quarta-feira, 4 de junho de 2025

O MILAGRE DE IZABEL E UMA DADIVA DO CÉU A MARIA

 


O MILAGRE DE IZABEL E UMA DADIVA DO CÉU A MARIA

A passagem bíblica que menciona, em que o Anjo do Senhor visita Isabel e Maria e elas são agraciadas por Deus com João Batista e Jesus em seus ventres, é narrada no Evangelho de Lucas, capítulo 1.

É importante notar que o anjo Gabriel é o mensageiro divino enviado por Deus nessas ocasiões. Ele não visita as duas mulheres juntas, mas em momentos distintos.

A Anunciação a Maria

A história começa com o anjo Gabriel sendo enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, para uma virgem chamada Maria, que estava noiva de José. O anjo a saudou dizendo: "Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo". Maria ficou perturbada com essas palavras, sem entender o que significavam.

O anjo, então, a acalmou e revelou a ela que ela havia encontrado graça diante de Deus e que conceberia um filho, a quem deveria chamar Jesus. Ele seria grande e seria chamado Filho do Altíssimo, e Deus lhe daria o trono de Davi, seu antepassado, para reinar para sempre. Maria, surpresa, perguntou como isso seria possível, já que era virgem. Gabriel explicou que o Espírito Santo viria sobre ela e o poder do Altíssimo a cobriria com sua sombra, e por isso o menino seria chamado Santo, Filho de Deus.

Para fortalecer a fé de Maria, o anjo também lhe disse que sua parenta, Isabel, que era considerada estéril e já estava em idade avançada, já estava no sexto mês de gravidez. O anjo concluiu com a poderosa afirmação: "Porque para Deus nada será impossível."

A Visitação de Maria a Isabel

Após a visita do anjo Gabriel, Maria prontamente se dirigiu à região montanhosa da Judeia, para a casa de Zacarias e Isabel. Quando Maria saudou Isabel, um evento extraordinário aconteceu: o bebê no ventre de Isabel saltou de alegria, e Isabel foi cheia do Espírito Santo.

Isabel, então, exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! E de onde me provém isto, que me venha visitar a mãe do meu Senhor? Pois, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o bebê que está no meu ventre saltou de alegria. Bem-aventurada aquela que creu, pois se hão de cumprir as coisas que dá parte do Senhor lhe foram ditas!".

Este encontro é um momento de grande regozijo e confirmação divina. Isabel, cheia do Espírito Santo, reconhece a divindade do filho que Maria carregava e abençoa a fé de Maria. É um testemunho claro da ação de Deus na vida dessas duas mulheres e do cumprimento de Suas promessas, com João Batista (ainda no ventre de Isabel) "saudando" a chegada de Jesus (no ventre de Maria).

Essa passagem é fundamental para a compreensão da história do nascimento de Jesus e de João Batista, mostrando a intervenção divina e a fé de Maria e Isabel diante de milagres que mudariam para sempre a história da humanidade.

CONTEXTO HISTORICO

1. ZACARIAS E IZABEL.


Exercendo ele o sacerdócio diante de DEUS (8) indica que se tratava de um sacerdote - em uma época em que o sacerdócio era frequentemente corrupto e secularizado - que percebia o caráter sagrado do seu trabalho e o relacionamento, tanto do seu trabalho quanto da sua pessoa, com DEUS. DEUS não somente escolhe grandes homens para executarem grandes tarefas, mas Ele também destina grandes pais para esses homens - grandes, de acordo com o padrão de DEUS.

Na ordem da sua turma significa a ordem de Abias. Na Páscoa, no Pentecostes, e na Festa dos Tabernáculos todos os sacerdotes serviam simultaneamente, mas durante o resto do ano cada uma das 24 ordens servia durante uma semana a cada seis meses. Zacarias estava servindo durante uma dessas semanas no Templo. Depois de terminar o seu período de serviço, ele retornaria à sua casa.

