quinta-feira, 25 de setembro de 2025

ARREPENDIMENTO, E A PROMESSA

 


 ARREPENDIMENTO, E A PROMESSA

 

TEXTO BÍBLICO:

e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra (2Cr 7:14).


INTRODUÇÃO
O versículo 2 Crônicas 7:14 é um dos textos mais conhecidos e citados da Bíblia. Ele está inserido em um contexto de grande importância para a nação de Israel e carrega uma mensagem profunda e atemporal.

Contexto Histórico

Para entender o significado de 2 Crônicas 7:14, é fundamental analisar o que acontece antes e depois dele.

  • A Dedicação do Templo: O capítulo 6 de 2 Crônicas descreve a oração de dedicação do Templo de Salomão. Salomão intercede a Deus em favor do seu povo, pedindo perdão e restauração caso a nação se desvie e sofra com calamidades. Ele clama pela misericórdia de Deus (2 Cr 6:24-25, 26-27).
  • O Fogo do Céu: O capítulo 7 começa com uma resposta espetacular de Deus. Quando Salomão termina de orar, um fogo desce do céu e consome o holocausto e os sacrifícios. A glória do Senhor enche o Templo (2 Cr 7:1-3).
  • A Promessa de Deus: Em seguida, Deus aparece a Salomão à noite para responder diretamente à sua oração. É nesse diálogo que Ele faz a promessa do versículo 14, que é condicional e cheia de esperança.

Análise do Versículo (2 Crônicas 7:14)

"Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra."

O versículo apresenta uma fórmula divina para restauração. Ele estabelece uma clara relação de causa e efeito, composta por quatro condições humanas e três promessas divinas.

As Quatro Condições (Ação Humana):

1.               Se o meu povo, que se chama pelo meu nome...": A promessa é direcionada ao povo de Deus, àqueles que o reconhecem como Senhor. Isso indica uma aliança, um relacionamento de pertencimento.

  1. "...se humilhar...": A humildade é o ponto de partida. Não se trata apenas de uma postura física, mas de um reconhecimento interior da própria fraqueza e dependência de Deus. É o oposto da soberba e da autossuficiência.
  2. "...e orar, buscar a minha face...": A oração e a busca pela face de Deus são atos de intimidade e súplica. A busca pela "face" de Deus não é apenas orar, mas ter um desejo genuíno de estar na Sua presença, de conhecê-Lo mais profundamente.
  3. "...e se converter dos seus maus caminhos...": Este é o passo crucial do arrependimento. A mudança de atitude deve ser acompanhada por uma mudança de direção na vida. O arrependimento genuíno se manifesta na prática.

As Três Promessas (Ação Divina):

  1. "...então eu ouvirei do céu...": Deus se compromete a escutar a oração de um coração arrependido e humilde.
  2. "...perdoarei os seus pecados...": O perdão é o resultado direto do arrependimento e da busca por Deus. É a restauração do relacionamento com Ele.
  3. "...e sararei a sua terra.": O "sarar a terra" é a consequência final da restauração espiritual. Naquele contexto, significava o fim das pragas, da fome e da seca. Em um sentido mais amplo, representa a restauração de todas as áreas da vida que foram afetadas pelo pecado, incluindo a paz social, a prosperidade e a bênção de Deus sobre a nação.

 

Aplicação para os Dias Atuais

Embora o versículo tenha sido dito a Israel em uma época específica, seus princípios são universais e se aplicam à vida cristã hoje.

  • Para a Igreja: A Igreja, como o "povo que se chama pelo nome de Deus", é chamada a viver esses mesmos princípios de humildade, oração e arrependimento para que a bênção de Deus se manifeste.
  • Para a Nação: Muitos usam este versículo para orar por suas nações. Ele nos lembra que a cura e a transformação de uma sociedade começam com a humilhação e o arrependimento do povo de Deus que nela vive.
  • Para o Indivíduo: Em nível pessoal, o versículo nos convida a examinar nossas vidas. A verdadeira cura e restauração vêm do arrependimento sincero, da busca por Deus e da mudança de vida.

Em essência, 2 Crônicas 7:14 é uma promessa de que Deus sempre responde ao coração humilde e arrependido. É um convite à restauração, que começa na atitude do ser humano e culmina na graça e no poder de Deus.


