A ROCHA FERIDA - SIMBOLISMO E PROFUNDIDADE
A rocha que deu água tanto em Refidim
quanto em Meribá tem um significado profundo e simbólico. O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 10:4, refere-se a Cristo como a "rocha
espiritual" que os seguiu e da qual todos beberam. Este ato de
ferir a rocha e de ela fornecer água é uma prefiguração de Cristo sendo ferido
na cruz para que possamos receber a "água viva" da vida eterna.
Assim como a água era essencial para a
sobrevivência física dos israelitas no deserto, Cristo é essencial para nossa
vida espiritual. Ele é a fonte de vida, que nos sustenta e revigora. A rocha
ferida é um lembrete do sacrifício de Jesus e de Sua provisão contínua para
nossas necessidades espirituais.
Passe um tempo hoje meditando no sacrifício
de Jesus e no que isso significa para você. Agradeça a Ele por ser a fonte de
vida e por Sua provisão constante. Considere como você pode compartilhar essa
"água viva" com aqueles ao seu redor que estão sedentos por esperança
e salvação.
Oração: Senhor Jesus, obrigado por ser a rocha da minha salvação e
por Teu sacrifício na cruz. Ajuda-me a valorizar sempre o dom da vida eterna
que me deste e a compartilhar essa esperança com outros. Que eu possa ser um
canal de Tua graça e amor para todos ao meu redor. Amém.
As Escrituras
1Coríntios10- 4 e beberam
todos da mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os
acompanhava; e a pedra era Cristo.
Êxodo 17
Êxodo 17 narra
dois eventos importantes na jornada dos israelitas pelo deserto: o milagre da
água da rocha em Refidim e a batalha contra os amalequitas. Estes
acontecimentos revelam tanto as lutas contínuas dos israelitas como a contínua
provisão e proteção de Deus. Aqui estão os postos-chave de Êxodo 17:
1. Água da Rocha em Refidim (Êxodo 17:1-7): Os israelitas, mais uma
vez enfrentando escassez de água, discutem com Moisés e questionam por que ele
os tirou do Egito para morrer de sede no deserto. Moisés clama ao Senhor, e
Deus o instrui a golpear uma rocha específica em Horebe com seu cajado. Quando
Moisés obedece, água jorra da rocha, suprindo as necessidades do povo. O lugar é chamado
de Massá (que significa “prova”) e Meribá (que significa “disputa”) por
causa da contenciosidade dos israelitas e da prova do Senhor.
2. A Batalha Contra os Amalequitas (Êxodo 17:8-16): Os Amalequitas,
uma tribo nômade, atacam os Israelitas em Refidim. Moisés instrui Josué, seu
assistente, a selecionar homens para lutar contra os amalequitas, enquanto
Moisés, Arão e Hur sobem ao topo de uma colina. Enquanto Moisés erguer o seu
cajado, os israelitas prevalecerão na batalha, mas quando ele o abaixar, os
amalequitas ganharão vantagem. Arão e Hur apoiam Moisés levantando seus braços
e, com a ajuda deles, os israelitas derrotam os amalequitas. Deus instrui
Moisés a registrar a derrota dos amalequitas como um memorial, enfatizando que
Ele apagará a memória dos amalequitas de debaixo do céu.
Êxodo 17 apresenta vários temas e lições importantes:
1. Provisão e Teste: O episódio da água saindo da rocha ressalta a
provisão contínua de Deus para os israelitas, mesmo diante de suas queixas e
testes sobre Ele. Também destaca a importância da fé e da confiança na
capacidade de Deus prover.
2. Liderança Intercessora: Moisés serve como intercessor entre o
povo e Deus. Seu papel em golpear a rocha para produzir água e suas ações
durante a batalha contra os amalequitas demonstram sua liderança e dependência
de Deus.
3. Batalha e Vitória: A batalha contra os Amalequitas ilustra a
necessidade de ação militar no deserto e o papel da oração e da intervenção
divina na obtenção da vitória. Também enfatiza a importância da unidade e do
apoio dentro da comunidade.
