Eu
estava lendo recentemente como Saul se tornou Rei. Tudo ocorreu dentro de um
espaço de tempo muito curto. Antes que ele mesmo entendesse o que estava
acontecendo, ele se viu como Rei. Ele não tinha o perfil, ele não tinha as
qualidades necessárias.
Ele
era um homem humilde no princípio. Ele nem sequer se atreveu a sair quando seu
nome foi chamado (1 Samuel 10:22). Mas os filhos de Israel clamavam por um Rei.
Eu aposto que eles não podiam esperar mais.
Eles
queriam um Rei e eles o queriam agora! Não admiro que Saul tenha terminado como
terminou. A maioria de nós terminaria do mesmo jeito. Não saberíamos o que
fazer, nosso orgulho se elevaria, e faríamos uma confusão ao redor não tendo os
perfis e as qualidades necessárias.
Não
é questão de não saber o que fazer, mas ter o caráter de esperar e encontrar o
que fazer. Parece a mim que Saul foi vítima da teimosia dos Israelitas. Mas
quando Davi veio. Davi não veio como Rei. Ele tinha a palavra de Deus desde o
início, mas então muitos anos se passaram e parecia que esta palavra nunca se
cumpriria. Ele estava lutando nos desertos e nas montanhas e parecia que aquela
palavra apenas lhe havia trazido problemas.
Ele
tinha perdido seus amigos, sua paz e seu contato com a família e tudo por causa
da Palavra de Deus. Por que Deus disse aquilo a ele? Por que Deus não apressou
em fazê-lo Rei? Por que Deus o tratou tão mal? Se alguém tinha perguntas sem
respostas certamente era Davi.
Mas
então o dia escolhido chegou. Saul morreu e Davi tornou-se Rei. Ele levou
muitos anos. Ele teve muitas frustrações. Ele teve muitas perguntas sem
respostas. Ele teve muitos problemas nesse tempo. Ele podia ter morrido nesses
anos. Sua vida foi continuamente ameaçada. Não foi certamente o que ele tinha
sonhado sobre Deus, sobre sua vida e sobre o que Deus tinha lhe falado. E ainda
assim seu propósito estava claro: após tudo isto, Davi está agora pronto para
ser Rei.
Ele
não poria a perder. Pois ele foi treinado nos anos que esteve no deserto. Ele
havia amadurecido. Seus desejos foram sujeitados à vontade de Deus e colocados
nas mãos de Deus. Foi assustador tudo porque ele passou, mas também foi
encorajador. Isto pode também ter acontecido em nossas vidas. Apenas
questionamos por que isto, por que aquilo. Por que Deus não fez isso desde o
princípio?
Mas
Deus quer nos fazer iguais a Davi para que possamos nos alegrar com o que ele
nos oferece. Saul tinha o direito no início, porém ele o perdeu. Eu amo os
caminhos de Deus, mesmo que às vezes seja doloroso, parecido com um deserto.
Pois o deserto terá fim e uma nova vida há de se iniciar.
A
história de Saul e Davi na Bíblia é uma das mais fascinantes e complexas do
Antigo Testamento, narrada principalmente nos livros de 1 Samuel e 2
Samuel. Ela aborda temas como a escolha divina, a obediência, a
desobediência, a inveja, a amizade e a soberania de Deus.
A ESCOLHA DE SAUL COMO REI
O
povo de Israel, cansado do sistema de juízes e querendo ser "como as
outras nações", clamou por um rei. Samuel, o profeta, inicialmente não se
agradou dessa ideia, pois isso significava rejeitar a Deus como seu rei. No
entanto, Deus instruiu Samuel a atender ao pedido do povo, mas advertiu sobre
as consequências de ter um rei terreno.
Saul, filho de Quis, da tribo de Benjamim, foi
o homem que Deus escolheu para ser o primeiro rei de Israel. Ele era um homem
de notável beleza e estatura, descrito como o mais alto e formoso entre todos
os israelitas (1 Samuel 9:2). Sua escolha se deu da seguinte forma:
- Unção
Secreta: Samuel, sob
a direção de Deus, encontrou Saul enquanto ele procurava as jumentas de
seu pai. Samuel o ungiu secretamente com óleo, declarando-o príncipe sobre
a herança do Senhor (1 Samuel 10:1).
- Confirmação
Pública:
Posteriormente, Samuel convocou todo o povo em Mispa para a escolha
oficial do rei por sorteio. A tribo de Benjamim foi sorteada, depois a
família de Matri, e finalmente, Saul, filho de Quis, foi escolhido.
Inicialmente, Saul se escondeu em meio à bagagem, demonstrando certa
humildade ou timidez. Contudo, ele foi encontrado e apresentado ao povo,
que o aclamou com o grito de "Viva o rei!" (1 Samuel 10:17-24).
- Vitória
Militar: Para
consolidar sua posição, Saul liderou os israelitas em uma vitória decisiva
contra os Amonitas, o que fortaleceu sua popularidade e o confirmou como
rei perante todo o Israel (1 Samuel 11).
