nosso inimigo
ser invisível não quer dizer que é irreal. Os demônios existem de fato, mas não
passam de um inconveniente diante do poder de Jesus Cristo; são entidades
destituídas de poder quando estão na presença do Senhor Jesus (Mc.1:23-26;
3:11). Assim sendo, o crente deve revestir-se “de toda a armadura de Deus, para
que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef.6:11).
Paulo,
embora estivesse preso em Roma por instigação dos judeus, por determinação das
autoridades romanas, na antessala do martírio, escreveu dizendo que nossa
batalha não era contra os seus algozes que o prenderam e que o mantinha preso;
era contra forças demoníacas, contra batalhões de anjos caídos, contra
espíritos maus, demônios, sob a liderança de Satanás (1Pd.5:8), que pertinaz
procura impedir que o Plano de Deus se concretize. Embora não possamos vê-los,
estamos cercados constantemente por seres espirituais malignos. Mesmo sendo
verdade que eles não podem habitar num crente verdadeiro, podem oprimi-lo e
molestá-lo. Portanto, há uma batalha espiritual e, para enfrentá-la, precisamos
estar preparados com as armas espirituais. Devemos estar prontos, e armados, a
fim de lutarmos e vencermos essa guerra. Nossas armas são poderosas em Deus
(2Co.10:4b); são armas que constroem em vez de destruir; são armas que dão
vida, em vez de matar.
2.
A destruição das fortalezas
As armas espirituais que Deus nos dispõe são poderosas para
destruir fortalezas (2Co.10:4c).
Essas fortalezas são muralhas que resistem, portas que se fecham e paredes que
aprisionam. O inimigo tem suas fortalezas; essas fortalezas parecem
inexpugnáveis. Simon Kistemaker diz “que essas
fortalezas aparecem em formas múltiplas, mas são essencialmente a mesma: são
sistemas, esquemas, estruturas e estratégias que Satanás trama para frustrar e
obstruir o progresso do evangelho de Cristo”. Mas as armas que usamos
podem detonar essas fortalezas, fazer ruir essas resistências (2Co.10:4c). O
evangelho é a dinamite de Deus que quebra pedreiras graníticas, arrebenta
rochas sedimentadas e demole toda oposição.
3.
A destruição dos falsos argumentos
Paulo
afirmou que as armas da nossa milícia são poderosas em Deus para destruir os
argumentos que se levantam contra o conhecimento de Deus (2Co.10:5). Paulo se
via em uma guerra contra o raciocínio arrogante dos homens, sofismas, isto é,
argumentos contrários à verdade. O verdadeiro caráter desses sofismas é
descrito na expressão “contra o conhecimento de Deus”. Willian Macdonald afirma
que “hoje, poderia ser usado para escrever o raciocínio de cientistas,
evolucionistas, filósofos e fanáticos religiosos cujo modo de pensar exclui a
soberania de Deus, e até mesmo a sua existência. O apóstolo Paulo não se dispôs
a assinar uma trégua com eles; antes, seu compromisso era levar ‘cativo todo
pensamento à obediência de Cristo’ (2Co.10:5). Todas as especulações e
ensinamentos humanos devem ser julgados à luz dos ensinamentos do Senhor Jesus
Cristo. Paulo não condenou a intelectualidade humana em si, mas advertiu contra
o exercício intelectual rebelde e desobediente ao Senhor”.
4.
A destruição de toda a altivez
No
mesmo texto de 2Co.10:5, Paulo também afirma que as
armas da nossa milicia são poderosas em Deus para destruir “toda altivez que
se levanta contra o conhecimento de Deus”. “Altivez” se refere a toda conduta
que serve de oposição à fé em Deus (2Tm.3:8). Segundo o pr. Douglas, “aqui está incluso, entre outros, a rebeldia, o orgulho,
a jactância e as demais vaidades humanas”. Colim Kruse afirma “que tanto
a ‘fortaleza’ (2Co.10:4) quanto a ‘altivez’ (2Co.10:5) simbolizam os argumentos
intelectuais, as racionalizações erigidas pelos seres humanos contra o
evangelho”. Paulo já havia dito aos coríntios que o evangelho da cruz era
considerado tolice e loucura para aqueles que viam o mundo pelas lentes da
filosofia grega (1Co.1:19-25). Quando Paulo pregou o evangelho para os
filósofos atenienses, eles desprezaram sua menagem. Para os filósofos, o
evangelho era pura tolice (Atos 17:32). Entretanto, mediante a proclamação do
evangelho, essa argumentação oca é destruída, e os pecadores são salvos.
Há
muitos falsos intelectuais que tentam ridicularizar a verdade de Deus. Há
muitos homens soberbos que escarnecem da fé cristã, ostentando do alto de sua
prepotência, palavras ácidas contra o conhecimento de Deus. Esses homens
soberbos e insolentes escarnecem da inerrância da Bíblia e pisam com escárnio
suas doutrinas. William Macdonald diz que “isso
pode ser aplicado hoje aos arrazoados dos cientistas, evolucionistas, filósofos
e livres pensadores que não têm espaço para Deus em seus esquemas e
cosmovisões”. Mas, quando usamos a verdade de Deus, essa “altivez”
arrogante cai por terra e cobre-se de pó. Como afirma o pr. Douglas, “pela pregação da Palavra de Deus, o sistema soberbo do
mundo é subjugado aos ensinos de Cristo” (2Co.10:5c).
