quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

A RAINHA DE SABÁ VISITA SALOMÃO


 A Rainha de Sabá e o Rei Salomão: Um Encontro Histórico e Mítico

A história da Rainha de Sabá e sua visita ao Rei Salomão é um dos contos mais fascinantes e enigmáticos da Bíblia. Embora a veracidade histórica de alguns detalhes seja debatida, a narrativa exerce um forte apelo popular e cultural há milênios.

Quem era a Rainha de Sabá?

A identidade exata da Rainha de Sabá permanece um mistério. Ela é mencionada em diversos textos religiosos, incluindo o Antigo Testamento e o Alcorão, como uma poderosa governante de um reino rico e avançado, localizado na região da Arábia do Sul. A tradição mais difundida a associa à Etiópia, mas outras teorias apontam para o Iêmen ou outras regiões da Península Arábica.

A Visita a Salomão

A narrativa bíblica (1 Reis 10 e 2 Crônicas 9) descreve a Rainha de Sabá como uma mulher sábia e curiosa que, tendo ouvido falar da fama e sabedoria de Salomão, decidiu empreender uma longa jornada até Jerusalém para testá-lo. Acompanhada de uma grande caravana carregada de ouro, incenso e outras riquezas, ela apresentou ao rei enigmas e questões complexas sobre sua sabedoria.

Impressionada com a inteligência e os conhecimentos de Salomão, a rainha reconheceu sua superioridade e ofereceu-lhe valiosos presentes. Em troca, Salomão presenteou-a com tudo o que ela desejava, além de conceder-lhe um banquete suntuoso.

O Legado da História

A história da Rainha de Sabá e Salomão possui um rico simbolismo e diversas interpretações ao longo dos séculos. Alguns dos principais aspectos a serem destacados são:

  • Intercâmbio cultural: A visita da rainha representa um encontro entre duas grandes civilizações da Antiguidade, com a troca de conhecimentos e riquezas.
  • Sabedoria e conhecimento: A figura de Salomão como um homem sábio e justo é exaltada, enquanto a Rainha de Sabá simboliza a busca incessante pelo conhecimento.
  • Riqueza e poder: A descrição dos presentes trocados entre os dois líderes ressalta a riqueza e o poder de seus respectivos reinos.
  • Relações internacionais: A história sugere a existência de relações diplomáticas e comerciais entre diferentes povos daquela época.

A Verdade Histórica

A veracidade histórica da narrativa da Rainha de Sabá é um tema complexo e debatido por estudiosos. Alguns aspectos da história podem ser baseados em fatos reais, como a existência de um reino poderoso na região da Arábia do Sul e as relações comerciais entre diferentes povos. No entanto, outros elementos podem ser fruto da imaginação popular ou de adaptações posteriores.

Em resumo, a história da Rainha de Sabá e Salomão é um conto fascinante que transcende as fronteiras do tempo e da religião. Ela continua a inspirar artistas, escritores e estudiosos, e a despertar a curiosidade de pessoas de todas as idades.

 

A RAINHA DE SABÁ VISITA SALOMÃO


Navegando num magnífico navio, a Rainha de Sabá estava a caminho da Terra de Israel, em visita ao Rei Salomão – o mais sábio de todos os homens.

De repente, ela prendeu a respiração, pois uma visão de insuperável esplendor atraiu seu olhar. Ao longe, viu uma estrela deslumbrante surgindo das espumas do mar. À medida que se aproximava, a estrela emergente parecia ir se transformando numa linda flor, faiscando com o brilho de muitos matizes e cores.

"Não pode ser outro senão o famoso Palácio de Cristal," exclamou a Rainha de Sabá. Ansiava por ver esta deslumbrante obra.

"Apressem-se!" ordenou, impaciente, aos remadores.

Finalmente o navio ancorou junto à praia de uma pequena ilha. Lá a Rainha de Sabá e seu séquito foram saudados por uma hoste de arautos e oficiais, que se postavam dos dois lados da alameda que levava ao palácio. Entre eles destacava-se um homem, cujas vestes reais, porte e maneira, superavam todos os outros em beleza e nobreza.

"Ora veja, descobri o Rei Salomão," pensou ela, enquanto se ajoelhava graciosamente diante do nobre varão.

"Por que te ajoelhas, Ó Rainha?" perguntou ele.

"Pois não és tu o grande Rei Salomão?"