O
reinado de Saul começou promissor, e ele foi agraciado com o Espírito de Deus.
No entanto, sua desobediência a Deus em ocasiões cruciais, como oferecer um
sacrifício sem esperar por Samuel (1 Samuel 13) e não destruir completamente os
amalequitas, poupando o rei e o melhor do gado (1 Samuel 15), levou Deus a
rejeitá-lo como rei.
A LUTA CONTRA DAVI
Após
a desobediência de Saul, Deus enviou Samuel para ungir um novo rei, desta vez
um jovem pastor chamado Davi, filho de Jessé, da tribo de Judá. Embora
Davi fosse o "menor" entre seus irmãos e de aparência humilde, Deus
olhou para o seu coração (1 Samuel 16).
A
ascensão de Davi ao reconhecimento público começou com sua famosa vitória sobre
o gigante Golias. Após esse feito heroico, Davi foi levado à corte de
Saul, onde se tornou um dos seus oficiais e um músico que acalmava o rei quando
um espírito maligno o atormentava.
No
entanto, a popularidade de Davi rapidamente superou a de Saul. As mulheres de
Israel cantavam: "Saul feriu seus milhares, mas Davi os seus dez
milhares" (1 Samuel 18:7). Isso despertou uma profunda inveja e ciúme
no coração de Saul, que começou a ver Davi como uma ameaça ao seu trono.
A
partir desse ponto, a relação entre Saul e Davi se transformou em uma
perseguição implacável por parte de Saul:
- Tentativas
de Assassinato: Saul
tentou matar Davi diversas vezes, atirando sua lança contra ele enquanto
Davi tocava harpa (1 Samuel 18:10-11).
- Armadilhas
e Casamento: Saul
prometeu sua filha Mical em casamento a Davi, esperando que ele morresse
em batalha contra os filisteus, mas Davi sobreviveu e se casou com Mical.
- Perseguição
no Deserto: Davi foi
forçado a fugir e viver como fugitivo, com Saul e seu exército o
perseguindo incansavelmente por todo o Israel. Mesmo em duas ocasiões em
que Davi teve a oportunidade de matar Saul (na caverna de En-Gedi e no
acampamento de Saul), ele se recusou a fazê-lo, mostrando respeito pelo
"ungido do Senhor" (1 Samuel 24 e 26).
A
luta entre Saul e Davi é um contraste marcante entre a obediência e a
desobediência, a humildade e o orgulho. Enquanto Saul se afundava em sua
obsessão e desobediência, perdendo o favor de Deus, Davi, apesar de suas
próprias falhas futuras, continuava a confiar no Senhor e a ser fortalecido por
Ele.
O
clímax dessa rivalidade se deu na Batalha do Monte Gilboa, onde Saul e
seus filhos, incluindo Jônatas (o fiel amigo de Davi), morreram em combate
contra os filisteus (1 Samuel 31). Com a morte de Saul, o caminho ficou livre
para Davi assumir o trono de Israel, marcando o início de uma das maiores e
mais significativas monarquias da história bíblica.
Essa passagem nos ensina sobre as consequências da desobediência a Deus, a importância de um coração voltado para Ele, e a maneira como Deus trabalha em Seus próprios propósitos, mesmo em meio a conflitos humanos.
A
INSTITUIÇÃO DA MONARQUIA EM ISRAEL
Texto
Bíblico: 1Samuel 8:4-7; 2Samuel 10:1-7
“Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a
Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam
pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele
nos julgue, como o têm todas as nações” (1Sm.8:4,5).
1
Samuel 8:
4-Então,
todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a Samuel, a Ramá,
5-E
disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam pelos teus
caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele nos
julgue, como o têm todas as nações.
6-Porém
essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando disseram: Dá-nos um rei,
para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR.
7-E
disse o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não
te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre
ele.
1
Samuel 10:
1-Então,
tomou Samuel um vaso de azeite, e lhe derramou sobre a cabeça, e o beijou, e
disse: Porventura, te não tem ungido o SENHOR por capitão sobre a sua herdade?
2-Partindo-te
hoje de mim, acharás dois homens junto ao sepulcro de Raquel, no termo de
Benjamim, em Zelza, os quais te dirão: Acharam-se as jumentas que foste buscar,
e eis que já o teu pai deixou o negócio das jumentas e anda aflito por causa de
vós, dizendo: Que farei eu por meu filho?
3-E,
quando dali passares mais adiante e chegares ao carvalho de Tabor, ali te
encontrarão três homens, que vão subindo a Deus a Betel: um levando três
cabritos, o outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho.
4-E
te perguntarão como estás e te darão dois pães, que tomarás da sua mão.
5-Então,
virás ao outeiro de Deus, onde está a guarnição dos filisteus; e há de ser que,
entrando ali na cidade, encontrarás um rancho de profetas que descem do alto e
trazem diante de si saltérios, e tambores, e flautas, e harpas; e profetizará
6-E
o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás
em outro homem.
