sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS

                                              


                                                  A PROSPERIDADE DOS BEM-AVENTURADOS

A Verdadeira prosperidade - A Vida cristã abundante

Mateus 5:1-12, conhecido como as Bem-aventuranças, é um trecho do Sermão da Montanha, onde Jesus descreve as características de um verdadeiro seguidor do Reino dos Céus.

Contexto:

  • Local: Um monte, provavelmente perto do Mar da Galileia.
  • Público: Seus discípulos e uma grande multidão.
  • Objetivo: Revelar os princípios do Reino dos Céus e o caráter dos que herdarão esse Reino.

Bem-aventuranças:

  1. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
    • Pobre de espírito: Reconhecer sua dependência de Deus e humildade.
    • Reino dos céus: A vida eterna com Deus.
  2. Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
    • Chorar: Tristeza pelo pecado, sofrimento ou injustiça no mundo.
    • Consolados: Deus trará consolo e alegria.
  3. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
    • Mansos: Humildes, pacientes e que controlam sua ira.
    • Herdarão a terra: Desfrutarão da vida plena e da paz.
  4. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
    • Fome e sede de justiça: Desejo intenso por fazer o que é certo.
    • Fartos: Serão saciados pela justiça de Deus.
  5. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
    • Misericordiosos: Compassivos e perdoadores.
    • Alcançarão misericórdia: Receberão a misericórdia de Deus.
  6. Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.
    • Limpos de coração: Puros em seus pensamentos e intenções.
    • Verão a Deus: Terão a experiência de comunhão com Deus.
  7. Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
    • Pacificadores: Promovem a paz e a reconciliação.
    • Filhos de Deus: Reconhecidos como pertencentes à família de Deus.
  8. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
    • Perseguidos por causa da justiça: Sofrem por defender o que é certo.
    • Reino dos céus: A recompensa eterna.

Relevância:

As Bem-aventuranças nos convidam a:

  • Refletir: Sobre nossos valores e prioridades.
  • Buscar: Um relacionamento íntimo com Deus.
  • Praticar: A humildade, a mansidão, a justiça, a misericórdia e a paz.
  • Esperar: Na recompensa eterna.

As Bem-aventuranças são um guia para uma vida plena e feliz, sob a bênção de Deus.

 

TEXTO BÍBLICO

“O ESPÍRITO do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração” (Lc 4.18).

VERDADE PRÁTICA

A verdadeira prosperidade não reside no acúmulo de bens materiais, mas se encontra na abundância dos bens espirituais que a graça de Nosso Senhor JESUS CRISTO nos proporciona.

LEITURA BÍBLICA - Mateus 5.1-12.

1 - E JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; 2 - e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo: 3 - Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus; 4 - bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; 5 - bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; 6 - bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos; 7 - bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; 8 - bem-aventurados os limpos de coração; porque eles verão a DEUS; 9 - bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de DEUS; 10 - bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; 11 - bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa. 12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.

5.1 O SERMÃO DO MONTE. Nos capítulos 5 e 7, temos o que é comumente chamado de o Sermão do Monte. Contém a revelação dos princípios divinos da justiça, segundo os quais todos os cristãos devem viver pela fé no Filho de DEUS (Gl 2.20), e mediante o poder do ESPÍRITO que neles habita (cf. Rm 8.2-14; Gl 5.16-25). Todos nós, que pertencemos ao reino de DEUS, devemos ter uma intensa fome e sede da justiça de que trata este sermão de CRISTO (ver5.6).

5.3 BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO. A palavra bem-aventurados refere-se ao estado abençoado daqueles que, por seu relacionamento com CRISTO e a sua Palavra, receberam de DEUS o amor, o cuidado, a salvação e sua presença diária (ver 14.19; Lc 24.50). Há certas condições necessárias para recebermos as bênçãos do reino de DEUS. Para recebê-las, devemos viver segundo os padrões revelados por DEUS nas Escrituras, e nunca pelos do mundo. A primeira destas condições é ser pobre de espírito, o que significa reconhecermos que não temos qualquer autossuficiência espiritual; que dependemos da vida do ESPÍRITO; do poder e graça divinos para podermos herdar o reino de DEUS.

5.4 OS QUE CHORAM. Aqui, chorar é contristar-se profundamente por causa das nossas próprias fraquezas quando nos medimos com o padrão divino de justiça (v. 6; 6.33). É também sentirmos pesar por aquilo que entristece a DEUS. É ter nossos sentimentos em sintonia com os sentimentos de DEUS. É sentir aflição em nosso espírito por causa do pecado, da imoralidade e da crueldade prevalecentes no mundo (ver Lc 19.41; At 20.19; 2 Pe2.8).

