Texto Bíblico:
Lucas 4:1-13
“Porque não
temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém
um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4:15).
INTRODUÇÃO
Quando
estava prestes a iniciar seu ministério terreno, anunciando a chegada do Reino
de Deus, Jesus é levado ao deserto e em quarenta dias de jejum e oração é
confrontado por Satanás que lhe faz muitas propostas. A passagem é bem
conhecida e recebe por título “A Tentação de Jesus” em todos os Evangelhos.
Sempre que leio, penso em quanto esse momento foi decisivo para história da
humanidade. Bastaria um sim de Jesus e todo o plano salvífico estaria
fracassado. Bastaria um vacilo, um acenar de cabeça concordando com o diabo e
tudo estaria consumado em desgraça e maldição para os homens.
O
diabo não tem sucesso em suas investidas e Jesus, de forma objetiva, sem longos
discursos, pronunciando a Palavra de Deus, vence o mal e consuma na cruz do
calvário a salvação que nos é dada. Na cruz, Ele resgata o que havia se perdido
no Éden, quando Adão e Eva, dizem sim a serpente e acatam a sugestão diabólica
de que “sereis como Deus, sabendo o bem e o mal e
não morrereis”:
“E vendo a mulher que aquela árvore era boa de se comer, e
agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu
fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela”. Gn 3: 6
No
deserto da Judeia, lugar seco, sem pomares, o diabo aparece usando elementos
naturais, típicos do ambiente, para tentar Jesus: “transforma
essa pedra em pão e come, porque estás com fome” Lucas 4:3. A árvore
proibida do jardim, aquela que Eva já havia visto e rodeado tantas vezes, foi
nela que a serpente se enroscou. Porque o mal não chega de forma espantosa, nos
assombrando com suas propostas. Ele aparece em nossa rotina, no dia a dia, assim
como uma tênue linha no tempo separando abismo e paraíso.
Na
igreja, na família, no trabalho, em lugares de nosso convívio, o mal aparece
disfarçado de bem, porque sua essência é a mentira e quando domina sua presa,
se revela como angustiante e terrível, mostra suas garras com objetivo tão
somente de roubar e destruir vidas: “porque não há
verdade nele, e fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”
João 8:44. Ele não falou a verdade para Eva, nem para Jesus, também não falará
para mim e para você.
I.
A REALIDADE DA TENTAÇÃO
1. Uma realidade humana. Tentação é o estímulo externo ou interno que impulsiona
o ser humano à prática do pecado. É a investida do diabo contra os cristãos.
Ela é inerente à carne – “Não vos sobreveio
nenhuma tentação, senão humana” (1Co 10:13a). Ela tem influência
destrutiva, mas fiel é Deus que dá o escape para suportar a tentação. Quando a
tentação é consumada, a consequência é o pecado (sua prática destitui o homem
da comunhão com o Eterno) e a sua continuidade é punida com o castigo eterno. A
tentação é comum a todos os servos, todos são tentados no dia a dia. É-nos
garantido pelo Senhor, que todas elas são suportáveis; nenhuma tentação é
superior às nossas forças (1Co 10:13).
2. A diferença entre Tentação e Provação.
a) Tentação. Pode ser definida como aquele impulso inicial que a pessoa sente para cometer pecados (Rm 7:18,19). É procurar seduzir alguém para o pecado, persuadir a tomar um caminho errado. É de origem satânica e carnal (Mt 4:1, João 13:2, Tg 1:14). Seu objetivo é fazer o crente abandonar a vontade de Deus. Visa sempre o mal (tirar-nos da dependência de Deus - Mt 4:3-6,8,9). Não é pecado em si, pois Jesus foi tentado em tudo (Hb 4:15).
b) Provação. Significa "por alguém à prova", submeter a um teste. É de origem divina. Veja o caso de Abraão (Gn 22:1). Visa fortalecer a pessoa e não derrubar (Leia 2Cr 32:31, Hb 11:17-19). Recompensa dos que são provados e aprovados: “Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg. 1:12).