Os deveres do sacerdote eram atribuídos por meio da sorte sagrada (9). Era uma das maiores honras que um sacerdote poderia ter era a de oferecer incenso, e um sacerdote não poderia tirar outra sorte melhor durante aquela semana de serviço. O incenso era oferecido antes do sacrifício matinal, e depois do sacrifício vespertino, no altar do incenso. Este altar se localizava no Templo, imediatamente antes do véu que separava o Lugar SANTO do Lugar Santíssimo.

Toda a multidão... estava fora, orando, à hora do incenso (10). Esta era uma ocasião altamente sagrada. O incenso oferecido simbolizava as orações do povo, que eram ofertadas ao mesmo tempo, pelas mulheres no pátio das mulheres, pelos homens no pátio dos homens e pelos demais sacerdotes no pátio dos sacerdotes.

Então, um anjo do Senhor lhe apareceu [a Zacarias] (11). A voz divina da revelação não havia se pronunciado durante quatro séculos. Então, de repente, apareceu o anjo do Senhor. Observamos que o anjo não “se aproximou”, ele apareceu - de repente, sem aviso. O fato de ele ter aparecido a um sacerdote no Templo ressalta as características de Antigo Testamento desse início da revelação do Novo Testamento. João seria um precursor do CRISTO que viria e do seu Reino. Ele também seria um elo com a revelação do Antigo Testamento, que agora estava chegando ao seu final. A direita do altar do incenso é o lado norte, entre o altar do incenso e a mesa dos pães da proposição. Observamos como Lucas é específico com os mínimos detalhes. Esta é uma característica que podemos observar em todo o seu Evangelho, e é mais uma prova da sua autenticidade.

Zacarias... turbou-se... e caiu temor sobre ele (12). Esta era uma reação natural sob estas circunstâncias incomuns.

O anjo lhe disse... não temas (13). Embora o medo fosse a reação humana natural, a missão do anjo proporcionava motivo para alegria. A sua presença não era uma indicação do desagrado de DEUS, mas da Sua aprovação, e da adequação de Zacarias para uma tarefa divina muito significativa.

... a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho. A oração à qual o anjo se refere deve ter sido feita em um período anterior da vida de Zacarias; a sua dificuldade em acreditar na promessa do anjo evidencia que há muito tempo ele já tinha deixado de orar por um filho, ou até mesmo de esperar por ele. Mas DEUS não se esquece das orações passadas. O que parece ser uma demora ou uma recusa da parte de DEUS, é somente a Sua perfeita sabedoria e o Seu perfeito planejamento. Sem dúvida, Zacarias orava frequentemente pedindo também pela vinda do Messias, mas a oração mencionada era aquela em que ele pedia um filho.

E lhe porás o nome de João. DEUS não apenas convocava e enviava os seus profetas, mas também frequentemente lhes dava o nome. “João” significa “Jeová mostra graça” ou “a misericórdia” ou “a graça de Jeová”.2 Este era um nome apropriado para alguém cujo ministério demonstra tão claramente a lembrança e a misericórdia de DEUS para com o seu povo.  Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 358-359.

 

A FELICIDADE DE UM LAR PIEDOSO: “Ambos eram justos...” 1) Este casal judaico reconhecia a mão de DEUS em todos os acontecimentos da vida, v.8. 2) Naturalmente isto foi porque oravam por tudo, v. 13. 3) Era um lar livre da miséria produzida por bebida forte e que assola tantos lares atualmente, v. 15. 4) Suas vidas eram irrepreensíveis. Eram alçados a observar os preceitos das Escrituras, v.6. Deve distinguir-se entre ser irrepreensível e ser perfeito. O aluno que se aplica sinceramente para recitar corretamente as lições, não é repreendido pelo professor, apesar das imperfeições. 5) Como suportavam com paciência em oração o desapontamento, assim transbordavam com hinos de louvor, quando DEUS por fim deu o filho. O louvor de Zacarias mostra que a mente do velho era embebida da palavra de DEUS. 6) A influência do lar piedoso. Quantas pessoas foram grandemente abençoadas pelo contato com o lar de Zacarias e Isabel? 7) DEUS tem planejado a vida inteira de todas as pessoas, v. 17. Todos temos carreira marcada, At 20.24. 8) O filhinho neste lar era cheio do ESPÍRITO SANTO, desde o começo, v.15.

