quinta-feira, 5 de junho de 2025

O SOFRIMENTO DE JÓ E O SEU PROPÓSITO

 


O SOFRIMENTO DE JÓ E O SEU PROPÓSITO

Texto Bíblico:

“Porque a loucura de DEUS é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de DEUS é mais forte do que os homens” (1 Co 1.25).

A loucura de DEUS se refere às coisas espirituais que parecem loucura aos homens naturais e também aos carnais, pois as coisas de DEUS só se discernem espiritualmente.

1 Co 1.25 Porque a loucura de DEUS é mais sábia que os homens; e a fraqueza de DEUS é mais forte que os homens.


Verdade Prática:

Os planos de DEUS, embora pareçam ilógicos e até loucos, não podem ser desprezados: cada um deles tem um grandioso e insondável propósito.

Nós não enxergamos o futuro e, portanto, muitas vezes achamos as coisas que DEUS faz, algo ilógico e sem motivo aparente, mas DEUS está no controle de tudo e sabe o que é bom para nós e para os outros que nos cercam. 

Rm 8.28 E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

Leituras Bíblicas:

1ª Rs 3.28 A sabedoria de DEUS é justa

E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei e temeu ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de DEUS, para fazer justiça.


A justiça de DEUS é superior porque DEUS não se corrompe e não pode ser corrompido por nada e por ninguém; ELE julga retamente.

1ª Co 1.21 A sabedoria de DEUS é salvadora

Visto como, na sabedoria de DEUS, o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria, aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação.

PELA LOUCURA DA PREGAÇÃO. Não é o método da pregação que é tido como loucura pela sabedoria humana, mas a mensagem do supremo senhorio de CRISTO crucificado e ressurreto. A vinda de DEUS até nós parece loucura aos homens e sua crucificação a consumação de tal loucura.


 Co 1.24 A sabedoria de DEUS é poder

Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a CRISTO, poder de DEUS e sabedoria de DEUS.

Em CRISTO se resume toda a sabedoria de DEUS que se fez homem para que nós pudéssemos ser salvos e libertos para sempre do poder de Satanás.

Rm 11.33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de DEUS! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Quinta 1 Co 2.7 A sabedoria de DEUS é eterna

Mas falamos a sabedoria de DEUS, oculta em mistério, a qual DEUS ordenou antes dos séculos para nossa glória;

A sabedoria de DEUS esteve oculta aos homens por todo o período do Antigo Testamento, sendo revelada em CRISTO, sua morte e ressurreição; a Igreja de CRISTO é a revelação mais importante contida nesse mistério.

Rm 16.25 Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de JESUS CRISTO, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos,26, mas agora manifesto e, por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do DEUS, eterno, dado a conhecer a todas as nações para obediência da fé;27 ao único DEUS sábio seja dada glória por JESUS CRISTO para todo o sempre. Amém.

E 3.10 A sabedoria de DEUS é multiforme

para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de DEUS seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
PRINCIPADOS E POTESTADES. Há duas interpretações possíveis deste versículo. (1) Os "principados e potestades nos céus" podem referir-se aos anjos bons (cf. Cl 1.16). Eles contemplam a multiforme sabedoria de DEUS, à medida que Ele a demonstra através da igreja (1 Pe 1.10-12). (2) Os "principados e potestades nos céus" podem referir-se aos poderes dominantes das trevas, na esfera espiritual (cf. 6.12; Dn 10.13,20,21), aos quais o "eterno propósito" de DEUS (v. 11) está sendo conhecido, através da proclamação da salvação pela igreja e do seu conflito espiritual com Satanás e suas hostes (cf. 6.12-18; Dn 9.2-23; 10.12,13; 2 Co 10.4,5).

