JERUSALÉM
Jerusalém
é uma das cidades mais antigas e significativas do mundo, com uma história
milenar que a torna sagrada para três grandes religiões monoteístas: judaísmo,
cristianismo e islamismo. Sua trajetória é marcada por conquistas, destruições
e reconstruções, e seu simbolismo se estende do terreno ao celestial.
Jerusalém nos Tempos Bíblicos Antigos
- Origens
Antigas: As primeiras
evidências arqueológicas de assentamentos em Jerusalém remontam ao quinto
milênio a.C. No século X a.C., era uma cidade jebusita.
- A
Capital de Israel: O
rei Davi conquistou Jerusalém por volta de 1004 a.C., tornando-a a capital
do Reino Unido de Israel e Judá. A cidade passou a ser conhecida como
"Cidade de Davi" e se tornou o centro político e religioso dos
judeus.
- O
Primeiro Templo: O
filho de Davi, Salomão, construiu o Primeiro Templo em
Jerusalém, destinado a abrigar a Arca da Aliança. Este período, conhecido
como Período do Primeiro Templo, durou mais de 600 anos.
- Exílios
e Destruição: Após a
morte de Salomão, o reino se dividiu, e Jerusalém permaneceu como capital
do Reino de Judá. A cidade foi sitiada e destruída pelos babilônios em 586
a.C., e grande parte de sua população foi exilada.
- Reconstrução
e Segundo Templo:
Após o retorno do exílio, o Segundo Templo começou a ser construído
no Monte do Templo. A cidade e seus muros foram reconstruídos, como
narrado no livro de Neemias.
- Domínio
Romano: No século I
a.C., Jerusalém foi anexada ao Império Romano. Durante o reinado de
Herodes, o Grande, a cidade foi ampliada e embelezada. No entanto, tensões
e revoltas contra o domínio romano levaram à destruição do Segundo Templo
em 70 d.C., um evento traumático para o povo judeu.
Ao
longo de sua história bíblica, Jerusalém é chamada por vários nomes na Bíblia,
como "Salém", "Ariel", "Jebus", "cidade de
Deus", "cidade santa" e "Sião", e é citada centenas de
vezes no Antigo e Novo Testamentos. Ela representa
o lugar da presença de Deus e da comunhão com Ele.
A Nova Jerusalém Celestial
A
Nova Jerusalém Celestial é uma visão escatológica que contrasta com a
Jerusalém terrena e é amplamente descrita no livro do Apocalipse (Apocalipse 21
e 22). Ela não é uma cidade física na Terra, mas sim uma representação
simbólica de realidades espirituais futuras:
- A
Cidade de Deus: A
Nova Jerusalém é a cidade que Deus fará para os fiéis. É descrita como "a noiva, a esposa do Cordeiro" (Apocalipse
21:9-10), simbolizando o grupo de seguidores de Jesus Cristo que reinará
com Ele no céu.
- Origem
Celestial: A Bíblia
sempre menciona que a Nova Jerusalém desce do céu, guardada por anjos. Seu
tamanho colossal, em forma de cubo (com dimensões de aproximadamente 2.200
km de comprimento, largura e altura), indica que ela não poderia existir
fisicamente na Terra, sugerindo seu caráter celestial.
- Glória
e Perfeição: A cidade
não necessita de sol ou lua, pois é iluminada pela glória de Deus e do
Cordeiro (Jesus Cristo). É construída com materiais preciosos como ouro
puro, jaspe e adornada com doze fundamentos de pedras preciosas,
simbolizando sua beleza e perfeição.
- Ausência
de Sofrimento: Na
Nova Jerusalém, não haverá mais templo, pois, a presença de Deus será
total e direta. Lá, Deus "enxugará toda
lágrima dos seus olhos. Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem
dor, porque já as primeiras coisas são passadas" (Apocalipse
21:4).
- Vida
Eterna e Abundância:
Um rio de água da vida, claro como cristal, flui do trono de Deus e do
Cordeiro, e a árvore da vida, que dá fruto doze vezes por ano, representa
a restauração, cura e abundância de vida eterna que os habitantes
desfrutarão.