"Não, Majestade; sou apenas um de seus oficiais aqui enviado para dar-te as boas-vindas às nossas pacíficas praias. E agora, sobe na carruagem real, minha Rainha e eu te levarei ao Rei.
"Oh," pensou a Rainha de Sabá, "se um simples servo de Salomão é tão nobre assim, o rei deve ser verdadeiramente divino!"

As portas da sala do trono foram escancaradas, na soleira permaneceu petrificada a Rainha de Sabá, totalmente maravilhada! Estava num palácio feito do mais puro cristal. A luz do sol se infiltrava nos transparentes paredes que a difundiam em mil brilhantes matizes. Cada joia na coroa, no trono e no cetro reais atraia a luz como um imã e a refletia em empolgante esplendor. Ao longe, podia-se vislumbrar o mar azul que, através das paredes translúcidas, dava a impressão de que o palácio estava construído sobre as suas ondas.

Finalmente a Rainha de Sabá encontrou palavras para expressar a sua admiração:

"Se eu não estivesse neste salão contigo, pensaria que teu trono se erguia sobre as próprias águas do mar."

Então ela avançou lentamente através da grande sala real para receber a saudação e a bênção do Rei Salomão. Após a troca de cumprimentos a Rainha tomou acento num lugar de honra junto ao trono e dirigiu as seguintes palavras ao Rei:

"Tu granjeaste amplo renome por tua sabedoria. Deixa que te proponha algumas adivinhações para ver se de fato és tão sábio como todo mundo afirma.

"Podes perguntar, minha Rainha," disse o Rei Salomão.

A Rainha de Sabá colocou o primeiro enigma:

"Dize-me, sábio Rei Salomão,
Que águas são essas, que não
Nascem da pedra, chão ou monte.
E embora venham da mesma fonte,
Ora amargas, ora doces são?"


O Rei Salomão ficou pensativo por um momento e então respondeu:

"As lágrimas não vêm do chão,
E é doce o pranto da emoção
Feliz. Amargo é o pranto,
Da dor, tristeza e desencanto."

A rainha sorriu diante da rápida resposta e logo lhe propôs outro:

"A minha mãe me deu um dia
Presentes dois – que alegria!
Um veio do alto mar infindo,
Guardado num estojo lindo.
O outro veio das entranhas
Escuras, fundas, das montanhas."


A resposta de Salomão veio quase sem qualquer hesitação:

"Finas pérolas, brilho irisado,
Ricos anéis, ouro lavrado.
Beleza pura e poder do ouro.

Rainha, adivinhei o teu tesouro?"


A pergunta era desnecessária, já que o Rei Salomão sabia que havia acertado a resposta do enigma. A Rainha de Sabá concordou sorridente e apresentou o terceiro:

"Rei, muito sábio, tu podes dizer:
Quem, sepultado vivo, no fundo
Da terra, longe do sol e do mundo
Morre – e no entanto, torna a viver?"

A sabedoria de Salomão não falhou também desta vez, quando respondeu:

"A sementinha sepulta no chão
Faz nascer a espiga, o dourado grão.
E aquele que ali a enterrou
Colheu boa safra e se regalou."

A Rainha de Sabá prosseguiu:

"O que é que gira alegre no ar:
Caindo do céu no chão, sua pureza
Se vai e morre toda a beleza?"

O Rei Salomão respondeu:

"A neve, caindo do céu distante,
Desce à terra, leve e dançante.
O homem pisa na sua brancura.
E acaba com a sua beleza pura."

A Rainha de Sabá não resistiu à vontade de fazer mais uma pergunta:

"Dize-me, Rei e responde-me logo:
Dádiva da natureza ao fogo,
Que rios ocultos sob terra e monte,
O homem bendiz; e bendiz sua fonte?"

O Rei então respondeu:

"Dum solo da mais rica natureza,
Brota, faiscante, da profundeza,
Óleo precioso, que então alimenta
O fogo que ao mundo ilumina e esquenta."

A Rainha de Sabá estava maravilhada com a sabedoria do Rei Salomão e as suas perspicazes respostas. Pensou bastante numa maneira de espantá-lo e finalmente disse aos seus servidores:
"Vamos pegar os meninos e meninas que trouxe comigo e os vestiremos com roupas exatamente iguais. Então veremos se o Rei será capaz de distingui-los uns dos outros."

Dito e feito. A Rainha trouxe um grande grupo de crianças diante do Rei Salomão. Estavam todas vestidas exatamente iguais. Era impossível distinguir os meninos das meninas só pelo olhar. O Rei Salomão deveria inventar uma maneira de separá-los.