 

2. JOSÉ E MARIA.  


A Mensagem do Anjo (1:26-33)

No sexto mês depois da concepção de Isabel, foi o anjo Gabriel enviado... a Nazaré (26). É óbvio que Lucas está escrevendo para gentios, pois nenhum judeu precisa ser lembrado de que Nazaré era uma cidade da Galileia. Embora, como descendentes de Davi, tanto José quanto Maria chamassem Belém de terra de seus antepassados, eles estavam naquela época vivendo em Nazaré, que se situava a cerca de 130 quilômetros a nordeste de Jerusalém, em um planalto no lado norte do Vale de Esdrelom.

A uma virgem desposada com... José (27). Maria ainda era uma virgem, e estava noiva de José. Os noivados ou contratos de casamento entre os israelitas nos tempos bíblicos eram mais significativos e representavam um laço mais forte do que na atualidade. A lei mosaica considerava a infidelidade sexual por parte de uma jovem que fosse noiva como adultério, e ela era punida por esta transgressão (Dt 22.23-24). Frequentemente existia um intervalo de meses entre o noivado e o casamento, mas ainda assim o noivado já representava um compromisso que só poderia ser rompido através do divórcio. Este último fato é exemplificado pela decisão de José de divorciar-se de Maria, antes de saber da natureza da sua concepção (Mt 1.19), embora ele e Maria ainda não estivessem casados.

Neste ponto, é bom lembrar que a narrativa de Lucas da anunciação e do nascimento de JESUS são feitos a partir do ponto de vista de Maria. Neste aspecto, a história difere do relato de Mateus, que é feito a partir do ponto de vista de José. É provável que Lucas tenha obtido esta informação direta ou indiretamente de Maria, quando ele passou dois anos na Palestina. Lucas também estava mais interessado em mostrar o relacionamento de JESUS com a humanidade através da Sua mãe, do que a Sua relação legal com o trono de Davi através de José, o seu pai oficial, embora não fosse o seu pai biológico.

Da casa de Davi se refere a José e não a Maria. A gramática do texto grego original e também a da versão em nosso idioma, exige esta interpretação. Mas isto não quer dizer que Maria não fosse descendente de Davi, pois os versículos 32 e 69 deste mesmo capítulo dão a entender fortemente que ela era da linhagem de Davi.

Entrando o anjo onde ela estava (28). Isto não foi um sonho nem uma visão, mas uma autêntica visita de um anjo.

Salve. Esta é uma saudação com alegria. A palavra no original é o imperativo de um verbo que significa “alegrar-se” ou “ficar feliz”. A forma usada aqui é uma saudação normal. Seria o equivalente a: “Que a alegria esteja com você”.

Agraciada (literalmente, “com a graça”); bendita és tu entre as mulheres. O anjo a honrou pelo que ela iria se tornar, antes mesmo que ela soubesse o assunto das boas-novas. É certo que Maria deveria receber honra, e o anjo nos deu o exemplo. Mas a adoração a Maria é completamente injustificada.

Ela turbou-se muito com aquelas palavras (29) significa, literalmente, “ela ficou grandemente agitada”. A saudação e a presença do anjo a perturbaram (acréscimo de Ev. Luiz Henrique). O que ele lhe disse era mais difícil de entender do que a sua aparição e, aparentemente, mais inesperado.

Ela considerava: significa, literalmente, “ela estava pensando”. Isto representa uma prova de sua presença de espírito neste momento crítico da sua vida.

Em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho... JESUS (31). Aqui temos o anúncio da Encarnação. O Filho de DEUS realmente se tornaria carne, seria concebido e nasceria de uma virgem. Neste Filho a divindade e a humanidade estariam unidas de maneira inseparável. O seu nome, JESUS, significa “Salvador” ou, mais literalmente, “DEUS salva”. É o equivalente grego do hebraico “Josué”. Lucas não joga com as palavras na etimologia do nome “JESUS”, como faz Mateus. Os seus leitores, sendo gentios, não teriam entendido o objetivo das palavras “porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” de Mateus 1.21, por não conhecerem a relação etimológica entre as palavras “JESUS” e “salvar”.