I. OS RESULTADOS DE UM GENUÍNO AVIVAMENTO


1. Arrependimento e confissão de pecados (Ne 9:1).
 Deus sempre alertou o povo de Israel acerca da maldição causada pela desobediência. Mas o povo não atentou para o que Deus disse, e sofreu as consequências do pecado da desobediência. A dispersão e o cativeiro foram juízos de Deus contra o Seu povo por causa do pecado. O pecado sempre atrai juízo, derrota, dispersão. Mas Deus é compassivo. Ele é o Deus de toda graça, aquele que restaura o caído e não rejeita o coração quebrantado. Neemias sabia que se o povo se arrependesse, viria um tempo novo de restauração e refrigério. Isto aconteceu. O povo, ao ouvir e entender a Palavra de Deus, chorou pelos pecados cometidos (8:9). Isso e um sinal claro de arrependimento. Arrependimento começa com choro, humilhação e quebrantamento diante de Deus (2Cr 7:14). Aliás, arrependimento é a tristeza profunda e suficiente para não repetir o erro.


Hoje vemos muita adesão e pouca conversão, muito ajuntamento e pouco quebrantamento. Estranhamente, vemos a pregação da fé sem o arrependimento e da salvação sem a conversão. O pragmatismo com a sua numerolatria está em voga hoje. Muitos pregadores abandonaram a pregação bíblica para alcançar um número maior de pessoas. Pregam o que o povo quer ouvir e não o que ele precisa ouvir. Pregam sobre cura e prosperidade e não sobre salvação. Pregam para agradar e não para conduzir ao arrependimento. Desta forma, multidões estão entrando para a igreja sem conversão. A Palavra de Deus tem sido deixada de lado para atrair as pessoas e isso é um mal.
2. Sinais do verdadeiro arrependimento. O verdadeiro arrependimento implica na mudança de atitude e conduta daquele que pecou. A orientação amorosa do Senhor Jesus é: “vai-te e não peques mais” (João 8:11). Deus restaura o pecador que verdadeiramente se arrepende e muda de atitude.


Vimos no capítulo 8 de Neemias [Aula 06] que o povo se reuniu para ouvir a Palavra. A leitura, a explicação e a aplicação da Palavra trouxeram choro pelo pecado (8:9). Este é um dos efeitos da Palavra de Deus no coração daqueles que a ouvem; ela produz quebrantamento, arrependimento e choro pelo pecado. Quanto mais você lê e entende a Palavra de Deus, mais perto de Deus você fica; logo, mais consciência você tem de que é pecador e mais chora pelo pecado. O emocionalismo é inútil, mas a emoção produzida pelo entendimento é parte essencial do cristianismo. É impossível compreender a verdade sem ser tocado por ela.


Não podemos adorar o Rei da glória antes de contemplarmos a triste realidade do nosso pecado. Observe que o choro do povo não foi mero remorso, pois as atitudes e gestos que eles demonstraram pregam um sincero arrependimento; o povo jejuou e cobriu-se com pano de saco. Esses são sinais de contrição, arrependimento e profundo quebrantamento. O povo reconheceu o seu pecado.


O verdadeiro arrependimento resulta em mudança de vida. Veja o exemplo do Filho Pródigo. Ele, distante do pai, sem dinheiro ou condições dignas de, inclusive, se alimentar reconheceu seu pecado e resolveu voltar. Confessou suas transgressões ao pai e pediu-lhe perdão. O importante, porém, foi que a oração o levou à ação. Ele foi, fez tudo o que havia proposto e alcançou misericórdia (Lc 15:11-24). O povo de Israel também demonstrou com atos sinceros e profundos o arrependimento, vindo da alma.


3. Apartaram-se dos povos idólatras - “E a geração de Israel se apartou de todos os estranhos” (9:2a). Um dos sintomas mais sérios de que o avivamento estava chegando entre o povo de Deus é que eles foram desafiados a afastarem-se dos povos estranhos. Arrependimento sincero envolve obediência! O povo toma a decisão de deixar todos aqueles que não eram da linhagem de Israel para se consagrar ao Senhor. Aqueles que não havia se convertido ao judaísmo não participariam dessa reunião. Eles não tinham a mesma fé e o mesmo Deus. Não há comunhão fora da verdade. O problema aqui não é racial, mas teológico (10:28). Unir-se aos outros povos era transigir com a fé, era aceitar o sincretismo, era uma espécie de ecumenismo. Em 1Co 10:14-22, Paulo ataca com vigor a tese da união entre todas as religiões; ele resiste fortemente ao ecumenismo universalista. O pensamento de que toda religião é boa e todo caminho leva a Deus está em completo descompasso com a Escritura. Não há comunhão verdadeira fora da verdade. “Não há comunhão entre a luz e as trevas” (2Co 6:14; João 3:19-21).


