A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS
A Verdadeira prosperidade - A Vida cristã abundante
Mateus 5:1-12, conhecido como as Bem-aventuranças, é um trecho do Sermão da Montanha, onde Jesus descreve as características de um verdadeiro seguidor do Reino dos Céus.
Contexto:
- Local: Um monte, provavelmente perto do Mar
da Galileia.
- Público: Seus discípulos e uma grande
multidão.
- Objetivo: Revelar os princípios do Reino dos
Céus e o caráter dos que herdarão esse Reino.
Bem-aventuranças:
- Bem-aventurados
os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
- Pobre
de espírito:
Reconhecer sua dependência de Deus e humildade.
- Reino
dos céus: A vida
eterna com Deus.
- Bem-aventurados
os que choram, porque serão consolados.
- Chorar: Tristeza pelo pecado, sofrimento ou
injustiça no mundo.
- Consolados: Deus trará consolo e alegria.
- Bem-aventurados
os mansos, porque herdarão a terra.
- Mansos: Humildes, pacientes e que controlam
sua ira.
- Herdarão
a terra: Desfrutarão
da vida plena e da paz.
- Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
- Fome
e sede de justiça:
Desejo intenso por fazer o que é certo.
- Fartos: Serão saciados pela justiça de Deus.
- Bem-aventurados
os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
- Misericordiosos: Compassivos e perdoadores.
- Alcançarão
misericórdia:
Receberão a misericórdia de Deus.
- Bem-aventurados
os limpos de coração, porque verão a Deus.
- Limpos
de coração: Puros em
seus pensamentos e intenções.
- Verão
a Deus: Terão a
experiência de comunhão com Deus.
- Bem-aventurados
os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
- Pacificadores: Promovem a paz e a reconciliação.
- Filhos
de Deus:
Reconhecidos como pertencentes à família de Deus.
- Bem-aventurados
os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
- Perseguidos
por causa da justiça:
Sofrem por defender o que é certo.
- Reino
dos céus: A
recompensa eterna.
Relevância:
As
Bem-aventuranças nos convidam a:
- Refletir: Sobre nossos valores e prioridades.
- Buscar: Um relacionamento íntimo com Deus.
- Praticar: A humildade, a mansidão, a justiça, a
misericórdia e a paz.
- Esperar: Na recompensa eterna.
As
Bem-aventuranças são um guia para uma vida plena e feliz, sob a bênção de Deus.
TEXTO
BÍBLICO
“O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração” (Lc 4.18).
VERDADE
PRÁTICA
A
verdadeira prosperidade não reside no acúmulo de bens materiais, mas se
encontra na abundância dos bens espirituais que a graça de Nosso Senhor JESUS
CRISTO nos proporciona.
LEITURA
BÍBLICA - Mateus 5.1-12.
1 - E
JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se
dele os seus discípulos; 2 - e,
abrindo a boca, os ensinava, dizendo: 3
- Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus; 4 - bem-aventurados os que choram, porque
eles serão consolados; 5 - bem-aventurados
os mansos, porque eles herdarão a terra; 6 - bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; 7 - bem-aventurados os misericordiosos,
porque eles alcançarão misericórdia; 8 - bem-aventurados os limpos de coração; porque
eles verão a DEUS; 9
- bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de
DEUS; 10 - bem-aventurados os
que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; 11 - bem-aventurados sois vós, quando vos
injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por
minha causa. 12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o
vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes
de vós.
5.1 O SERMÃO DO MONTE. Nos capítulos 5 e 7, temos o que é comumente chamado de o Sermão do Monte. Contém a revelação dos princípios divinos da justiça, segundo os quais todos os cristãos devem viver pela fé no Filho de DEUS (Gl 2.20), e mediante o poder do ESPÍRITO que neles habita (cf. Rm 8.2-14; Gl 5.16-25). Todos nós, que pertencemos ao reino de DEUS, devemos ter uma intensa fome e sede da justiça de que trata este sermão de CRISTO (ver5.6).
5.3 BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO. A palavra bem-aventurados refere-se ao estado abençoado daqueles que, por seu relacionamento com CRISTO e a sua Palavra, receberam de DEUS o amor, o cuidado, a salvação e sua presença diária (ver 14.19; Lc 24.50). Há certas condições necessárias para recebermos as bênçãos do reino de DEUS. Para recebê-las, devemos viver segundo os padrões revelados por DEUS nas Escrituras, e nunca pelos do mundo. A primeira destas condições é ser pobre de espírito, o que significa reconhecermos que não temos qualquer autossuficiência espiritual; que dependemos da vida do ESPÍRITO; do poder e graça divinos para podermos herdar o reino de DEUS.
