QUEM FOI JUDAS ISCARIOTES?
Judas
Iscariotes é uma das figuras mais controversas e trágicas da história do
cristianismo. Ele é conhecido principalmente por sua traição a Jesus Cristo, um
evento central na narrativa da Paixão.
Quem
foi Judas?
Judas
Iscariotes foi um dos doze apóstolos escolhidos por Jesus para ser um de seus
seguidores mais próximos. Seu nome,
"Iscariotes," é de origem incerta, mas a teoria mais aceita é que
significa "homem de Cariote," uma cidade em Judá. Ele era o
tesoureiro do grupo de apóstolos, o que lhe dava a responsabilidade de
gerenciar as finanças.
A
Traição
O
momento mais notório da vida de Judas é a sua traição, relatada nos evangelhos
do Novo Testamento. Ele se aproximou dos sacerdotes do Templo em Jerusalém e
concordou em entregar Jesus em troca de trinta moedas de prata. Essa quantia
era o preço de um escravo, o que ressalta a natureza vil do seu ato.
A
traição se concretizou no Jardim do Getsêmani, após a Última Ceia. Judas
identificou Jesus para os guardas com um beijo, um gesto de carinho que se
tornou um símbolo universal de traição. Jesus foi então preso.
Motivações de Judas
As
motivações de Judas para a traição são um tema de debate há séculos. Algumas
das teorias mais comuns incluem:
- Ganância: A explicação mais tradicional, de que
ele traiu Jesus por dinheiro, como sugerem os evangelhos.
- Desilusão
política: Alguns
estudiosos acreditam que Judas esperava que Jesus liderasse uma revolução
política contra o domínio romano. Ao perceber que o reino de Jesus era
espiritual e não terreno, ele pode ter se desiludido.
- Papel
predestinado: Outra
visão é que Judas estava cumprindo um papel profético. A traição era
necessária para que a crucificação de Jesus ocorresse, um evento central
para a salvação da humanidade.
O
Destino de Judas
Após
a prisão de Jesus, Judas sentiu um remorso avassalador. Ele tentou devolver as
trinta moedas de prata aos sacerdotes, mas eles as recusaram. Cheio de
desespero, ele cometeu suicídio, enforcando-se. Os
sacerdotes usaram o dinheiro para comprar um campo para enterrar estrangeiros,
o chamado "Campo de Sangue."
A
história de Judas Iscariotes serve como um lembrete complexo sobre escolhas,
arrependimento e as consequências de nossos atos. Ele é visto por muitos como
um traidor e um covarde, mas para outros, sua história é a de um homem que se
perdeu em meio a grandes expectativas e acabou em uma profunda tragédia.
Judas Iscariotes foi o discípulo que traiu Jesus. Ele pertenceu ao grupo dos doze discípulos que Jesus chamou para acompanhá-lo, e seu nome sempre aparece em último lugar nas listas que trazem os nomes dos apóstolos.
Ele
também é frequentemente mencionado na narrativa bíblica dos Evangelhos, às
vezes apenas como “Judas”, mas geralmente seu nome é acompanhado com alguma
descrição que o distingue dos demais. Por exemplo: ele é chamado de “Judas, que
o traiu”, “Judas Iscariotes, filho de Simão”, Judas filho de Simão Iscariotes,
ou apenas “o traidor” (Mateus 26:14,25,47; 27:3; Marcos 14:10,43; Lucas
22:3,47,48; João 6:71; 12:4; 13:2,26-29; 18:2-5).
A
história de Judas Iscariotes
Judas
Iscariotes era filho de um homem chamado Simão (João 6:71; 13:2,26). Seu local
de origem passa pela discussão acerca do significado da palavra “Iscariotes”.
Provavelmente essa palavra seja derivada do termo hebraico ‘ish
Queriyot, que significa “homem de Quiriote”, visto que em certos
manuscritos do Evangelho de João aparecem as palavras apo Karyotou.
Se
o significado de Iscariotes for realmente este, o que é muito possível, então
encontramos a informação sobre o local de origem de Judas. O Antigo Testamento
menciona dois locais com o nome de Quiriote. O primeiro era localizado em Moabe
(Jeremias 48:24,41; Amós 2:2). Já o segundo, Quriote-Hezrom, ficava localizado
aproximadamente ao sul de Hebrom (Josué 15:25).