- Cumprimento
das Promessas: A Nova
Jerusalém é o cumprimento final de todas as promessas de Deus e o destino
dos salvos por Jesus. É um lugar de bênção inimaginável, onde o povo de
Deus viverá em plena comunhão com Ele para sempre.
Em
suma, enquanto a Jerusalém terrena é um local de grande importância histórica e
religiosa, palco de eventos cruciais para a fé, a Nova Jerusalém Celestial
transcende o físico, representando a esperança de um futuro eterno de paz,
justiça e comunhão perfeita com Deus.
Jerusalém, capital de Israel e sede de seu governo, é a maior cidade do país. Seus habitantes constituem um mosaico de diversas comunidades nacionais, religiosas e étnicas. Jerusalém é uma cidade com sítios históricos cuidadosamente preservados e restaurados e modernos edifícios, bairros em constante expansão, zonas comerciais, centros comerciais, parques industriais de alta tecnologia e áreas verdes bem cuidadas. É uma cidade antiga e moderna ao mesmo tempo, com tesouros do passado e planos para o futuro.
A santidade de Jerusalém é reconhecida pelas três grandes religiões
monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islã - mas a natureza desta
santidade difere nas três crenças.
Para o povo judeu, a própria cidade é santa. Escolhida por Deus em
sua aliança com Davi, Jerusalém é a essência e o centro da existência e
continuidade espiritual e nacional judaicas. Durante 3.000 anos, desde o tempo
do rei Davi e da construção do primeiro Templo por seu filho, o rei Salomão, Jerusalém
tem sido o foco da prece e da devoção judaicas. Há quase 2.000 anos os judeus
se viram na direção de Jerusalém e do Monte do Templo quando oram, onde quer
que estejam.
Para os cristãos, Jerusalém é uma cidade de lugares santos associados a
eventos da vida e ministério de Jesus e ao início da igreja apostólica. Estes
são locais de peregrinação, prece e devoção. As tradições que identificam
alguns destes sítios datam dos primeiros séculos do cristianismo.
Na tradição muçulmana, o Monte do Templo é identificado como "o mais remoto santuário" (em
árabe: masjid al-aksa), de onde o “profeta” Maomé, “acompanhado pelo anjo
Gabriel, fez a jornada noturna ao trono de Deus” (Alcorão, Surata 17:1,
Al-Isra).
A soberania judaica sobre a cidade terminou no ano 135 d.C., com a
repressão da segunda revolta judaica contra Roma; e só foi restaurada em 1948,
quando o Estado de Israel foi estabelecido. Durante todos aqueles séculos,
Jerusalém esteve sob o domínio de poderes estrangeiros. Contudo, através dos
tempos, sempre houve judeus vivendo em Jerusalém, e desde 1870 eles constituem
a maioria da população da cidade.
Em consequência dos combates durante a guerra da Independência, em
1948, e a subsequente divisão de Jerusalém, as sinagogas e academias religiosas
históricas no quarteirão judaico da cidade velha foram destruídas ou seriamente
danificadas. Com a reunificação da cidade após a guerra dos seis dias, em 1967,
elas foram restauradas e o quarteirão judaico reconstruído.
Hoje em dia, Jerusalém é uma cidade movimentada e vibrante. É um
centro cultural de renome internacional, que oferece festivais de cinema e
artes dramáticas, concertos, museus singulares, grandes bibliotecas e
convenções profissionais.
"Três mil anos de história nos contemplam hoje, na cidade de cujas pedras
a antiga nação judaica se ergueu; e deste ar puro da montanha, três religiões
absorveram sua essência espiritual e sua força...
"Três mil anos de história nos contemplam hoje, na cidade onde as bênçãos
dos sacerdotes judeus misturam-se aos chamados dos muezins muçulmanos e aos
sinos das igrejas cristãs; onde em cada alameda e em cada casa de pedra foram
ouvidas as admoestações dos profetas; cujas torres viram nações se erguerem e
caírem - e Jerusalém permanece para sempre...