4. Memorial e Lembrança: O registo da batalha como um memorial
serve como um lembrete da fidelidade de Deus e da dependência d’Ele dos
Israelitas, tanto em tempos de necessidade como em tempos de conflito.
5. Julgamento Divino: A declaração de Deus de que Ele apagará a
memória dos Amalequitas sublinha a Sua autoridade para julgar nações e povos
que se opõem ao Seu povo escolhido.
Êxodo 17 continua a revelar os desafios e o crescimento dos israelitas enquanto
viajavam pelo deserto. Destaca a sua dependência de Deus para sustento,
proteção e vitória. O capítulo também aponta Moisés como um líder e intercessor
significativo na comunidade e serve como um lembrete da importância da fé e da
unidade entre o povo de Deus.
Interpretação
17:1-7. Água
da rocha de Refidim.
Do planalto do Deserto de Sim, uma série de vales que levam diretamente ao
Monte Sinai. Um destes, o Wadi Refavid, há quem diga ser o vale de Refidim.
17:2. Contendeu. Criticou, Tentais, Experimentais. Era a
incredulidade que os levava a duvidar da fidelidade de Deus (v. 7).
17:6. Horebe. Usado nas Escrituras como termo intercambiável com
Sinai. Pode ter uma referência mais ampla, à cadeia de montanhas da qual o
Sinai é um dos picos. Em Refidim, então, Israel se aproximava do final de sua
viagem imediata. Ferirás a rocha. Uma explicação natural deste
milagre tem sido apresentado, dizendo-se que certas formações rochosas nesta
área são simplesmente uma fina camada de calcário que poderia se partir com o
golpe de uma vara, permitindo a água sair. O apóstolo Paulo nos diz que “a
pedra era Cristo” (I Co. 10:4). Sejam quais forem os meios que Deus usou, o
fato importante é que ficou manifesto aos israelitas que o seu auxílio vinha do
Senhor.
17:7. Massá. Provando (tentaram), do verbo usado em 17:2. Meribá,
Desavença, traduzido para “contendeu” no versículo 2.
17:8. Amaleque era uma tribo, ou grupo de nômades ferozes e
vorazes, tal como os beduínos de hoje. Embora descendessem de Esaú (Gn. 36:12),
não faziam parte da nação de Edom. De acordo com Dt. 25:18, atacaram Israel por
trás, assaltando covardemente os peregrinos “abatidos
e afadigados”. isto explica o severo juízo de Êx. 17:14.
17:9. Esta é a primeira vez que Josué aparece, destinado a ser o
grande sucessor de Moisés.
17:10. Hur. A tradição judia faz dele o marido de Miriã (Jos.
Antiq. III. 2:4).
17:11. Comentadores, antigos e modernos consideram quase
unanimemente este ato de Moisés como um ato de oração, Como tal, expressou uma
atitude de dependência de Deus que determinou o resultado da batalha, e serviu
para demonstrar a realidade desta dependência a todo o povo. “A batalha que
Israel enfrentou contra este inimigo possuía um significado típico em relação a
toda a futura história de Israel. Ela (Israel) não conquistaria apenas pela
espada, mas só alcançaria a vitória pelo poder de Deus, que viria do alto por
meio da oração” (KD).
17:17:13. Desbaratou. Dizimou, invalidou, prostrou.
17:15. Jeová-nissi. O Senhor é a
minha bandeira.
17:16. O Senhor jurou. Literalmente, uma mão sobre o trono de
Jeová. Algumas autoridades bíblicas preferem nes, “bandeira”, em vez
de kes, “trono” e traduzem assim, uma mão sobre a bandeira do Senhor
(R.S.V.); ou, juramos lealdade à bandeira do Eterno (Moffatt). Este deveria ter
sido um voto feito por Moisés e, assim, uma advertência ao povo de Israel de se
empenhar em cumprir o propósito de Deus (v. 14).