Este será grande (32), no seu sentido mais elevado e verdadeiro. DEUS é grande, e toda a grandeza verdadeira vem dele e é reconhecida por Ele. (Isaías 9.6).

Será chamado Filho do Altíssimo não quer dizer que Ele simplesmente “seria chamado” de Filho de DEUS, mas é equivalente a “Ele não apenas será o filho de DEUS, como também será reconhecido como tal”. Ele terá as marcas da divindade. Esta palavra hebraica era de uso comum, e literalmente equivalente a “Ele será o Filho do Altíssimo”.

O trono de Davi, seu pai. Evidentemente, isto deixa claro que Maria era descendente de Davi. Como muitos poderão argumentar, é verdade que o direito de JESUS ao trono viria através de José, apesar de não ser o seu verdadeiro pai. Mas aqui se menciona a filiação, e não se menciona José. Além disso, deve-se observar que Lucas está escrevendo a partir do ponto de vista de Maria; e também que o seu interesse pelas relações humanas de JESUS está ligado à relação verdadeira, e não àquela que era considerada legal entre os judeus.

Reinará eternamente na casa de Jacó (33). Isto é praticamente equivalente ao que está escrito na frase seguinte: O seu Reino não terá fim, exceto que a primeira enfatiza o aspecto judaico do reino. Lucas enfatiza muito claramente, em seu Evangelho, a universalidade do reino de CRISTO; mas Paulo, que foi professor de Lucas, enfatizava a continuidade do reino de Israel - e da semente de Abraão - no reino de CRISTO. A última é a flor e o fruto; a primeira é a videira.

A Pergunta de Maria (1.34)

Como se fará isso? (34) Não se trata de uma pergunta como produto da dúvida, mas da perplexidade e da inocência. Ela não está dizendo “Não pode ser”, mas pedindo uma explicação sobre como isso pode ser, e como será feito. Uma comparação superficial da pergunta de Maria com a expressão de dúvida de Zacarias (1.18) faria com que ambas parecessem muito similares. Um olhar mais detalhado sobre as duas perguntas irá provar conclusivamente que elas não se assemelham nem em significado, nem em espírito.

Zacarias perguntou: “Como saberei isso?”, querendo dizer, “Que sinal você vai me dar como prova de que isto irá acontecer?” Mas Maria perguntou “Como se fará isso?”, ou seja, que meios farão isso acontecer?

Existe ainda outra diferença que deve ser observada. O milagre que foi prometido a Zacarias era um caso normal de cura divina, aliado a uma capacitação divina de uma mulher para dar à luz em idade avançada. Isto realmente era um milagre. Mas a maravilha que foi prometida a Maria continua confundindo a imaginação dos maiores pensadores da igreja e do mundo em todas as gerações. E nada menos do que o mistério da Encarnação divina - DEUS se tornou carne.

3. A Resposta do Anjo (1.35-38)

Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO (35). O anjo respondeu amavelmente à pergunta que tinha sido feita de forma tão inocente. A resposta não esclarece o mistério: somente indica o agente. O ESPÍRITO SANTO, como agente de DEUS Pai, toma o lugar de um marido de alguma maneira não explicada - e talvez inexplicável. Aqui, na resposta do anjo, podemos ver o poder procriativo da mulher na sua mais completa pureza, unido à onipotência de um DEUS amoroso e santo. Vemos delicadeza, significado e mistério unidos nas palavras a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Esta “cobertura com a sombra do Altíssimo” possivelmente inclui tanto o milagre da concepção quanto a supervisão, o cuidado e a proteção contínuos de Maria pelo ESPÍRITO SANTO. Será chamado Filho de DEUS não se refere à eterna filiação do CRISTO pré-encarnado, mas sim ao milagre da Encarnação. Como DEUS tomou o lugar de um pai terreno, JESUS pode ser chamado Filho de DEUS da mesma forma que um menino é chamado de filho de seu pai.