7-E
há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão,
porque Deus é contigo.
INTRODUÇÃO
Dando
continuidade ao estudo do “Governo Divino em Mãos Humanas”, tendo como base os
Livros de Samuel, trataremos nesta Aula da Instituição da Monarquia em Israel.
Desde os dias de Moisés, Deus governou Israel através de sacerdotes e juízes
dotados com poder e habilidade. Quando Samuel, o último dos juízes, envelheceu,
o povo pediu um rei para que eles fossem como as nações que estavam ao seu
redor.
Aquele
não era o momento apropriado para pedir um rei, mas Deus ordenou a Samuel que
atendesse o pedido do povo. A partir de então, Israel deixou de ser uma
teocracia, ou seja, uma nação governada por Deus, que era o seu rei (1Sm.8:7),
para ser uma monarquia, ou seja, uma nação governada por um rei humano, como
ocorria com todas as nações circunvizinhas (1Sm.8:5).
Todavia,
como profeta e último dos juízes, Samuel alertou o povo que a instituição da
monarquia em Israel traria mais malefícios que benefícios para eles. Mesmo
assim, o povo quis um rei. Eles pediram um rei porque criam, erroneamente, que
a razão das suas derrotas vinha da incompetência do governo em vigor, quando,
na realidade, o problema era o pecado deles. Daí, eles conformarem-se com o
modo de vida dos povos ímpios ao seu redor, ao invés de confiarem em Deus.
Outrora,
Deus levantava juízes em diversas regiões, mas agora Ele levantaria uma
monarquia em Israel. Embora a monarquia fosse um desejo nacional, Deus
interveio e, segundo a sua vontade, estabeleceu essa forma de governo.
Incialmente, Saul, da tribo de Benjamim, fora escolhido como o primeiro rei de
Israel.
Deus,
na sua presciência, sabia que um dia o seu povo ficaria descontente com o
governo direto de Deus, e ordenou a Moisés que incluísse em sua Lei as
diretrizes a serem seguidas pelo rei, quando isso acontecesse (cf.
Dt.17:14-17).
Quando entrares na terra que te dá o SENHOR, teu Deus, e a
possuíres, e nela habitares, e disseres: Porei sobre mim um rei, assim como têm
todas as nações que estão em redor de mim, porás, certamente, sobre ti como rei
aquele que escolher o SENHOR, teu Deus; dentre teus irmãos porás rei sobre ti;
não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos.
Porém não multiplicará para si cavalos, nem fará voltar o povo
ao Egito, para multiplicar cavalos; pois o SENHOR vos tem dito: Nunca mais
voltareis por este caminho.
Tampouco para si multiplicará mulheres, para que o seu coração
se não desvie; nem prata nem ouro multiplicará muito para si.
Embora
aquele momento, para eles terem um rei, não fosse o momento de Deus, e fosse
injusta a sua motivação, Deus os atendeu no que pediram. Apesar de tudo, Deus
se propôs a guiar o povo, apesar dos fracassos do governo monárquico de Israel
(cf. 1Sm.12:14,15;19-25). Isso revela o amor de Deus e a Sua paciência com a
fraqueza humana.
I.
POR QUE A MONARQUIA?
1.
Porque o povo queria ser como as nações vizinhas (1Sm.8:5,20)
Esta
posição era exatamente o que Deus não desejava. Ter um rei facilitaria o
esquecimento de que o Senhor era o Seu verdadeiro Líder. Entretanto, não era
errado Israel querer um rei; Deus mencionou esta possibilidade em Deuteronômio
17:14-20. Mas, na realidade, o povo rejeitava a Deus como seu verdadeiro Líder.
Os israelitas queriam leis, um exército e um monarca no lugar do Senhor. Eles desejavam governar a nação através da força humana,
embora somente a de Deus pudesse fazê-los prosperar na terra de Canaã.
O
povo não viu nenhuma preparação nos filhos de Israel para assumir tal
responsabilidade como eles exigiam. Além do mais, as 12 tribos viviam
desunidas, pois cada uma possuía sua própria liderança e território, ou seja,
não existia uma unidade entre as tribos que pudesse qualificar Israel como uma
nação perante os povos vizinhos. Eles desejavam um rei que unisse as tribos em
uma única nação e um só exército; eles queriam ter o orgulho de ser uma nação
no seu stricto sensu: com um rei soberano, um exército e um
comando que impusesse respeito e ordem. Isto significava rejeitar a liderança
divina representada por Samuel. Dessa forma, os israelitas escolheram uma
política meramente humana, fugindo de sua real vocação sacerdotal e profética.
Concordo
com o Pr. Oziel Gomes quando diz que “há perigo
quando o povo de Deus deixa a sua verdadeira vocação para imitar as
instituições terrenas. Embora seja bíblico cumprir nossas obrigações políticas
e sociais, a vocação da Igreja é espiritual, como afirmou Jesus: ‘O meu Reino
não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos,
para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é
daqui”’ (João 8:36).