"Três mil anos de Jerusalém são para nós,
agora e eternamente, uma mensagem de tolerância entre religiões, de amor entre
os povos, de entendimento entre as nações..."
(Yitzhak Rabin, setembro de 1995)
Não há outra cidade na face Terra como Jerusalém
Há
cidades conhecidas por seu tamanho, seu clima e beleza, ou ainda por sua força
industrial. Mas nenhuma se compara em majestade a Jerusalém. Por quê? Porque Jerusalém é a cidade de Deus, a capital da nação
que Deus criou por sua palavra (Gn 12:1-3; 13:14) e com a qual ele mais
tarde estabeleceu um laço eterno, um pacto de sangue incondicional (Gn
15:8-18).
Esta é acidade que Deus escolheu para a sua habitação: “Mas escolhi Jerusalém para que ali seja estabelecido o
meu nome... nela, estarão fixos os meus olhos e o meu coração todos os dias...
nesta casa e em Jerusalém, que escolhi... porei o meu nome para sempre” (2Cr
6:6; 7:16). O rei Davi, o homem que expulsou os jebuseus de Jerusalém, nela
reinou por muitos anos. Também os filhos de Corá escreveram sobre a cidade de
Deus com uma paixão santa, dizendo: “Grande é o
Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte,
belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lados
do Norte, a cidade do grande Rei. Como temos ouvido dizer, assim o vimos na
cidade do Senhor dos Exércitos, na cidade do nosso Deus. Deus a estabelece para
sempre” (Sl 48:1-2,8).
O mais apaixonado verso da Bíblia referente a Jerusalém foi escrito no livro
dos Salmos: “Se eu de ti me esquecer, ó
Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao
paladar, se me não lembrar do ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria”
(Sl 137:5-6). O autor desse Salmo provavelmente era músico e cantor. Com
estas palavras, ele estava dizendo que, caso se esquecesse de Jerusalém e dos
propósitos de Deus para aquela cidade, ele preferia que sua mão direita não
tivesse mais condições de tocar um instrumento – uma das coisas mais preciosas
para ele - e que não pudesse mais abrir sua boca para cantar. Um músico que não
pode tocar e um cantor incapaz de cantar são pessoas que perderam o propósito
da vida. Do mesmo modo, o homem que se esquecer de Jerusalém, coração e alma de
Israel, não tem razão para continuar vivendo.
Jerusalém é um monumento à fidelidade de Deus. O salmista escreveu: “Os que confiam no Senhor são como o monte de Sião, que
não se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalém estão os montes,
assim o Senhor, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre” (Sl
125:1-2).
Jerusalém é um testemunho vivo a todos os crentes de que não pode
ser abalada pelas tempestades da vida, pois está abrigada nos braços de Deus,
assim como Israel está protegido pelos montes.
Nos últimos dias, pouco antes da segunda vinda de Cristo, as nações do
mundo se reunirão para lutar contra Jerusalém, e Deus vai defender a sua
habitação na Terra.
O profeta Zacarias registra que “esta
será a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra
Jerusalém: a sua carne se apodrecerá, estando eles de pé, apodrecer-se-lhes-ão
os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca” (Zc
14:12). Creio que esta descrição feita por Zacarias é de um ataque nuclear, o
qual gera um calor de um milhão de graus Celsius em menos de um segundo. É
assim que nossas línguas e olhos se dissolveriam em nossos bocas e órbitas
antes mesmo de nossos corpos caírem no chão.
Durante o reino milenar de Cristo, Jerusalém será o centro do
universo. Zacarias escreve:
“Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra
Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos, e
para celebrar a Festa dos Tabernáculos” (Zc
14:16).
Quando Jesus Cristo retornar à Terra, ele estabelecerá o seu Trono na cidade de
Deus – Jerusalém. Reis, rainhas, príncipes e monarcas virão à Cidade Santa “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos
céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é
Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2:10,11).
