Daniel: Um Profeta em Terra Estrangeira
Daniel é uma figura proeminente no Antigo
Testamento, conhecido por sua profunda fé em Deus mesmo em meio a um ambiente
pagão e poderoso como a Babilônia. Sua história é marcada por desafios,
milagres e uma missão clara: permanecer fiel a Deus em todas as
circunstâncias.
A
Chegada à Babilônia
Daniel,
junto com seus amigos Sadraque, Mesaque e Abednego, foi levado cativo para a
Babilônia durante a invasão de Jerusalém. Lá, eles foram treinados para servir
na corte do rei Nabucodonosor. Apesar de estarem em um ambiente estrangeiro e
com pressões para se adaptarem aos costumes babilônicos, Daniel e seus amigos
escolheram manter seus valores e crenças.
Uma
Missão Divina
A
missão de Daniel em Babilônia era multifacetada:
- Ser um
exemplo de fidelidade:
Daniel se recusou a se contaminar com os alimentos e bebidas da corte,
demonstrando sua devoção a Deus.
- Interpretar
sonhos e visões: Deus
dotou Daniel com o dom de interpretar sonhos e visões, o que o levou a
posições de destaque na corte babilônica. Através de suas interpretações,
Daniel revelava a soberania de Deus sobre os reinos da terra.
- Profetizar
o futuro: Daniel
profetizou eventos futuros, como a queda da Babilônia e o surgimento de
outros impérios. Suas profecias são consideradas algumas das mais
detalhadas e precisas da Bíblia.
- Defender
a fé: Daniel e seus
amigos enfrentaram grandes desafios por causa de sua fé, como a ordem de
adorar uma imagem de ouro. Eles permaneceram firmes em suas convicções,
demonstrando o poder de Deus para salvar e proteger Seus fiéis.
Lições
de Daniel
A
história de Daniel nos ensina diversas lições importantes:
- A
importância da fidelidade:
Mesmo em um mundo que tenta nos afastar de Deus, devemos permanecer firmes
em nossas crenças.
- O
poder da oração:
Daniel orava regularmente, buscando a orientação de Deus em todas as
situações.
- A
soberania de Deus:
Deus controla os destinos das nações e nada escapa ao Seu conhecimento.
- A
esperança no futuro:
As profecias de Daniel nos dão esperança de um futuro onde o reino de Deus
será estabelecido sobre toda a terra.
A
história de Daniel é um testemunho poderoso da fé e da coragem. Ele nos inspira
a viver vidas dedicadas a Deus, independentemente das circunstâncias.
DANIEL,
UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS Dn 6.10-16. Nenhuma
trama política mudaria em Daniel o seu hábito devocional de oração (Dn
6.10).
“Daniel, três vezes no dia se punha de joelhos, e orava” (6.10). Nenhuma trama política mudaria
seu hábito devocional de oração. Daniel soube do decreto do rei, mas não mudou
seus hábitos cotidianos. De manhã, abria as janelas do seu quarto, voltadas
para Jerusalém, e orava a DEUS e pedia pela restauração do seu povo à sua
terra. Daniel desde jovem entendeu que sua vida dependia da sua relação com
DEUS. A oração era o canal inteligente e racional pela qual ele seria guiado em
suas decisões pessoais e políticas. A trama política visava neutralizar a voz
de oração de Daniel. Em nossos dias, nossos políticos cristãos, comprometidos
com o Senhor são desafiados a transigirem do conhecimento da Palavra de DEUS
para apoiarem decisões contraditórias que ferem frontalmente os princípios
morais, éticos e religiosos da fé recebida em CRISTO JESUS. Tão logo Daniel
soube do edito real não mudou seu hábito de orar a DEUS três vezes por dia. Ele
não transigiria com sua fé, mesmo que lhe custasse a vida.
“Três vezes por dia faz a sua oração” (6.11). Era tudo o que seus inimigos
queriam: encontrar um modo para acusar Daniel diante do rei e roubar-lhe o
lugar e a posição de destaque que Daniel tinha para com o Rei. Teria que ser
algo que atingisse o rei. Com ousadia, Daniel, mesmo sabendo do decreto do rei,
não alterou seus hábitos. Continuou a abrir as janelas do seu quarto de dormir
e, três vezes por dia, orava e dava graças a DEUS. Não mudou sua postura de
oração ao orar de joelhos. Daniel não escondeu nenhum dos seus hábitos.
