O
SOFRIMENTO DE JÓ E O SEU PROPÓSITO
Texto
Bíblico:
“Porque a loucura de DEUS é mais sábia do que os homens; e a
fraqueza de DEUS é mais forte do que os homens” (1 Co 1.25).
A
loucura de DEUS se refere às coisas espirituais que parecem loucura aos homens
naturais e também aos carnais, pois as coisas de DEUS só se discernem
espiritualmente.
1
Co 1.25 Porque a loucura de DEUS é mais sábia que os homens; e a
fraqueza de DEUS é mais forte que os homens.
Verdade Prática:
Os
planos de DEUS, embora pareçam ilógicos e até loucos, não podem ser
desprezados: cada um deles tem um grandioso e insondável propósito.
Nós
não enxergamos o futuro e, portanto, muitas vezes achamos as coisas que DEUS
faz, algo ilógico e sem motivo aparente, mas DEUS está no controle de tudo e
sabe o que é bom para nós e para os outros que nos cercam.
Rm
8.28 E
sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a DEUS,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Leituras Bíblicas:
1ª Rs 3.28 A sabedoria de DEUS é justa
E
todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei e temeu ao rei, porque viram que
havia nele a sabedoria de DEUS, para fazer justiça.
A justiça de DEUS é superior porque DEUS não se corrompe e não pode ser
corrompido por nada e por ninguém; ELE julga retamente.
1ª
Co 1.21 A sabedoria de DEUS é salvadora
Visto
como, na sabedoria de DEUS, o mundo não conheceu a DEUS pela sua sabedoria,
aprouve a DEUS salvar os crentes pela loucura da pregação.
PELA
LOUCURA DA PREGAÇÃO. Não é o método da pregação que é tido como
loucura pela sabedoria humana, mas a mensagem do supremo senhorio de
CRISTO crucificado e ressurreto. A vinda de DEUS até nós parece loucura aos
homens e sua crucificação a consumação de tal loucura.
1ª Co 1.24 A sabedoria de DEUS é
poder
Mas,
para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a CRISTO,
poder de DEUS e sabedoria de DEUS.
Em
CRISTO se resume toda a sabedoria de DEUS que se fez homem para que nós
pudéssemos ser salvos e libertos para sempre do poder de Satanás.
Rm
11.33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de DEUS!
Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Quinta 1 Co 2.7 A sabedoria de DEUS é eterna
Mas
falamos a sabedoria de DEUS, oculta em mistério, a qual DEUS ordenou antes
dos séculos para nossa glória;
A
sabedoria de DEUS esteve oculta aos homens por todo o período do Antigo
Testamento, sendo revelada em CRISTO, sua morte e ressurreição; a Igreja de
CRISTO é a revelação mais importante contida nesse mistério.
Rm
16.25 Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e
a pregação de JESUS CRISTO, conforme a revelação do mistério guardado em
silêncio desde os tempos eternos,26, mas agora manifesto e, por meio das
Escrituras proféticas, segundo o mandamento do DEUS, eterno, dado a conhecer a
todas as nações para obediência da fé;27 ao único DEUS sábio seja dada glória
por JESUS CRISTO para todo o sempre. Amém.
E 3.10 A sabedoria de DEUS é multiforme
para
que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de DEUS seja conhecida dos
principados e potestades nos céus,
PRINCIPADOS E POTESTADES. Há duas interpretações possíveis deste versículo. (1)
Os "principados e potestades nos céus" podem referir-se aos
anjos bons (cf. Cl 1.16). Eles contemplam a multiforme sabedoria de DEUS,
à medida que Ele a demonstra através da igreja (1 Pe 1.10-12). (2) Os
"principados e potestades nos céus" podem referir-se aos poderes
dominantes das trevas, na esfera espiritual (cf. 6.12; Dn 10.13,20,21), aos
quais o "eterno propósito" de DEUS (v. 11) está sendo conhecido,
através da proclamação da salvação pela igreja e do seu conflito espiritual com
Satanás e suas hostes (cf. 6.12-18; Dn 9.2-23; 10.12,13; 2 Co 10.4,5).