5.4 OS QUE CHORAM. Aqui, chorar é contristar-se profundamente por causa das nossas próprias fraquezas quando nos medimos com o padrão divino de justiça (v. 6; 6.33). É também sentirmos pesar por aquilo que entristece a DEUS. É ter nossos sentimentos em sintonia com os sentimentos de DEUS. É sentir aflição em nosso espírito por causa do pecado, da imoralidade e da crueldade prevalecentes no mundo (ver Lc 19.41; At 20.19; 2 Pe2.8).
5.5 OS MANSOS. Os mansos são os humildes e submissos diante de DEUS.
Acham nEle o seu refúgio e lhe consagram todo o seu ser. Preocupam-se mais com
a obra de DEUS e o povo de DEUS do que com aquilo que lhes possa acontecer
pessoalmente (cf. Sl 37.11). Os mansos, e não os violentos, herdarão pôr fim a
terra.
5.6
FOME E SEDE DE JUSTIÇA.
Este é um dos versículos mais importantes do Sermão do Monte.
(1) A condição fundamental para uma vida santa
em todos os aspectos é ter fome e sede de justiça (cf. 6.33). Tal fome é vista
em Moisés (Êx 33.13, 18), em Davi (Sl 42.1,2; 63.1,2) e no apóstolo Paulo (Fp
3.8-10). O estado espiritual do cristão durante toda sua vida dependerá da sua
fome e sede da presença de DEUS (Dt 4.29), da Palavra de DEUS (Sl 119), da
comunhão com CRISTO (Fp 3.8-10), da justiça (5.6) e da volta do Senhor (2 Tm
4.8).
(2) A fome que o cristão tem das coisas de
DEUS pode ser destruída pelas preocupações deste mundo, pelo engano das
riquezas (13.22), pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres
do mundo (Lc 8.14) e por deixar de permanecer em CRISTO (ver Jo 15.4). Quando a
fome de DEUS cessa no crente, este morre espiritualmente (ver Rm 5.21). É então
indispensável que sejamos sensíveis ao ESPÍRITO SANTO ao convencer-nos do
pecado (ver Jo 16.8-13; Rm 8.5-16). Aqueles que sinceramente têm fome e sede de
justiça serão fartos.
5.7 OS MISERICORDIOSOS. Os misericordiosos estão cheios de
compaixão e dó para com os que sofrem por causa do pecado ou de aflições. Os
misericordiosos desejam minorar os sofrimentos, conduzindo os sofredores à
graça de DEUS por meio de JESUS CRISTO (cf. 18.33-35; Lc 10.30-37; Hb 2.17). Sendo misericordiosos para com os outros, eles
alcançarão misericórdia
5.8 OS LIMPOS DE CORAÇÃO.
Os limpos de coração são os que foram libertos do poder do pecado mediante a
graça de DEUS, e que agora se esforçam sem dolo para agradar e glorificar a
DEUS e serem parecidos com Ele.
(1) Procuram ter a mesma atitude interior que
DEUS tem amor à justiça e ódio ao mal (ver Hb 1.9). Seu coração (que inclui a
mente, a vontade e as emoções) está em harmonia com o coração de DEUS (1 Sm
13.14; Mt 22.37; 1 Tm 1.5).
(2) Somente os limpos de coração verão a DEUS.
Ver a DEUS significa ser seu filho e habitar na sua presença, tanto agora como
no seu reino futuro (Êx 33.11; Ap 21.7; 22.4).
5.9
OS PACIFICADORES. Os
pacificadores são aqueles que se reconciliaram com DEUS. Têm paz com Ele
mediante a cruz (Rm 5.1; Ef 2.14-16). E agora se esforçam, mediante seu
testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus inimigos, à
paz com DEUS.
5.10
PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA. Todos
que procuram viver de acordo com a Palavra de DEUS, por amor à justiça sofrerão
perseguição.
(1) Aqueles que conservam os padrões divinos
da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a
transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes
mornos (Ap 2; 3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas. O
mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e, às vezes,
da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15;
3.8-14; 4.16). Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se
(5.12), porque DEUS outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2
Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).
(2) O cristão deve precaver-se da tentação de
transigir quanto à vontade de DEUS, a fim de evitar a vergonha, a
ridicularização, o constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26;
2 Tm 2.12). Os princípios do reino de DEUS nunca mudam: Todos os que piamente
querem viver em CRISTO JESUS padecerão perseguições (2 Tm 3.12). A promessa aos
que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o
reino dos céus.
5.13 SAL DA TERRA. Os cristãos são o sal da terra. Dois dos valores
do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja,
portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o
mal e a corrupção na sociedade.
(1) As igrejas mornas apagam o poder do ESPÍRITO SANTO e deixam de
resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por DEUS
(ver Ap 3.16).