Concluindo
este pequeno relato, espero que os cristãos possam atender ao mandado bíblico
que diz: "Orai pela paz de Jerusalém;
prosperem aqueles que te amam"(Sl
122:6). Que tenhamos consciência da importância de Jerusalém para nós, para o
povo judeu e para a redenção da igreja de Cristo e de Israel!
A NOVA
JERUSALEM CELESTIAL
2.
E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu,
adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia:
Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles
serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4. E Deus limpará de seus olhos toda lágrima,
e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as
primeiras coisas são passadas.
Apocalipse 22.14:
Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue
do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade
pelas portas.
Quero
falar sobre a nova Jerusalém celestial, a Formosa Jerusalém, o local que
substituirá o Éden como morada de Deus com os homens. O lugar que Jesus tem
preparado para a sua Igreja.
A
Formosa Jerusalém celestial é explicitamente mencionada e revelada no capítulo
21 do livro do Apocalipse, mas, antes da visão do apóstolo João, já havia
referências a ela nas Escrituras. O próprio Jesus já havia
mencionado existir um lugar que seria por Ele preparado para que os seus servos
nele habitassem para sempre com o Senhor (João 14:2,3):
“Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se não fosse assim, eu já
lhes teria dito. Pois vou preparar um lugar para vocês. E, quando eu for e
preparar um lugar, voltarei e os receberei para mim mesmo, para que, onde eu
estou, vocês estejam também”.
O
objetivo de Deus é fazer com que tenhamos, novamente, um lugar onde possamos
habitar com Ele, e a Nova Jerusalém é esse local.
O
Senhor é tão maravilhoso que, ao invés de tão somente substituir o Éden,
proporcionou um lugar melhor do que o Éden. A Nova Jerusalém apresenta-se,
portanto, como o ambiente, o lugar onde Deus morará com os homens. É a
restauração da convivência completa e perfeita entre Deus e os homens que havia
antes que o pecado causasse o atual estado de divisão que existe entre Deus e a
humanidade. Somente na Nova Jerusalém, esta comunhão será restabelecida por
completo, ocorrendo aquilo que é dito pelo apóstolo, de vermos Deus como Ele é
(1João 3:2)
Concordo
com o grande mestre, o pr. Antônio Gilberto, quando diz: “se pudéssemos todos apreciar de fato, pela visão do
Espírito, o que é o Céu, a eterna bem-aventurança dos salvos, teríamos tanto
desejo de ir para lá, e nos desprenderíamos tanto das coisas daqui, que o diabo
não teria um só torcedor, um só amigo seu na terra. Inúmeros crentes por não
terem essa visão estão demasiadamente presos às coisas deste mundo, que jaz no
maligno (1João 5:19)”.
As
características da Nova Jerusalém
O
apóstolo João disse: “... e mostrou-me a grande
cidade, a santa Jerusalém...”.
Isto
quer nos parecer que João não teve dúvidas em identificar o que ele viu. Ele
disse ter visto uma cidade. Contudo, descrever como era essa cidade, tornou-se
um desafio para o grande homem de Deus, o apóstolo João. Certamente que, sob a
orientação do Espírito Santo, ele usou símbolos, figuras, para falar da
grandeza, da perfeição, da beleza da Formosa Jerusalém celestial.
Vejamos,
então, algumas características da Nova Jerusalém celestial:
1. É um lugar real
A Formosa Jerusalém celestial é uma cidade real, visível,
palpável; uma cidade que tem fundamentos e cujo artífice e construtor é o
próprio Deus (Hb.11:10).
a)
Abraão pôde crer na existência desta Cidade. Abraão viveu aqui na terra, porém, não fixou nela as
suas raízes; ele tinha os pés na terra e o pensamento no Céu. Era diferente de
muitos pregadores de hoje, os quais induzem o povo a pensar e a lutar pela
conquista dos bens terrenos. Com relação a ele, Abraão, a Bíblia diz: “pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra
alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma
promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e
construtor é Deus” (Hb.11:9,10).