III.
A BÍBLIA NOS TORNA HUMILDES

1.
Deus aborrece a soberba
“Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes” (Tg.4:6).
O
sábio Salomão afirmou: “A soberba precede a ruína,
e altivez do espírito precede a queda” (Pv.16:18). Um indivíduo soberbo
é aquele que deseja ser mais do que é e ainda se coloca acima dos outros para
humilhá-los e envergonhá-los. O soberbo superdimensiona a própria imagem e
diminui o valor dos outros; é o narcisista que, ao se olhar no espelho, dá nota
máxima e aplaude a si mesmo. É por isso que o sábio diz que, em vindo a
soberba, sobrevém a desonra (Pv.11:2). Hernandes Dias Lopes afirma que a
soberba é a sala de espera da desonra; é o corredor do vexame; é a porta de
entrada da vergonha e da humilhação. A Bíblia diz que Deus resiste ao soberbo
(Tg.4:6), declarando guerra contra ele.
A
arrogância do ser humano, que o leva a se achar poderoso e a querer a glória
para si ao invés de reconhecer a onipotência de Deus e a glória que só a Ele é
devida, tem sido a principal causa de derrota e fracasso na vida de tantas
pessoas. A soberba transformou um anjo de luz em demônio; por causa da soberba,
Deus expulsou Lúcifer do Céu. Deus resiste aos soberbos; Ele declara guerra aos
orgulhosos e humilha os altivos de coração.
Veja
o exemplo de Nabucodonosor - ele sentia-se senhor de tudo a ponto de se
permitir dominar por uma soberba inconcebível; então, Deus o advertiu através
de um sonho. Daniel foi convocado para interpretar esse sonho, que era um
recado direto ao rei que se arvorava no pedestal da soberba. O texto sagrado
mostra que Daniel aconselhou o rei a arrepender-se dos seus maus caminhos – “desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas
iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres” (Dn.4:27). Mas
tudo indica que o rei continuou a sua vida como antes: soberbo e arrogante. A
Bíblia diz que a soberba torna os olhos altivos (Pv.21:4).
Quando
o homem não escuta a voz da graça de Deus, ouve a trombeta do juízo. Deus abriu
para o rei Nabucodonosor a porta da esperança e do arrependimento; ele, porém,
não entrou. Então, Deus o empurrou para o corredor do juízo. Deus o humilhou. O
orgulho é algo abominável para Deus, pois Ele resiste ao soberbo (1Pd.5:5).
Após 12 meses, o sonho se cumpriu literalmente (Dn.4:29-32); Nabucodonosor
morou com os animais, comeu erva como boi e seu corpo foi molhado pelo orvalho.
Depois de restabelecido, o rei entendeu que tudo aconteceu por causa da
soberba. Então, ele declarou:
“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, e exalço, e
glorifico ao Rei dos céus; porque todas as suas obras são verdades; e os seus
caminhos, juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba”.
Nabucodonosor
foi restaurado, tanto da doença mental como da alma. Deus o transformou através
das duras provas. Segundo Hernandes Dias Lopes, a
conversão de Nabucodonosor pode ser vista por intermédio de quatro evidências:
- ele
glorificou a Deus
(Dn.4:34). Agora, ele olha para o céu, para cima. Nossa vida sempre segue
a direção de nosso olhar. Até agora ele só olhava para baixo, para a
terra. Como aquele rico insensato que construiu só para esta vida, e Deus
o chamou de louco. Muitos levantam os olhos tarde demais, como o rico que
desprezou Lázaro; ele levantou seus olhos, mas já estava no inferno.
- ele
confessou a soberania de Deus
(Dn.4.35).
- ele
testemunhou sua restauração
(Dn.4.36).
- ele
adorou a Deus
(Dn.4.37).
Não
fomos chamados para ser irracionais ou lunáticos no exercício das nossas
funções humanas. Por isso, o verdadeiro antídoto contra as ambições das nossas
almas é Jesus Cristo, que é "manso e
humilde de coração" (Mt.11:29).
Se
desejamos viver vitoriosamente, tenhamos muito cuidado, para não sermos
contagiados pela soberba, que tem levado muitos à queda, pois Deus resiste e
continuará resistindo aos soberbos (Tg.4:6). Todavia, o Pai Celeste dá graças,
misericórdia e ajuda em todas as situações da vida, àqueles que têm o coração
quebrantado e contrito, que se chega a Ele com humildade.
2.
Cristo é nosso exemplo de humildade
Jesus,
o Filho de Deus deixou o céu, a glória, o Seu trono, fez-se homem, se encarnou.
Ele renunciou a Sua glória celestial. Ele tinha glória com o Pai antes que
houvesse mundo (João 17:5). No entanto, voluntariamente deixou a companhia dos
anjos e veio para ser perseguido e cuspido pelos homens. Está escrito que Ele “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp.2:7).