Pv cap. 8 O cântico da sabedoria
A
excelência e justiça dos preceitos da Sabedoria
1 Não clama, porventura, a Sabedoria? E a Inteligência não dá a sua
voz?2 No cume das alturas, junto ao caminho, nas encruzilhadas das veredas, ela
se coloca.3 Da banda das portas da cidade, à entrada da cidade e à entrada das
portas está clamando:4 A vós, ó homens, clamo; e a minha voz se dirige aos
filhos dos homens.5 Entendei, ó simples, a prudência; e vós, loucos, entendei
de coração.6 Ouvi, porque proferirei coisas excelentes; os meus lábios se
abrirão para a eqüidade.7 Porque a minha boca proferirá a verdade; os meus
lábios abominam a impiedade.8 Em justiça são todas as palavras da minha boca;
não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem perversa.9 Todas elas são retas para o
que bem as entende e justas, para os que acham o conhecimento.10 Aceitai a
minha correção, e não a prata, e o conhecimento mais do que o ouro fino
escolhido.11 Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e de tudo o que se
deseja nada se pode comparar com ela. 12 Eu, a Sabedoria, habito com a
prudência e acho a ciência dos conselhos.13 O temor do SENHOR é aborrecer o
mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa
aborreço.14 Meu é o conselho e a verdadeira sabedoria; eu sou o entendimento,
minha é a fortaleza.15 Por mim, reinam os reis, e os príncipes ordenam
justiça.16 Por mim governam os príncipes e os nobres; sim, todos os juízes da
terra.17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.18
Riquezas e honra estão comigo; sim, riquezas duráveis e justiça.19 Melhor é o
meu fruto do que o ouro, sim, do que o ouro refinado; e as minhas novidades,
melhores do que a prata escolhida.20 Faço andar pelo caminho da justiça, no
meio das veredas do juízo.21 Para fazer herdar bens permanentes aos que me amam
e encher os seus tesouros.
O TEMOR DO SENHOR É ABORRECER O MAL.
O temor a DEUS deve levar o Homem a afastar-se do mal (16.6) e abominar o
pecado, o qual desagrada a DEUS e destrói, tanto a nós, como aqueles a quem
amamos.
Leitura Bíblica: JÓ 38.1-20
1-Depois disto, o SENHOR
respondeu a Jó de um redemoinho e disse:2-Quem é este que escurece o
conselho com palavras sem conhecimento?3-Agora cinge os teus lombos como
homem; e perguntar-te-ei, e, tu, responde-me.4-Onde estavas tu quando eu
fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.5-Quem lhe pôs as
medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?6-Sobre que
estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,7-quando
as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de DEUS
rejubilavam?8-Ou quem encerrou o mar com portas, quando trasbordou e
saiu da madre,9-quando eu pus as nuvens por sua vestidura e, a
escuridão, por envolvedouro?10-Quando passei sobre ele o meu decreto, e
lhe pus portas e ferrolhos,11-e disse: Até aqui virás, e não mais
adiante, e aqui se quebrarão as tuas ondas empoladas?12-Ou desde os teus
dias deste ordem à madrugada ou mostraste à alva o seu lugar,13-para que
agarrasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela?14-Tudo
se modela como o barro sob o selo e se põe como vestes;15-e dos ímpios
se desvia a sua luz, e o braço altivo se quebranta.16-Ou entraste tu até
às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?17-Ou descobriram
sê-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?18-Ou
com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes
tudo isto.19-Onde está o caminho da morada da luz? E, quanto às trevas,
onde está o seu lugar, -20-para que as tragas aos seus limites, e para
que saibas as veredas da sua casa?
Objetivos:
1-Definir, de acordo
o que é a teologia de DEUS.
2-Identificar o método usado por DEUS ao dirigir-se a Jó.
Comentários:
INTRODUÇÃO
O discurso de Eliú, qual arroio que se avoluma num grande e incontrolável rio,
deságua em DEUS que, em sua imensidade, dirigir-se-á a Jó, a partir de agora,
não através de um mensageiro humano, mas pessoalmente. Não foi o que pedira o
patriarca no auge de sua angústia? (Jó 10.2)
I. DEUS APARECE A JÓ
Depois do discurso de Eliú, eis que o Senhor, de um redemoinho, aparece a
Jó (38.1). 1. Jó se prepara para ouvir a DEUS. Estas são as primeiras palavras
que o Senhor dirige ao patriarca: “Quem é este que escurece o conselho com
palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos como homem; e
perguntar-te-ei, e, tu, responde-me” (Jó 38.2,3).