Abraão
creu na existência desta cidade. Não sabemos como ele teve essa revelação,
mas ele tinha convicção de que ela era real. Hoje nós sabemos, pela revelação
que foi dada ao apóstolo João, que esta cidade é a Formosa Jerusalém celestial.
b)
Paulo também pôde crer como creu Abraão. Por isto ele disse: “... a
nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo” (Fp.3:20).
Abraão
não fundou nenhuma cidade na terra; nem ergueu um império para si, ou para os
seus. Paulo, também, não! Abraão e Paulo, dois homens chamados por Deus,
viveram na esperança de um dia habitar na Jerusalém celestial, a cidade que tem
fundamento e cujo artífice e construtor é Deus.
c)
nós também podemos crer, como creram Paulo e Abraão. Nós somos crentes, porque cremos. Fomos
chamados para crer. Não necessitamos de ver, para crer, mas, cremos, para ver.
Por isto temos a viva esperança não apenas de ver, mas de morar, eternamente,
na Formosa Jerusalém celestial.
d)
lá, o nosso corpo será real. O
corpo de Jesus era real, era palpável, podia ser tocado pelas mãos dos homens.
Para vir à terra Ele tomou um corpo igual ao nosso. Quando ressuscitou, o seu
corpo não era intangível, não era uma simples “fumaça”. Ele podia ser tocado
pela mão de alguém. Sabemos, pela Bíblia, que quando Ele vier este
nosso corpo corruptível e mortal será transformado - “porque
convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto
que é mortal se revista da imortalidade” (1Co.15:53). Será, pois, nesse
dia, que o Senhor Jesus “... transformará o
nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu
eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp.3:21).
Portanto, o nosso corpo com o qual seremos levados para o céu, no dia da vinda
do Senhor, será conforme o corpo de Jesus. Então nós receberemos um corpo real,
palpável. Não seremos “uma fumaça”!
Em 1Pedro 1:3-4 está
escrito: “bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor
Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para
uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode
murchar, guardada nos céus para vós”. Pedro quis dizer que nós temos
esperança de que um dia, todo o sofrimento, toda dor, todo mal, vai ser
debelado para sempre, e sempre e sempre. Oh! quão superlativa esperança!
Portanto, a Formosa Jerusalém celestial é um lugar real e tangível.
2.
Sua localização
A
Formosa Jerusalém não é o Céu; ela está no Céu, e que, de lá, descerá até
próximo à terra, quando o Senhor Jesus Cristo vier para implantar seu reino,
aqui na terra, conforme o apóstolo João escreveu - “...falou
comigo, dizendo: vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. e levou-me
a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que
de Deus descia do céu” (Ap.21:9-10).
A
Formosa Jerusalém descerá do Céu e estará aqui durante o milênio. A Nova
Jerusalém é um cosmo. Tal como o anjo mostrou a João, estará no milênio
colocada, fixamente, no vazio, entre o céu e a terra, sobre a Jerusalém
terrestre, pela mesma força que sustenta infinitas toneladas de águas presas
pelas nuvens e que sustenta a terra, suspensa sobre o nada, conforme escreveu
Jó: “o
norte estende sobre o vazio; suspende a terra sobre o nada. Prende as águas em
densas nuvens, e a nuvem não se rasga debaixo delas” (Jó 26:7-8).
Veja
o que o anjo narra para João: “...a esposa, a
mulher do cordeiro...”. Isto é uma metáfora, aplicada à cidade santa.
Significa que o povo de Deus habitará nela. João usa linguagem simbólica para
descrever a cidade santa, cuja glória ultrapassa os limites da compreensão do
entendimento humano.
3. Seu Aspecto
Não
devemos nos esquecer que a Nova Jerusalém é de outra dimensão, da dimensão
celestial. Portanto, muito de sua descrição é figurativa, é alegórica. Não pode
ser compreendida literalmente, pois se trata de uma descrição feita por Deus
aos homens para que pudéssemos compreender, na limitação da nossa mente, o que
nos está reservado, pois é algo que está muito além de nossa parca imaginação.