"Quando Moisés levantava as mãos, Israel prevalecia"Êx 17:11
Meribá significa contenda, murmuração. No livro de Êxodo, cap
17, é citado como sendo um lugar, situado no deserto de Sim, a caminho para o
monte Horebe.Também é chamado de Massá. Recebeu estes nomes, após terem
acampado ali os israelitas. O lugar é muito seco, sem fontes de água, por esse
motivo, "murmuraram e contenderam contra Moisés" (v.2)
O interessante, é que Meribá, fica também em Refidim: "Acamparam em Refidim; e não havia água para o povo beber" Ex 17:1. E qual o significado de Refidim? Refrigério. Um lugar, que deveria ser de descanso, nunca de contenda. Como de descanso, se não havia água? Deus, poderia fazer jorrar água de onde Ele bem entendesse: Do céu (em forma de chuva), das rochas (o lugar é pedregoso), do solo, enfim, água não seria problema para quem já havia aberto o mar, realizado sinais e maravilhas na terra do Egito, feito maná cair do céu. Mas... Os Israelitas, esqueceram cedo, quem era Deus. Murmuraram, reclamaram para Moisés, desejaram o Egito.
Em Refidim:"Moisés, estamos cansados da viagem, quase chegando ao Horebe, com sede. Por aqui, não tem água. Não tem problema, temos um Deus que tudo pode. Vamos nos deitar e descansar. Confiando que teremos água para beber com estes manás, que colhemos pela manhã. Não estamos em condições de cantar e dançar para Deus, mas vamos louvá-lo baixinho com orações de gratidão". Que maravilha, seria! Já vejo as fontes de água, jorrando do solo!! Não! Os israelitas, foram ingratos! Se voltaram contra Deus e o líder enviado por Ele! Refidim deveria ficar na história!!Não Meribá!!!
"Provei-te nas águas de Meribá" Sl 80:7.
Somos tão falhos, pequenos,
quanta facilidade para esquecer, quanta dificuldade para lembrar. Quantas
vezes, já troquei Refidim por Meribá? Quando não conhecia a Deus, muitas vezes.
Deus, me fazendo mil coisas, mas, quando uma delas, não saia do meu agrado,
murmurava. Pobre de mim! Miserável homem que eu era! Concentrava minha vida nas
perdas, esquecia, as muitas bençãos. Mas, aleluia! Quando o amor de Deus entrou
em meu coração, percebi o quanto era infiel. Rejeito Meribá. Ainda que me doa.
Porque sei que O Deus que me transformou, é capaz de converter sequidão em rios
correntes. Sei, que Ele, nunca, jamais me esquecerá.
"Eis que os olhos do Senhor, estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua Misericórdia"Sl 33:18.
Há Batalha em Refidim- Foi em Refidim, que aconteceu a primeira guerra contra Israel. Os Amalequitas tentaram destrui-los: "Então veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim" (Êx 17:8). E o que fez Moisés? Murmurou, fugiu, reclamou: "Senhor, achas pouco não ter água, ainda mando-nos estes inimigos?" Não! Moisés, reuniu forças, organizou a batalha e foi para o cume do monte. Com as mãos levantadas para o céu, e a vara de Deus, em suas mãos: "Quando Moisés, levantava suas mãos, Israel prevalecia, quando abaixava as suas mãos Amaleque prevalecia" Êx 17: 11. Como explicar a atitude de Moisés? Mãos levantadas: louvor a Deus, fé, providência. Mãos para baixo: desânimo, murmuração.
Que nome Moisés deu
a Refidim? "Moisés, edificou um altar e chamou o seu nome: O Senhor é
minha bandeira" Êx 7:15. Aleluia! Um mesmo lugar pode trazer vitória ou
derrota. Alegria ou tristeza. Benção ou maldição. Os Amalequitas, representam
nossos inimigos. visíveis ou invisíveis. E Deus falou: "Porquanto jurou o
Senhor, haverá guerra do Senhor contra Amaleque de geração em
geração"Êx:17:16. O que isto significa? Enquanto vivermos, enfrentaremos
"Amalequitas". A boa notícia, é que de mãos levantadas, eles não
prevalecerão contra nós. Ainda que por algum motivo, cheguemos a "baixar
as mãos". O importante, é não permanecer de "mãos abaixadas".
Venceremos, se não nomearmos Refidim de Meribá (com murmurações e
contendas). Mas, se em Refidim, edificarmos um altar "O Senhor é a minha bandeira". Amém.
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