quarta-feira, 30 de julho de 2025

AS 12 PORTAS DE JERUSALÉM


AS 12 PORTAS DE JERUSALÉM

A história da reconstrução de Jerusalém por Neemias é um dos relatos mais inspiradores do Antigo Testamento, destacando liderança, fé, perseverança e a união de um povo em torno de um propósito comum. Após o retorno do exílio babilônico, os muros de Jerusalém estavam em ruínas, deixando a cidade vulnerável e seu povo desanimado.

A Reconstrução de Jerusalém por Neemias

Neemias era um copeiro do rei Artaxerxes I da Pérsia quando recebeu a notícia da condição lastimável de Jerusalém. Profundamente comovido, ele orou e jejuou, buscando a direção de Deus. Com a permissão e o apoio do rei, Neemias viajou para Jerusalém e, apesar da oposição e zombaria de inimigos como Sambalate e Tobias, ele mobilizou o povo judeu para reconstruir os muros e as portas da cidade.

O livro de Neemias descreve a obra minuciosa de reconstrução, com cada família ou grupo trabalhando em uma seção específica do muro e das portas. A tarefa foi realizada em um tempo recorde de 52 dias, um verdadeiro milagre atribuído à mão de Deus e à dedicação do povo.

A reconstrução dos muros não era apenas uma questão de segurança física; ela simbolizava a restauração da dignidade, da identidade e da fé do povo de Israel. Os muros representavam proteção contra os inimigos e a separação do povo de Deus do mundo exterior, enquanto as portas controlavam o acesso e a saída, sendo pontos cruciais para a vida cívica e religiosa.

 

O Significado das 12 Portas de Jerusalém

O livro de Neemias, no capítulo 3, descreve a reconstrução de várias portas da cidade. Embora o texto bíblico detalhe a restauração de dez portas principais, a tradição e a interpretação espiritual frequentemente expandem para doze, ligando-as às doze tribos de Israel e a aspectos da vida cristã. Cada porta tem um significado prático em seu tempo e um profundo simbolismo espiritual hoje:

  1. Porta das Ovelhas (Neemias 3:1): Foi a primeira a ser reconstruída pelos sacerdotes. Por essa porta entravam as ovelhas para o sacrifício no Templo.
    • Significado Espiritual: Representa Jesus Cristo como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. É a porta da salvação, do sacrifício e da redenção, por onde entramos em um relacionamento com Deus.
  2. Porta do Peixe (Neemias 3:3): Era por onde os peixes eram trazidos para o mercado da cidade.
    • Significado Espiritual: Simboliza a evangelização e o ministério de "pescadores de homens". Remete ao chamado de Jesus para que seus discípulos fossem pescadores de almas, levando a mensagem do evangelho ao mundo.
  3. Porta Velha (Neemias 3:6): Conhecida também como Porta de Jesana ou Porta da Antiga.
    • Significado Espiritual: Representa a importância dos princípios e fundamentos antigos da fé, a doutrina pura e imutável de Deus, que não deve ser abandonada em favor de novidades. É um lembrete para nos apegarmos às verdades bíblicas.
  4. Porta do Vale (Neemias 3:13): Dava acesso ao Vale de Hinom.
    • Significado Espiritual: Simboliza a humildade e o arrependimento. O vale é um lugar de humilhação, e essa porta nos lembra da necessidade de nos humilharmos diante de Deus e reconhecermos nossas falhas.
  5. Porta do Monturo/Lixo (Neemias 3:14): Por essa porta saía o lixo da cidade para ser queimado no Vale de Hinom.
    • Significado Espiritual: Representa a purificação e a remoção do pecado e de tudo o que é impuro em nossas vidas. É o ato de se livrar do "lixo" espiritual para uma vida de santidade.
  6. Porta da Fonte (Neemias 3:15): Levava à fonte de Giom.
    • Significado Espiritual: Simboliza o Espírito Santo como a fonte de vida e renovação. É a provisão de Deus para a sede espiritual, a fonte de água viva que jorra para a vida eterna.
  7. Porta das Águas (Neemias 3:26): Por ela, a água era trazida para a cidade.
    • Significado Espiritual: Representa a Palavra de Deus (a Bíblia), que purifica, nutre e vivifica. Assim como a água é essencial para a vida física, a Palavra de Deus é essencial para a vida espiritual.
  8. Porta dos Cavalos (Neemias 3:28): Utilizada por cavaleiros e tropas militares.
    • Significado Espiritual: Simboliza a batalha espiritual e a guerra contra o inimigo. Representa a necessidade de estar preparado, com as armas espirituais, para enfrentar as adversidades e proteger a fé.
  9. Porta Oriental/Leste (Neemias 3:29): Voltada para o leste, de onde o Messias é esperado.
    • Significado Espiritual: Representa a esperança da segunda vinda de Jesus Cristo. É a porta pela qual se aguarda o retorno do Rei, o cumprimento das profecias e a restauração final.
  10. Porta da Guarda/Inspeção (Neemias 3:31): Próxima ao Templo, talvez um posto de guarda.
    • Significado Espiritual: Simboliza a vigilância, a oração e a santidade. É a necessidade de estar alerta espiritualmente, examinando a si mesmo e guardando o coração e a mente contra as influências negativas.