Disse o apóstolo Paulo: “as coisas que o olho não
viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que deus
preparou para os que o amam” (1Co.2:9).
a)
ela tem a glória de Deus (Ap.21:11) - “e tinha a glória de Deus. A sua luz era semelhante a uma
pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente”. A
glória de Deus é uma característica típica dos lugares santos, e, por isso, a Nova Jerusalém é o lugar santo por excelência e nela
não haverá necessidade de templo, pois o seu templo será o próprio Deus.
b) a cidade tem 12 portas (Ap.21:12)
- “e tinha um grande e alto muro com doze portas,
e, nas portas, doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das
doze tribos de Israel”. As doze portas representam Israel. Os doze
alicerces representam a Igreja. Isto destaca o fato de que seus habitantes são
os santos de Deus do Antigo Testamento e do Novo Testamento.
c)
a cidade tem um “muro” - “e tinha um grande e alto
muro...” (Ap.21:12). O muro da
cidade sugere a segurança e organização que os salvos desfrutarão ali; e também
que a cidade está reservada a um povo separado.
d)
a Formosa cidade não necessita de sol nem de luz – “a cidade não necessita de sol
nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado,
e o Cordeiro é a sua lâmpada. E as nações andarão à sua luz, e os reis da terra
trarão para ela a sua glória e honra. Ela não necessitará de sol nem de luz,
porque será iluminada pela glória divina e, mais, terá o Cordeiro
como sua lâmpada (Ap.21:23).
e)
nessa cidade maravilhosa não haverá doença e nem morte. A vida é eterna e de felicidade absoluta
(Ap.22:1,2) – “e mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como
cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça e de
uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos,
dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das
nações”.
No
éden, o homem possuía uma eternidade condicional, embora, enquanto obedecesse
ao Senhor, jamais morreria. Na Nova Jerusalém, porém, a situação é bem
diferente: o homem terá a vida eterna. A vida eterna é recebida por todos
aqueles que creem em Jesus Cristo. Está escrito: “e esta é a promessa que Ele
nos fez: a vida eterna” (1João 5:25). “quem
tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”
(1João 5:12). “e a vida eterna é esta: que conheçam
a Ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João
17:3).
-
“o rio puro da água da vida “(Ap.22:1,2). Isto fala-nos de perene comunhão com Deus.
O rio puro da água da vida que procede do trono de Deus e do Cordeiro é símbolo
da comunhão entre Deus e o homem através de Jesus Cristo. Disse Jesus: “quem crê em mim, como diz a escritura, rios de água viva
manarão do seu ventre” (João 7:38). “…aquele
que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der
se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna (João
4:14). Somente pode morar na Nova Jerusalém quem recebeu a água viva oferecida
por Jesus.
-
“no meio da praça…estava a árvore da vida” (Ap.22:2). Isto nos fala de eternidade. A vida na Nova
Jerusalém é eterna, pois Deus se encarregará de regenerar constantemente o
homem, de impedir que o tempo tenha qualquer efeito sobre ele. É o
Estado Eterno, ou seja, o tempo não mais existirá. A árvore
da vida é o próprio Cristo, o Pão da vida - “…o Pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra”
(João 6:50). “…o Pão vivo que desceu do céu
[que] se alguém comer (…) viverá para sempre” (João 6:51a).
- O
texto de Apocalipse 22:2 também nos fala: “de
mês em mês, dá seu fruto e que seu fruto é restaurador, sarador, é
para a saúde das nações”. Quanto a periodicidade mencionada (“mês em
mês”) é figurativa. Na Nova Jerusalém não haverá mais tempo; apenas retrata
a constância com que se dará esta comunhão.
