QUANDO DEUS RESTAURA O JUSTO
BÍBLICO
TEXTO:
“E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus
amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes
possuía.” (Jó 42.10)
VERDADE
PRÁTICA
A
restauração do ser humano acontece em razão do amor e da misericórdia de DEUS,
e não como consequência do esforço pessoal, piedade ou atos de bondade.
LEITURAS
BÍBLICAS:
Jó 42.2 -DEUS tudo pode e seus planos serão
plenamente executados
Jó 42.5 -A beleza de uma experiência
pessoal com DEUS
Jó 42.7,8 -A repreensão de DEUS aos
amigos de Jó
Jó 42.9 -Os amigos de Jó obedecem a
ordenança de DEUS
Jó 42.10 -DEUS restaura a sorte de Jó e
lhe devolve tudo em dobro
Jó 4212. -O
último estado de Jó foi melhor que o primeiro
Resumo
Quando DEUS Restaura o Justo
I – A
HUMILHAÇÃO DE JÓ
1. O Jó humilhado.
2. Reverência e submissão.
3. Uma experiência viva com DEUS.
II – A INTERCESSÃO DE JÓ
1. A ira de DEUS.
2. O pecado dos amigos de Jó.
3. A oração de Jó.
III – A RESTAURAÇÃO DE JÓ
1. Restauração moral e espiritual.
2. Restauração social e material.
INTRODUÇÃO
DEUS se manifesta a Jó.
DEUS fala com Jó. Jó reconhece seus erros e se arrepende e pede perdão. Ao orar
por seus amigos Jó tem virado por DEUS seu cativeiro. O SENHOR acrescentou
a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía. Jó permaneceu fiel
a DEUS e Satanás foi humilhado e derrotado. O Senhor, pela sua graça, amor e
misericórdia restaurou Jó.
I – A HUMILHAÇÃO DE JÓ
1.
O Jó humilhado.
Os
capítulos 38, 39 e 40 revelam DEUS em sua onisciência, onipresença e
onipotência e também sua sapiência a preservar. Com isso Jó reconheceu sua
incapacidade de compreender a dinâmica da Criação e reconheceu que suas
reclamações não tinham razão, já que DEUS esteve sempre presente com ele e
cuidando dele. Jó percebeu que não tinha como fazer e cuidar de tudo como DEUS
faz e ainda que nem mesmo podia dominar uma criatura de DEUS. Jó humilhado reconhece
DEUS presente em sua vida.
2.
Reverência e submissão.
Jó
reconhece o poderio de DEUS. “Bem sei eu que tudo podes” (Jó 42.2). Jó
reconhece que nada é impossível a DEUS. Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?
... Gênesis 18:14a Porque para DEUS nada é impossível. Lucas 1:37
DEUS
afirmou que Jó não tinha conhecimento sobre Ele. “Quem é aquele, dizes tu, que
sem conhecimento encobre o conselho?" Jó reconhece que falou do que não
entendia "Por isso, falei do que não entendia” (Jó 42.3; cf. 38.2).
Jó
está repetindo o que DEUS lhe havia falado no capítulo 38. Jó reconhece não
haver injustiça alguma nas ações de DEUS. Ele admite que agiu com presunção,
pois não conhecia os sábios propósitos divinos.
3. Uma experiência viva com DEUS.
DEUS
aparece a Jó e fala com ele. Um encontro pessoal com DEUS pode mudar
completamente um ser humano, veja o caso de Paulo - E ele disse: Quem és,
Senhor? E disse o Senhor: Eu sou JESUS, a quem tu persegues. Duro é para ti
recalcitrar contra os aguilhões. E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que
queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te
será dito o que te convém fazer. Atos 9:5,6
Jó
agora passa a ter uma posição de total submissão a DEUS, perdoa seus amigos e
reconhece DEUS como santo, justo e poderoso.
Jó
agora se dirige a DEUS como falando diretamente a DEUS, na presença de DEUS e
não falando sobre DEUS. “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem
os meus olhos” (Jó 42.3). Jó agora é íntimo de DEUS. É mudança radical. Nada
como uma experiência pessoal com DEUS. Adoração é intimidade. são diálogo -
falamos e escutamos DEUS falar conosco.