Há
também quem defenda que Iscariotes não seja uma indicação de seu lugar de
origem, mas um tipo de designação infame para identificá-lo. Para isso, alguns
estudiosos sugerem que essa palavra tenha origem num termo que significa “um
assassino”, e, portanto, a interpretam no sentido de “o homem da adaga”.
Contudo,
essa última interpretação é bem pouco provável. Normalmente é aceito que a
designação “Judas Iscariotes” signifique simplesmente “Judas, o homem de
Quiriote”.
Judas
Iscariotes era um dos doze apóstolos
Durante
o ato de profunda adoração de Maria de Betânia, a irmã de Lázaro, a qual
ungiu o Senhor Jesus quebrando um vaso de alabastro que continha um
precioso unguento, Judas fez duras críticas a tal atitude. Inclusive, ele
conseguiu influenciar os demais discípulos em sua crítica (Mateus 26:6-13;
Marcos 14:3-9; João 12:1-8).
Apesar
de Judas Iscariotes inicialmente argumentar que aquele unguento poderia ser
vendido e o valor arrecado ser distribuído aos pobres, na verdade ele não
estava preocupado com isto. Na verdade, além de ele não reconhecer a
significativa ação daquela mulher que, inclusive, foi elogiada por Jesus, Judas
Iscariotes ficou frustrado por não ter conseguido enriquecer seu próprio bolso
com a venda do nardo puro (João 12:5,6).
Curiosamente
os evangelistas posicionaram, logo após esse episódio em Betânia, a narrativa
sobre quando Judas Iscariotes se dirigiu aos principais sacerdotes para
acertar um acordo com relação à traição de Jesus (Mateus 26:14-16; Lucas
22:3-6; cf. Marcos 14:10).
Judas Iscariotes traiu Jesus
O apóstolo
Mateus, escritor do Primeiro Evangelho, foi quem mais forneceu detalhes acerca
do acordo entre Judas Iscariotes e os principais sacerdotes a fim de trair
Jesus (Mateus 26:14-16).
Judas
Iscariotes recebeu como pagamento para trair seu Mestre a soma de trinta moedas
de prata. É interessante saber que esse valor recebido por Judas com as trinta
moedas de prata talvez tenha sido dez vezes menor do que o valor de avaliação
que ele próprio fez do unguento que Maria de Betânia utilizou para ungir Jesus.
A
narrativa bíblica também nos informa que Judas Iscariotes esperou o momento
mais oportuno para poder trair o Senhor (Lucas 22:6). Isto acabou acontecendo
na noite em que Jesus celebrou a Páscoa com seus discípulos no
cenáculo, e institui o sacramento da Ceia do Senhor. Aqui nos recordamos das conhecidas palavras do
apóstolo Paulo: “Na noite em que foi traído” (1
Coríntios 11:23).
Judas estava na mesa juntamente com Jesus e os outros
discípulos. Depois de Jesus ter dado a ele o bocado molhado, a Bíblia diz
que “entrou nele Satanás”, e Jesus lhe disse: “O que fazes,
faze-o depressa” (João 13:27).
Saindo
dali, Judas Iscariotes pôs em prática o plano da traição. Já no jardim do
Getsêmani, enquanto o Senhor Jesus orava, Judas Iscariotes consumou seu ato
beijando Jesus, e assim os soldados o prenderam (Marcos 14:43-46). Profecias do
Antigo Testamento apontavam justamente para esse momento (Salmos 41:9;
55:12-14; Zacarias 11:12).
A
morte de Judas Iscariotes
A
morte de Judas Iscariotes é registrada apenas em Mateus 27:3-5 e Atos 1:18.
Antes de morrer, Judas ainda esboçou um tipo de arrependimento e remorso
patético. Ele procurou os principais dos sacerdotes e os anciãos a fim de
devolver as trinta moedas de prata.