2.
Porque os filhos de Samuel fracassaram
Os
israelitas estavam passando por um momento de turbulência espiritual e
governamental, não por causa de Deus, que queria ser o Seu rei, mas por causa
da rejeição do povo ao próprio Deus. O povo estava envolvido numa verdadeira
idolatria; tenha uma noção disso em 1Sm.7:3,4. Além
do mais, a Arca da Aliança tinha sido sequestrada pelos filisteus; havia
ameaças constantes destes inimigos e os filhos de Samuel não andavam em
caminhos retos.
Tendo
Samuel envelhecido, procurou colocar seus dois filhos, Joel e Ábias, como
sucessores para julgar Israel, mas eles não andavam pelos caminhos de Samuel;
antes, se inclinaram à avareza, se corromperam e
“perverteram o juízo” (1Sm.8:3); eles foram corruptos qual os filhos de
Eli (1Sm.2:12). Joel e abiãs eram corruptos, portanto, não serviam a Deus e o
povo se indignou tanto contra eles que pediu a mudança da forma de governo,
rejeitando ao próprio Deus como rei sobre si (1Sm.8:4-7).
É
impossível saber se Samuel foi um mau pai. Seus filhos eram adultos o
suficiente para serem responsáveis pelos seus próprios atos. Todavia, os maus
caminhos que eles andavam não foram bem-vistos pelos anciãos de Israel, e por
causa disto foram rejeitados para suceder a Samuel na liderança do povo de
Deus. Embora fosse duro ouvir essa rejeição dos representantes principais do
povo, os anciãos, Samuel era cônscio de que eles falavam a verdade. Como um
líder fiel, sincero, autêntico, que só queria o bem maior do povo de Deus,
aceitou essa rejeição sem nenhuma reserva. Para ele, a obra de Deus era muito
mais importante do que as benesses empregatícias da família.
“Então, todos os anciãos de Israel se congregaram, e vieram a
Samuel, a Ramá, e disseram-lhe: Eis que já estás velho, e teus filhos não andam
pelos teus caminhos; constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que ele
nos julgue, como o têm todas as nações” (1Sm.8:4,5).
Contudo,
Samuel, ao contrário de Moisés, esqueceu-se que o povo era de Deus e não dele.
Assim, ao constituir seus filhos como juízes, tomou uma deliberação
precipitada, sendo, aliás, este o seu grande erro. Samuel deveria ter pedido a
Deus que escolhesse um sucessor e não fazer dos seus filhos sucessores.
Temos
de admitir que, na atualidade, vivemos uma verdadeira “síndrome de Samuel”.
Homens de Deus dedicados, exemplares e irrepreensíveis, em seu profundo zelo
pela obra do Senhor, têm caído na armadilha em que caiu o profeta Samuel, e tem
procurado resolver a sua sucessão em família, sem qualquer consulta a Deus. Que
eles possam ver os prejuízos causados por este gesto de Samuel antes que o povo
de Deus se indigne e passe a querer copiar o mundo, escolhendo formas de
governo que signifiquem a rejeição do Senhor, como, aliás, infelizmente, já
está ocorrendo.
Sem
dúvida, faltou a Samuel, e falta aos líderes atuais que vivem essa síndrome, a
convicção de que Deus é o principal responsável pela Sua obra e que, portanto,
devemos nos cercar da orientação e sabedoria divina para tomarmos decisão a
este respeito, não nos esquecendo de que a obra é do Senhor e que, portanto,
nenhum líder tem a prerrogativa de ditar, por sua própria conta, o futuro do
povo de Deus. Somente Deus sabe, de antemão, o que está para acontecer e,
portanto, sabe muito bem quem deve liderar o povo nos anos que estão por vir.
Observação:
Devemos
ter cuidado para não culparmos a nós mesmos pelos pecados de nossos filhos. Por
outro lado, a paternidade é uma incrível responsabilidade, e nada é mais
importante do que moldar e formar a vida de nossos filhos.
Se
os seus filhos adultos não seguem a Deus, perceba que você não pode mais
controlá-los. Não culpe a si mesmo por algo que não está mais sob sua
responsabilidade. Mas, caso eles ainda estejam sob os seus cuidados, saiba que
o que você faz e ensina pode afetar profundamente seus filhos e durar para toda
a vida (Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal).
3.
Rejeitando os planos de Deus (1Sm.8:6-22)
Diante
das circunstâncias adversas em que vivia o povo de Israel, naquela época, com
uma espiritualidade e um padrão moral totalmente desvirtuado daqueles
estabelecidos por Deus, e os inimigos apertando cada vez mais o povo, sem
dúvida, o Senhor desejava ser, Ele próprio, o único defensor e governador de
Israel. O Senhor desejava que seu povo fosse santo e diferente de todas as
outras nações da terra.