A
INTEGRIDADE EM TEMPOS DIFICEIS
TEXTO
BÍBLICO: Dn 6:3-5,10,11,15,16,20
“Então, os príncipes e os presidentes procuravam achar ocasião
contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa
alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum vício nem culpa” (Dn 6:4).
INTRODUÇÃO
Muitos
fraquejam quando passam pelo teste da adversidade. A vida de Daniel, porém,
prova que um homem pode ser íntegro tanto na adversidade como na prosperidade.
Daniel foi íntegro quando chegou à Babilônia como escravo. Ele resolveu firmemente não se contaminar. Agora ele
passa pelo teste da prosperidade - foi o primeiro-ministro da Babilônia e agora
é um governador do reino medo-persa. Sua integridade é a mesma. Ele não
se deixa seduzir pela fama nem pela riqueza. Ele é um homem absolutamente
confiável.
I. DANIEL,
UM HOMEM ÍNTEGRO EM UM MEIO POLÍTICO CORRUPTO (Dn 6:1-6).
A
Babilônia tinha caído, um novo império tinha se levantado, mas os homens que
subiram ao poder continuavam corruptos. O absolutismo do rei no império
babilônico mudou para a descentralização do poder no império medo-persa. O
regime de governo mudou, mas não o coração dos homens. É um grande engano
pensar que as coisas vão mudar para melhor em virtude das mirabolantes
promessas dos políticos. Mudam-se os partidos; mudam-se as figuras, mas o
espírito e a cultura do aproveitamento são os mesmos. (2)
1. Dario reorganiza o governo e delega autoridade
administrativa (Dn 6:1-3). Na
reorganização do governo, Dario dividiu a responsabilidade da administração.
Ele constituiu 120 prefeitos e três governadores. Desses três governadores,
Daniel se distinguiu. Dario encontrou nele “um espírito excelente” (Dn 6:3) e,
apesar da idade avançada de Daniel, planejava estender sua autoridade sobre
todo o reino. A corrupção estava instalada dentro do palácio, nas rodas mais
altas do governo de Dario, porém o caráter de Daniel era impoluto e imutável.
Ele não vendeu a sua consciência. As circunstâncias adversas não alteraram as
convicções de Daniel.
Daniel manteve-se íntegro a despeito do ambiente. Ele não negociou os seus valores absolutos. Ele não se corrompeu. A base de sua integridade foi sua fidelidade a Deus. Sua fé foi a pedra de esquina de sua moralidade privada e pública.
A
vida de Daniel nos mostra que é possível ser íntegro mesmo cercado por um mar
de lama de corrupção.
2. Daniel se torna alvo de uma conspiração (Dn 6:4,5). “Então, os príncipes e os
presidentes procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito
do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa alguma; porque ele era fiel, e
não se achava nele nenhum vício nem culpa. Então, estes homens disseram: Nunca
acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele na
lei do seu Deus”.
Os
inimigos de Daniel queriam afastá-lo do caminho deles. Mas como? Nada
encontraram para atacar em sua vida moral, assim, conspiraram contra ele por
intermédio de sua fé no seu Deus. Daniel 6:4 nos informa que os conspiradores
procuravam “achar ocasião" para acusar Daniel. Essa palavra
(“ocasião”) significa, aqui, que eles buscavam um pretexto, um motivo.
Daniel,
porém, era fiel a Deus e, também, era fiel ao seu senhor terreno. Ele realmente
era diferente dos demais. E porque era diferente dos outros líderes foi
perseguido, e conspiraram contra ele para matá-lo.
A
vida de Daniel nos prova que um homem pode permanecer íntegro mesmo quando é
vítima de conspiração.
3. O perigo das confabulações (tramas, conspirações) políticas. Ver Daniel prestes a uma promoção que o colocaria acima dos prefeitos e dos demais governadores era mais do que eles podiam tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer custo, mas não encontrava nenhuma falha nele. O fracasso em encontrar falhas na administração de Daniel os fez buscar uma maneira de atacá-lo no seu ponto mais forte: sua religião e a lei do seu Deus (Dn 6:5). Eles sabiam que Daniel era um homem de oração, e era neste ponto que eles articularam a construção de uma arapuca. Eles agiram em surdina, maquinaram nos bastidores, tramaram na escuridão. Eles bajularam o rei e se tornaram hipócritas para alcançar o fim que desejavam: a morte de Daniel.