3. A tentação em si não é pecado. A tentação em si não é pecado, mas quando o homem cede à tentação então ele peca. Deus nunca usa este instrumento chamado tentação, visto que o objetivo da tentação é levar o homem ao pecado. Por isto, diz a Palavra de Deus: “Ninguém, sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta” (Tg 1:13). Quando uma tradução diz que Deus tentou alguém, na verdade trata-se de uma prova, e não uma tentação no sentido de induzir o homem ao pecado. Diz a Bíblia Sagrada: “Cada um, porém, é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência; então a concupiscência, havendo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tg 1:14,15). E Deus não permite a Satanás tentar alguém acima de suas próprias forças e Ele sempre nos dá o escape – “...fiel é Deus, o qual não deixará que sejais tentados acima do que podeis resistir, antes com a tentação dará também o meio de saída, para que a possais suportar” (1Co 10:13b).
4. O agente da tentação. Satanás é o agente principal da tentação. Esse é o seu principal trabalho desde a formação do homem e da mulher. O trabalho que mais o agrada é desviar o crente das disciplinas da vida cristã. A Bíblia diz: "Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo" (1Jo 3:8).
5. Vencendo a tentação. Ao voltar do Jordão onde foi batizado, Jesus foi guiado pelo Espírito Santo ao deserto, provavelmente o da Judéia, na costa ocidental do mar Morto. Ali Ele foi tentado durante quarenta dias pelo Diabo – dias nos quais o Senhor nada comeu. Ao fim desses dias surgiu a tentação tripla com que estamos mais familiarizados. As tentações ocorreram em três lugares diferentes: no deserto, numa montanha e no templo em Jerusalém. E Ele venceu todas.
Jesus, o homem perfeito, venceu a sedução do pecado com oração, com a Palavra e por andar no Espírito. Todos os que estão em Cristo podem sim, também, vencer a tentação (1Co 10:13).
A
vitória de Jesus sobre a tentação é também a nossa vitória.
Alguns
dizem que, como Deus, Jesus não poderia pecar, mas, como homem, poderia. Mas
Ele continua sem Deus e Homem, e é inconcebível que Ele pudesse pecar hoje. O
propósito da tentação não foi ver se Ele pecaria, mas provar que Ele não
poderia pecar. Somente um Homem santo, sem pecado, poderia ser nosso Redentor.
II. A TENTAÇÃO DE SER SACIADO
A verdadeira humanidade de Jesus é refletida pelas palavras “teve fome”. Esse foi o alvo da primeira tentação: a tentação de ser saciado. Satanás sugeriu que o Senhor deveria usar seu poder divino para satisfazer a fome física. A sutileza da tentação foi que o ato em si era perfeitamente legítimo. Mas o erro estaria em Jesus obedecer a Satanás.
O diabo é um mestre das coisas aparentemente lógicas. Jesus estava faminto; ele tinha poder para transformar as pedras em pão. O diabo simplesmente sugeriu que ele tirasse vantagem de seu privilégio especial para prover sua necessidade imediata.
Era verdade que Jesus necessitava de alimento para sobreviver. Mas a questão era como ele o obteria. Lembre-se de que foi Deus quem o conduziu a um deserto sem alimento. O diabo aconselhou Jesus a agir independentemente e encontrar seus próprios meios para suprir sua necessidade.
Confiará ele no Pai ou se alimentará a seu próprio modo? Há aqui, também, uma questão mais básica: Como Jesus usará suas aptidões? A tentação era ressaltar demais os privilégios de sua divindade e minimizar as responsabilidades de sua humanidade. E isto era crucial, porque o plano de Deus era que Jesus enfrentasse a tentação na área de sua humanidade, usando somente os recursos que todos nós temos à nossa disposição.
2. A resposta de Jesus - "E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus” (Lc 4:4).
Mais
importante que a satisfação do apetite físico é a obediência à Palavra de
Deus. Alguém disse que “o segredo total de força no conflito é o uso
da palavra de Deus da maneira certa”.