Algumas interpretações também mencionam:

11      11.  Porta de Efraim (Neemias 8:16; 12:39): Associada à reunião e ao reavivamento do povo de Israel.

  1. Porta do Cárcere (Neemias 12:39): Relacionada à libertação e ao perdão.

A reconstrução de Jerusalém por Neemias e a simbologia das portas oferecem lições valiosas para a vida cristã, lembrando-nos da importância da restauração pessoal, da comunidade e do compromisso com os princípios de Deus.

Introdução

No ano de 586 a.C. o exército da Babilônia, sob a liderança do rei Nabucodonosor, marchou contra Judá AS e conquistou Jerusalém. Por causa de sua infidelidade ao SENHOR, o reino de Judá foi arrasado. Jerusalém foi invadida, saqueada e destruída, e a maior parte de seu povo foi levado cativo pelos babilônios.


Durante o período de cativeiro, Jerusalém ficou praticamente abandonada em ruínas. Posteriormente os Persas conquistaram a Babilônia e DEUS usou o Imperador Ciro como um instrumento em sua mão para permitir que os judeus retornassem à Jerusalém.

Em 539 a.C. o primeiro grupo de exilados judeus retornou a Jerusalém sob a liderança de Zorobabel para reconstruir o templo e restabelecer o calendário nacional de Judá (Esdras 1-6). Mais tarde, em aproximadamente 458 a.C., Esdras liderou um segundo grupo. E finalmente em 445 a.C. ocorreu o terceiro retorno de exilados para a reconstrução dos muros de Jerusalém.

Neemias precisou enfrentar muita oposição para reconstruir os muros de Jerusalém. Mas toda oposição fracassou. Por fim, em apenas 52 dias os muros de Jerusalém foram reconstruídos. Tudo isso aconteceu por causa da soberana mão do SENHOR. Neemias mantinha seus olhos o tempo todo na providência do SENHOR, no governo de todas as coisas e na execução do seu propósito através do esforço humano (Neemias 1:10; 2:8,18 7:5).

RESTAURANDO AS PORTAS

I - PORTA - realidade e simbolismo - "Do hebraico dal, délet, sa'ar e do grego thyra e pyfê, pylõn, a palavra porta significa:

abertura que serve de entrada-saída de um recinto.

peça plana de madeira ou outro material com que se fecha essa abertura.

Porta ou portal, no sentido de abertura, é a passagem livre que nos permite a entrada e saída de um recinto; uma passagem entre dois estados, entre dois mundos, entre o exterior e o interior, entre o conhecido e o desconhecido.

Porta, no sentido de artefato de proteção de uma passagem, é uma guardiã de uma abertura que dá acesso a outro ambiente. Ela tem um valor literal, histórico, psicológico, simbólico, profético e espiritual. Simboliza a segurança, a proteção e a defesa. Portas fortes e fechadas protegem a cidade e a guardam em paz e segurança

As portas de Jerusalém trazem preciosas informações e lições para a nossa vida espiritual. Elas apontam para alguns segmentos de nossa vida, retratando nossas fortalezas ou vulnerabilidades.