Para que fique claro o propósito de Deus em relação às outras nações, devemos entender que Israel foi chamado para ser uma nação santa, ou seja, separada para Deus. Mas como ser separado em um mundo decaído? Em primeiro lugar, nunca se afastando da Palavra de Deus e de sua prática. Em segundo lugar, influenciando pelo testemunho as pessoas que estão à nossa volta. A influência do testemunho do povo de Israel deveria ser um grande exemplo, mas como eles se afastaram de Deus, foram influenciados pelas práticas e cultos daqueles que os cercavam. Israel misturou-se com esses povos, e foi influenciado por eles. O povo não apenas se esqueceu da lei de Deus, como adotou diversos costumes das nações à sua volta, e entre esses costumes, contrair casamentos não permitidos pela Lei de Moisés. O rei Acabe casou-se com Jezabel, uma estrangeira, e ela o conduziu à idolatria, matando profetas do Senhor e mergulhando Israel numa grave rebeldia contra Deus, além de praticar diversas injustiças contra a sociedade de Israel. Salomão casou-se com muitas mulheres estrangeiras, que trouxeram seus deuses para o casamento e perverteram o coração do homem tido como mais sábio do Antigo Testamento. Esses são alguns dos exemplos que a Bíblia traz sobre não haver uniões entre ímpios e servos de Deus. Deus foi favorável ao término daquelas uniões ilícitas, pois foram frutos da desobediência e desprezo à Palavra de DeusEsse exemplo nos mostra o quanto Deus espera que mantenhamos a obediência aos seus preceitos. Que busquemos uniões que o agradem, entre pessoas tementes a Deus. Uma união sem a bênção de Deus costuma trazer problemas terríveis para a vida espiritual daquele que pertence ao Senhor. [1]


O apóstolo Paulo foi enfático: Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; por que que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (6:14). A expressão “jugo desigual” contém a ideia de alguém estar num jugo desnivelado. Assim como água e óleo não se misturam, a comunhão dos santos com os infiéis equivale a um jugo desigual. Aprofundar a comunhão com pessoas descompromissadas com o Evangelho de Jesus Cristo é abrir brechas para Satanás. A associação entre o cristão e o incrédulo deve ser o mínimo necessário à conveniência social ou econômica. Leia e medite no Salmo 1. O crente, portanto, não deve ter comunhão ou amizade íntima com incrédulos, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com Cristo.


II. A LEI DO SENHOR E REMINISCÊNCIA


1. Valorizando a Lei do Senhor – E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia...” (Ne 9:3a). A Bíblia era o anseio do povo. Eles se reuniram como um só homem (8:1), com os ouvidos atentos (8:3), reverentes (8:6), chorando (8:9) e alegrando (8:12) e prontos a obedecer (8:17). Eles valorizaram sobremodo a Palavra de Deus; foram seis horas de ensino; e todos a ouviram atentamente; ninguém deixou o lugar onde estava sendo realizada a leitura da Lei do Senhor.


O Salmo 119 nos revela de forma sublime o valor da Palavra de Deus e a necessidade que temos de colocá-la como nosso guia, como a lâmpada para nossos pés, como luz para o nosso caminho, como a preciosa joia que devemos esconder em nossos corações para não pecarmos contra o Senhor. Esta Palavra que temos prazer em estudar em cada Escola Bíblica Dominical; esta Palavra que temos a graça divina de ouvir, meditar e seguir; este tesouro que o Senhor nos dá de dia e de noite; deve ser cada vez mais valorizada em nosso meio, pois num mundo onde os fundamentos se transtornam, onde não há mais absolutos, verdades ou certezas, somente aqueles que conhecem e praticam a Palavra de Deus poderão ter esperança, a esperança de um novo céu e uma nova terra onde habitam a justiça.