Judas
Iscariotes escutou dos sacerdotes que ele era o responsável pelo que havia
feito. Diante disto, ele acabou atirando as moedas no Templo antes de
retirar-se para ir se enforcar (Mateus 27:4,5). Os sacerdotes não colocaram as
moedas no cofre das ofertas, visto que eram pelo preço de sangue. Porém, eles
acabaram comprando o campo de um oleiro, para servir de sepultura dos
estrangeiros. Esse campo foi chamado “Campo de
Sangue”, assim como havia sido profetizado pelo profeta Jeremias. Na
verdade, indiretamente, foi o próprio Judas quem comprou aquele campo ao
devolver as moedas aos sacerdotes e anciãos.
Mateus
apenas relata que Judas saiu para se enforcar. Já o evangelista Lucas, no
livro de Atos, fornece alguns detalhes sobre esse momento de acordo com a descrição
dada pelo apóstolo Pedro. Ele diz que Judas Iscariotes, “precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas suas
entranhas se derramaram” (Atos
1:18). Matias foi escolhido para ocupar o lugar deixado por Judas Iscariotes.
Pior do que a sua trágica e assombrosa morte, é a sentença que
lemos sobre o seu fim: “[…] Judas se desviou, para ir para o seu
próprio lugar” (Atos 1:25). Esse “lugar” é claramente indicado nas
palavras de Jesus orando ao Pai: “Tenho guardado aqueles que tu me
deste, e nenhum deles pereceu, exceto o filho da perdição, para que se
cumprisse a Escritura” (João 17:12).
O
caráter de Judas Iscariotes
Considerando
todas as referências bíblicas em que Judas Iscariotes é mencionado, podemos
perceber que ele reunia em si a hipocrisia, o egoísmo, a soberba, a avareza, a
inveja e a cobiça. Seu caráter duvidoso pode ser muito bem resumido na
designação clara e objetiva dada a ele pelo apóstolo João: “Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos
pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava” (João 12:6).
João
o identificou, em poucas palavras, como sendo uma pessoa mentirosa, enganadora,
gananciosa e capaz de roubar. Além disso, Judas Iscariotes era uma pessoa
dissimulada. Diante do anúncio de Jesus de que havia entre eles um traidor,
Judas Iscariotes foi tão frio a ponto de dizer: “Porventura sou eu, Rabi?” (Mateus
26:25).
A
história de Judas Iscariotes é um retrato vívido de como o homem, em sua
própria natureza, é completamente depravado e perverso, apto a ser instrumento
nas mãos do diabo (João 6:70,71). É impossível separar a pergunta sobre quem
foi Judas Iscariotes das conhecidas palavras de Jesus sobre ele: “Mas ai daquele por intermédio de quem o Filho do Homem
está sendo traído” (Mateus 26:24).
Quem foi Judas Iscariotes (o apóstolo que traiu Jesus) na Bíblia
Judas
Iscariotes foi o discípulo que traiu Jesus. Ele foi escolhido para ser um dos 12 apóstolos, mas decidiu
entregar Jesus nas mãos de quem queria tirar sua vida. A ganância de
Judas deu lugar ao diabo e ele ficou conhecido na Bíblia como um traidor.
Durante
seu ministério, Jesus escolheu alguns de seus discípulos para serem apóstolos,
pessoas que receberiam ensinamento mais pessoal, com o propósito de se tornarem
os futuros líderes da Igreja (Lucas 6:13-16). Um dos 12 escolhidos foi Judas
Iscariotes. Ele ficou encarregado do dinheiro do grupo, mas tinha por hábito
roubar da bolsa comum.
Não
se sabe muito sobre a vida de Judas. Ele era judeu, filho de um homem chamado
Simão. Judas é a forma grega do nome hebraico Judá e não se sabe ao certo qual
é a origem do nome Iscariotes. É possível ser uma referência a um lugar chamado
Queriote, mas isso nunca foi confirmado.
Judas
acompanhou Jesus ao longo de todo o seu ministério, com os outros apóstolos.
Ele viu os milagres, aprendeu de Jesus e participou da pregação das boas
novas. Jesus sabia desde o início que Judas iria traí-lo, mas não o
excluiu nem deixou de lhe mostrar seu amor (João 6:70-71).