Deus
tinha os seus planos no futuro para Israel no tocante ao governo do seu povo;
Ele já tinha previsto que estabeleceria uma monarquia sobre o seu povo. É tanto
que muito tempo antes, à época de Moisés, ele indicou as regras a serem
seguidas pelo futuro rei. Ele sabia que esse momento chegaria (Dt.17:14).
Assim, no tempo certo, o próprio Deus daria um rei com as qualidades
necessárias. Entretanto, os israelitas exigiram um rei fora do tempo, fora dos
planos de Deus; não quiseram ser diferentes, preferiram se conformar ao mundo
(1Sm.8:20). Samuel se entristeceu com o pedido, mas
o Senhor o instruíra a atendê-lo. Afinal, não rejeitaram ao profeta, mas, sim,
ao Senhor (1Sm.8:7). Deus permitiu isto, porém, a sua vontade perfeita era que
Ele próprio governasse o Seu povo (1Sm.8:7; 12:12).
“Porém essa palavra pareceu mal aos olhos de Samuel, quando
disseram: Dá-nos um rei, para que nos julgue. E Samuel orou ao SENHOR. E disse
o SENHOR a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem
rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele” (1Sm.8:6,7).
Diante
do pedido insistente do povo, Samuel teve que protestar solenemente e explicar
o direito do rei. Ele disse que o monarca enriqueceria a si mesmo à custa dos
súditos, convocaria rapazes e moças para o serviço militar e doméstico, e
praticamente os transformaria em escravos. Samuel, certamente, disse isto com
fulcro nos textos sagrados exarados no Livro de Deuteronômio (cf. Dt.17:14-20).
As regras em Deuteronômio visavam a conter os males que, sem dúvida,
resultariam da monarquia.
A
Igreja não pode cometer o mesmo erro de Israel do passado, fazendo escolhas
erradas quer na esfera espiritual, quer na esfera humana; para tanto ela deve
lançar-se à oração, jejum, consagração e viver uma vida de constante
santificação porque sem a qual ninguém verá a Deus.
A
Igreja tem de pedir a direção divina para que, através de uma vida santa, Deus
estabeleça homens segundo o Seu coração, cheios do Espírito Santo, homens que
conhecem a vontade de Deus e que governem bem a Igreja de Jesus Cristo, sendo
Ele mesmo a Cabeça da Igreja.
Jesus
é a Cabeça da Igreja porque Ele a amou e por ela morreu. Jesus tem o direito de
guiar a Igreja por causa de Seu grande sacrifício. Ver Cristo como a Cabeça da
Igreja dá segurança àqueles que são membros da Igreja de Cristo, pois os faz
lembrar a perfeita direção que dele. recebem. Esta também deve ser uma razão
para os não cristãos quererem entrar na Igreja - para que venham submeter-se à
liderança infalível de Cristo.
II. A ESCOLHA DE SAUL COMO REI
1.
Por que Saul?
Saul
foi escolhido para atender uma exigência, a destempo, do povo – “... porque tenho olhado para o meu povo, porque
o clamor chegou a mim” (1Sm.9:16).
Ele foi escolhido (1Sm.9:15-17), mas o contexto de 1Samuel deixa transparecer
que o foco principal era outra pessoa: Davi. Deus, que conhece o interior do
ser humano, sabia que Saul não era a pessoa certa para liderar o Seu povo. Saul
foi escolhido porque o povo rejeitou o Senhor, e Deus queria mostrar ao povo o
quanto era precipitada essa atitude. Deus, naquele momento, atendeu o desejo do
povo, mas não correspondia a Sua vontade ter Saul como líder máximo da nação.
Na Sua presciência, Ele sabia que Saul era orgulhoso, precipitado, não se
arrependia quando era reprendido pelo Senhor, tinha um instinto vingativo, era
inconsistente e inconsequente. Na verdade, profundamente analisando, foi o
povo que elegeu Saul, e não Deus; Samuel afirmou isso (1Sm.12:12,13).
“E, vendo vós que Naás, rei dos filhos de Amom, vinha contra
vós, me dissestes: Não, mas reinará sobre nós um rei; sendo, porém, o SENHOR,
vosso Deus, o vosso Rei. Agora, pois, vedes aí o rei que elegestes e
que pedistes; e eis que o SENHOR tem posto sobre vós um rei”.
Com
dois anos de reinado o Senhor rejeitou a Saul (1Sm.13:14), e disse, inclusive,
que seria ele sucedido por alguém escolhido por Ele mesmo; seria escolhido um
homem segundo o Seu coração. Para Saul, isto tornou-se um tormento, porquanto o
Senhor confirmava que o sucessor ao trono seria alguém escolhido por Deus e não
por Saul. Davi foi ungido, e Saul percebeu logo que a sucessão ao trono não
viria da sua linhagem. Saul ficou obcecado para matar Davi, pois sabia que este
o haveria de suceder, pondo em risco a sua própria casa.