(2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13);
i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da
sociedade ímpia (cf. Dt 28.13, 43,48; Jz 2.20-22).
SOMOS
CARTAS VIVAS DE CRISTO AO MUNDO:
2Co 4.1,2 Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos
misericórdia, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas
ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a
palavra de DEUS; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à
consciência de todos os homens diante de DEUS.
VOCÊ PODE SE RECOMENDAR A SI MESMO DIANTE DOS HOMENS, COMO
EXEMPLO DE CRISTÃO?
A
VERDADEIRA FELICIDADE ESTÁ FUNDAMENTADA NO SER E NÃO NO TER
-
Em primeiro lugar, o que não significa ser
humilde [pobre] de espírito.
Há
muita confusão acerca do termo "pobre de
espírito”. Há quatro realidades que não expressam o que é ser pobre de
espírito:
a) não significa pobreza financeiro. Francisco
de Assis foi o patrono daqueles que pensam que renunciar às riquezas
financeiras para viver na pobreza ou em um monastério dava crédito ao homem
diante de Deus. Tal opinião violenta as Escrituras. A pobreza em si não é um
bem, da mesma forma que a riqueza em si não é um mal. Uma pessoa pode ser pobre
financeiramente e não ser pobre de espírito. Concordo com Martyn Loyd-Jones
quando diz: "Não há mérito nem vantagem na nobreza. A pobreza não serve de
garantia da espiritualidade”. A pobreza bem-aventurada é a do "pobre de
espírito", a do espírito que reconhece sua própria falta de recursos para
enfrentar as exigências da vida e encontrar ajuda e fortaleza em Deus.
b) não significa ter uma vida espiritual pobre. Jesus não está elogiando aqueles que são
espiritualmente pobres, descuidados com a vida espiritual. Ser pobre em
santidade, verdade, fé e amor é uma grande tragédia. Jesus disse à igreja de
Laodicéia: "Sei que tu és pobre, miserável, cego e nu" (Ap.3:17).
Vivemos
em uma época faminta de riquezas terrenas e sem apetite das riquezas
espirituais. A maioria dos crentes vive uma vida espiritual rasa; são crentes
fracos, tímidos, vulneráveis, espiritualmente trôpegos.
c) não significa pobreza de autoestima. Jesus não está falando que as pessoas que
pensam menos a respeito de si mesmas são felizes. Baixa autoestima não é um
bem, mas um mal. Há muitas pessoas realmente infelizes que vivem esmagadas pelo
complexo de inferioridade, com as emoções confusas e a alma ferida por uma
autoestima arranhada pelos revezes da vida.
Ser pobre ou humilde de espírito significa ter uma opinião
adequada a respeito de si mesmo (Rm.12:3).
Ser
"pobre de espírito" não é uma
falsa humildade, como a pessoa que diz: "não lenho valor algum, não sou
capaz de fazer nada". Os espias de Israel, que foram avistar a Terra
Prometida, ao ver os gigantes com suas cidades fortificadas, olharam para si
mesmos e disseram: “Somos como gafanhotos!”. Eles viram a si mesmos como
insetos, como gafanhotos. Eles foram derrotados não pelas circunstâncias,
mas pelos seus próprios sentimentos.
-
Em segundo lugar, o que significa ser pobre de espírito?
a)
Ser pobre de espírito é a base para as outras virtudes. Se Jesus começasse com a pureza de
coração, não haveria esperança para nós. Primeiro precisamos estar vazios, para
depois ser cheios. Não podemos ser cheios de Deus, enquanto não formos
esvaziados de nós mesmos. Esta virtude é a raiz, as outras são os frutos.
Uma
pessoa não pode chorar pelos seus pecados até saber que não tem méritos diante
de Deus.
Você
jamais sentirá fome e sede de justiça a não ser que saiba que carece totalmente
da graça. Alguém disse que está bem-aventurança é o rico solo em que
as outras graças crescem e florescem. O topo dos montes normalmente é estéril
porque é lavado pelas chuvas; mas o vale é fértil porque é para ali que as
chuvas levam os mais ricos nutrientes. De modo semelhante, o coração soberbo é
estéril. Nele nenhuma graça pode crescer; mas o coração humilde é solo fértil
onde frutificam as mais sublimes virtudes cristãs.
b) Ser
pobre de espírito é reconhecer nossa total dependência de Deus. Feliz é o homem que reconhece sua total
carência e coloca a sua confiança em Deus. No hebraico, a palavra "pobre”
designava o homem humilde que põe toda sua confiança em Deus.
Feliz
é o homem que reconhece que o dinheiro, o poder e a força não significam nada,
mas Deus significa tudo.