· “saúde
das nações”. Também é
figurativa a afirmação concernente à “saúde das nações”, pois, na Nova
Jerusalém, não haverá qualquer possibilidade de doença.
f) na Formosa Jerusalém não haverá
templo, pois o seu templo é o Senhor - “e
nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor, Deus Todo-Poderoso, e o
Cordeiro” (Ap.21:22). A presença e a comunhão íntima com Deus permearão
toda a cidade santa.
g) para
sempre serviremos ao Senhor (Ap.22:3) - “e ali nunca mais haverá
maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os
seus servos o servirão”. Aqueles
que tiverem sido servos do Senhor aqui na Terra hão de continuar a servi-lo
ali: "os seus servos o servirão". Alguns
pensam que na eternidade com Cristo, na santa Cidade, não haverá trabalho.
Esquecem-se de que Deus, sendo perfeito em tudo, trabalha: “e Jesus lhes respondeu: meu Pai trabalha até agora, e eu
trabalho também” (João 5:17).
Estejamos,
pois, preparados para o glorioso dia da vinda do Senhor Jesus Cristo, pois
assim estaremos sempre com o Senhor - “portanto,
consolai-vos uns aos outros com estas palavras" (1Ts.4:17,18).
4. A perfeição da Cidade
Na
Nova Jerusalém haverá:
a)
governo perfeito. O
homem não tem sabido, nem podido governar bem na terra. Aqui, os governos são
injustos. Todas as tentativas humanas nesse sentido fracassaram.
Mas, Cristo exercerá um governo perfeito. Nunca jamais haverá
desordem, insatisfação, injustiça, conflitos, guerras, fome, desemprego etc.
b)
habitantes perfeitos - “e ali nunca mais haverá maldição contra alguém” (Ap.22:3). Nunca jamais haverá pecado, o
que resultará em santidade perfeita. Foi o pecado que trouxe toda sorte de
maldição - “maldita é a terra por causa de ti; com
dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn.3:17).
c)
serviço perfeito - "os seus servos o servirão" (Ap.22:3). O maior privilégio do homem é
servir a Deus. O trabalho para Deus será então perfeito, culto perfeito,
atividades perfeitas. Quantas maravilhas aguardam os salvos!
d)
comunhão perfeita. João
ouve uma proclamação vinda do céu: “eis o
Tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles” (Ap.21:3).
Como povo de Deus, desfrutaremos comunhão mais próxima com Ele do que jamais
imaginamos. Somente na Nova Jerusalém, esta comunhão será restabelecida por
completo, ocorrendo aquilo que é dito pelo apóstolo João, de vermos Deus como Ele é (1João 3:2).
e)
visão perfeita - "contemplarão a sua
face" (Ap.22:4).
Somente com uma visão perfeita será isso possível. Na Formosa Jerusalém
veremos a face do nosso Senhor!
f)
identificação perfeita - "e nas suas frontes está o nome dele" (Ap.22:4). Nome na Bíblia fala de caráter,
daquilo que a pessoa de fato é. Na Formosa Jerusalém haverá então uma perfeita
identificação entre Deus e os seus remidos. No Antigo Testamento o sumo
sacerdote levava gravadas numa lâmina de ouro puro, sobre a sua coroa sagrada,
as palavras: "santidade ao Senhor" (Êx.39:30),
mas na Formosa Jerusalém, onde a santidade é perfeita, o próprio nome de Deus
estará sobre a fronte dos seus filhos.
g)
interação perfeita - "e reinarão pelos séculos dos séculos" (Ap.22:5). Na Formosa Jerusalém, todos
juntos, harmonicamente, e sempre, reinaremos. Isso jamais será conseguido aqui,
mas no perfeito Estado Eterno, sim!
CONCLUSÃO
O
Apocalipse encerra a história humana da mesma forma que o livro de Gênesis a
iniciou: no paraíso. Mas existe uma diferença inconfundível no livro de
Apocalipse: o mal foi eliminado para sempre. Gênesis
descreve Adão e Eva caminhando e falando com Deus. Apocalipse descreve as
pessoas adorando a Deus face a face. Gênesis descreve um jardim com uma
serpente do mal. Apocalipse descreve uma Cidade
perfeita, sem qualquer influência maligna. O Jardim do Éden foi destruído pelo
pecado, mas o Paraíso foi recriado na Nova Jerusalém celestial.
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