2. A confissão dos pecados. A confissão dos pecados é o maior sinal do arrependimento (Pv 28:13); é o caminho para o reavivamento. Logo após a Festa dos Tabernáculos, isto é, no vigésimo quarto dia desse movimentado mês, o povo retornou, provavelmente a convite de Esdras, para passar um dia em jejum e oração, e em um profundo exame da alma. Em jejum e lamentação, leram as Escrituras por três horas; e, em seguida, fizeram confissão e adoração por três horas.


Não podemos ter por hábito apenas dizer para Deus o que fizemos como se lêssemos para Deus uma lista de nossas infelizes decisões e atos. Mais que enumerar pecados, Deus espera que concordemos com Ele que erramos e que precisamos do seu perdão. E o povo de Israel, naquela ocasião, reconheceu os seus erros e confessou os seus pecados: “... fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus” (Ne 9:3b). Alguém disse que “enquanto a verdade condena, a verdade e a graça juntas restauram o pecador”.


Qual é a garantia de que a confissão é importante para Deus? A própria Palavra de Deus. Ela garante que a confissão é premiada com a misericórdia - “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28:13).
Deus sabe que estamos sujeitos às leis deste mundo, mas exige que pautemos uma vida dentro dos padrões estabelecidos por Ele. E quando nos afastamos desse padrão, Ele espera que admitamos nossa falha e retornemos para Ele por meio da confissão. Todos nós conhecemos o texto áureo da confissão: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9).


Pecado é a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. O pecado afronta o caráter de Deus e a sua santidade. O pecado nos afasta de Deus (Is 59:2). Quando se peca, é somente através da oração que se chega a Deus para confessar as culpas, pedir-lhe o seu perdão e demonstrar profundo arrependimento. A oração que Davi fez, logo após ser confrontado pelo profeta Natã a respeito de seu adultério (com Bate-Sebá) seguido de assassinato (de Urias), é um exemplo do que se deve fazer ao pecar, a fim de alcançar misericórdia diante de Deus (vide Salmo 51).


3. Relembrando a história do seu povo (Ne 9:4-38). Depois da confissão dos pecados, sob a liderança dos levitas (9:5), talvez com Esdras como seu principal porta-voz, eles relataram detalhadamente, as muitas ocasiões, através de toda a história de sua nação, durante as quais Deus providencialmente cuidou deles. Eles reconheceram que, apesar de sua rebeldia e dos muitos atos de desobediência, o Senhor havia sido extremamente misericordioso. Admitiram, livremente, que sua atual aflição se devia a seus próprios pecados e aos de seus antepassados. Foi somente pela grande misericórdia de Deus que eles não foram completamente destruídos (9:31).


Essa reminiscência da história de Israel, exarada em Neemias 9:4-38contém uma das orações mais longas da Bíblia. Ela pode ser esboçada da seguinte forma: a criação (9:6); o chamado de Abraão e a aliança que Deus fez com ele (9:7,8); o êxodo do Egito(9:9-12); a entrega da lei no monte Sinai(9:13,14); a providência divina durante a jornada pelo deserto(9:15); as repetidas rebeliões do povo no deserto, em contraste com a imutável bondade de Deus(9:16-21); a conquista de Canaã(9:22-25); a era dos juízes(9:26-28); a falta de atenção às advertências, resultando no cativeiro(9:29-31); os apelos por perdão e libertação das consequências do cativeiro(9:32-37) e o desejo do povo de estabelecer aliança com Deus(9:38). Este versículo é, de várias maneiras, a parte mais importante da oração. Os judeus perceberam que o problema eram eles, não o Senhor. Com base nisso, se dispuseram a fazer um novo concerto com o Senhor.


Todos os acontecimentos são observados do ponto de vista de Deus. A fidelidade do Senhor é reconhecida através da história, e sua misericórdia e graça são reconhecidas como o único fundamento no qual Israel pode se firmar.


III. A GRANDE MISERICÓRDIA DE DEUS


As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:22).


Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia e o perdão” (Dn 9:9).


O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras” (Sl 145:9).


“Embora entristeça a alguém, contudo terá compaixão segundo a grandeza da sua misericórdia
” (Lm 3:32).