A
traição de Judas
Perto
do fim de seu ministério, os líderes religiosos judaicos estavam procurando uma
forma de prender e matar Jesus, mas sem provocar a multidão. Foi Judas
quem lhes deu a oportunidade.
Certo
dia, quando a Páscoa judaica estava se aproximando, uma mulher veio para Jesus
e derramou um frasco de perfume muito caro sobre sua cabeça, em um ato de
devoção. Judas achou aquilo um desperdício e disse que o perfume deveria ter
sido vendido e o dinheiro dado aos pobres (mas estava pensando mais no seu
próprio lucro). Como encarregado da bolsa, também era seu trabalho distribuir
dinheiro aos pobres e facilmente podia guardar algum para si sem
ninguém notar (João 12:4-6). Jesus mostrou que Judas estava errado, porque a
mulher estava preparando Jesus profeticamente para seu sepultamento.
Depois
desse acontecimento, Judas procurou os líderes religiosos judaicos e se
ofereceu para lhes entregar Jesus, em troca de 30 moedas de prata (Lucas
22:3-6). A ocasião perfeita se apresentou durante a festa da Páscoa, na noite
da Última Ceia. Jesus iria passar algum tempo a sós em um jardim com os
discípulos depois do jantar. Com poucas pessoas por perto, essa era a
oportunidade que seus inimigos precisavam para o apanhar sem muitos apoiantes
para lutar do seu lado.
Jesus
sabia do plano de Judas e avisou que o traidor iria sofrer consequências muito
sérias (Marcos 14:20-21). Depois do jantar, ele deixou Judas sair para fazer o
que tinha planejado. A traição de Judas já estava contemplada no plano
de Deus para salvar a humanidade.
Judas
se reuniu com os inimigos de Jesus, que juntaram um grupo para prender Jesus.
Ele lhes mostrou o caminho para o jardim do Getsêmani e combinou dar um beijo
em Jesus, para saberem quem prender. Judas se aproximou de Jesus, chamou-o de
mestre e lhe deu um beijo, como se fosse seu amigo (Lucas 22:47-48). Então o
grupo avançou e prendeu Jesus. Judas recebeu seu pagamento e Jesus foi
crucificado.
Como
Judas morreu
Depois
que Judas viu os resultados do que tinha feito, ele sentiu remorso e devolveu o
dinheiro aos líderes religiosos. Eles usaram o dinheiro para comprar o campo do
Oleiro e Judas se enforcou (Mateus 27:5-8). O campo comprado
ficou conhecido como o Campo de Sangue.
Mais
detalhes sobre o fim de Judas são relatados em outra parte da Bíblia. Atos
dos Apóstolos 1:18-19 conta que Judas comprou o Campo de Sangue e morreu
ali. Ele caiu, seu corpo abriu no meio e suas entranhas se derramaram
no chão.
O
que provavelmente aconteceu foi que Judas devolveu o dinheiro aos sacerdotes,
que compraram o campo do oleiro no seu nome. Judas foi para esse mesmo campo,
onde se enforcou. Passado algum tempo, o corpo caiu e, como estava na primeira
fase de decomposição, a barriga se abriu e as entranhas saíram. O campo onde
morreu depois foi convertido em um cemitério para estrangeiros. Assim, o lugar
ficou conhecido como o Campo de Sangue, tanto devido ao suicídio de
Judas quanto por ser comprado com dinheiro de sangue.
Quem
substituiu Judas como apóstolo
Depois
da ressurreição e ascensão de Jesus, os apóstolos se reuniram para escolher
outra pessoa para tomar o lugar de Judas. Eles decidiram que deveria ser alguém
que tinha acompanhado todo o ministério de Jesus e que tinha sido testemunha de
sua ressurreição (Atos dos Apóstolos 1:21-22). Usando
esses critérios, os apóstolos escolheram duas pessoas: José Barsabás e Matias.
Eles oraram e lançaram sortes e Matias foi o escolhido (Atos
dos Apóstolos 1:23-26).
Mais tarde, Paulo se tornou um apóstolo, pregando o evangelho em
muitos lugares e ajudando a estabelecer a doutrina da Igreja. Mas ele não foi
um dos 12 originais, que aprenderam diretamente com Jesus.

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