Feliz
é o homem que sabe que Deus é o único que pode oferecer-lhe ajuda, esperança e
fortaleza. Ele sabe que as coisas materiais nada significam, mas Deus significa
tudo para ele. Martinho Lutero, o monge agostiniano, quando jovem, entrou para
um monastério a fim de conquistar a salvação por meio de sua piedade, mas, só
depois que se esvaziou de sua vã confiança em si mesmo, correu para os braços
de Jesus a fim de receber a salvação.
Ser pobre de espírito é agir como o publicano: "Senhor, compadece-te de mim, pecador". João Calvino disse: "Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito".
Moisés
disse: "Senhor, quem sou eu, eu não sei falar".
O
profeta Isaias clamou: "Ai de mim, estou perdido...''.
O
apóstolo Pedro gritou:
"Senhor, afasta-te de mim, porque sou
pecador".
O
apóstolo Paulo clamou: "Miserável homem que eu sou".
Portanto,
ser pobre de espírito é expor suas feridas ao óleo do divino médico. Se uma
pessoa não é pobre de espírito, não acha sabor no pão do céu, não sente sede da
água da vida; ela pisará nas riquezas da graça e jamais desejará a redenção ou
terá prazer na santificação.
-
Em terceiro lugar, por que devemos ser pobre de espírito?
Destacamos
três pontos:
a) Enquanto não formos pobres de espírito, jamais Cristo será
precioso para nós. Enquanto
não enxergarmos nossa própria miséria, jamais veremos a riqueza que temos em
Cristo. Enquanto não percebermos que estamos perdidos, jamais buscaremos
refúgio em Cristo. Enquanto não percebermos a feiura do nosso pecado, jamais
desejaremos o perdão e a graça de Cristo.
b) Enquanto não formos pobres de espírito, não estaremos
prontos para recebermos a graça de Deus. Aqueles que abrigam sentimentos de
autossuficiência e se sentem saciados jamais terão sede de Deus. Aqueles que se
sentem cheios de si mesmos jamais poderão ser cheios de Deus. Aqueles que
pensam que estão sãos jamais buscarão o Médico. Aqueles que pensam
que têm méritos jamais desejarão ser cobertos pela justiça de Cristo. O
evangelho é para pecadores. As boas novas de salvação só podem ser iguarias
apetitosas para os famintos. Só anelaremos as
riquezas de Deus depois de constatarmos nossa absoluta pobreza.
c) Enquanto não formos pobres de espírito, não poderemos ir
para o céu. O
Reino de Deus pertence aos pobres de espírito. A porta do céu é estreita e
aqueles que se consideram grandes aos seus próprios olhos não podem entrar lá.
John Stott explica esse princípio com clareza:
“O
reino é concedido ao pobre, não ao rico; ao frágil, não ao poderoso; às
criancinhas bastante humildes para aceitá-lo; não aos soldados que se
vangloriam de poder obtê-lo através de sua própria bravura. Nos tempos de nosso
Senhor, quem entrou no reino não foram os fariseus, que se consideravam ricos,
tão ricos em méritos, que agradeciam a Deus por seus predicados; nem os
zelotes, que sonhavam com o estabelecimento do reino com sangue e espada; mas
foram os publicanos e as prostituías, o refugo da sociedade humana, que sabiam
que eram tão pobres, que nada tinham para oferecer nem para receber. Tudo o que podiam fazer era clamar pela misericórdia de
Deus; e ele ouviu o seu clamor”.
-
Em quarto lugar, como
podemos saber que somos pobres de espírito?
a) quando toda a base da nossa aceitação por Deus está nos
méritos de Cristo. Uma pessoa pobre de espírito não tem nada
que exigir, merecer, reclamar. Ela se vê desamparada até refugiar-se em Cristo.
Não tem descanso para a alma até estar firmada na rocha que é Cristo. Não busca
nenhum outro tesouro ou experiência além de Cristo. Está plenamente satisfeita
com Cristo.
b) quando o nosso coração está desprovido de toda a
vaidade. Jó, mesmo
sendo um homem piedoso, que se desviava do mal, suportou provas tremendas sem
negociar sua fidelidade a Deus. Ele disse: "Por isso, me abomino e me
arrependo no pó e na cinza" (Jó 42:6). Quanto mais graça recebemos, mais
humildes nos tornamos, porque mais devedores reconhecemos.
EM RESUMO
As
Bem-aventuranças nos convidam a uma profunda reflexão sobre nossos valores e
prioridades. Hoje confundem o SER pelo TER,
na Teologia da Prosperidade, Elas nos mostram que a verdadeira felicidade não
está nas coisas deste mundo, mas sim em um relacionamento íntimo com Deus e na
prática dos valores do Seu Reino.
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