1.” Deus clemente e misericordioso” (Ne 9:31). Israel foi devastado em épocas de intensa rebelião e pecado. Contudo, quando o povo se arrependia e se voltava para Deus, Ele o livrava. Deus não limita o número de vezes que podemos ir a Ele para obter misericórdia. No entanto, devemos reconhecer nossa necessidade e pedir-lhe ajuda. Este milagre da graça deve nos inspirar a dizer: Tu “és um Deus clemente e misericordioso!”.


Não estamos imunes ao pecado em um mundo decaído. Não podemos dizer que jamais pecaremos, ou que ficaremos o tempo todo em vigilância. Mas podemos ter certeza de que Deus, em sua grande misericórdia, aceitará o pecador arrependido e o restaurará à comunhão perdida.


2. A súplica de Israel. Os israelitas, já arrependidos de seus pecados e prestes a firmar o “concerto” com o Senhor, suplicaram pelo perdão e libertação das consequências do cativeiro (9:32-37). Eles encontravam-se numa situação estranha de serem escravos em sua própria terra, tendo que entregar uma parte de seus recursos, todo ano, a um domínio estrangeiro. Que situação irônica, uma vez que Deus lhes havia dado a terra. Eles suplicaram, portanto, ao Senhor para que Ele não os abandonasse (9:34,35).


A oração é o modo pelo qual o homem fala com Deus e coloca diante dele suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo o que aflige sua alma.


3. Um firme Concerto. Depois de anos de decadência e exílio, o povo uma vez mais levou a sério sua responsabilidade de seguir a Deus e praticar suas leis com sinceridade. Após narração detalhada das muitas ocasiões ocorridas com Israel ao longo de sua história (9:4-38), o povo, cheio de humildade, e sem implorar qualquer alívio de sua aflição, prometeu estabelecer um “concerto” de lealdade e obediência para as épocas vindouras. Era através desses remanescentes de Israel que o Messias, o Salvador do mundo, chegaria. Vemos, portanto, como foi importante que, depois de um longo período, acontecesse uma completa reconciliação entre Deus e o povo que Ele havia escolhido, apesar de toda a rebeldia e de todos os pecados praticados por esse povo.


Neemias e Esdras, de acordo com as palavras de Ezequiel, estiveram “tapando o muro” (Ez 22:30), ao trazerem a nação de volta para Deus e ao assegurarem a continuidade do movimento redentor. Isso tudo aconteceu em um momento em que, sob um ponto de vista exclusivamente humano, toda esperança de um reavivamento espiritual e nacional da nação de Israel parecia totalmente perdida.


Esse “firme concerto” foi feito com base na Palavra e para guardarem a Palavra (Ne 10:30-38). O compromisso era para andar, guardar e cumprir os mandamentos, juízos e estatutos da Palavra. Além dos líderes, homens, mulheres e crianças assumiram o compromisso de andar com Deus e de obedecer à Sua Palavra. Fica completamente claro que todos, até mesmo as crianças menores que podiam compreender (8:12; 10:28), participaram desse juramento.
Possivelmente, um dos mais graves problemas da Igreja contemporânea não seja falta de conhecimento, mas de obediência. Muitos dizem crer na Bíblia, mas não obedecem aos seus ensinos. A autoridade da Bíblia tem sido atacada por "amigos" de dentro da Igreja e inimigos de fora.


Os grandes avivamentos surgiram quando o povo entrou em aliança com Deus para O buscar, O conhecer e O obedecer. Vivemos hoje uma espiritualidade centrada no homem e no que podemos receber de Deus. Não é mais o homem quem está a serviço de Deus, mas Deus é quem está a serviço do homem. Não é mais a vontade de Deus que deve ser feita na terra como no céu, mas a vontade do homem que deve ser imperativa no céu. Precisamos voltar-nos para Deus por causa de Deus e não apenas por causa de Suas bênçãos. Deus é melhor do que Suas bênçãos, o doador é mais importante do que a dádiva.

CONCLUSÃO

Nosso misericordioso Senhor está pronto a acolher de volta aqueles que O abandonaram e que pecaram contra a Sua Palavra, tão logo se arrependam. Ao mesmo tempo, Ele é paciente e longânimo com as faltas e fraquezas de seus filhos, sempre que a vontade manifesta deles for segui-lo sem reservas e obter vitória total contra o pecado, Satanás e o mundo. [2]

 



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