Portas Antigas

No mundo antigo as cidades importantes eram muradas e tinham uma ou mais portas que eram de máxima importância para a sua segurança. Segundo a Bíblia, as portas das cidades comumente utilizadas nos dias do Antigo Testamento eram de bronze (Sl 107.15,16), de ferro (At 12.10), e de madeira (Ne 3.6).

Como não havia praças nas antigas cidades de Israel, o povo se encontrava junto às portas que começaram a ser sinônimo de lugar público, de maior afluência do povo...

para conversas, passatempos ou negócios (Pv 31.23; Jó 29.7; Am 5.10-12);

processos judiciais (Dt 17.5);

leitura da Lei de DEUS (Ne 8.1-3).

Essas portas tinham conselhos e escritórios junto a elas. Eram de dois batentes, cerravam-se com fechaduras e ainda com trancas (barras) de ferro. Para os Hebreus, as portas da cidade eram como o fórum para os romanos.

No tempo de guerra, a guarnição de defesa da cidade era redobrada junto às portas. Todos sabiam que "portas abertas" durante uma batalha era sinal de que a cidade fora dominada.

II- AS 12 PORTAS DE JERUSALÉM

A mais famosa cidade do mundo, a sua história retrocede aos dias de Abraão quando do seu encontro com Melquisedeque, sacerdote de Salém, ocasião em que o patriarca lhe deu os dízimos dos despojos da guerra contra os monarcas caldeus (Gn 14.1-20).

A antiga Salém de Melquisedeque foi escolhida desde o limiar da história para ser nela realizada a redenção.

Para os judeus Jerusalém era a cidade do grande rei (Sl 48.2), a cidade santa (Js 52.1). O Salmo 122 nos dá ideia do que significava Jerusalém para as "tribos do Senhor". No cativeiro babilônico os judeus assumiram um compromisso moral com DEUS de nunca se esquecerem de Jerusalém (Sl 137.5,6).

Cada uma das portas de Jerusalém tinha um nome de acordo com sua utilidade e com um sentido especial que traz lições de vida até os dias de hoje. Vamos estudar o que cada uma dessas portas representa para nós.

  Porta do Gado - Ne 3:1;

2.      Porta do Peixe (Porta de Damasco) - Ne 3:3;

3.      Porta Velha (Porta de Jafa) - Ne 3:6;

4.      Porta do Vale - Ne 3:13;

5.      Porta do Monturo - Ne 3:14;

6.      Porta da Fonte - Ne 3: 15

7.      Porta do Cárcere - Ne 3:25;

8.      Porta das Águas - Ne 3:26;

9.      Porta dos Cavalos - Ne 3:28;

1     Porta Oriental - Ne 3:29;

        Porta de Mifcade (Guarda) - Ne 3:31;

1     Porta de Efraim - Ne 3:39.

 

As Portas de Jerusalém fazem uma analogia com a Igreja; suas aberturas, entradas e saídas, vias de acesso, proteção e defesa do povo de DEUS em tempo comum e em tempo de guerra. Assim como a Jerusalém antiga, a Igreja hoje é o lugar onde se congrega o povo de DEUS. A igreja, porém, não pode viver completamente isolada do mundo, ela tem portas que permitem algum tipo de comunicação e de contato com o universo exterior.

As portas de Jerusalém eram físicas; as portas da Igreja são "espirituais" e todo cristão deve conhecer a finalidade de cada uma dessas portas para o melhor uso e proteção.

III - NOMES, SÍMBOLOS E PROPÓSITOS ESPIRITUAIS

Atualmente a cidade velha de Jerusalém tem apenas oito portas e com nomes diferentes dos dias de Neemias. No entanto, o nosso estudo refere-se ao tempo da restauração no ano de 445 a.C.

1· A Porta do Gado/Ovelhas (Ne 3.1)

É a porta da Salvação, construída pelos sacerdotes, simboliza o sacrifício e a consagração (Rm 12:1).