5.5 OS MANSOS. Os mansos são os humildes e submissos diante de DEUS. Acham nEle o seu refúgio e lhe consagram todo o seu ser. Preocupam-se mais com a obra de DEUS e o povo de DEUS do que com aquilo que lhes possa acontecer pessoalmente (cf. Sl 37.11). Os mansos, e não os violentos, herdarão pôr fim a terra.

5.6 FOME E SEDE DE JUSTIÇA. Este é um dos versículos mais importantes do Sermão do Monte.

(1) A condição fundamental para uma vida santa em todos os aspectos é ter fome e sede de justiça (cf. 6.33). Tal fome é vista em Moisés (Êx 33.13, 18), em Davi (Sl 42.1,2; 63.1,2) e no apóstolo Paulo (Fp 3.8-10). O estado espiritual do cristão durante toda sua vida dependerá da sua fome e sede da presença de DEUS (Dt 4.29), da Palavra de DEUS (Sl 119), da comunhão com CRISTO (Fp 3.8-10), da justiça (5.6) e da volta do Senhor (2 Tm 4.8).

(2) A fome que o cristão tem das coisas de DEUS pode ser destruída pelas preocupações deste mundo, pelo engano das riquezas (13.22), pela ambição pelas coisas materiais (Mc 4.19), pelos prazeres do mundo (Lc 8.14) e por deixar de permanecer em CRISTO (ver Jo 15.4). Quando a fome de DEUS cessa no crente, este morre espiritualmente (ver Rm 5.21). É então indispensável que sejamos sensíveis ao ESPÍRITO SANTO ao convencer-nos do pecado (ver Jo 16.8-13; Rm 8.5-16). Aqueles que sinceramente têm fome e sede de justiça serão fartos.


5.7 OS MISERICORDIOSOS. Os misericordiosos estão cheios de compaixão e dó para com os que sofrem por causa do pecado ou de aflições. Os misericordiosos desejam minorar os sofrimentos, conduzindo os sofredores à graça de DEUS por meio de JESUS CRISTO (cf. 18.33-35; Lc 10.30-37; Hb 2.17). Sendo misericordiosos para com os outros, eles alcançarão misericórdia

 
5.8 OS LIMPOS DE CORAÇÃO
. Os limpos de coração são os que foram libertos do poder do pecado mediante a graça de DEUS, e que agora se esforçam sem dolo para agradar e glorificar a DEUS e serem parecidos com Ele.

(1) Procuram ter a mesma atitude interior que DEUS tem amor à justiça e ódio ao mal (ver Hb 1.9). Seu coração (que inclui a mente, a vontade e as emoções) está em harmonia com o coração de DEUS (1 Sm 13.14; Mt 22.37; 1 Tm 1.5).

(2) Somente os limpos de coração verão a DEUS. Ver a DEUS significa ser seu filho e habitar na sua presença, tanto agora como no seu reino futuro (Êx 33.11; Ap 21.7; 22.4).

5.9 OS PACIFICADORES. Os pacificadores são aqueles que se reconciliaram com DEUS. Têm paz com Ele mediante a cruz (Rm 5.1; Ef 2.14-16). E agora se esforçam, mediante seu testemunho e sua vida, para levarem outras pessoas, inclusive seus inimigos, à paz com DEUS.

5.10 PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA. Todos que procuram viver de acordo com a Palavra de DEUS, por amor à justiça sofrerão perseguição.

(1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transigir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2; 3.1-4,14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas. O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16). Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (5.12), porque DEUS outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).

(2) O cristão deve precaver-se da tentação de transigir quanto à vontade de DEUS, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12). Os princípios do reino de DEUS nunca mudam: Todos os que piamente querem viver em CRISTO JESUS padecerão perseguições (2 Tm 3.12). A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.
5.13 SAL DA TERRA. Os cristãos são o sal da terra. Dois dos valores do sal são: o sabor e o poder de preservar da corrupção. O cristão e a igreja, portanto, devem ser exemplos para o mundo e, ao mesmo tempo, militarem contra o mal e a corrupção na sociedade.

(1) As igrejas mornas apagam o poder do ESPÍRITO SANTO e deixam de resistir ao espírito predominante no mundo. Elas serão lançadas fora por DEUS (ver Ap 3.16).

(2) Tais igrejas serão destruídas, pisoteadas pelos homens (v.13); i.e., os mornos serão destruídos pelos maus costumes e pelos baixos valores da sociedade ímpia (cf. Dt 28.13, 43,48; Jz 2.20-22).
 