Pv cap. 8 O cântico da sabedoria


A excelência e justiça dos preceitos da Sabedoria 


1 Não clama, porventura, a Sabedoria? E a Inteligência não dá a sua voz?2 No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas, ela se coloca.3 Da banda das portas da cidade, à entrada da cidade e à entrada das portas está clamando:4 A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos filhos dos homens.5 Entendei, ó simples, a prudência; e vós, loucos, entendei de coração.6 Ouvi, porque proferirei coisas excelentes; os meus lábios se abrirão para a eqüidade.7 Porque a minha boca proferirá a verdade; os meus lábios abominam a impiedade.8 Em justiça são todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem perversa.9 Todas elas são retas para o que bem as entende e justas, para os que acham o conhecimento.10 Aceitai a minha correção, e não a prata, e o conhecimento mais do que o ouro fino escolhido.11 Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela. 12 Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e acho a ciência dos conselhos.13 O temor do SENHOR é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço.14 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento, minha é a fortaleza.15 Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam justiça.16 Por mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juízes da terra.17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.18 Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça.19 Melhor é o meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades, melhores do que a prata escolhida.20 Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo.21 Para fazer herdar bens permanentes aos que me amam e encher os seus tesouros.


O TEMOR DO SENHOR É ABORRECER O MAL.
O temor a DEUS deve levar o Homem a afastar-se do mal (16.6) e abominar o pecado, o qual desagrada a DEUS e destrói, tanto a nós, como aqueles a quem amamos.


Leitura Bíblica:   JÓ 38.1-20

1-Depois disto, o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho e disse:2-Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?3-Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.4-Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.5-Quem lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?6-Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,7-quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de DEUS rejubilavam?8-Ou quem encerrou o mar com portas, quando trasbordou e saiu da madre,9-quando eu pus as nuvens por sua vestidura e, a escuridão, por envolvedouro?10-Quando passei sobre ele o meu decreto, e lhe pus portas e ferrolhos,11-e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se quebrarão as tuas ondas empoladas?12-Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada ou mostraste à alva o seu lugar,13-para que agarrasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela?14-Tudo se modela como o barro sob o selo e se põe como vestes;15-e dos ímpios se desvia a sua luz, e o braço altivo se quebranta.16-Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?17-Ou descobriram sê-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?18-Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.19-Onde está o caminho da morada da luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar, -20-para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?

Objetivos: 

1-Definir, de acordo o que é a teologia de DEUS.
2-Identificar o método usado por DEUS ao dirigir-se a Jó.

Comentários:

INTRODUÇÃO
O discurso de Eliú, qual arroio que se avoluma num grande e incontrolável rio, deságua em DEUS que, em sua imensidade, dirigir-se-á a Jó, a partir de agora, não através de um mensageiro humano, mas pessoalmente. Não foi o que pedira o patriarca no auge de sua angústia? (Jó 10.2)


I. DEUS APARECE A JÓ
Depois do discurso de Eliú, eis que o Senhor, de um redemoinho, aparece a Jó (38.1). 1. Jó se prepara para ouvir a DEUS. Estas são as primeiras palavras que o Senhor dirige ao patriarca: “Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos como homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me” (Jó 38.2,3).

II. QUANDO AS PERGUNTAS SÃO MAIS IMPORTANTES DO QUE AS RESPOSTAS
Já devidamente aprumado, e já convenientemente cingido, prepara-se Jó para ouvir a DEUS. Não espera você uma resposta de DEUS? Às vezes, porém, Ele mais pergunta que responde.

1. A teologia da pergunta.

DEUS sempre usou este método porque é que mais faz com que o aluno participe juntamente com o professor das questões levantadas em um diálogo franco, honesto e edificante.

Veja exemplo de JESUS:

Mt 22.17 Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar tributo a César, ou não?18 JESUS, porém, percebendo a sua malícia, respondeu: Por que me experimentais, hipócritas?19 Mostrai-me a moeda do tributo. E eles lhe apresentaram um denário.20 Perguntou-lhes ele: De quem é esta imagem e inscrição?