Mais tarde recebeu o nome de porta das ovelhas.

Era a menor entre as doze portas e foi feita para a passagem das ovelhas. Sob o ponto de vista espiritual era a porta mais importante, pois de nenhuma outra a Bíblia diz que foi consagrada, somente está!

A porta das ovelhas é JESUS.

É a porta de encontro com o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo!

(Jo 10.7,9). O Senhor disse: "Eu sou a porta; aquele que entrar por mim, será salvo".

2· A Porta do Peixe (DAMASCO) (Ne 3.3)

É a porta dos pescadores, porta da dedicação na obra de DEUS; fala-nos de trabalho, de crescimento e de reprodução.

Lembra-nos dos pescadores do mar da Galileia chamados por DEUS para serem seus discípulos, tornando-se então, pescadores de homens (Mt 4.18- 22).

Representa para nós a missão de pregar o evangelho para toda criatura, pois os peixes representam as almas que precisam ser salvas para o Reino de DEUS.

3-A Porta Velha (Ne 3.6)

Esta porta simbolizava a tradição e a história falada dos hebreus, o tesouro antigo, acerca das gerações de sua origem. Fala das tradições, dos marcos antigos, ensina-nos a não ignorar as raízes de nossas igrejas e os bons costumes delas.

Jeremias 6:16 diz: "Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas".

A porta Velha se refere a direcionar a vida pelo modelo original de DEUS à igreja tal como está no livro de Atos.

A Bíblia diz claramente em Atos 2:42:

"E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão uns com os outros, no partir do pão e nas orações", são os caminhos antigos, estes são os caminhos antigos.

Ver 2 Ts 3:6.

4 · A Porta do Vale (Ne 2.14)

Esta porta fala das provações, das dificuldades. A porta do vale era por onde passavam os esgotos, as águas que se projetavam no vale do Cedrom (Tg 4.8).

A porta do Vale nos fala a respeito da provação necessária para trabalhar o nosso caráter e sempre nos lembrar de nossa total dependência de DEUS.

A edificação cristã inclui a provação; a vida na igreja edifica-se através da negação do eu e pelo tomar a cruz a cada dia. Aqui a porta do Vale significa isso, que quando entramos na igreja somos ovelhas, somos pescadores de homens, passamos pela porta Velha e entramos pelos caminhos antigos das tradições cristãs e apostólicas, mas logo as provações chegarão e teremos que enfrentar os vales da vida. Somos quebrantados até ficarmos no ponto de sermos trabalhados por DEUS.

5- A Porta do Monturo (Ne 3.13)

Era de onde saia o lixo da cidade, nos ensina que deve haver uma porta aberta para sair toda sujeira de nossa vida espiritual (Cl 3:8-9).

Era uma porta cuja saída era para o vale de Hinom, à Geena. Era o vale onde se lançava o lixo de Jerusalém.

A Porta do Monturo nos ensina que todo mal deve ser retirado de nossa vida e sempre precisamos nos manter limpos na presença do Senhor (Eclesiastes 9.8).

Essa porta refere-se a nossa vida interior que costuma guardar sujeira, lixo espiritual. Periodicamente precisamos fazer uma faxina espiritual e colocar fora todo o lixo pecaminoso para que tenhamos vida saudável.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. 1 João 1:9

6 · A Porta da Fonte (Ne 3.15)

Essa porta ficava ao sul de Jerusalém perto da fonte de Siloé, onde o cego de nascença foi curado por JESUS! (Jo 9.10,11).

A Porta da Fonte representa para nós o sustento fundamental do cristão, ou seja, a necessidade da presença divina como elemento indispensável para a vida.

Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial e águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas (rachadas), que não retêm águas. (Jr 2:13).

A nossa Fonte é JESUS:

E no último dia, o grande dia da festa, JESUS pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. (João 7:37-38).

Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. (João 4:14).

Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Jo 7:38.

7-A Porta do Cárcere (Ne 3.25)

Em Jerusalém, o cárcere era uma prisão subterrânea. Fora da cidade havia um pátio fechado onde os detidos saiam para caminhar e pegar sol.