SOMOS CARTAS VIVAS DE CRISTO AO MUNDO:

2Co 4.1,Pelo que, tendo este ministério, assim como já alcançamos misericórdia, não desfalecemos; pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de DEUS; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos à consciência de todos os homens diante de DEUS.

VOCÊ PODE SE RECOMENDAR A SI MESMO DIANTE DOS HOMENS, COMO EXEMPLO DE CRISTÃO?

A VERDADEIRA FELICIDADE ESTÁ FUNDAMENTADA NO SER E NÃO NO TER

- Em primeiro lugaro que não significa ser humilde [pobre] de espírito.

Há muita confusão acerca do termo "pobre de espírito”. Há quatro realidades que não expressam o que é ser pobre de espírito:

a) não significa pobreza financeiro. Francisco de Assis foi o patrono daqueles que pensam que renunciar às riquezas financeiras para viver na pobreza ou em um monastério dava crédito ao homem diante de Deus. Tal opinião violenta as Escrituras. A pobreza em si não é um bem, da mesma forma que a riqueza em si não é um mal. Uma pessoa pode ser pobre financeiramente e não ser pobre de espírito. Concordo com Martyn Loyd-Jones quando diz: "Não há mérito nem vantagem na nobreza. A pobreza não serve de garantia da espiritualidade”. A pobreza bem-aventurada é a do "pobre de espírito", a do espírito que reconhece sua própria falta de recursos para enfrentar as exigências da vida e encontrar ajuda e fortaleza em Deus.

b) não significa ter uma vida espiritual pobre. Jesus não está elogiando aqueles que são espiritualmente pobres, descuidados com a vida espiritual. Ser pobre em santidade, verdade, fé e amor é uma grande tragédia. Jesus disse à igreja de Laodicéia: "Sei que tu és pobre, miserável, cego e nu" (Ap.3:17).

Vivemos em uma época faminta de riquezas terrenas e sem apetite das riquezas espirituais. A maioria dos crentes vive uma vida espiritual rasa; são crentes fracos, tímidos, vulneráveis, espiritualmente trôpegos.

c) não significa pobreza de autoestima. Jesus não está falando que as pessoas que pensam menos a respeito de si mesmas são felizes. Baixa autoestima não é um bem, mas um mal. Há muitas pessoas realmente infelizes que vivem esmagadas pelo complexo de inferioridade, com as emoções confusas e a alma ferida por uma autoestima arranhada pelos revezes da vida.

Ser pobre ou humilde de espírito significa ter uma opinião adequada a respeito de si mesmo (Rm.12:3).

Ser "pobre de espírito" não é uma falsa humildade, como a pessoa que diz: "não lenho valor algum, não sou capaz de fazer nada". Os espias de Israel, que foram avistar a Terra Prometida, ao ver os gigantes com suas cidades fortificadas, olharam para si mesmos e disseram: “Somos como gafanhotos!”. Eles viram a si mesmos como insetos, como gafanhotos. Eles foram derrotados não pelas circunstâncias, mas pelos seus próprios sentimentos.

- Em segundo lugar, o que significa ser pobre de espírito?

a) Ser pobre de espírito é a base para as outras virtudes. Se Jesus começasse com a pureza de coração, não haveria esperança para nós. Primeiro precisamos estar vazios, para depois ser cheios. Não podemos ser cheios de Deus, enquanto não formos esvaziados de nós mesmos. Esta virtude é a raiz, as outras são os frutos.

Uma pessoa não pode chorar pelos seus pecados até saber que não tem méritos diante de Deus.

Você jamais sentirá fome e sede de justiça a não ser que saiba que carece totalmente da graça. Alguém disse que está bem-aventurança é o rico solo em que as outras graças crescem e florescem. O topo dos montes normalmente é estéril porque é lavado pelas chuvas; mas o vale é fértil porque é para ali que as chuvas levam os mais ricos nutrientes. De modo semelhante, o coração soberbo é estéril. Nele nenhuma graça pode crescer; mas o coração humilde é solo fértil onde frutificam as mais sublimes virtudes cristãs.

b) Ser pobre de espírito é reconhecer nossa total dependência de Deus. Feliz é o homem que reconhece sua total carência e coloca a sua confiança em Deus. No hebraico, a palavra "pobre” designava o homem humilde que põe toda sua confiança em Deus.

Feliz é o homem que reconhece que o dinheiro, o poder e a força não significam nada, mas Deus significa tudo.