Jesus
usou um meio que nós também podemos empregar para superar a tentação: a Palavra
de Deus. A passagem que ele citou foi a mais adequada naquela situação. No
contexto, os israelitas tinham aprendido durante seus 40 anos no deserto que
eles deveriam esperar e confiar no Senhor para conseguir alimento, e não tentar
conceber seus próprios esquemas para se sustentarem.
a) O diabo ataca as nossas fraquezas.
Ele não se acanha em provar nossas áreas mais vulneráveis. Depois de
jejuar 40 dias, Jesus estava faminto. Daí, a tentação de fazer alimento de uma
maneira não autorizada. Satanás escolhe justamente aquela tentação à qual somos
mais vulneráveis no momento. De fato, as tentações são frequentemente ligadas a
sofrimento ou desejos físicos.
b) Precisamos confiar em Deus. Depois de 40 dias de jejum total, indubitavelmente, Jesus precisava de alimento. Ele encontrava-se debilitado fisicamente. Todo o seu organismo exigia ser saciado de pão e água. Porém, mais do que isso, precisava fazer a vontade do Pai. É sempre certo fazer o certo e sempre errado fazer o errado. Deus proverá o que ele achar melhor; meu dever é obedecer-lhe. É melhor morrer de fome do que desagradar ao Senhor.
III. A TENTAÇÃO DE SER CELEBRADO
1. O príncipe deste mundo. “E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu” (Lc 4:5-7).
Não levou muito tempo para Satanás mostrar tudo o que ele tem para oferecer. Não foi o mundo em si, mas os reinos deste mundo que ele ofereceu. Por causa do pecado do homem, Satanás se tornou “o príncipe” deste mundo (João 12:31; 14:30; 16:11), “o deus deste século” (2Co 4:4) e “o príncipe da potestade do ar” (Ef 2:2). Deus propôs que “o reino do mundo” um dia se tornará do “nosso Senhor e do seu Cristo” (Ap 11:15). Deus Pai prometeu o reinado ao Filho depois de seu sofrimento (Hb 2:8,9). Assim, Satanás estava oferecendo a Cristo o que certamente seria dele. O Diabo ofereceu um atalho: a coroa sem a cruz. Mas não poderia ter qualquer atalho ao trono. A cruz precisava vir primeiro. Nos conselhos de Deus, o Senhor Jesus tinha de sofrer antes que pudesse entrar na gloria. Ele não poderia conseguir um fim legítimo por um meio errado. Em nenhuma circunstância ele adoraria o Diabo fosse qual fosse o prêmio.
2. A resposta de Jesus - "E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás” (Lc 4:8). Aqui, o Senhor cita Deuteronômio 6:13 para mostrar que, como homem, ele deveria adorar e servir somente a Deus.
Como bem disse o pr. José Gonçalves, “o Diabo sabe que o desejo de ser celebrado, de ser chamado ‘senhor’, é algo que fascina os homens. Satanás sabia que derrubaria Adão se o convencesse de que ele poderia se tornar poderoso ao adquirir conhecimento. Adão acreditou que até mesmo poderia ser como Deus (Gn 3:5)”. Adão acreditou na tese do Diabo e caiu. “O Diabo por certo acreditava que o mesmo aconteceria com Jesus, o Filho do Homem. Mas Jesus não se dobrou diante de Satanás. Por certo muitos estão exercitando poder e domino neste mundo, mas provavelmente também estão se curvando diante de Satanás”, afirma Jose Gonçalves.
a) Satanás paga o que for necessário. O diabo ofereceu tudo para "comprar" Jesus. Se houver um preço pelo qual você desobedecerá a Deus, pode esperar que o diabo virá pagá-lo. Mas, a Palavra de Deus exorta: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16:26).
b) O diabo oferece atalhos. Ele oferece o mais fácil, o mais decisivo caminho ao poder e à vitória. Jesus recusou o atalho. Ele ganharia os reinos pelo modo que o Pai tinha determinado. Hoje Satanás tenta as igrejas a usar atalhos para ganhar poder e converter pessoas. O caminho de Deus é converter ensinando o evangelho (Rm 1:16). Exatamente como ele tentou Jesus para corromper sua missão e ganhar poder através de meios carnais, assim ele tenta nestes últimos dias da Igreja.