Neste pátio o profeta Jeremias esteve preso (Jr 32.2). Espiritualmente simboliza "as cadeias" ou "prisões" que imobilizam o crente que se descuida da vigilância (Jo 8.32,36). As prisões podem ser quebradas pelo poder de JESUS CRISTO (At 16.26).

8- A Porta dos Cavalos (Ne 3.28)

Naqueles dias, os cavalos eram peças essenciais nas guerras, sem os quais os carros não poderiam andar. Os cavalos simbolizavam as guerras, as batalhas, as lutas, enfim, as conquistas dos povos!

Esta porta se refere à batalha espiritual.

"O cavalo se prepara para o dia da batalha; mas o Senhor é o que dá a vitória". Pv 21:31

Espiritualmente fala do poder de DEUS na vida de seu povo.

9-A Porta das Águas (Ne 3.26)

Havia uma fonte de água junto a cada porta, com o objetivo de apagar as setas incendiárias lançadas pelos inimigos contra as portas e muros da cidade. Entretanto, a Porta das Águas era assim chamada porque conduzia ao principal reservatório de água em Jerusalém, a fonte de Giom. Por certo, abria-se para uma área ampla, pois a leitura da lei fora realizada ali (8.1, 3, 16; 12.37) (Bíblia de Estudo NVI Vida).

A nossa sobrevivência espiritual depende da água viva, do ESPÍRITO SANTO que deve regar continuamente o arraial dos santos, a igreja do Senhor (Sl 63.1). Representa também a Palavra de DEUS que nos lava e nos limpa de todo mal, saciando-nos com a verdade através do ESPÍRITO SANTO:

Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, Ef 5:26.

10-· A Porta Oriental (Ne 3.29) - Dourada

Acredita-se que esta é a porta pela qual JESUS entrou em Jerusalém, e que hoje se encontra lacrada! Espera-se que o Messias entre por ela em sua segunda vinda.

Ez 44.2 - "E disse-me o Senhor: Esta porta estará fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor DEUS de Israel entrou por ela; por isso estará fechada".

Na simbologia espiritual esta porta representa a volta de JESUS. Esta porta deve estar aberta na vida da igreja, cuja oração deve ser: Ap 22.20 -

Esta porta representa a profecia, a volta do Senhor JESUS.

11- A Porta de Mifcade/Guarda (Ne 3.31)

Era o lugar onde os juízes se sentavam, discutiam e julgavam os problemas.

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no ESPÍRITO, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos, (Efésios 6:18).

Devemos guardar a fé, a santidade e a Palavra de DEUS em nosso coração para não pecarmos contra Ele, vigiando e orando em todo o tempo, para que não venhamos a cair em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

A Porta da Guarda representa a vigilância que precisamos ter em nossas vidas, ficar sempre atentos na presença do Senhor (Marcos 14.38). Colocar-nos como atalaias do Senhor sempre vigilantes (Ezequiel 3.16).

12- A Porta de Efraim (Ne 8.16)

Efraim significa "fruto dobrado". Porção dobrada da herança era um direito de primogenitura (Hb 12.12). Essa é a porta da bênção dobrada.

Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria. (Isaías 61:7).

Na porta de Efraim recebemos a abundância do que DEUS tem para nós e nos tornamos frutíferos em tudo, pois Ele colocou à nossa disposição todos os recursos inesgotáveis de Sua graça.

Bendito seja o DEUS e Pai de nosso Senhor JESUS CRISTO, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em CRISTO. (Efésios 1:3).

Como se vê, apesar de quase desconhecidos pela maioria daqueles que possuem um exemplar da Bíblia, o livro de Deus registra esses nomes focalizados; nomes esquecidos, Como, mas nomes históricos, reais, simbólicos, ricos em tradição.