Mc 11.28 que lhe perguntaram: Com que autoridade fazes tu estas coisas? ou quem te deu autoridade para fazê-las?29 Respondeu-lhes JESUS: Eu vos perguntarei uma coisa; respondei-me, pois, e eu vos direi com que autoridade faço estas coisas.30 O batismo de João era do céu, ou dos homens? respondei-me.31 Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do céu, ele dirá: Então por que não o crestes?32 Mas diremos, porventura: Dos homens?-É que temiam o povo; porque todos verdadeiramente tinham a João como profeta.33 Responderam, pois, a JESUS: Não sabemos. Replicou-lhes ele: Nem eu vos digo com que autoridade faço estas coisas.

2. As perguntas de DEUS. 


A) SOBRE A CRIAÇÃO DA TERRA: 

. DEUS interroga Jó a respeito da natureza inanimada (38:1-38)

A. Jó tinha expressado frequentemente o desejo de falar com DEUS e seu anseio é satisfeito, mas a "discussão" não é exatamente o que Jó imaginava que seria!

B. DEUS interroga Jó a respeito de seu (de Jó) conhecimento da criação (vs. 4-7).

1. Obviamente, a maioria das perguntas feitas pelo Todo-Poderoso são de natureza primorosa.

2. "Estrelas da alva" no versículo 7 parece ser um sinônimo para os filhos de DEUS.

C. Ele interroga Jó sobre a origem e o conteúdo do mar (vs. 8-11).

1. Ele descreve seu começo usando a figura de um nascimento. Neste capítulo inteiro, o Senhor usa linguagem figurativa para falar sobre várias forças da natureza. Sua descrição da natureza não tem o intento de ser um tratado científico do assunto, nem repousa na linguagem científica do homem moderno.  

2. Há poucas coisas tão poderosas como o mar, e ainda DEUS afirma que ele traça os seus limites.

D. DEUS pergunta se Jó é responsável pela aurora de um novo dia (vs. 12-15).

1. DEUS retrata a terra como um vestuário cujas bordas são agarradas pela aurora e os ímpios são sacudidos dele (v. 13).

2. Pelos fatos de que a luz da aurora "quebra o braço" dos ímpios e que DEUS é responsável pela luz da manhã, parece provável que DEUS esteja afirmando sua justiça moral, um assunto que Jó tinha questionado (v. 15).

E. A Jó é perguntado se ele tinha algum conhecimento das profundezas da terra; se tiver, ele é encorajado a "dizê-lo" (vs. 16-18).

F. DEUS quer saber o que Jó conhece sobre as moradas da luz e das trevas (vs. 19-21).

1. Luz e trevas são personificadas. Conhece Jó o caminho para suas moradas?

2. De um modo agudo, DEUS sugere que talvez Jó saiba isso porque ele é muito velho (i. e., presente na criação, quando a luz e as trevas foram criadas).

G. DEUS ainda interroga Jó sobre os elementos (vs. 22-30).

1. Ele quer saber se Jó inspecionou os tesouros de DEUS da neve e do granizo. Observe que há novamente referência à justiça moral de DEUS no propósito da neve e do granizo (vs. 22-23; veja Josué 10:11).

2. DEUS divide a luz em suas resplendentes cores no arco-íris, mas Jó sabe como isso é feito (v. 24)?

3. DEUS propõe mais perguntas a respeito dos fenômenos naturais o que também serve para ressaltar que o cuidado de DEUS se estende além da humanidade (vs. 25-27).

4. Usando a figura de um nascimento, DEUS pergunta a Jó sobre a origem da chuva, do orvalho, do frio que congela e do gelo (vs. 28-30).

H. Voltando sua atenção para os corpos celestes, DEUS pergunta a Jó se ele pode organizá-los e comandá-los (vs. 31-33).

I. DEUS questiona se os elementos corresponderão aos comandos de Jó (vs. 34-38).

1. Naturalmente, o Senhor sabe que Jó não pode comandar os elementos da natureza. Suas perguntas são destinadas a ressaltar o conhecimento limitado de Jó e o comando do mundo em volta dele.