IV. A TENTAÇÃO DE SER NOTADO
1. A artimanha do inimigo. A terceira tentação de Jesus está localizada em Jerusalém. Jesus é convidado a lançar-se do pináculo do templo – “Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra” (Lc 4:9-11).
Jesus tinha replicado à tentação anterior dizendo que confiava em cada palavra do Senhor. Aqui Satanás está dizendo: "Bem, se confia tanto em Deus, então experimenta-o. Verifica o sistema e vê se ele realmente cuidará de ti". E ele confirmou a tentação com um trecho das Escrituras, o Salmo 91:11,12, para assegurar Jesus que Ele ficaria bastante seguro. Satanás, porém, empregou erroneamente a Bíblia. Ele torceu um texto para servir um propósito. Talvez Satanás estivesse tentando Jesus a apresentar-se como Messias ao fazer uma sensacional acrobacia. Malaquias predisse que o Messias viria de repente ao seu templo (Ml 3:1). Aqui, então, chegou a oportunidade para Jesus obter fama e notoriedade como o Libertador prometido sem ir ao Calvário. Jesus, porém, rejeita esta tentação, conforme fizera com as outras duas, ao apelar para o significado verdadeiro da Bíblia – “E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus” (Dt 6:16). Não cabe ao homem submeter Deus ao teste, nem sequer quando o homem é o próprio Filho de Deus encarnado.
a) O diabo cita a Escritura; ele põe como isca no seu anzol os versículos da Bíblia. Há muitas pessoas que frequentemente aceitam qualquer ensinamento bíblico fora do contexto. Mas cuidado! O mesmo diabo que pode disfarçar-se como um anjo celestial (2Co 11:13-15) pode, certamente, deturpar as Escrituras para seus próprios propósitos. O diabo fez três enganos:
- Primeiro, não utilizou todas as Escrituras. Jesus replicou com: "Também está escrito". A verdade é a soma de tudo o que Deus diz; por isso precisamos estudar todos os ensinamentos das Escrituras a respeito de um determinado assunto para conhecer verdadeiramente a vontade de Deus.
- Segundo, ele tomou a passagem fora do
contexto. O Salmo 91, no contexto, conforta o homem que confia e depende do
Senhor; ao homem que sente necessidade de testar o Senhor nada é prometido
aqui.
- Terceiro, Satanás usou uma passagem figurada literalmente. No contexto, o ponto não era uma proteção física, mas uma proteção espiritual.
b) Satanás é versátil. Jesus venceu em uma área, então o diabo se mudou para outra. Temos que estar sempre em guarda – “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pedro 5:8).
V. ELEMENTOS IMPORTANTES PARA VENCERMOS A TENTAÇÃO
a) Vigiar e orar. A advertência é do próprio Cristo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26:41).
A parte que se refere à vigilância é negligenciada por uma porcentagem elevada do povo de Deus. O estar atento, nos resguarda de cairmos nas ciladas do maligno.
O apóstolo Paulo recomenda em 1Tessalonicences 5:17: "Orai sem cessar." Isso significa ter a mente ligada a Deus 24 horas. Consultá-lo sempre que precisar tomar uma decisão ou resolver alguma questão. Ter uma atitude de oração é perguntar a Deus o que Ele quer nos ensinar com tal circunstância; tentar imaginar o que Jesus diria a nós em determinada situação e pedir sempre a Deus que Ele seja a nossa força.
b) Não dar ouvidos a quem duvida da Palavra de Deus. Gênesis 3:1: "Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?".
A cena relata o encontro da serpente (Satanás) com Eva. O que interessa aqui, propriamente, não é o diálogo, mas a razão pela qual Eva estava dando ouvidos àquela serpente. Creio que talvez possa ter surgido uma dúvida no coração dela quanto ao que Deus havia ordenado. Talvez tenha duvidado da palavra de Deus. Talvez estivesse curiosa para saber se haveria algo por trás da ordem que Ele lhes dera. Eva abriu espaço para que houvesse uma conversa, mesmo após a serpente ter colocado em dúvida a ordem divina.
c) Esquecer o passado. Filipenses 3:13,14: "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim. Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus".