Eles
bajularam o rei Dario elevando-o ao posto de divindade por um mês. O projeto
trazia como isca a exaltação e a lealdade ao rei. Era bastante comum para os
governadores dos medos e persas colocar-se no lugar de um dos seus deuses e
requerer a adoração do povo. Dario sentiu-se lisonjeado em ser o centro da
devoção religiosa por um mês, por isso, assinou o edito. Mas a intenção dos
conspiradores era outra.
O
rei tornou-se refém de seu próprio orgulho e, por conseguinte, de seu próprio
decreto. Dario assina uma sentença irrevogável, pois a lei nesse império era
maior do que o rei. Dario caiu na arapuca da lei e da ordem. E assim,
sentenciaram à morte o homem de confiança do rei. Além da bajulação, usaram a
mentira (Dn 6:7).
A
integridade nem sempre nos ajuda a granjear amigos. Pessoa íntegra é uma ameaça
ao sistema de corrupção. Por ser fiel, você pode ser perseguido com maior
rigor. As trevas aborrecem a luz. Os que andam na verdade perturbam os que
vivem no engano.
Não podemos permitir que qualquer ser humano ou qualquer outra coisa venha impedir de buscarmos a Deus em oração, de cultuá-lo, pois nada existe de mais importante do que o Senhor.
II.
DANIEL, UM HOMEM ÍNTEGRO QUE NÃO TRANSIGIU COM SUA FÉ EM DEUS (Dn 6:10-16).
1. Nenhuma trama política mudaria em Daniel o seu hábito
devocional de oração (Dn 6:10). “Daniel, pois, quando soube
que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto
janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de
joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava
fazer”.
Quando
Daniel soube do decreto do rei a sua atitude foi inequívoca: “Ele entrou em sua casa e três vezes no
dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como
também antes costumava fazer”. Daniel não muda sua
agenda ao saber que estava sentenciado à morte. Alterar seus hábitos de devoção
ou tornar secreta a sua relação com o seu Deus seria uma negação basilar de sua
integridade espiritual.
Certamente, ele deve ter sido tentado a transigir ao se ajoelhar para orar: "Por que não facilitar as coisas? Veja a posição de privilégios de que goza. Pense na influência que continuará exercendo se transigir só nesse ponto. Assegure seu futuro. Não ore a Deus em público apenas durante este mês. Ore secretamente em seu coração, se quiser, mas por que fazê-lo como sempre fez? Certamente, você será notado e perderá tudo, inclusive a vida". Daniel não foge nem transige, mas continua orando ao Senhor como costumava fazer. Daniel aprendeu a ser íntegro na mocidade e jamais mudou sua rota. Mesmo ancião, prefere a morte a transigir com sua consciência. (3)
2. A momentânea vitória dos conspiradores. “Então, aqueles homens foram juntos e acharam Daniel orando e suplicando diante do seu Deus” (Dn 6:11).
Os
inimigos de Daniel encontraram-no orando. Era tudo que eles precisavam para
levar adiante o plano macabro. Assim como caçadores orgulhosamente exibem sua
presa, os vis conspiradores chegaram ao rei Dario e exibiram o resultado do seu
mau intento. Deram-lhe a informação de que tanto queriam – “Daniel, um dos
exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto que assinaste. Ele
continua orando três vezes por dia” (Dn 6:13, NVI). E a informação estava cheia
de veneno: (a) acentuava o preconceito, falando de Daniel como um exilado,
mesmo depois de setenta anos de integridade como o homem mais importante do
governo; (b) acrescentava uma informação falsa, afirmando que Daniel não fazia
caso do rei. Mas, a alegria dos conspiradores durou apenas uma
noite. O juízo divino seria implacável contra eles.