Charles L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 362-364.

 

 A palavra de DEUS é a semente de DEUS, quando o anjo Gabriel comunica a Maria que ela vai conceber, isso é a Palavra de DEUS entrando no útero virgem de Maria, e assim ela concebe a vida de JESUS em seu ventre.

O pastor das ovelhas, aquele que dá a vida pelas suas ovelhas, entrou na terra (curral ou aprisco das ovelhas) pela porta como todos nós - a porta do nascimento físico através de uma mulher.  Aquele que entra por outra porta (não nasceu de uma mulher) é ladrão e salteador - Satanás. (Jo 10).

 

Maria ficara perplexa ante o fato de que ela haveria de ser a progenitora do Messias davídico, e também porque isso era um anúncio virtual de que teria um filho antes da consumação de seu matrimônio, como ocorrência inteiramente desvinculada desse casamento.

Maria, mostrando-se digna representante das mulheres da mais profunda confiança no Senhor, —não requereu um sinal—ou qualquer espécie de confirmação, mas aceitou a declaração por um notável ato de fé. O vs. 45 afirma a sua crença: «Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor».

CHAMPLIN, Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 16.

 A informação adicional que o anjo transmite a Maria, respondendo à sua pergunta a respeito do nascimento deste príncipe.

1. A pergunta que ela faz é apropriada: “Como se fará isto?”, v. 34. Como eu posso conceber um filho na atualidade (pois foi isto o que o anjo quis dizer), se eu “não conheço varão”? Deverá ser de outra maneira, e não pelo modo normal de concepção? Se for assim, diga-me “como se fará isto?” Ela sabia que o Messias devia nascer de uma virgem; e, se ela devia ser a sua mãe, ela queria saber como isto aconteceria. Estas não eram palavras resultantes da sua falta de confiança, ou de qualquer dúvida sobre o que o anjo lhe havia dito, mas de um desejo de receber mais orientação.

2. A resposta que ela recebe é satisfatória, v. 35. (1) Ela irá conceber pelo poder do “ESPÍRITO SANTO”, cuja obra é santificar, e, portanto, santificar a virgem, para este propósito. O ESPÍRITO SANTO é chamado de “virtude do Altíssimo”. Ela pergunta “como se fará isto? Isto é suficiente para ajudá-la a superar as dificuldades que parecem existir. Um poder divino o realizará, não o poder de um anjo empregado para isto, como em outros milagres. Mas, o poder do próprio “ESPÍRITO SANTO”. (2) Ela não deve fazer perguntas a respeito da maneira como isto se realizará, pois o ESPÍRITO SANTO, sendo “a virtude do Altíssimo”, irá cobri-la “com a sua sombra”, como a nuvem cobriu o tabernáculo quando a glória de DEUS tomou posse dele, para escondê-lo daqueles que poderiam - com excessiva curiosidade - observar o que acontecia, “bisbilhotando” os seus mistérios. A formação de cada bebê no útero, e a entrada do espírito da vida nele, são mistérios da natureza; ninguém conhece “o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da que está grávida”, Eclesiastes 11.5. Nós fomos formados no oculto, Salmos 139.15,16. A formação do menino JESUS é um mistério ainda maior, sem controvérsia, “grande é o mistério da piedade”, DEUS manifestado em carne, 1 Timóteo 3.16. E uma coisa nova criada na terra (Jr 31.22), a cujo respeito nós não devemos cobiçar conhecer além do que está escrito.

(3) A criança que ela irá conceber é santa, e, portanto, não deve ser concebida da maneira normal, porque ela não deverá compartilhar da corrupção e da contaminação comuns à natureza humana. O bebê é mencionado enfaticamente como “o SANTO”, como nunca houve; e Ele será chamado de “Filho de DEUS”, como o Filho de DEUS por geração eterna, o que indica como Ele será formado pelo ESPÍRITO SANTO, nesta concepção. A sua natureza humana deveria ser produzida desta maneira, como era adequado que fosse, pois se uniria à natureza divina.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa. Editora CPAD. pag. 517.