II – A INTERCESSÃO DE JÓ
1.
A ira de DEUS.
DEUS
se ira com heresias. DEUS fala com Elifaz, o temanita: “A minha irá se acendeu
contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não dissestes de mim o que era
reto, como o meu servo Jó.” (Jó 42.7).
vemos
que DEUS não se irou com Eliú, talvez devido a sua pouca idade e também porque ele
não falou coisas erradas sobre DEUS, somente sobre Jó.
os
amigos de Jó associaram o seu sofrimento a algum pecado cometido por ele sem
arrependimento dele. Jó havia se humilhado diante de DEUS e também não
compreendia o que estava acontecendo, mas não seguiu a teologia de seus amigos,
esperou em DEUS uma resposta. Talvez Jó sofria de orgulho (teologia do
merecimento) e falta de bom senso (pensando que DEUS o queria matar e que
estava distante). DEUS não lhe imputou pecado por isto devido a seu terrível
sofrimento e porque via sua fidelidade e paciência perseverarem, esperando por
um redentor.
2. O pecado dos amigos de Jó.
Os
amigos de Jó exaltaram a justiça de DEUS, mas limitaram seu poder soberano,
presença, amor e misericórdia - sua graça. A teologia dos amigos de Jó entendia
que todo sofrimento deveria ser uma consequência de um juízo divino como
resposta a um pecado praticado e não arrependido. Na verdade DEUS se aproveita
do sofrimento humano e consequente busca por DEUS nesta hora, ara se revelar ao
homem. É uma manifestação de seu amor e graça e não uma forma de punição (Jó
1.8-12). Paulo corrobora esse princípio quando diz que nos foi concedida a
graça de padecermos por CRISTO e não apenas de crermos nele (Fp 1.29). Os
amigos de Jó pecaram por não reconhecerem o que acontecia a seu redor e
perceberem que havia muitos ímpios que viviam confortavelmente enquanto muitos
justos sofriam no dia a dia. Pecaram por atribuir a DEUS o sofrimento humano,
tais como perder os bens, filhos e ainda doenças os atingirem. DEUS é amor. De DEUS
só vem boas coisas, seus pensamentos são de paz e amor para conosco. Toda boa
dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não
há mudança, nem sombra de variação. Tiago 1:17; porque eu bem sei os
pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal,
para vos dar o fim que esperais. Jeremias 29:11
DEUS
escolhe a intercessão de Jó e a aceita pelos seus amigos (para ser perdoado
precisa perdoar - "Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas,
também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas". Mateus 6:15).
3. A oração de Jó.
DEUS
dirige-se aos amigos de Jó e aconselha-os irem ao patriarca para que este
interceda por eles (Jó 42.7,8).
Fica
bem evidente que uma teologia errada conduz para uma crença igualmente
equivocada. Também fica evidente que DEUS se ira com doutrinas erradas. Por
isso mesmo temos insistido no afastamento dos crentes salvos, da doutrina
calvinista que leva o crnete a blasfemar contra o ESPÍRITO SANTO e a se desviar
totalemnte da doutrina bíblica da justificação pela Fé. Não adiantou aos amigos
de Jó defenderem DEUS de forma enérgica quanto a sua soberania, pois erraram no
principal, em sua presença, amor, misericórdia e poder de transformar caos em
glória. Está claro que o sofrimento imposto por Satanás a Jó não veio como uma
punição por algum pecado seu, mas DEUS usou tudo aquilo como provação para
bênçãos bem maiores na vida de Jó. Conheceu pessoalmente a DEUS e recebeu em
dobro o que dantes possuía. Glória a DEUS. Jó foi aprovado de novo pelo Criador,
pois continuava íntegro e com seu caráter reto, conforme sua humilhação
demonstrou.
COMENTÁRIO
Afirmou
um inditoso crítico literário, certa vez, que dois são os defeitos do Livro de
Jó. O primeiro é que o antagonista da história — Satanás — sai de cena ainda no
prólogo. E o segundo é que, diferentemente dos dramas gregos, romanos e
ingleses, a história de Jó tem um final feliz. Não obstante, acrescenta o
crítico, o Livro de Jó é o mais belo poema de todos os tempos.