Mesmo
depois da morte de Saul, o grande ressentimento que se teve na sua casa foi
sempre a circunstância de ter sido retirada do poder em favor de Davi e sua
descendência (2Sm.6:20-23; 16:5-8), o que, inclusive, refletiu até mesmo na
tribo de Saul (Benjamim), igualmente preterida em favor de Judá (2Sm.20:1), até
porque frustrada foi a tentativa de Abner fazer continuar reinando o único
filho sobrevivente da casa de Saul, Isbosete (2Sm.2:8; 3:6; 4:1,7,8), apesar de
ele bem como Isbosete saberem que isto era contrário à vontade de Deus, o qual
tinha ordenado ungir Davi para suceder a Saul.
2.
A Unção de Saul por Samuel (1Sm.10:1)
“então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lhe derramou sobre a
cabeça, e o beijou, e disse: Acaso o Senhor não te ungiu como governador sobre
o povo dele, Israel?”.
Quando
um rei israelita tomava posse, ele não era apenas coroado, mas ungido também.
Primeiramente, vinha a unção. A coroação era o ato político de estabelecer o
rei como governador; a unção era o ato religioso de fazer do rei o
representante de Deus para o povo.
Um
rei era sempre ungido por um sacerdote ou profeta. O óleo especial da unção era
uma mistura de óleo de oliva, mirra e outras especiarias. Era despejado sobre a
cabeça do rei para simbolizar a presença e o poder do Espírito Santo em sua
vida. Esta cerimônia tinha a finalidade de lembrar o rei sobre a sua grande
responsabilidade de governar o povo através da sabedoria de Deus, e não da sua.
O
que é unção? É a
capacitação especial do Espírito Santo para realizar a Sua obra. Quando Saul
recebeu a unção, ele foi imediatamente capacitado. Veja o que o texto sagrado
afirma:
“Sucedeu, pois, que, virando ele as costas para partir de
Samuel, Deus lhe mudou o coração em outro; e todos aqueles
sinais aconteceram aquele mesmo dia. E, chegando eles ao outeiro, eis que um
rancho de profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se
apoderou dele, e profetizou no meio deles” (1Sm.10:9,10).
Na
Nova Aliança, Deus capacita os seus líderes, e qualquer um que é vocacionado
para realizar a Sua obra, com a Unção do Espírito Santo; é o que comumente
chamamos de Batismo com o Espírito Santo, que é o revestimento e
derramamento de poder do Alto.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós...” (Atos 1:8).
No
Senáculo, todos aqueles que estavam esperando o Batismo com o Espírito Santo
foram revestidos do poder do Alto para cumprir a Grande Comissão (Mt.28:19,20)
estabelecida pelo Senhor.
“E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo,
as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia
que falassem” (Atos 2:2,3).
Não
devemos confundir o batismo com Espírito Santo com o batismo descrito em
1Co.12:13; Gl.3:27; Ef.4:5. Nestes textos sagrados, trata-se de um batismo
figurado, apesar de real. Todos aqueles que experimentaram o Novo Nascimento
(João 3:5) são batizados (imersos) no corpo místico de Cristo (Hb.12:23;
1Co.12:12ss). Nesse sentido, todos os salvos são batizados pelo Espírito Santo,
mas nem todos são batizados com o Espírito Santo.
3.
Os sinais de confirmação da Unção (1Sm.10:2-7)
Samuel
deu a Saul um sinal triplo a fim de comprovar a autenticidade de sua eleição
como líder ungido de Israel e da comissão que Samuel tinha acabado de lhe
transmitir. Os sinais foram:
Saul encontraria as jumentas perdidas de seu pai.
Ele encontraria três homens no Monte Tabor, um levando três
cabritos, outro, três bolos de pão, e o outro, um odre de vinho.
Ele teria capacidade de profetizar pelo Espírito de Deus.
-No
entendimento do Pr. Oziel Gomes, o primeiro sinal representava o trabalho que o
rei teria; o segundo apontava para o sustento divino para a tarefa de Saul; e o
terceiro, o rei reinaria sob o Espírito de Deus e, assim, salvaria Israel de
seus inimigos.
-No
entendimento de Robert B. Chisholm Jr., os dois primeiros sinais mostraram o
controle providencial de Deus sobre os acontecimentos e o terceiro mostrou que
Deus tinha escolhido Saul para ser seu instrumento especial, ungido
(capacitado) pelo Espírito Santo para realizar a tarefa que lhe foi confiada.
Uma
vez cumprido os sinais e Saul se convencesse da presença de Deus e de seu poder
capacitador, ele devia fazer o que fosse apropriado (1Sm.10:7).
“E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que
achar a tua mão, porque Deus é contigo”.
Embora
essa ordem pareça ser tanto vaga, o contexto parece indicar que Samuel tinha em
mente uma ação militar. Afinal, a incumbência de Saul consistia em livrar
Israel de seus inimigos (cf. 1Sm.9:16), e Samuel faz questão de lembrá-lo da
presença de uma guarnição de filisteus em Gibeá (1Sm.10:5 - ARA). A promessa de que o Espírito Santo “virá sobre Saul”
(1Sm.10:6) também pode sugerir ação militar.