II. QUANDO AS PERGUNTAS SÃO MAIS IMPORTANTES DO QUE AS RESPOSTAS
Já devidamente aprumado, e já convenientemente cingido, prepara-se Jó para
ouvir a DEUS. Não espera você uma resposta de DEUS? Às vezes, porém, Ele mais
pergunta que responde.
1. A teologia da pergunta.
DEUS
sempre usou este método porque é que mais faz com que o aluno
participe juntamente com o professor das questões levantadas em um diálogo
franco, honesto e edificante.
Veja
exemplo de JESUS:
Mt
22.17 Dize-nos, pois, que te parece? É lícito pagar
tributo a César, ou não?18 JESUS, porém, percebendo a sua malícia, respondeu:
Por que me experimentais, hipócritas?19 Mostrai-me a moeda do tributo. E eles
lhe apresentaram um denário.20 Perguntou-lhes ele: De quem é esta imagem e
inscrição?
Mc
11.28 que lhe perguntaram: Com que autoridade fazes tu
estas coisas? ou quem te deu autoridade para fazê-las?29 Respondeu-lhes
JESUS: Eu vos perguntarei uma coisa; respondei-me, pois, e eu vos direi com que
autoridade faço estas coisas.30 O batismo de João era do céu, ou dos
homens? respondei-me.31 Ao que eles arrazoavam entre si: Se dissermos: Do
céu, ele dirá: Então por que não o crestes?32 Mas diremos, porventura: Dos
homens?-É que temiam o povo; porque todos verdadeiramente tinham a João como
profeta.33 Responderam, pois, a JESUS: Não sabemos. Replicou-lhes ele: Nem eu
vos digo com que autoridade faço estas coisas.
2.
As perguntas de DEUS.
A) SOBRE A CRIAÇÃO DA TERRA:
. DEUS interroga Jó a respeito da natureza inanimada (38:1-38)
A. Jó tinha expressado frequentemente o
desejo de falar com DEUS e seu anseio é satisfeito, mas a "discussão"
não é exatamente o que Jó imaginava que seria!
B. DEUS interroga Jó a respeito de seu (de
Jó) conhecimento da criação (vs. 4-7).
1. Obviamente, a maioria das perguntas feitas
pelo Todo-Poderoso são de natureza primorosa.
2. "Estrelas da alva" no versículo
7 parece ser um sinônimo para os filhos de DEUS.
C. Ele interroga Jó sobre a origem e o
conteúdo do mar (vs. 8-11).
1.
Ele descreve
seu começo usando a figura de um nascimento. Neste capítulo inteiro, o Senhor
usa linguagem figurativa para falar sobre várias forças da natureza. Sua
descrição da natureza não tem o intento de ser um tratado científico do
assunto, nem repousa na linguagem científica do homem moderno.
2. Há poucas coisas tão poderosas como o
mar, e ainda DEUS afirma que ele traça os seus limites.
D. DEUS pergunta se Jó é responsável pela
aurora de um novo dia (vs. 12-15).
1. DEUS retrata a terra como um vestuário
cujas bordas são agarradas pela aurora e os ímpios são sacudidos dele (v. 13).
2. Pelos fatos de que a luz da aurora
"quebra o braço" dos ímpios e que DEUS é responsável pela luz da
manhã, parece provável que DEUS esteja afirmando sua justiça moral, um assunto
que Jó tinha questionado (v. 15).
E.
A Jó é perguntado se ele tinha algum conhecimento das profundezas da terra; se
tiver, ele é encorajado a "dizê-lo" (vs. 16-18).
F. DEUS quer saber o que Jó conhece sobre as
moradas da luz e das trevas (vs. 19-21).
1. Luz e trevas são personificadas. Conhece
Jó o caminho para suas moradas?
2. De um modo agudo, DEUS sugere que talvez
Jó saiba isso porque ele é muito velho (i. e., presente na criação, quando a
luz e as trevas foram criadas).
G. DEUS ainda interroga Jó sobre os elementos
(vs. 22-30).
1. Ele quer saber se Jó inspecionou os
tesouros de DEUS da neve e do granizo. Observe que há novamente referência à
justiça moral de DEUS no propósito da neve e do granizo (vs. 22-23; veja Josué
10:11).