2. Se Jó não entende nem mesmo estes fenômenos naturais do mundo, como pode ele esperar entender as obras de DEUS na área da justiça? Jó não pode comandar a natureza nem os corpos celestes; por que ele tem a presunção de questionar a justiça ou o poder daquele que criou estas coisas e continua a dominá-las?  

B) SOBRE OS ANIMAIS:

DEUS interroga Jó a respeito do reino animal (38:39 - 39:30).

A. Voltando sua atenção para a natureza animada, DEUS pergunta a Jó se ele pode fornecer comida para o leão e para o corvo (vs. 39-40). No caso do leão, pode ser que DEUS esteja se referindo àquela coisa maravilhosa que os animais possuem, isto é, instinto.

B. DEUS inquire Jó a respeito dos hábitos de nascimento da cabra selvagem e das cervas (39:1-4).

C. DEUS questiona se Jó é responsável por dar ao jumento selvagem seu desejo de liberdade (vs. 5-8). "Jó cuida dele na terra árida?"

D. A seguir Jó é interrogado com respeito ao boi selvagem (vs. 9-12).

1. A tremenda força do boi selvagem é o ponto importante.

2. Pode Jó conter este animal a ponto de usá-lo para fins domésticos, tais como arar ou colher?

E. DEUS chama a atenção de Jó para o avestruz (vs. 13-18).

1. Jó não é perguntado nesta parte. Em vez disso, parece que o propósito de DEUS é impressionar Jó com a diversidade da natureza quando ele descreve o avestruz.

2. O avestruz é uma pobre mãe por comparação e, no entanto, DEUS lhe deu uma tão impressionante velocidade (algumas vezes 70 quilômetros por hora) que ela pode facilmente correr mais do que um cavalo com seu cavaleiro.

F. Resumindo o interrogatório a Jó, DEUS lhe pergunta que papel ele desempenhou na feitura do magnífico animal que é o cavalo (vs. 19-25).

1. A impetuosidade e a coragem de um cavalo de guerra são bem descritas.

2. Pode Jó reivindicar ter produzido um tão belo espécime de força?

G. DEUS questiona se Jó é responsável pelos admiráveis feitos do falcão e da águia (vs. 26-30).

1. É pela inteligência de Jó que o falcão voa sem tanto esforço?

2. Jó ensinou a águia a fazer seu ninho na segurança das alturas? É ele responsável pela incrível visão dela, permitindo-lhe distinguir a presa no chão enquanto paira alto acima da terra?  

C) SOBRE A SOBERANIA DIVINA: 

- O desafio de DEUS e a resposta de Jó (40:1-5)

A.   Jó agora é perguntado se ele ainda deseja contender com DEUS e dar-lhe instruções (vs. 1-2).

1. Não é por acaso que DEUS é descrito como o Todo-Poderoso!

2. Se Jó desejar continuar, ele tem que responder às perguntas que DEUS tinha acabado de fazer, o que é, obviamente, um feito impossível.

B. Jó entende o ponto do Senhor. Ele tinha ficado impressionado com sua própria insignificância à luz da grandeza de DEUS, e promete ficar calado (vs. 3-5).  

- DEUS DESAFIA JÓ A DEMONSTRAR SEU PODER (40:6-14)

A. Ainda que Jó tenha indicado sua intenção de permanecer calado, DEUS não terminou de ensiná-lo e assim ele começa um segundo discurso do mesmo modo com que o primeiro foi começado (v. 7; veja 38:3).

B. DEUS pergunta a Jó se ele desafiaria a justiça de DEUS (v. 8).

1. Jó na verdade questionou a justiça de DEUS e tinha virtualmente sugerido que ele próprio era mais justo do que DEUS, afirmando sua própria justiça antes que a de DEUS.