Examinou pensativo as crianças paradas à sua frente. Súbito, chamou seus servos e mandou que trouxessem baldes com água e os colocassem diante de cada criança.
"Agora, queridas crianças, só o que precisam fazer é lavar suas mãos com a água que mandei colocar à sua frente."

Mas o Rei Salomão avisara seus servos para não fornecer toalhas a elas.

O Rei observava as crianças enquanto cumpriam sua ordem. Quando terminaram de lavar as mãos, olharam em volta, mas não viram as toalhas. Algumas crianças começaram a secar as mãos nos seus aventais.

O Rei Salomão pensou: "Essas são meninas, porque elas estão acostumadas a enxugar as mãos nos aventais; mas os outros, parados sem jeito, com a água pingando das mãos, certamente são os meninos!"

Então o Rei mandou todos os meninos ficarem de um lado do seu trono, e as meninas do outro lado e disse à Rainha de Sabá:

"Aqui à minha direita estão os meninos e à esquerda, as meninas."

A Rainha de Sabá não podia conter sua admiração pela sabedoria do Rei Salomão. Dirigindo-se aos seus astrólogos e conselheiros, exclamou:

"Estou tão feliz de ter feito esta longa viagem para ver o Rei Salomão, pois ele é na verdade o mais sábio de todos os homens!"

E então a Rainha de Sabá desceu de sua cadeira e curvou-se ajoelhada diante do trono do Rei.

"Tu és abençoado por Deus, pois nenhum mortal jamais andou sobre a terra com tal sabedoria como a tua," disse a Rainha reverentemente.

"Levanta-te, minha Rainha," disse o Rei. "Vamos à recepção que preparei em tua honra."

No suntuoso salão de banquetes estavam reunidos os ministros de Estado e os homens sábios do Sanhedrin que o Rei havia convidado para o festim.

Quando a rainha de Sabá entrou, viu o magnífico salão de refeições, as mesas faiscando de ouro e prata, carregadas de finos manjares, as vestes suntuosas que envergavam o Rei e seus cortezões e os nobres e veneráveis semblantes de todos os presentes, ficou cheia de espanto e admiração pelo esplendor da corte do Rei Salomão. Nos seus sonhos mais arrojados ela não imaginara nem metade do esplendor e da sabedoria que veio a conhecer.

"Bendito seja o Deus de Israel!" exclamou a Rainha de Sabá.

Rainha de Sabá: sua história e sua conexão com Salomão

A rainha de Sabá, também conhecida como Rainha do Sul, é uma figura bíblica mencionada no Antigo e Novo Testamento. Na história, é lembrada por sua busca por sabedoria, em relação ao nome do Senhor, na visita memorável que fez ao rei Salomão, filho de Davi.

A Bíblia não menciona o nome da rainha de Sabá. Apenas relata que ela se deslocou do seu reino distante, localizado em África, provavelmente onde hoje será a Etiópia ou Iêmen, para conhecer a sabedoria do reino de Israel, em Jerusalém.

Rainha de Sabá

A rainha de Sabá viajou vários quilômetros com uma grande comitiva, levando presentes valiosos como: ouro, especiarias e pedras preciosas. Seu objetivo era testar a sabedoria de Salomão com perguntas difíceis.

O rei Salomão respondeu a todas as perguntas com grande sabedoria, deixando a rainha de Sabá muito impressionada. Ela ficou como que fora de si, tanto com suas respostas quanto com a exuberância de seu palácio e a organização de seu reino.

A história termina com o reconhecimento da rainha de Sabá de que a sabedoria e a prosperidade de Salomão superavam muito, tudo o que ela havia ouvido. Ela louvou o Deus de Israel, pelo seu amor eterno pelo seu povo e por escolher Salomão como rei. Após a troca de presentes, ela retornou ao seu país.

No Novo Testamento, Jesus testemunha sobre a rainha de Sabá, contrastando com aquela geração de israelitas, que O desprezava. Jesus disse que a rainha de Sabá se levantará, no dia do juízo, contra os incrédulos, por sua descrença e falta de arrependimento.

Ele lembrou que a Rainha do Sul, veio de tão longe para conhecer a sabedoria de Salomão, pessoalmente. E, agora, aquelas pessoas, estavam ali perante o Messias, e mesmo assim, eram incapazes de crer na Sua Palavra.