 

Acontecimentos marcantes da vida de Maria

Os principais acontecimentos da vida de Maria:

  • A anunciação do anjo a Maria: O anjo Gabriel visita Maria e anuncia que ela conceberá e dará à luz um filho, Jesus, que será chamado Filho de Deus. Maria aceita a missão com humildade.
  • Maria visita Isabel: Ao saber que sua prima Isabel estava grávida de João Batista, Maria foi visitá-la. Quando Maria, já esperando Jesus, chegou à casa de Isabel, o bebê no ventre de Isabel saltou de alegria, e Isabel imediatamente reconheceu que Maria carregava o Salvador.
  • O nascimento de Jesus: Maria e José viajam para Belém devido a um censo e, ali, Maria dá à Luz Jesus em um estábulo, colocando-o em uma manjedoura.
  • Apresentação no Templo: Maria e José levam Jesus ao Templo de Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme a lei. O profeta Simeão reconhece Jesus como o Messias.
  • Fuga para o Egito: Maria e José fogem com Jesus para o Egito após serem avisados em um sonho que o rei Herodes estava procurando matar o menino.
  • Jesus no Templo aos 12 anos: Quando Jesus tinha 12 anos, Maria e José o perdem durante uma peregrinação a Jerusalém. Eles o encontram no Templo, discutindo com os doutores da lei.
  • Bodas de Caná: Durante um casamento em Caná, Maria informa a Jesus que o vinho acabou. Jesus realiza seu primeiro milagre, transformando água em vinho.
  • A mãe e os irmãos de Jesus: Maria e os irmãos de Jesus vão procurá-lo, Jesus utiliza a oportunidade para ensinar sobre a verdadeira família de Deus.
  • A crucificação de Jesus: Maria está presente ao pé da cruz durante a crucificação de Jesus. Em seus últimos momentos, Ele confia o cuidado de sua mãe ao discípulo amado, João.
  • Presença após a ressurreição: Após a ascensão de Jesus, Maria é mencionada como parte da comunidade de crentes que se reúne para oração e aguardam o derramar do Espírito Santo.

O que podemos aprender com a vida de Maria

A vida de Maria, mãe de Jesus, nos ensina lições importantes e inspiradoras. Primeiro, ela mostra o valor da fé e da obediência a Deus. Maria aceitou a missão de ser a mãe do Salvador com humildade e coragem, mesmo diante de grandes desafios e incertezas. Mesmo sem saber o que poderia acontecer, ela aceitou a missão.

Maria também nos ensina sobre a importância da entrega e da perseverança. Ela permaneceu ao lado de Jesus durante toda a Sua vida, desde o nascimento até a sua crucificação, demonstrando amor e apoio inabaláveis. Sua presença constante é um exemplo de compromisso e dedicação a Deus.

Além disso, Maria é um modelo de serviço e humildade. Apesar de sua posição especial como mãe de Jesus, ela sempre agiu com humildade e serviu aos outros. Sua vida nos inspira a buscar um relacionamento mais próximo com Deus, a obedecer a Seus planos e a viver com fé e coragem, independentemente das dificuldades.

Estudo bíblico sobre Maria

O nascimento de Jesus


Maria recebeu a mensagem do anjo Gabriel, que lhe revelou que ela ficaria grávida pelo poder do Espírito Santo e que seu filho se chamaria Jesus.

José, seu noivo, ficou confuso quando soube que Maria estava grávida, mas um anjo também apareceu a ele em sonho. O anjo explicou que o bebê era do Espírito Santo e que José deveria tomar Maria como sua esposa e cuidar dela e do menino. José, sendo um homem justo e obediente, fez o que o anjo mandou.

Quando estava perto do nascimento de Jesus, Maria e José viajaram para Belém devido a um censo ordenado pelo imperador. Chegando lá, não encontraram lugar para ficar, pois as hospedarias estavam lotadas. Acabaram encontrando abrigo em um estábulo. Foi ali, em humildes condições, que Maria deu à Luz Jesus. Ela o envolveu em faixas e o deitou em uma manjedoura.