2. Este era o motivo pelo qual Eliú estava zangado com Jó (32:2).

C. DEUS pergunta a Jó se ele é tão poderoso como DEUS (vs. 9-14).

1. Se for, ele é encorajado a mostrar sua força executando julgamento dos ímpios.

2. Se Jó pode fazer isto, DEUS confessará a grandeza de Jó.

 

- DEUS DESCREVE DUAS CRIATURAS MAGNÍFICAS E PODEROSAS (40:15 - 41:34)

A. Enquanto este discurso de DEUS não consiste muito de perguntas como foi o primeiro, Jó ainda está sendo evidentemente desafiado.

B. O Senhor apresenta duas criaturas (40:15-24; 41:1-34) para demonstrar a fraqueza do homem em comparação com o resto da criação.

C. A primeira questão a ser tratada é se as criaturas descritas são animais ou alusão a mitos.

1. Enquanto algumas das descrições de fato parecem ser hiperbólicas (exageradas) (por exemplo, 41:18-21), o contexto parece indicar animais reais.

2. Se o motivo pelo qual o Senhor está mencionando estas criaturas é considerado, parece improvável que ele se voltasse para criaturas míticas.

a. Por que Jó se impressionaria com a força de DEUS se ele (Jó) não pode medir forças com criaturas míticas?

b. Não há bestas na criação de DEUS que poderiam ser citadas como mais poderosas do que o homem e que menosprezam a capacidade do homem?

3. Em resumo, se estas criaturas fossem míticas, certamente ficará enfraquecido o argumento que DEUS está fazendo nestes capítulos.

D. Concedendo que animais reais estão sendo descritos, que animais são eles? A dificuldade está em identificá-los.

1. O primeiro (40:15) é literalmente "Behemot," uma palavra que significa qualquer grande quadrúpede. Parece ser uma palavra que tem o significado geral de besta. A edição Revista e Atualizada traduz esta palavra hebraica como "hipopótamo", refletindo a suposição do tradutor quanto à identidade desta "besta." Outra sugestão é que o "Behemot" seja o elefante.

a. O "Behemot" é uma criatura herbívora muito forte, uma das maiores e mais poderosas criaturas que DEUS fez (40:15-20). Esta besta foi feita "junto com" Jó; contudo, Jó não pode dominá-la (vs. 15, 24).

b. Há vários pormenores na descrição desta besta que não se ajustam bem ao hipopótamo.

c. É possível que a palavra se refira a um dos maiores dinossauros que viveram sobre a terra. As objeções mais populares a esta sugestão são que "o homem e os dinossauros não viveram no mesmo tempo" ou "os dinossauros não viveram realmente sobre a terra."

(1) A evidência de que os dinossauros percorreram a terra em algum tempo parece-me bem forte.

(2) A idéia de que dinossauros precederam o homem por milhões de anos é um princípio da teoria geral da evolução que não deveria ser reconhecido sem um exame da evidência e as consequências desta doutrina.

2. O segundo (41:1) é literalmente "livyathan", uma palavra que não identifica claramente qualquer animal em particular. De novo, a edição Revista e Atualizada se aventurou a cogitar sobre a identidade desta besta, traduzindo "crocodilo". Outras sugestões para o "livyathan" incluem a baleia e o golfinho.

a. O "livyathan", como o "behemah", é evidentemente uma criatura muito feroz e poderosa, uma que o homem não conseguiu domesticar (41:1-34). É dada a Jó uma vista panorâmica do "livyathan", uma descrição que ressalta que ele é inabordável (vs. 12-34).

b. Resumindo seu método de interrogatório, DEUS pergunta a Jó se ele sujeitou o "livyathan" (vs. 1-8). Se Jó é incapaz de dominar o "livyathan", como pode ele enfrentar DEUS (vs. 9-11)?

E. O ponto da descrição destas duas criaturas é este: se Jó não pode nem se comparar em força com a criação de DEUS, como pode ele esperar contender com o próprio DEUS?  

d) Sobre a justiça divina: 

Jó 40.8 Farás tu vais também o meu juízo, ou me condenarás para te justificares a ti?9 Ou tens braço como DEUS; ou podes trovejar com uma voz como a dele?