Paulo nos aconselha a esquecer o passado. Creio realmente que essa seja uma poderosa arma, pois se olharmos para trás, veremos o inimigo de Deus com dedo acusador pronto para nos fazer cair novamente. Esqueça o passado, aprenda com os erros, apegue-se às promessas de Deus e siga em frente, confiante que Ele será sua força contra qualquer tentação que atravessar seu caminho.
Satanás quer que nos desviemos do nosso alvo, que é a vida eterna ao lado de Jesus. Portanto, é extremamente importante que a nossa vida e comportamento esteja focada nas verdades bíblicas. Depositemos nas mãos de Deus todas as nossas esperanças. Se nós olharmos para trás, veremos Satanás nos acusando dos erros do passado e fazendo de tudo para nós cairmos novamente; mas, se olharmos para frente, veremos o Filho de Deus de braços abertos, pronto para nos receber como estamos.
d) Alimentar a mente com coisas boas. Filipenses 4:8: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
A lição que podemos tirar aqui é em relação ao conteúdo com que temos preenchido nossa mente. Com quem estamos conversando? A quem você tem dado ouvidos? Que músicas você tem escutado? Que tipo de literatura tem tomado seu tempo? O que seus olhos têm assistido? Do que e com que você está alimentando sua mente? Essas são perguntas que você deve refletir em seu íntimo.
CONCLUSÃO
A
Tentação de Jesus: Um Confronto no Deserto
A
história da tentação de Jesus, narrada nos evangelhos sinóticos (Mateus 4:1-11,
Marcos 1:12-13 e Lucas 4:1-13), é um dos eventos mais significativos da vida de
Cristo. Ocorrida logo após seu batismo e antes do início de seu ministério
público, essa narrativa revela a humanidade de Jesus e sua profunda conexão com
Deus.
O
Contexto:
Após
ser batizado por João Batista, Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto,
onde jejuou por quarenta dias e quarenta noites. Nesse período de isolamento e
privação, Satanás o tentou em três ocasiões distintas.
As
Tentações:
- Transformar
pedras em pão: A
primeira tentação explorou a fraqueza física de Jesus, que estava com fome
após um longo período de jejum. Satanás o instigou a usar seus poderes
divinos para saciar sua fome, transformando pedras em pão.
- Pular
do pináculo do templo:
A segunda tentação desafiou a fé de Jesus, propondo que ele se atirasse do
pináculo do templo para que os anjos o salvassem. Essa tentação visava
levar Jesus a testar desnecessariamente a proteção divina.
- Adorar
a Satanás em troca de todos os reinos do mundo: A terceira e mais tentadora proposta
de Satanás envolvia a oferta de todos os reinos do mundo a Jesus, em troca
de um ato de adoração. Essa tentação visava corromper a lealdade de Jesus
a Deus.
O
Significado:
- A
humanidade de Jesus:
As tentações revelam que Jesus, apesar de ser o Filho de Deus,
experimentou as mesmas fraquezas e tentações que todos os seres humanos.
- A
vitória sobre o pecado:
Ao resistir a todas as tentações, Jesus demonstrou seu total domínio sobre
o pecado e sua perfeita obediência à vontade do Pai.
- A
importância da Palavra de Deus:
Em todas as suas respostas, Jesus citou as Escrituras, demonstrando que a
Bíblia é a nossa maior arma contra as tentações.
- Um
modelo para nós: A
história da tentação de Jesus serve como um exemplo para todos nós,
mostrando que é possível vencer as tentações através da fé e da obediência
a Deus.
Reflexões:
- Quais
são as tentações que enfrentamos em nossa vida?
- Como
podemos resistir às tentações e permanecer firmes em nossa fé?
- Qual o
papel da Bíblia em nossa vida espiritual?
A
história da tentação de Jesus é um convite à reflexão sobre nossa própria
caminhada espiritual. Ao compreendermos o significado desse episódio, podemos
aprender a enfrentar as dificuldades da vida com mais fé e esperança.
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