2. DEUS divide a luz em suas resplendentes
cores no arco-íris, mas Jó sabe como isso é feito (v. 24)?
3. DEUS propõe mais perguntas a respeito dos
fenômenos naturais o que também serve para ressaltar que o cuidado de DEUS se
estende além da humanidade (vs. 25-27).
4. Usando a figura de um nascimento, DEUS
pergunta a Jó sobre a origem da chuva, do orvalho, do frio que congela e do
gelo (vs. 28-30).
H. Voltando sua atenção para os corpos
celestes, DEUS pergunta a Jó se ele pode organizá-los e comandá-los (vs.
31-33).
I. DEUS questiona se os elementos
corresponderão aos comandos de Jó (vs. 34-38).
1. Naturalmente, o Senhor sabe que Jó não
pode comandar os elementos da natureza. Suas perguntas são destinadas a
ressaltar o conhecimento limitado de Jó e o comando do mundo em volta dele.
2.
Se Jó não
entende nem mesmo estes fenômenos naturais do mundo, como pode ele esperar
entender as obras de DEUS na área da justiça? Jó não pode comandar a natureza
nem os corpos celestes; por que ele tem a presunção de questionar a justiça ou
o poder daquele que criou estas coisas e continua a dominá-las?
B)
SOBRE OS ANIMAIS:
DEUS interroga Jó a respeito do reino animal (38:39 - 39:30).
A. Voltando sua atenção para a natureza
animada, DEUS pergunta a Jó se ele pode fornecer comida para o leão e para o
corvo (vs. 39-40). No caso do leão, pode ser que DEUS esteja se referindo
àquela coisa maravilhosa que os animais possuem, isto é, instinto.
B. DEUS inquire Jó a respeito dos hábitos de
nascimento da cabra selvagem e das cervas (39:1-4).
C. DEUS questiona se Jó é responsável por dar
ao jumento selvagem seu desejo de liberdade (vs. 5-8). "Jó cuida dele na
terra árida?"
D. A seguir Jó é interrogado com respeito ao
boi selvagem (vs. 9-12).
1. A tremenda força do boi selvagem é o ponto
importante.
2. Pode Jó conter este animal a ponto de
usá-lo para fins domésticos, tais como arar ou colher?
E. DEUS chama a atenção de Jó para o avestruz
(vs. 13-18).
1. Jó não é perguntado nesta parte. Em vez
disso, parece que o propósito de DEUS é impressionar Jó com a diversidade da
natureza quando ele descreve o avestruz.
2. O avestruz é
uma pobre mãe por comparação e, no entanto, DEUS lhe deu uma tão impressionante
velocidade (algumas vezes 70 quilômetros por hora) que ela pode facilmente
correr mais do que um cavalo com seu cavaleiro.
F. Resumindo o interrogatório a Jó, DEUS lhe
pergunta que papel ele desempenhou na feitura do magnífico animal que é o
cavalo (vs. 19-25).
1. A impetuosidade e a coragem de um cavalo
de guerra são bem descritas.
2. Pode Jó reivindicar ter produzido um tão
belo espécime de força?
G. DEUS questiona se Jó é responsável pelos
admiráveis feitos do falcão e da águia (vs. 26-30).
1. É pela inteligência de Jó que o falcão voa
sem tanto esforço?
2.
Jó ensinou a
águia a fazer seu ninho na segurança das alturas? É ele responsável pela
incrível visão dela, permitindo-lhe distinguir a presa no chão enquanto paira
alto acima da terra?
C)
SOBRE A SOBERANIA DIVINA:
- O desafio de DEUS e a resposta de Jó (40:1-5)
A. Jó agora é perguntado se ele ainda deseja
contender com DEUS e dar-lhe instruções (vs. 1-2).
1. Não é por acaso que DEUS é descrito como o
Todo-Poderoso!
2. Se Jó desejar continuar, ele tem que
responder às perguntas que DEUS tinha acabado de fazer, o que é, obviamente, um
feito impossível.
B. Jó entende o ponto do
Senhor. Ele tinha ficado impressionado com sua própria insignificância à luz da
grandeza de DEUS, e promete ficar calado (vs. 3-5).