Este nascimento simboliza a chegada do Salvador e o cumprimento das promessas de Deus. A primeiras pessoas a visitarem, foram os pastores, que receberam a notícia do nascimento do Salvador por meio de anjos. Durante toda a gestação, Maria desempenhou um papel crucial, aceitando com fé a sua missão e cuidando de Jesus, mostrando dedicação e obediência.

A anunciação do anjo a Maria

Maria estava sozinha durante o dia, quando o anjo, que se chamava Gabriel, apareceu na sua frente. Gabriel lhe disse que ela era muito abençoada e escolhida por Deus para uma grande missão. Maria ficou surpresa e um pouco assustada, mas o anjo a tranquilizou, dizendo que ela daria à luz um filho, Jesus, que seria o Filho de Deus e o Salvador do mundo.

Ao saber da notícia dada pelo anjo Gabriel, Maria respondeu com humildade e fé. Ela disse: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lucas 1:38). Isso significa que Maria aceitou a vontade de Deus sem hesitação, mesmo sem entender completamente o que isso implicaria. Este momento marca o início da vida de Jesus na Terra, mostrando a importância da obediência e fé de Maria.

Maria visita Isabel após a notícia do anjo Gabriel

Logo após receber a notícia do anjo Gabriel, Maria foi visitar sua prima Isabel, que morava em outra cidade e também estava grávida milagrosamente. Ao chegar, Maria saudou Isabel, e, nesse momento, o bebê no ventre de Isabel, que era João Batista, saltou de alegria.

Isabel, cheia do Espírito Santo, reconheceu que Maria carregava o Salvador e a abençoou, dizendo que ela era muito especial por crer na promessa de Deus. A visita de Maria a Isabel mostra o poder da fé e da comunhão entre as pessoas que confiam em Deus.

Em resposta a Isabel, Maria louvou ao Senhor com um cântico, exaltando a grandeza de Deus e Sua bondade:

O cântico de Maria

Então disse Maria: "Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva.

De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome.

A sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração.

Ele realizou poderosos feitos com seu braço; dispersou os que são soberbos no mais íntimo do coração.

Derrubou governantes dos seus tronos, mas exaltou os humildes.

Encheu de coisas boas os famintos, mas despediu de mãos vazias os ricos.

Ajudou a seu servo Israel, lembrando-se da sua misericórdia para com Abraão e seus descendentes para sempre, como dissera aos nossos antepassados “Lucas 1:46-55

 

Fuga para o Egito

Após o nascimento de Jesus, Maria e José foram alertados em um sonho sobre o perigo que o rei Herodes representava para o menino. Herodes, temendo perder o trono, havia ordenado a matança dos recém-nascidos em Belém.

Para proteger Jesus, Maria e José fugiram com Ele para o Egito. Eles permaneceram lá até a morte de Herodes, que ocorreu cerca de dois anos depois. Quando a ameaça passou, receberam uma nova instrução de Deus para retornarem à sua terra natal. A fuga para o Egito foi crucial para garantir a segurança e a vida de Jesus nos primeiros anos de sua vida.

Apresentação de Jesus no Templo

Quando Jesus tinha cerca de 40 dias, Maria e José o levaram ao Templo de Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme a lei judaica. Lá, encontraram o profeta Simeão, que havia sido prometido por Deus que veria o Messias antes de morrer. Simeão, cheio do Espírito Santo, reconheceu Jesus como o Salvador e louvou a Deus, dizendo que o menino seria uma luz para as nações e a glória de Israel.

Maria ouviu essas palavras com reverência, sabendo que o plano de Deus estava se cumprindo. Também estava presente a profetisa Ana, que agradeceu a Deus e falou sobre Jesus para todos que esperavam a redenção de Jerusalém. A apresentação no templo confirmou a missão de Jesus e o papel de Maria como mãe do Salvador.

 

 

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