O
que os críticos seculares classificam de defeito, nós chamamos de perfeição.
Pois, de uma forma magistral, o autor sagrado pôde conduzir o drama de Jó sem a
presença do adversário. E se ele o concluiu com final feliz, é porque se
manteve com absoluta fidelidade aos fatos. Se os gregos, romanos e ingleses não
se afeitam aos finais felizes, os que servimos a DEUS sabemos que, apesar das
intempéries, sempre haverá um final surpreendentemente feliz àqueles que
confiam nas promessas do Pai Celeste.
I.
A PROFUNDA HUMILHAÇÃO DE JÓ
Com
profunda e singular humilhação, o melhor dos homens daquela época, ouviu dois
pronunciamentos que, judiciosamente, apontaram-lhe as falhas: o discurso de Elui
e o monólogo do Todo-Poderoso. Jó, em momento algum, se exaspera. Agora tem ele
certeza de estar sendo provado; na economia divina sempre é possível melhorar o
que já é perfeito (Dt 18.13; Pv 4.18; Mt 5.48; Ef 4.13).
1.
A confissão de Jó. O
que resta, agora, ao patriarca? Não obstante ser tido como um dos três homens
mais perfeitos de todos os tempos, confessa Jó a sua falta, e reconhece a sua
pequenez diante da imensidade de DEUS: “Por isso, me abomino e me arrependo no
pó e na cinza” (Jó 42.6). Ver Ezequiel 14.20.
Que
diria você ao ouvir tal confissão de um homem cuja integridade era reconhecida
e avalizada até pelo próprio Senhor? Sim, era Jó um homem perfeito. Mas, diante
de DEUS, quão imperfeitas são as nossas perfeições. Diante daquele que é
infinito em suas perfeições, o perfeito sempre poderá se aperfeiçoar; o bom
sempre poderá melhorar (Fp 3.12; Cl 1.28). Jó o sabia muito bem.
2.
Ouvindo e vendo a DEUS. Jó
teve de se calar para compreender a natureza de seu sofrimento; e,
perfeitamente, compreendeu-a. Infelizmente, muitos não logram o mesmo
entendimento, pois ainda não aprenderam a ouvir a DEUS (Hb 3.7,8). Oram, mas
não lhe ouvem a resposta (Is 42.20). Com os seus murmúrios, acabam por encobrir
a voz de DEUS (Sl 106.25).
Primeiro,
ouviu Jó a voz de DEUS; depois, seus olhos passaram a vê-lo (Jó 42.6). Até este
momento, a fé que o patriarca professava em DEUS, conquanto sublime e
singularíssima, era apenas intelectual. Mas, agora, que os seus olhos veem o
Todo-Poderoso, começa a ter um conhecimento experimental do Senhor.
Como
é a sua fé? Intelectual? Ou experimental? O Senhor deseja que você o conheça
integralmente (Os 6.1-3).
II.
INTERCESSÃO E RESTAURAÇÃO
O
Senhor dirige-se, neste momento, aos três amigos de Jó, e gravemente os
repreende:
“A
minha irá se acendeu contra ti, e contra os teus dois amigos; porque não
dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Tomai, pois, sete
bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por
vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que
eu vos não trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que
era reto como o meu servo Jó” (42.7,8).
Desta
advertência de DEUS, podemos ver alguns fatos bastante interessantes quanto à
atuação de Jó. Em primeiro lugar, teria ele de agir como sacerdote.
1.
O sacerdócio de Jó. Mesmo
em frangalhos, e mesmo não passando de ruínas, deveria Jó, naquele momento,
atuar como sacerdote daqueles que muito o feriram com suas palavras. Que
incrível semelhança com o Senhor JESUS CRISTO! Nosso Salvador, embora tenha
sido retratado pelo profeta como alguém desprovido de parecer e formosura,
intercedeu por nós pecadores (Is 53.2,3,12). Se este retrato que o profeta
revela do Senhor parece forte, o que diremos da pintura que do mesmo Salvador
faz Davi: “Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do
povo” (Sl 22.6)?