- DEUS
DESAFIA JÓ A DEMONSTRAR SEU PODER (40:6-14)
A. Ainda que Jó tenha indicado sua intenção
de permanecer calado, DEUS não terminou de ensiná-lo e assim ele começa um
segundo discurso do mesmo modo com que o primeiro foi começado (v. 7; veja
38:3).
B. DEUS pergunta a Jó se ele desafiaria a
justiça de DEUS (v. 8).
1. Jó na verdade questionou a justiça de DEUS
e tinha virtualmente sugerido que ele próprio era mais justo do que DEUS,
afirmando sua própria justiça antes que a de DEUS.
2. Este era o motivo pelo qual Eliú estava
zangado com Jó (32:2).
C. DEUS pergunta a Jó se ele é tão poderoso
como DEUS (vs. 9-14).
1. Se for, ele é encorajado a mostrar sua
força executando julgamento dos ímpios.
2. Se Jó pode fazer isto, DEUS confessará a
grandeza de Jó.
- DEUS
DESCREVE DUAS CRIATURAS MAGNÍFICAS E PODEROSAS (40:15 - 41:34)
A. Enquanto este discurso de DEUS não
consiste muito de perguntas como foi o primeiro, Jó ainda está sendo
evidentemente desafiado.
B. O Senhor apresenta duas criaturas
(40:15-24; 41:1-34) para demonstrar a fraqueza do homem em comparação com o
resto da criação.
C. A primeira questão a ser tratada é se as
criaturas descritas são animais ou alusão a mitos.
1. Enquanto algumas das descrições de fato
parecem ser hiperbólicas (exageradas) (por exemplo, 41:18-21), o contexto
parece indicar animais reais.
2. Se o motivo pelo qual o Senhor está
mencionando estas criaturas é considerado, parece improvável que ele se
voltasse para criaturas míticas.
a. Por que Jó se impressionaria com a força
de DEUS se ele (Jó) não pode medir forças com criaturas míticas?
b. Não há bestas na criação de DEUS que
poderiam ser citadas como mais poderosas do que o homem e que menosprezam a
capacidade do homem?
3. Em resumo, se estas criaturas fossem
míticas, certamente ficará enfraquecido o argumento que DEUS está fazendo
nestes capítulos.
D. Concedendo que animais reais estão sendo
descritos, que animais são eles? A dificuldade está em identificá-los.
1. O primeiro (40:15) é literalmente
"Behemot," uma palavra que significa qualquer grande quadrúpede.
Parece ser uma palavra que tem o significado geral de besta. A edição Revista e
Atualizada traduz esta palavra hebraica como "hipopótamo", refletindo
a suposição do tradutor quanto à identidade desta "besta." Outra
sugestão é que o "Behemot" seja o elefante.
a. O "Behemot" é uma criatura
herbívora muito forte, uma das maiores e mais poderosas criaturas que DEUS fez
(40:15-20). Esta besta foi feita "junto com" Jó; contudo, Jó não pode
dominá-la (vs. 15, 24).
b. Há vários pormenores na descrição desta
besta que não se ajustam bem ao hipopótamo.
c. É possível que a palavra se refira a um
dos maiores dinossauros que viveram sobre a terra. As objeções mais populares a
esta sugestão são que "o homem e os dinossauros não viveram no mesmo
tempo" ou "os dinossauros não viveram realmente sobre a terra."
(1) A evidência de que os dinossauros
percorreram a terra em algum tempo parece-me bem forte.
(2) A idéia de que dinossauros precederam o
homem por milhões de anos é um princípio da teoria geral da evolução que não
deveria ser reconhecido sem um exame da evidência e as consequências desta
doutrina.
2. O segundo (41:1) é literalmente
"livyathan", uma palavra que não identifica claramente qualquer
animal em particular. De novo, a edição Revista e Atualizada se aventurou a
cogitar sobre a identidade desta besta, traduzindo "crocodilo".
Outras sugestões para o "livyathan" incluem a baleia e o golfinho.
a. O "livyathan", como o
"behemah", é evidentemente uma criatura muito feroz e poderosa, uma
que o homem não conseguiu domesticar (41:1-34). É dada a Jó uma vista
panorâmica do "livyathan", uma descrição que ressalta que ele é
inabordável (vs. 12-34).
b. Resumindo seu método de interrogatório,
DEUS pergunta a Jó se ele sujeitou o "livyathan" (vs. 1-8). Se Jó é
incapaz de dominar o "livyathan", como pode ele enfrentar DEUS (vs.