Principais características da rainha de Sabá

A rainha de Sabá era uma mulher impressionante: arrojada, valorosa, possuidora dum espírito crítico e cheia de coragem. Veja outras características:

  1. Mulher sábia: A rainha propôs enigmas difíceis para testar o rei Salomão. Certamente ela tinha um nível elevado de inteligência, de raciocínio e conhecimentos gerais, ao ponto de comprovar, por meio de questões desafiadoras (filosóficas, lógicas e principalmente teológicas) a sabedoria do rei judeu.
  2. Rainha poderosa: Era uma governante rica e influente de um reino muito próspero. Isso nota-se no relato da quantidade de presentes que ela e sua comitiva levaram para o rei de Israel.
  3. Curiosidade aguçada: Apesar de não sabermos ao certo a localização de Sabá, ela terá viajado muitos quilômetros de distância desde o seu país (em África) até Jerusalém. Tudo isso motivada pela sua curiosidade e senso de investigação. A rainha de Sabá tinha um especial interesse em conhecer sobre o Deus de Israel.
  4. Possuía grande generosidade: Ela trouxe presentes valiosos como ouro, especiarias e pedras preciosas de muito longe para presentear o rei Salomão. No final, a visita diplomática da rainha também se expressou numa troca generosa de presentes entre as duas partes.
  5. Buscadora da verdade: Jesus a elogiou no Novo Testamento (Mateus 12:42 e Lucas 11:31) por sua atitude de buscar a verdade e a sabedoria de Deus.

A rainha de Sabá se casou com Salomão?

Segundo a história bíblica, nada indica que a Rainha de Sabá se casou com Salomão. O relato bíblico nos diz que, ao final da sua visita, a rainha de Sabá voltou para o seu país e para o seu reino, ficando claro que Salomão não terá se casado com ela, como fez com outras centenas de mulheres.

Outra observação importante é que as Escrituras destacam essa rainha importante pela sua busca por conhecimento. Elas não descrevem a rainha de Sabá como mais uma das muitas princesas que se relacionaram amorosamente com o rei Salomão (e perverteram seu coração).

Ao contrário, o relato nos mostra uma rainha sábia e investigativa, focada em descobrir se o que ouvira acerca da sabedoria do rei de Israel, com respeito ao nome do Senhor, era mesmo a verdade. Não há indícios de segundas intenções.

O que aprendemos com a história da Rainha de Sabá

A história da Rainha de Sabá oferece-nos profundas lições, veja algumas:

  • Somente Deus é a fonte da verdadeira sabedoria: A rainha de Sabá era uma mulher inteligente e sábia, mas ela mesmo testemunhou quão maravilhada ficou diante dos esclarecimentos que teve através de Salomão. Deus capacitou Salomão com grande sabedoria (1 Reis 4:29:34).
  • Disposição pessoal para conhecer a Deus e a sua sabedoria: A rainha de Sabá estava determinada a obter o conhecimento de Deus, através do sábio rei Salomão. Seu interesse genuíno fez com que ela ultrapassasse os limites da distância e da cultura e alcançasse o que buscava.
  • Ser criterioso na busca pela verdade: A rainha foi crítica na sua investigação. Ela pensou sobre o que ouviu, então, foi em busca de respostas. Determinada, analisou bem e ficou maravilhada com o que ouviu e viu com os próprios olhos. Devemos raciocinar sobre o que ouvimos, e questionar àqueles que se dizem sábios, para não ser enganados e iludidos com falsos ensinos.
  • Ter zelo na busca pelo conhecimento verdadeiro traz bons resultados: A rainha foi resiliente na sua busca por sabedoria. Certamente ela já tinha ouvido vários sábios do seu reino, mas não se deu por satisfeita. Ela alcançou o conhecimento verdadeiro, quando buscou a fonte certa.
  • Importância da generosidade e humildade na busca pela sabedoria divina - A rainha de Sabá valorizava o entendimento e sabedoria, por isso foi generosa ao retribuir pelo que recebeu. Mas Salomão, como representante do Deus de Israel, superou em tudo o que ela ouviu e até mesmo nos presentes que deu, ela recebeu muito mais.
  • Um bom testemunho pode impactar gerações: Ela reconheceu e testemunhou as maravilhas que viu e ouviu no reino de Salomão. O próprio Jesus falou acerca da rainha de Sabá como alguém que conheceu a sabedoria divina (Mateus 12:42).
  • Uma mulher que fez diferença na história: Embora muitos reis tenham visitado Salomão para ouvir a sabedoria que Deus lhe dera (2 Crônicas 9:23), a visita da Rainha de Sabá é detalhada de forma especial na Bíblia. Talvez porque ela tenha se convertido a Deus e alcançado a fonte da sabedoria e entendimento que fora buscar quilômetros de distância da sua terra.

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