Uma
vez cumprido todos esses sinais, Saul deveria ir a Gilgal e esperar sete dias
até Samuel chegar para oferecer sacrifícios (1Sm.10:8). Todos os sinais
indicados em 1Smuel 10:2-6 se cumpriram no mesmo dia, mas os acontecimentos em
Gilgal ocorreram posteriormente (1Sm.13:7-15).
Não
devemos concluir pelo texto de 1Samuel 10:9 que Saul teve uma experiência
genuína de conversão. Na verdade, Saul vivia segundo a carne, como sua história
posterior deixa claro.
Apesar
de não ter havido uma experiência pessoal e salvadora, o Espírito Santo o
capacitou para a posição oficial de governante do povo de Deus. Em outras
palavras, oficialmente, Saul era um homem de Deus, mas, a nosso ver, não tinha
um compromisso pessoal com o Senhor.
Num
primeiro momento, podemos perceber que o rei Saul foi ungido pela soberana
vontade de Deus; entretanto, ele reinou indiferente aos mandamentos divinos;
era um rei falho, egoísta, ciumento e não estava nem aí para obedecer aos
mandamentos do Senhor.
Por
isso, mas tarde, por causa da desobediência às ordenanças de Deus, ele perdeu a
unção, ou seja, perdeu a presença e o poder do Espírito Santo sobre a sua vida;
por conseguinte, perdeu a capacidade de governar o povo de Deus. Está escrito:
“e o espírito do senhor se retirou de Saul, e o assombrava um
espírito mau, da parte do Senhor” (1Sm.16:14).
Saul
foi capacitado pelo Espírito Santo, mas perdeu a unção em sua vida. Aquele
Saul, que Samuel derramou um vaso de azeite sobre a cabeça, e o beijou, e
disse: “Acaso o Senhor não te ungiu como governador sobre o povo dele, Israel?”
(1Sm10:1); aquele Saul, que após ser ungido o Espírito de Deus se apoderou dele
e profetizou no meio dos profetas (cf. 1Sm.10:10), perdeu a unção. A unção de
Saul, agora, era coisa do passado.
Isto
nos traz uma grande lição que deve ser considerada: a unção do Espírito Santo
pode ser retirada de nós. Todos nós, servos de Deus, temos a unção do Espírito
Santo. Está escrito: “e vós tendes a unção do Santo...” (1João 2:20); mas, esta
unção pode ser retirada de nós:
- Se não
estivermos no centro da vontade do Senhor.
- Se não
fizermos aquilo para o qual nos capacitou.
- Se não
nos empenharmos com amor e responsabilidade no reino de Deus.
Você
entendeu? A unção pode ser tirada de nós! Perde-se a unção e fica somente o
azeite sobre os cabelos!
Tem muita gente vivendo somente de sua força física e capacidade intelectual, e
do azeite que ainda pensa estar sobre sua cabeça, mas a unção de Deus já se foi
há muito tempo.
Na
Nova Aliança, os que são vocacionados por Deus para realizar a sua Obra, têm a
unção do Espírito Santo – a capacidade que vem do alto para o exercício do
santo ministério (Ef.4:11-14). Os que são separados para compor o ministério
eclesiástico não é necessário o azeite para ungi-los, basta apenas a imposição
de mãos do presbitério (1Tm.4:14; 2Tm.1:6) e ser escolhido de acordo com os
preceitos estabelecidos pelo Espírito Santo em 1Tm.3:1-13. Se seguir estas
diretrizes impostas pelo Espírito Santo, teremos uma Igreja esplendidamente
sadia, forte e unida.
III.
O REI QUE O POVO ESCOLHEU
1.
Uma escolha pautada na aparência
A
aparência nada diz acerca do caráter de uma pessoa. Se quer conhecer uma
pessoa, conviva com ela por algum tempo, pois os seus atos lhe dirão quem
realmente ela é. As primeiras impressões podem ser enganosas, especialmente
quando a imagem criada pela aparência da pessoa é contraditada por suas
qualidades e habilidades. Saul representava a imagem visual ideal de um rei,
fisicamente, era um homem notável (1Sm.9:2), mas as tendências de seu caráter
foram com frequência contrárias às ordens de Deus para um rei. O povo não via
nada além que a aparência humana; mas Deus, que sonda todas as coisas, conhecia
o coração de Saul.
Mesmo
utilizando a aparência para escolher o rei Saul, e não o seu caráter, Deus
atendeu ao pedido do povo que desejava um rei, mas seus mandamentos e
requisitos permaneceram intactos. O Senhor deveria ser seu verdadeiro Rei, e
tanto Saul como o povo deveriam estar sujeitos às suas leis. Nenhuma pessoa
está excluída de sua jurisdição. O Senhor é o verdadeiro Rei de cada área de
nossa vida. Devemos reconhecer sua soberania e padronizar nossos compromissos,
profissão e nosso lar de acordo com seus princípios.