Do infinito sideral de eterno deleite, na própria presença do Pai,
voluntariamente Ele desceu a este mundo de miséria a fim de armar a Sua tenda
com os pecadores. Ele, em cuja presença os serafins cobriam o rosto, o objeto
da mais solene adoração, voluntariamente desceu a este mundo, onde foi "... desprezado e o mais rejeitado entre os homens;
homem de dores e que sabe o que é padecer" (Is.53:3).
Quando
esteve entre os homens, Jesus deu o maior exemplo de humildade; Ele pensava
sempre nos outros. Ele servia aos pecadores, às
meretrizes, aos cobradores de impostos, aos doentes, aos famintos, aos tristes
e enlutados. Quando os Seus discípulos, no cenáculo, ainda alimentavam
pensamentos soberbos, Ele pegou uma toalha e uma bacia e lavou os seus pés (João
13:1-13). Certa feita, ao entrar numa cidade Ele tocou no corpo imundo de um
leproso e na língua de um imundo. Ele Se preocupava com as pessoas loucas de
quem ninguém mais conseguia se aproximar. Ele aceitava convites para jantar nas
casas de pecadores, publicanos, fariseus e hipócritas. Jesus não evitava
nenhuma classe de gente. Mulheres de má reputação chegaram a Ele sabendo que
encontrariam compreensão, perdão, e também a ordem de se arrependerem do mal.
Jesus tirava tempo de sua apertada agenda para falar com todos, respondendo
perguntas, tirando dúvidas e mostrando o melhor caminho. Ele visitava as casas
do povo, assistia casamentos, pescava com amigos, falava com crianças no Seu
colo. Ele sempre parava no caminho para atender um chamado de ajuda. Em Jesus
podemos ver todas as atitudes associadas com uma pessoa pobre de espírito:
humildade, submissão, serviço e amor. Sem dúvida, Jesus é o modelo ideal de
humildade, é o nosso exemplo de humildade. Paulo requer que haja em nós esse
mesmo sentimento (Fp.2:5). Precisamos proceder como o apóstolo Paulo: imitar a
Cristo (1Co.11:1).
3.
A humildade é uma virtude cristã
Acredito que “humildade” é uma das palavras mais mal-entendida
na Igreja cristã. Muitos confundem humildade com roupa rasgada, casa velha,
falta de comida, ausência de conhecimento etc. Nada disso! Humildade é a
renúncia à imposição de interesses pessoais. Humildade é o remédio para os males que atacam a unidade da
Igreja Local. Enquanto a ambição e o preconceito arruínam a unidade da Igreja,
a genuína humildade a edifica. Cristo ensinou que para entrar no Reino dos Céus
a pessoa tem de se portar com humildade (Mt.18:4). Veja que a primeira
bem-aventurança cristã é ser humilde de espírito (Mt.5:3).
Para a maioria dos povos pagãos, “humildade” tem um significado
negativo; é tratado como fraqueza de caráter e falta de amor-próprio. No império romano, a humildade era
desprezada pelos romanos, pois era sinal de fraqueza; tinha o sentido de baixo,
vil, desprezível. A megalopsiquia (contrário de humildade) é que era
considerada virtude. Mas, em Cristo, a humildade torna-se uma virtude, que
ocupa uma parte insubstituível no caráter cristão. Hernandes Dias Lopes afirma
que “humildade representa pôr Cristo em primeiro
lugar, os outros, em segundo lugar e o eu, em último lugar”. Entre o
povo de Deus, a humildade é uma virtude imprescindível para promover a unidade
do Corpo de Cristo. O apóstolo Pedro ordena: “Humilhai-vos,
portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos
exalte” (1Pd.5:5).
A
humildade, portanto, deve ser a marca do cristão, pois seu Senhor e Mestre foi
“manso e humilde de coração” (Mt.11:29). O apóstolo Paulo, escrevendo aos
crentes de Filipos, disse que Jesus aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo” (Fp.2:6,7). No Evangelho de João, nosso Senhor lavou os pés dos
apóstolos dando o exemplo de humildade (João 13:13-15). Os discípulos de Cristo
demoraram entender essa lição e muitas vezes discutiram quem devia ocupar a
primazia entre eles. Nessas ocasiões Jesus lhes dizia que maior é o que serve e
que Ele mesmo veio não para ser servido, mas para servir (Mc.10:45).
CONCLUSÃO
A
Palavra de Deus é poderosa, viva e inspirada pelo Espírito Santo
para transformar vidas. Ela transforma pessoas, e ela tem poder para
regular a vida do cristão em todos os sentidos. Quando ouvimos a Palavra
de Deus, ela vai penetrando o nosso ser, o nosso coração; ela vai transformando
os sentimentos da nossa alma e os pensamentos da nossa cabeça. Ela é poderosa
para ensinar, para repreender, para corrigir e para instruir na justiça. É pelo
poder da Palavra de Deus que o cristão se torna apto e plenamente preparado
para toda boa obra.

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