4. Origem do formato e das portas

Sem dúvida, a origem do formato da cidade e das portas da Nova Jerusalém que há de vir, vem de Deus, jamais virá de algum modelo de alguma arquitetura pagã. Mesmo que Ezequiel, provavelmente, conhecesse a estrutura da torre do templo de Marduque, deus dos babilônios, cujo recinto era quadrado, e cujo acesso era por doze portas, jamais o profeta do Senhor vaticinaria um projeto de Deus baseado numa visão humana e pagã. Portanto, Deus é a fonte da revelação, da inspiração da visão e da mensagem de Ezequiel. Os oráculos entregues ao profeta, seja por imagem ou som, ou seja, visão ou palavra, vieram de Deus (Ez.1:3; 3:14; 8:1-3), o Arquiteto e construtor (Hb.11:10) da Nova Jerusalém.

II. SOBRE O NOME DAS DOZE TRIBOS


1. As doze tribos de Israel

As doze tribos de Israel têm os nomes dos doze filhos de Jacó descritos pela ordem de nascimento: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim. Os dois filhos de José, Manassés e Efraim, também se tornaram tribos de Israel. A tribo de Levi não recebeu herança como as outras. Ezequiel escreveu as doze tribos no sentido horário utilizando os quatro pontos cardeais, começando pelo Norte da cidade - Norte: Rúben, Judá e Levi (Ez.48:31); Leste, ou oriente: José, Benjamim e Dã (Ez.48:32); Sul: Simeão, Issacar e Zebulom (Ez.48:33); Oeste, ou ocidente: Gade, Aser e Naftali (Ez.48:34).

Depois de um encontro com Deus, Jacó teve seu nome mudado para Israel. Assim como seus descendentes ficaram conhecidos como o povo de Israel. Os descendentes de cada um de seus filhos se tornaram tribos com seus nomes. Quando conquistaram a região, cada tribo recebeu uma porção da terra de Israel.

Ao que parece, no período milenial, segundo Ezequiel 48:1-7, o território de Israel será divido em faixas horizontais, desde o Mediterrâneo até a fronteira ocidental do território. A faixa no extremo Norte será para a tribo de Dã (Ez.48:1). Logo abaixo, virão os territórios de Aser (Ez.48:2), Naftali (Ez.48:3), Manassés (Ez.48:4), Efraim (Ez.48:5), Rúben (Ez.48:6) e Judá (Ez.48:7).

Ao sul de Judá, ficará a porção já separada para o Príncipe, que incluirá o santuário e a cidade de Jerusalém. Essa região sagrada será um quadrado amplo, fronteiriço ao norte do Mar Morto. Será dividida em três faixas horizontais: a superior será reservada para os sacerdotes e, no meio, para o Templo milenar; a central será para os levitas; e a inferior para o povo comum e, no meio, para Jerusalém. O território restante a Leste e Oeste do quadrado pertencerá ao Príncipe (cf. Eze.48:8-22). Segundo Ezequiel 48:23-27, ao sul da região sagrada ficarão as porções de Benjamim (Ez.48:23), Simeão (Ez.48:24), Issacar (Ez.48:25), Zebulom (Ez.48:26) e Gade (Ez.48:27).

A divisão do território de Israel mostra que no Reino de Deus existe lugar para todos aqueles que creem e obedecem ao único e verdadeiro Deus (João 14:1-6). Deus ama tanto suas criaturas que sempre planejou tê-las perto de si. Está sempre procurando e perguntando: “Onde estás?”, chamando ao arrependimento e à fé.

2. Critério da ordem dos nomes

A Bíblia não mostra um critério padrão da ordem dos nomes. Há cerca de 20 listas dos filhos de Jacó e das respectivas tribos de Israel no Antigo Testamento, mas não existe nenhum padrão. Por exemplo, a lista com os quatro primeiros nomes, Rubens, Simeão, Levi e Judá, segue a ordem de nascimento (Gn.35:22-27; 46:8-27; 49:3-27; Ex.1:1-16). Outras listas divergem a partir do quinto nome (Nm.1:5-17; 13:4-16). O nome de Levi não aparece nas listas de Números. Os nomes de José, Manassés e Efraim, às vezes, aparecem juntos; outras vezes, José não aparece, mas é apresentado pelos seus dois filhos, como também Efraim separado de José e Benjamim. Veja a divergente ordem dos nomes apresentadas nas tabelas a seguir (extraído do livro “A Justiça de Divina”, de