2.
Os direitos do novo rei (1Sm.8:10-17)
Deus
atendeu o pedido do povo, mas deixou claro quais eram os direitos que o rei
teria, ou seja, esse novo posicionamento do povo traria peso sobre ele.
Sociologicamente,
olhando para a forma como Israel vivia antes da monarquia, cada família era
dirigida pelos seus anciãos; eram todos livres. Vivendo agora sob o domínio de
um rei, o povo, que antes não prestava serviço a ninguém e que vivia dominado e
orientado pelo Senhor, doravante iria sair dessa vida autônoma para uma vida de
submissão, que envolvia alguns aspectos: (a) militar – seriam convocados
para a guerra; (b) agrícola – o melhor das colheitas seria para o rei; (c)
serviços gerais – as mulheres trabalhariam como perfumistas, cozinheiras, padeiras
etc.; (d) impostos – doravante pagariam impostos ao rei.
A
vida livre que antes Israel vivia agora seria marcada pela imposição. A
situação iria cada vez mais se intensificar, a ponto de os israelitas
voltarem-se para o Senhor (1Sm.8:18). Samuel passa a descrever sobre as
exigências reais. Estudiosos falam que essas exigências eram tão pesadas como
são as exigências tributárias atuais em nosso país.
O
texto diz mais que o rei iria presentear aqueles ministros que servissem bem. O
presente, na verdade, era tomar a terra de alguém e entregar a esses servos
reais. E mais, tudo que fosse melhor - jovens, bois, frutos, impostos da
colheita -, o rei teria direito de tomar. Veja o que Samuel disse ao povo
(1Sm.8:10-18):
10.E falou Samuel todas as palavras do SENHOR
ao povo, que lhe pedia um rei,
11.e disse: Este será o costume do rei que
houver de reinar sobre vós: ele tomará os vossos filhos e os empregará para os
seus carros e para seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros;
12.e os porá por príncipes de milhares e por
cinquentenários; e para que lavrem a sua lavoura, e seguem a sua sega, e façam
as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros.
13.E tomará as vossas filhas para
perfumistas, cozinheiras e padeiras.
14.E
tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais e
os dará aos seus criados.
15.E as vossas sementes e as vossas vinhas
dizimará, para dar aos seus eunucos e aos seus criados.
16.Também os vossos criados, e as vossas
criadas, e os vossos melhores jovens, e os vossos jumentos tomará e os
empregará no seu trabalho.
17.Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe
servireis de criados.
18.Então, naquele dia, clamareis por causa do
vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o SENHOR não vos ouvirá
naquele dia.
Estas
exigências descritas por Samuel, agora, iriam fazer parte do novo sistema
político que o povo tanto desejava, um padrão praticado pelas nações
gentílicas.
Samuel
cuidadosamente explicou todas essas consequências negativas de se ter um rei,
mas os israelitas se recusaram a dar ouvidos, e exigiram o rei.
“Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não,
mas haverá sobre nós um rei. E nós também seremos como todas as outras nações;
e o nosso rei nos julgará, e sairá adiante de nós, e fará as nossas guerras”
(1Sm.8:19,20).
Quando
você quiser tomar uma importante decisão, veja os pros e os contras
cuidadosamente e considere todas as pessoas que podem ser afetadas pela sua
decisão. Quando se deseja algo prejudicial é difícil enxergar os problemas que
advirão, mas não negligencie os pontos negativos. A menos que tenha uma maneira
para lidar com cada um deles, mais tarde eles lhe causarão grandes
dificuldades.
O
motivo de os israelitas pedirem um rei era para serem como os povos ao seu
redor; isto era totalmente oposto ao plano original de Deus. O erro não estava
em querer um rei, mas nos motivos desse desejo.
Frequentemente,
permitimos que os valores de outras pessoas ou povos ditem as nossas atitudes e
comportamentos. Você já fez uma escolha errada porque quis imitar o mundo? Tome
cuidado para que os valores de seus amigos ou “heróis” não o afastem da
Palavra de Deus. Ao querer ser como os incrédulos, o povo de Deus rumará para o
desastre espiritual e moral. Pense nisso!
CONCLUSÃO
Devemos
ter em nossa mente a certeza de que Deus é quem domina a nossa vida e a
história. Por isso, não podemos perdê-lo de vista, jamais. Como povo de Deus da
Nova Aliança, devemos nortear a nossa vida, em todos os aspectos, conforme a
vontade de Deus; nossas escolhas, decisões, diretrizes devem estar sempre bem alinhados
com os ditames de Deus exarados na Sua Palavra, que é a Carta magna de Deus
para a Sua Igreja; todos os líderes das Igrejas Locais devem estar sob as suas
determinações, caso contrário, esse líder será responsabilizado pelo Senhor por
desobediência. Obedecer é um princípio fundamental para toda a Igreja,
incluindo, claro, os líderes; e Deus requer obediência incondicional.
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