9-11)?
E.
O ponto da
descrição destas duas criaturas é este: se Jó não pode nem se comparar em força
com a criação de DEUS, como pode ele esperar contender com o próprio DEUS?
d) Sobre a justiça divina:
Jó
40.8 Farás tu vais também o meu juízo, ou me condenarás para te justificares a
ti?9 Ou tens braço como DEUS; ou podes trovejar com uma voz como a dele?
DEUS pergunta a Jó se ele vai condenar a DEUS para que as
pessoas o vejam como justo e bom. Muitos homens têm condenado DEUS, acusando-o
de cruel, de santo demais, de injusto; tudo isto para que sejam justificados
pela sociedade em que vivem.
Agora a justiça poética é feita, e a história chega rapidamente ao seu fim. O
Senhor dá Seu veredito (7-9) e Jó é restaurado (10-17).
III.
QUANDO AS RESPOSTAS HUMANAS SE CALAM
Diante das perguntas que lhe faz o Senhor, o
paciente patriarca se cala.
1. Jó
se humilha diante do Senhor. Não mais podendo resistir a divina sabedoria, Jó
humilha-se diante do Supremo DEUS.
Que
mais restava a fazer a não ser cair ao chão tremendo e temendo, aos prantos, e
reconhecendo que DEUS é Senhor e Justo?
A resposta de Jó é submissa, humilde.
Considera-se "leve," mas dificilmente
"desprezível." Mas é correto dizer que Jó "confessou e se
submeteu"? Jó não tem nada a dizer. Mas recusar o convite é confessar a
"derrota"? O mal entendimento a esta altura tem ocasionado dificuldades
para alguns comentaristas entenderem por que um segundo discurso da parte de
DEUS é necessário. Bem à parte das exigências artísticas indicadas na
Introdução, sugerimos que a resposta de Jó é um pouco evasiva, e, de modo
algum, um fim satisfatório à questão. O gesto de pôr a mão na boca pode ser um
sinal de respeito (cf. 21.5; 29.9) ou um sinal de silêncio. Jó reconhece que
nada pode responder, mas ainda não reconhece qualquer pecado, de modo que não
há "confissão." Nem sequer retira quaisquer das suas declarações
anteriores, de modo que não há "submissão." Pelo contrário, parece
que está ficando firme na sua posição. Já falou uma vez, e não precisa dizer
mais. Na realidade, já repetiu (duas vezes) e não acrescentará mais nada. Isto
sugere que Jó nada tem a dizer que ainda não tenha dito. Mas seria ir longe
demais, em outra direção, se achássemos um desafio aqui, ou até mesmo uma
queixa de que DEUS ainda não respondeu às suas perguntas. Mas ainda se fosse está
a situação, as palavras de DEUS que imediatamente se seguem supririam esta
falta.
2.
DO NATURAL AO SOBRENATURAL.
DEUS
usou o método indutivo para conduzir a seu servo Jó a um conhecimento mais
profundo.
Primeiro mostrou as coisas fáceis de Jó entender, coisas materiais e efêmeras
(passageiras) e depois revelou as espirituais, as eternas para que Jó
conhecesse mais de DEUS e de seu poder e misericórdia.
Jó está satisfeito. Sua visão de DEUS foi expandida além de todos os limites
anteriores. Tem uma nova apreciação do escopo e da harmonia do mundo de DEUS,
do qual ele é uma parte minúscula. Esta descoberta, no entanto, não o faz
sentir-se insignificante. Simplesmente ao olhar para coisas comuns, reconhece
que sequer pode começar a imaginar como seria a existência de DEUS. O mundo é
belo e aterrorizador, DEUS está em todos os lugares, visto como poderoso e
sábio, e mais misterioso quando Ele é conhecido do que quando e' apenas discernido
de modo pouco claro. O Senhor falou a Jó. Este fato em si só é maravilhoso além
de todas as maravilhas. Jó cresceu em sabedoria. Está ao mesmo tempo encantado
e envergonhado.