III. O SENHOR ESTÁ ALI

O profeta Ezequiel, no exílio babilônico, teve uma visão sobre Jerusalém reconstruída e plenamente reconciliada com Deus, e termina seu livro magnificamente: “E o nome da cidade desde aquele dia será: O Senhor está ali” (Ez.48:35b). Nada mais significativo poderia ser dito. Ezequiel que vira a glória de Deus abandonar a cidade (caps. 1 e 11), agora viu a glória voltar ao novo Templo (Ez.43:1-9). Deus quer a companhia de Seu povo e promete estar presente. Deus quer relacionamento conosco, tanto quando almejava pela companhia humana antes do pecado. Essa verdade é tão real que Jesus, o Emanuel, Deus conosco, veio a este mundo e habitou entre nós.

1. Os nomes da cidade

Jerusalém é uma cidade sem paralelo na história. Ela possui vários nomes. O primeiro nome da cidade de Jerusalém é SALÉM (Sl.76:2), que significa paz (Hb.7:2), desde os dias do patriarca Abraão (Gn.14:18). Apesar deste nome, ela foi palco de cruentas guerras, de derramamento de sangue, violência, injustiça social, prostituição, idolatria e apostasia generalizada, o que levou Deus a castigar seus moradores e reduzi-la a ruínas e desolações ao longo dos séculos. Ela foi chamada também de Jebus (Jz.19:10), que esteve sob o domínio do povo jebuseu, e só foi conquistada por Davi após alguns séculos da conquista de Canaã, ficando assim conhecida por Cidade de Davi (2Sm.5:6,7). Ela é também designada de Sião e Ariel (Is.2:3;29:1,2). Jerusalém é o nome mais conhecido e significa “cidade de paz”. Deus preservou os remanescentes para neles cumprir a sua promessa, fazendo jus ao nome original: Salém, Paz. Em Apocalipse, a cidade é chamada de” arraial dos santos, a cidade amada” (Ap.20:9). Mas, Ezequiel enfatiza que, no Milênio, depois de sua purificação e restauração espiritual, o nome da cidade será: “o SENHOR está ali” (Ez.48:35). Neste glorioso período, a glória do Senhor se estenderá por sobre toda a Terra, e não somente sobre o povo judeu. Assim profetizou Isaías: “Santo, Santo, Santo é o SENHIR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is.6:3).

2. O nome divino

No Antigo Testamento, Deus se deu a conhecer por vários nomes inerentes à sua natureza e à circunstância de sua revelação. Aqui estão alguns, dentre muitos, dos nomes mais conhecidos de Deus na Bíblia:

EL, ELOAH. Deus "poderoso, forte, proeminente" (Gn.7:1; Is.9:6) - etimologicamente, El parece significar "poder", como em "Tenho o poder para prejudicá-los" (Gn.31:29). El é associado com outras qualidades, tais como integridade (Nm.23:19), zelo (Dt.5:9) e compaixão (Ne.9:31), mas a raiz original de ‘poder’ continua.

ELOHIM. Deus "Criador, Poderoso e Forte" (Gn.17:7; Jer.31:33) - a forma plural de Eloah, a qual acomoda a doutrina da Trindade. Da primeira frase da Bíblia, a natureza superlativa do poder de Deus é evidente quando Deus (Elohim) fala para que o mundo exista (Gn.1:1).

EL SHADDAI. "Deus Todo-Poderoso", "O Poderoso de Jacó" (Gn.49:24; Salmo 132:2,5) - fala do poder supremo de Deus sobre todos.

ADONAI. "Senhor" (Gn.15:2; Jz.6:15) - usado no lugar de YHWH, o qual os judeus achavam ser sagrado demais para ser pronunciado por homens pecadores. No Antigo Testamento, YHWH é mais utilizado em tratamentos de Deus com o Seu povo, enquanto Adonai é mais utilizado quando Ele lida com os gentios.