DEUS pergunta a Jó se ele vai condenar a DEUS para que as pessoas o vejam como justo e bom. Muitos homens têm condenado DEUS, acusando-o de cruel, de santo demais, de injusto; tudo isto para que sejam justificados pela sociedade em que vivem.


Agora a justiça poética é feita, e a história chega rapidamente ao seu fim. O Senhor dá Seu veredito (7-9) e Jó é restaurado (10-17).


III. QUANDO AS RESPOSTAS HUMANAS SE CALAM

Diante das perguntas que lhe faz o Senhor, o paciente patriarca se cala. 
1
. Jó se humilha diante do Senhor. Não mais podendo resistir a divina sabedoria, Jó humilha-se diante do Supremo DEUS.

Que mais restava a fazer a não ser cair ao chão tremendo e temendo, aos prantos, e reconhecendo que DEUS é Senhor e Justo?

  A resposta de Jó é submissa, humilde. Considera-se "leve," mas dificilmente "desprezível." Mas é correto dizer que Jó "confessou e se submeteu"? Jó não tem nada a dizer. Mas recusar o convite é confessar a "derrota"? O mal entendimento a esta altura tem ocasionado dificuldades para alguns comentaristas entenderem por que um segundo discurso da parte de DEUS é necessário. Bem à parte das exigências artísticas indicadas na Introdução, sugerimos que a resposta de Jó é um pouco evasiva, e, de modo algum, um fim satisfatório à questão. O gesto de pôr a mão na boca pode ser um sinal de respeito (cf. 21.5; 29.9) ou um sinal de silêncio. Jó reconhece que nada pode responder, mas ainda não reconhece qualquer pecado, de modo que não há "confissão." Nem sequer retira quaisquer das suas declarações anteriores, de modo que não há "submissão." Pelo contrário, parece que está ficando firme na sua posição. Já falou uma vez, e não precisa dizer mais. Na realidade, já repetiu (duas vezes) e não acrescentará mais nada. Isto sugere que Jó nada tem a dizer que ainda não tenha dito. Mas seria ir longe demais, em outra direção, se achássemos um desafio aqui, ou até mesmo uma queixa de que DEUS ainda não respondeu às suas perguntas. Mas ainda se fosse está a situação, as palavras de DEUS que imediatamente se seguem supririam esta falta.

2. DO NATURAL AO SOBRENATURAL.

DEUS usou o método indutivo para conduzir a seu servo Jó a um conhecimento mais profundo. 
Primeiro mostrou as coisas fáceis de Jó entender, coisas materiais e efêmeras (passageiras) e depois revelou as espirituais, as eternas para que Jó conhecesse mais de DEUS e de seu poder e misericórdia.

Jó está satisfeitoSua visão de DEUS foi expandida além de todos os limites anteriores. Tem uma nova apreciação do escopo e da harmonia do mundo de DEUS, do qual ele é uma parte minúscula. Esta descoberta, no entanto, não o faz sentir-se insignificante. Simplesmente ao olhar para coisas comuns, reconhece que sequer pode começar a imaginar como seria a existência de DEUS. O mundo é belo e aterrorizador, DEUS está em todos os lugares, visto como poderoso e sábio, e mais misterioso quando Ele é conhecido do que quando e' apenas discernido de modo pouco claro. O Senhor falou a Jó. Este fato em si só é maravilhoso além de todas as maravilhas. Jó cresceu em sabedoria. Está ao mesmo tempo encantado e envergonhado.

Sua primeira expressão impetuosa e espontânea, tão diferente da reserva na sua resposta ao primeiro discurso, é uma expressão de admiração irrestrita:

"Podes fazer tudo! Nenhum dos teus planos pode ser frustrado!"335

No v. 3a Jó repete a pergunta que o Senhor lhe fizera em 38.2. Agora, responde. Confessa que falou com conhecimento limitado, falando com confiança demasiada acerca de coisas maravilhosas demais para entender. Este é o grito de um homem libertado, não de quem foi quebrado e humilhado.