Sua
primeira expressão impetuosa e espontânea, tão diferente da reserva na sua
resposta ao primeiro discurso, é uma expressão de admiração irrestrita:
"Podes fazer tudo! Nenhum dos teus planos pode ser
frustrado!"335
No
v. 3a Jó repete a pergunta
que o Senhor lhe fizera em 38.2. Agora, responde.
Confessa que falou com conhecimento limitado, falando com confiança demasiada
acerca de coisas maravilhosas demais para entender. Este é o grito de um homem
libertado, não de quem foi quebrado e humilhado.
No
v. 4 Jó cita as palavras
que o Senhor falara duas vezes (38.3; 40:7) e às quais se recusara a responder
no fim do terceiro discurso. Agora responde, e sua resposta é positiva. Tem
dois lados, tão inseparáveis como os lados de uma moeda. Já obteve mais conhecimento
de DEUS e de si mesmo. DEUS vem em primeiro lugar, e ocupa totalmente a sua
visão: mas agora os meus olhos te veem. A esperança de 19.24-27 achou seu
primeiro cumprimento. Visto que aquilo que Jó diz acerca de si mesmo é de
máxima importância como sendo a última palavra sobre a questão inteira, é uma
pena que as versões antigas, inclusive o Targum de Qunrã, recém-descoberto,
demonstram desacordo considerável a esta altura. Parece haver contrição, porque
Jó diz: Abomino (e as traduções usualmente fornecem "a rnirn
mesmo" como o objeto não achado no hebraico). Isto não vai tão longe
quanto o autodesprezo daquele arrependimento que exige a confissão dos pecados
conhecidos. Se devemos ligá-lo ao v. 3, Jó pode estar expressando pesar diante
das suas palavras estultas, pronunciadas apressadamente e na ignorância (é
assim que a TEV interpreta o trecho) — uma falta que merece correção, mas não
uma perversidade que merece o castigo. Jó nunca diz: "Agora, finalmente, reconheço que mereci aquele
castigo." Se Jó se arrepende daquilo que disse, semelhante
comportamento depois da catástrofe não pode ser o pecado que era alvo de
punição. Esta descoberta poderia, no entanto, ser o crescimento espiritual que
visava promover, e Jó agora reconhece isto. Muitas traduções alternativas da
palavra "desprezar" têm sido propostas. É igualmente importante não
compreender erroneamente a palavra me arrependo atribuindo-lhe um número
exagerado de conotações de penitência por pecados que pesam sobre a consciência.
A história inteira em colapso se fosse este o resultado final. Jó teria
capitulado finalmente diante das exigências insistentes dos amigos no sentido
de confessar seus pecados. Jó não confessa pecado algum aqui. E, mesmo que isto
seja subentendido, uma coisa é arrepender-se diante de DEUS, e outra coisa
repudiar sua própria integridade diante dos homens. A
referência de Jó ao pó e à cinza nos fazem lembrar das palavras de Abraão
quando estava orando a DEUS (Gn 18.27). Como suplicante humilde, conhece
sua posição. Mas, lado a lado com Jó, Abraão é o
homem justo do Antigo Testamento, e ajoelhar-se assim diante de DEUS é uma
honra que o exalta acima de todos os demais homens.
CONCLUSÃO
Nem sempre
teremos as nossas perguntas respondidas, mas sempre teremos DEUS nos
respondendo sem sabermos como.
Perguntas Para Reflexão :
Em
quais amplas áreas DEUS questiona o conhecimento e o poder de Jó? |
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Contraste
a confrontação de Jó com DEUS com o "debate" que Jó tinha desejado. |
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O que
são o Sete-estrelo, o Órion e a Ursa (38:31-32)? Que ponto DEUS afirma com
sua menção a eles? |
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O que
DEUS pergunta a Jó sobre as cabras selvagens e as corças? |
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Por que
DEUS faz a Jó todas estas perguntas sobre a natureza? Que ligação estas
perguntas têm com o sofrimento de Jó? |
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DEUS
trata da questão do sofrimento inocente em todo este discurso? |
Do que
DEUS acusa Jó em 40:8? |
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Que
desafio DEUS faz a Jó em 40:9-13? |
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Quais
animais DEUS descreve nos capítulos 40-41? |
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Por que
DEUS apresenta os animais nos capítulos 40-41? |
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DEUS
explica neste discurso a Jó porquê ele estar sofrendo? |
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Do que
Jó se arrepende (veja 42:6)? |
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