Feliz é o homem que sabe que Deus é o único que pode oferecer-lhe ajuda, esperança e fortaleza. Ele sabe que as coisas materiais nada significam, mas Deus significa tudo para ele. Martinho Lutero, o monge agostiniano, quando jovem, entrou para um monastério a fim de conquistar a salvação por meio de sua piedade, mas, só depois que se esvaziou de sua vã confiança em si mesmo, correu para os braços de Jesus a fim de receber a salvação.

 

Ser pobre de espírito é agir como o publicano: "Senhor, compadece-te de mim, pecador". João Calvino disse: "Só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito".

Moisés disse: "Senhor, quem sou eu, eu não sei falar".

O profeta Isaias clamou: "Ai de mim, estou perdido...''.

O apóstolo Pedro gritou: "Senhor, afasta-te de mim, porque sou pecador".

O apóstolo Paulo clamou: "Miserável homem que eu sou".

Portanto, ser pobre de espírito é expor suas feridas ao óleo do divino médico. Se uma pessoa não é pobre de espírito, não acha sabor no pão do céu, não sente sede da água da vida; ela pisará nas riquezas da graça e jamais desejará a redenção ou terá prazer na santificação.

- Em terceiro lugar, por que devemos ser pobre de espírito?

Destacamos três pontos:

a) Enquanto não formos pobres de espírito, jamais Cristo será precioso para nós.  Enquanto não enxergarmos nossa própria miséria, jamais veremos a riqueza que temos em Cristo. Enquanto não percebermos que estamos perdidos, jamais buscaremos refúgio em Cristo. Enquanto não percebermos a feiura do nosso pecado, jamais desejaremos o perdão e a graça de Cristo.

b) Enquanto não formos pobres de espírito, não estaremos prontos para recebermos a graça de Deus. Aqueles que abrigam sentimentos de autossuficiência e se sentem saciados jamais terão sede de Deus. Aqueles que se sentem cheios de si mesmos jamais poderão ser cheios de Deus. Aqueles que pensam que estão sãos jamais buscarão o Médico.  Aqueles que pensam que têm méritos jamais desejarão ser cobertos pela justiça de Cristo. O evangelho é para pecadores. As boas novas de salvação só podem ser iguarias apetitosas para os famintos. Só anelaremos as riquezas de Deus depois de constatarmos nossa absoluta pobreza.

c) Enquanto não formos pobres de espírito, não poderemos ir para o céu. O Reino de Deus pertence aos pobres de espírito. A porta do céu é estreita e aqueles que se consideram grandes aos seus próprios olhos não podem entrar lá. John Stott explica esse princípio com clareza:

“O reino é concedido ao pobre, não ao rico; ao frágil, não ao poderoso; às criancinhas bastante humildes para aceitá-lo; não aos soldados que se vangloriam de poder obtê-lo através de sua própria bravura. Nos tempos de nosso Senhor, quem entrou no reino não foram os fariseus, que se consideravam ricos, tão ricos em méritos, que agradeciam a Deus por seus predicados; nem os zelotes, que sonhavam com o estabelecimento do reino com sangue e espada; mas foram os publicanos e as prostituías, o refugo da sociedade humana, que sabiam que eram tão pobres, que nada tinham para oferecer nem para receber. Tudo o que podiam fazer era clamar pela misericórdia de Deus; e ele ouviu o seu clamor”.

- Em quarto lugar, como podemos saber que somos pobres de espírito?

a) quando toda a base da nossa aceitação por Deus está nos méritos de Cristo. Uma pessoa pobre de espírito não tem nada que exigir, merecer, reclamar. Ela se vê desamparada até refugiar-se em Cristo. Não tem descanso para a alma até estar firmada na rocha que é Cristo. Não busca nenhum outro tesouro ou experiência além de Cristo. Está plenamente satisfeita com Cristo.

b) quando o nosso coração está desprovido de toda a vaidade. Jó, mesmo sendo um homem piedoso, que se desviava do mal, suportou provas tremendas sem negociar sua fidelidade a Deus. Ele disse: "Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza" (Jó 42:6). Quanto mais graça recebemos, mais humildes nos tornamos, porque mais devedores reconhecemos.

EM RESUMO

As Bem-aventuranças nos convidam a uma profunda reflexão sobre nossos valores e prioridades. Hoje confundem o SER pelo TER, na Teologia da Prosperidade, Elas nos mostram que a verdadeira felicidade não está nas coisas deste mundo, mas sim em um relacionamento íntimo com Deus e na prática dos valores do Seu Reino.

 

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