3. Preservando a integridade (Dn 6:18-22). Uma pessoa íntegra procura agradar a Deus mais que aos homens. Ela não depende de elogios nem muda sua rota por causa das críticas. Uma pessoa íntegra cumpre com a palavra empenhada e seu aperto de mão vale mais que um contrato. Daniel sabia que sua integridade o tornava impopular diante dos outros líderes, mas sua consciência era cativa ao Senhor e comprometida com a verdade. Os opositores de Daniel odiaram-no não porque ele praticara o mal, mas porque ele praticara o bem. Eles bajularam e se tornaram hipócritas para alcançar o fim que desejavam, a morte de Daniel. Eles agiram em surdina, maquinaram nos bastidores, tramaram na escuridão. (4)
Por ser fiel, você pode ser perseguido com maior rigor. As trevas aborrecem a luz. Os que andam na verdade perturbam os que vivem no engano. O íntegro é uma ameaça aos corruptos.
III. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (Dn 6:16,17)
A cova dos leões era a forma mais cruel de sentença de morte no
reino medo-persa. Babilônia matava numa fornalha, o reino medo-persa na cova
dos leões.
1. Daniel preferiu morrer a se dobrar diante de um edito
maligno (Dn 6:16,17). Dario
caiu na armadilha da bajulação e se tornou refém de seu próprio decreto.
Daniel, seu homem de maior confiança, foi sentenciado à cova dos leões por
causa de sua irretocável integridade. Daniel não discutiu, nem questionou sua
condenação com o rei. Sua convicção era de que o seu Deus a livraria se assim o
quisesse. Ele não deixou de orar e de manter seu hábito devocional. A sua fé em
Deus proporcionava-lhe paz interior para enfrentar aquela circunstância
adversa.
Daniel foi denunciado, preso e lançado na cova dos leões. Sua integridade não o livrou da maldade, da inveja e da perseguição dos seus inimigos do palácio. Mas Deus fechou a boca dos leões na cova da morte.
Como crentes em Cristo estaríamos dispostos a sacrificar nossa vida e até morrer pelo nome de Jesus? O próprio Jesus declarou que no final dos tempos os verdadeiros discípulos seriam odiados, atormentados e levados à morte. Mesmo que você morra por causa de sua integridade, você ainda é bem-aventurado porque felizes são aqueles que sofrem por causa da justiça!
2. Daniel foi protegido da morte pelo anjo de Deus (Dn 6:22,23). “O meu Deus enviou o seu anjo” (Dn 6:22).
Você não pode evitar que os homens maus tramem contra você, mas você pode orar, e Deus pode frustrar o propósito dos ímpios. Os perversos não contavam com a intervenção de Deus, com o livramento do anjo do Senhor. Os amigos de Daniel foram livres das chamas do fogo da fornalha, porque creram no seu Deus. Agora, Daniel foi livre de ser triturado pelos leões, porque, também, crera no seu Deus. O Anjo do Senhor que andou com Hananias, Misael e Azarias na fornalha de fogo, esse mesmo Anjo abençoou Daniel, ficando ao seu lado durante aquela noite, e demonstrou Sua autoridade sobre os leões ao restringir todos seus instintos naturais, a fim de não matarem brutalmente o servo do Senhor. Está escrito em 1João 5:4: “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”.
3. Deus mais uma vez foi glorificado através da vida de Daniel
(Dn 6:25-27). Quando
cuidamos de nossa integridade, o nome de Deus é exaltado (Dn 6:26,27). Mais do
que o nome de Daniel, o nome de Deus foi proclamado e exaltado em todo o
império medo-persa. Dario exaltou a Deus dizendo: Ele é o Deus vivo; Ele é o
Deus eterno que vive para sempre; Seu reino jamais será destruído; Seu domínio
jamais terá fim; Ele é o Deus que livra, salva e faz maravilhas; Ele é o Deus
que livrou Daniel.
O fim último de nossa vida é glorificar a Deus. Devemos viver de tal maneira que os homens vejam nossas boas obras e glorifiquem ao nosso Pai que está nos céus (Mt 5:16).
CONCLUSÃO
Quando
cuidamos de nossa integridade, Deus nos exalta (Dn 6:28). Ele foi promovido no
governo de Dario, o medo, sob o reinado de Ciro, o persa. Deus honra aqueles
que o honram. Dario tornou público um novo edito: “Da
minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os
homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e para
sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao
fim” (Dn 6:25). Esse foi o fruto
da integridade de Daniel em todas as situações. E a maldição dos inimigos de
Daniel caiu sobre a cabeça deles. Todos aqueles homens foram lançados na cova
dos leões e estraçalhados, e não escapou nem mesmo suas famílias (Dn 6:24,25).
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