No v. 4 Jó cita as palavras que o Senhor falara duas vezes (38.3; 40:7) e às quais se recusara a responder no fim do terceiro discurso. Agora responde, e sua resposta é positiva. Tem dois lados, tão inseparáveis como os lados de uma moeda. Já obteve mais conhecimento de DEUS e de si mesmo. DEUS vem em primeiro lugar, e ocupa totalmente a sua visão: mas agora os meus olhos te veem. A esperança de 19.24-27 achou seu primeiro cumprimento. Visto que aquilo que Jó diz acerca de si mesmo é de máxima importância como sendo a última palavra sobre a questão inteira, é uma pena que as versões antigas, inclusive o Targum de Qunrã, recém-descoberto, demonstram desacordo considerável a esta altura. Parece haver contrição, porque Jó diz: Abomino (e as traduções usualmente fornecem "a rnirn mesmo" como o objeto não achado no hebraico). Isto não vai tão longe quanto o autodesprezo daquele arrependimento que exige a confissão dos pecados conhecidos. Se devemos ligá-lo ao v. 3, Jó pode estar expressando pesar diante das suas palavras estultas, pronunciadas apressadamente e na ignorância (é assim que a TEV interpreta o trecho) — uma falta que merece correção, mas não uma perversidade que merece o castigo. Jó nunca diz: "Agora, finalmente, reconheço que mereci aquele castigo." Se Jó se arrepende daquilo que disse, semelhante comportamento depois da catástrofe não pode ser o pecado que era alvo de punição. Esta descoberta poderia, no entanto, ser o crescimento espiritual que visava promover, e Jó agora reconhece isto. Muitas traduções alternativas da palavra "desprezar" têm sido propostas. É igualmente importante não compreender erroneamente a palavra me arrependo atribuindo-lhe um número exagerado de conotações de penitência por pecados que pesam sobre a consciência. A história inteira em colapso se fosse este o resultado final. Jó teria capitulado finalmente diante das exigências insistentes dos amigos no sentido de confessar seus pecados. Jó não confessa pecado algum aqui. E, mesmo que isto seja subentendido, uma coisa é arrepender-se diante de DEUS, e outra coisa repudiar sua própria integridade diante dos homens. A referência de Jó ao pó e à cinza nos fazem lembrar das palavras de Abraão quando estava orando a DEUS (Gn 18.27). Como suplicante humilde, conhece sua posição. Mas, lado a lado com Jó, Abraão é o homem justo do Antigo Testamento, e ajoelhar-se assim diante de DEUS é uma honra que o exalta acima de todos os demais homens.

CONCLUSÃO
Nem sempre teremos as nossas perguntas respondidas, mas sempre teremos DEUS nos respondendo sem sabermos como.

 

Perguntas Para Reflexão :

Em quais amplas áreas DEUS questiona o conhecimento e o poder de Jó?

Contraste a confrontação de Jó com DEUS com o "debate" que Jó tinha desejado.

O que são o Sete-estrelo, o Órion e a Ursa (38:31-32)? Que ponto DEUS afirma com sua menção a eles?

O que DEUS pergunta a Jó sobre as cabras selvagens e as corças?

Por que DEUS faz a Jó todas estas perguntas sobre a natureza? Que ligação estas perguntas têm com o sofrimento de Jó?

DEUS trata da questão do sofrimento inocente em todo este discurso?

 

Do que DEUS acusa Jó em 40:8?  

Que desafio DEUS faz a Jó em 40:9-13?  

Quais animais DEUS descreve nos capítulos 40-41?  

Por que DEUS apresenta os animais nos capítulos 40-41?  

DEUS explica neste discurso a Jó porquê ele estar sofrendo?  

Do que Jó se arrepende (veja 42:6)?  

 

 

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