No
auge da angústia, Jó fez-se mui semelhante ao Senhor JESUS. Mas quão distante
achava-se ele da glória exterior do sacerdócio faraônico! Caber-lhe-ia, pois,
orar por seus amigos, e por eles oferecer os sacrifícios prescritos pelo
Senhor.
Tem
você orado por seus amigos? Tem jejuado por eles? Mesmos se estes o ferirem,
não deixe de apresentá-los diante do Senhor, a fim de que sejam salvos.
2.
A restauração na intercessão. Muitos
crentes não são restaurados, porque, embora orem muito por si mesmos, não
intercedem diante de DEUS pelos outros. Tinha Jó um amor tão altruísta e de tal
forma sacrificial que, ao invés de orar por si, pôs-se a clamar em favor de
seus amigos. “E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus
amigos; e o SENHOR acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes
possuía” (Jó 42.10).
Mesmo
em dificuldades, e ainda que no mais ardente crisol, ore por seus parentes,
amigos e por quantos o cercam. Pois o seu cativeiro começará a ser virado
exatamente neste momento. Não podemos subestimar a força da oração intercessora.
Enquanto você ora por seus amigos, haverá milhares de irmãos intercedendo por
você.
III.
A RESTAURAÇÃO DE JÓ
Eis
que o Senhor se põe a virar o cativeiro de Jó; restaura-o integralmente. Se
tudo ele perdera por completo, e de uma só vez, de forma duplicada o Senhor lhe
retribui.
1.
Restauração espiritual. Jó
se humilha, reconhece a sua pequenez, e mostra haver experimentado um grande
conhecimento espiritual: “Então, respondeu Jó ao SENHOR e disse: Bem sei eu que
tudo podes, e nenhum dos teus pensamentos (planos) pode ser impedido. Quem é
aquele, dizes tu, que sem conhecimento encobre o conselho? Por isso, falei do
que não entendia; coisas que para mim eram maravilhosíssimas, e que eu não
compreendia. Escuta-me, pois, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu ensina-me.
Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. Por isso,
me abomino de me arrependo no pó e na cinza” (Jó 42.1-6).
2.
Restauração material. O
Senhor acrescentou duplicadamente a Jó em relação a tudo quanto dantes possuía
(Jó 42.10).
3. Restauração social de Jó. Os que desprezaram a Jó, estando este na angústia, agora presenteiam-no como se fora ele um príncipe: “, vieram a ele todos os seus irmãos e todas as suas irmãs e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram de todo o mal que o SENEntãoHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e cada um, um pendente de ouro” (Jó 42.11).
4.
Restauração doméstica de Jó. Embora
a Bíblia não o revele, a esposa de Jó veio, evidentemente, a se converter ao
Senhor, fazendo-se partícipe de toda a ventura do esposo. Eis os filhos que ela
lhe deu à luz: “Também teve sete filhos e três filhas. E chamou o nome da
primeira, Jemima, e o nome da outra, Quezia, e o nome da terceira,
Quéren-Hapuque” (Jó 42.13,14). Informa o autor sagrado terem sido estas filhas
de Jó as mulheres mais formosas de toda a terra.
5.
Restauração histórica de Jó. O
homem que fora tão caluniado por Satanás, tão incompreendido pela esposa e tão
acusado pelos amigos, entra agora para uma exclusivíssima galeria; é posto
entre os três mais piedosos homens de todos os tempos: “Ainda que Noé, Daniel e
Jó estivessem no meio dela, vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nem filho nem
filha eles livrariam, mas só livrariam a sua própria alma pela sua justiça” (Ez
14.20). Pode haver maior honra do que está?
CONCLUSÃO
Conforte-se na história de Jó! Se as suas angústias são grandes, maiores ser-lhe-ão as consolações. De toda essa provação, sairá alguém bem melhor. Sua história também terá um final feliz.
Querido
irmão, não nos esqueça em suas orações: “Orando também juntamente por nós, para
que DEUS nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de CRISTO”
(Cl 4.3).
A
DEUS toda a glória! Aleluia!
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