YHWH / YAHWEH / JEOVÁ. "SENHOR" (Dt.6:4, Dn.9:14) - a rigor, o único nome próprio para Deus. Traduzido nas bíblias em português como "SENHOR" (com letras maiúsculas) para distingui-lo de Adonai, "Senhor". A revelação do nome é primeiramente dada a Moisés: "Eu SOU quem eu SOU" (Êx.3:14). Este nome especifica um imediatismo, uma presença. Yahweh está presente, acessível, perto dos que o invocam por livramento (Salmo 107:13), perdão (Salmo 25:11) e orientação (Salmo 31:3).

JEOVÁ-JIRÉ. "O Senhor proverá" (Gn.22:14) - o nome utilizado por Abraão quando Deus proveu o carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque.

JEOVÁ-RAFA"O Senhor que sara" (Êx.15:26) - "Eu sou o Senhor que te sara", tanto em corpo e alma. No corpo, através da preservação e da cura de doenças, e na alma, pelo perdão de iniquidades.

JEOVÁ-NISSI. "O Senhor é minha bandeira" (Êx.17:15), onde por bandeira entende-se um lugar de reunião antes de uma batalha. Esse nome comemora a vitória sobre os amalequitas no deserto (Êxodo 17).

Portanto, o nome revela o poder, a grandeza e a glória do Deus Todo-Poderoso, além de mostrar os atributos dele. Outrossim, quando a Bíblia faz menção do “nome de Deus” está se referindo ao próprio Deus - “haverá um lugar que escolherá o Senhor vosso Deus para ali fazer habitar o seu nome” (Dt.12:11).

3. Yahweh Shammah (Ez.48:35)

Depois da descrição completa da terra, do povo e do templo de Israel, o profeta Ezequiel termina a sua visão profética com uma declaração solene do nome dado à cidade de Deus (Jerusalém): “JEHOVAH SHAMMA", que significa “o Senhor está ali”. É o novo nome dado à cidade de Jerusalém, no Milênio, para dissociar o nome de Jerusalém com os pecados passados. Este não é um mero nome dado à cidade de Jerusalém, é, antes, uma realidade palpável, de tal maneira intensa que ""todos lhe chamarão o trono do Senhor, e todas as nações se ajuntarão a ela e os seus habitantes nunca mais andarão segundo o propósito do seu coração maligno" (Jr.3:17, 33:16; Zc.2:10).

Séculos mais tarde, o apóstolo João, na ilha de Patmos, haveria de retomar e expandir a visão com muito maior glória, quando disse: "Eu vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa para o seu marido, e ouvi uma voz do céu que dizia: eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus, que limpará dos seus olhos toda a lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque...O SENHOR ESTÁ ALI" (Ap.21:2-4).

É bom enfatizar que as bênçãos anunciadas nas profecias de Ezequiel não se restringem apenas ao povo judeu; elas são extensivas a toda a Terra. Toda a Terra será o santuário de Deus, e nisso Ele será reconhecido como Yahweh Shammah, isto é, “o Senhor está ali”. Glórias sejam dadas ao Senhor!

CONCLUSÃO

O livro de Ezequiel termina com uma visão detalhada do novo Templo, da nova Cidade e do novo povo, todos demonstrando a santidade de Deus. As pressões diárias da vida podem nos fazer focar o presente, o aqui e agora, e levar-nos a esquecer de Deus. É por isso que a adoração é tão importante; tira nossos olhos de nossas preocupações atuais, a fim de que atentemos para a santidade de Deus e para seu Reino futuro. A presença de Deus torna tudo glorioso, e a adoração nos leva à sua presença. No milênio, o Messias será engrandecido como o Filho de Davi; Ele ocupará o trono de Davi e reinará sobre a casa de Davi a partir da cidade de Davi - Jerusalém. A sua presença será tão real que não haverá dúvida em perceber que “O SENHOR ESTÁ ALI”.

Concluímos este Estudo afirmando que mesmo que Deus demore em cumprir as suas promessas, na nossa visão de tempo, elas se cumprirão no tempo dele. Além do mais, essas promessas serão cumpridas de tal maneira que ninguém será esquecido. Outrossim, embora Deus seja um Deus de redenção no sentido eterno, Ele também é um Deus que se importa com as questões temporais. 

 

 

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