O
MILAGRE DE IZABEL E UMA DADIVA DO CÉU A MARIA
A passagem bíblica que menciona, em que o Anjo do Senhor visita Isabel e Maria e elas são agraciadas por Deus com João Batista e Jesus em seus ventres, é narrada no Evangelho de Lucas, capítulo 1.
É
importante notar que o anjo Gabriel é o mensageiro divino enviado por
Deus nessas ocasiões. Ele não visita as duas mulheres juntas, mas em momentos
distintos.
A
Anunciação a Maria
A
história começa com o anjo Gabriel sendo enviado por Deus a uma cidade
da Galileia chamada Nazaré, para uma virgem chamada Maria, que estava
noiva de José. O anjo a saudou dizendo: "Alegra-te, cheia de graça! O
Senhor está contigo". Maria ficou perturbada com essas palavras, sem
entender o que significavam.
O
anjo, então, a acalmou e revelou a ela que ela havia encontrado graça diante de
Deus e que conceberia um filho, a quem deveria chamar Jesus. Ele seria
grande e seria chamado Filho do Altíssimo, e Deus lhe daria o trono de Davi,
seu antepassado, para reinar para sempre. Maria, surpresa, perguntou como isso
seria possível, já que era virgem. Gabriel explicou que o Espírito Santo viria
sobre ela e o poder do Altíssimo a cobriria com sua sombra, e por isso o menino
seria chamado Santo, Filho de Deus.
Para
fortalecer a fé de Maria, o anjo também lhe disse que sua parenta, Isabel,
que era considerada estéril e já estava em idade avançada, já estava no sexto
mês de gravidez. O anjo concluiu com a poderosa afirmação: "Porque para
Deus nada será impossível."
A
Visitação de Maria a Isabel
Após
a visita do anjo Gabriel, Maria prontamente se dirigiu à região montanhosa da
Judeia, para a casa de Zacarias e Isabel. Quando Maria saudou Isabel, um evento
extraordinário aconteceu: o bebê no ventre de Isabel saltou de alegria,
e Isabel foi cheia do Espírito Santo.
Isabel,
então, exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é
o fruto do teu ventre! E de onde me provém isto, que me venha visitar a mãe do
meu Senhor? Pois, logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o
bebê que está no meu ventre saltou de alegria. Bem-aventurada aquela que creu,
pois se hão de cumprir as coisas que dá parte do Senhor lhe foram ditas!".
Este
encontro é um momento de grande regozijo e confirmação divina. Isabel, cheia do
Espírito Santo, reconhece a divindade do filho que Maria carregava e abençoa a
fé de Maria. É um testemunho claro da ação de Deus na vida dessas duas mulheres
e do cumprimento de Suas promessas, com João Batista (ainda no ventre de
Isabel) "saudando" a chegada de Jesus (no ventre de Maria).
Essa
passagem é fundamental para a compreensão da história do nascimento de Jesus e
de João Batista, mostrando a intervenção divina e a fé de Maria e Isabel diante
de milagres que mudariam para sempre a história da humanidade.
CONTEXTO
HISTORICO
1. ZACARIAS E IZABEL.
Exercendo
ele o sacerdócio diante de DEUS (8) indica que se tratava de um sacerdote - em
uma época em que o sacerdócio era frequentemente corrupto e secularizado - que
percebia o caráter sagrado do seu trabalho e o relacionamento, tanto do seu
trabalho quanto da sua pessoa, com DEUS. DEUS não somente escolhe grandes
homens para executarem grandes tarefas, mas Ele também destina grandes pais
para esses homens - grandes, de acordo com o padrão de DEUS.
Na
ordem da sua turma significa a ordem de Abias. Na Páscoa, no Pentecostes, e na
Festa dos Tabernáculos todos os sacerdotes serviam simultaneamente, mas durante
o resto do ano cada uma das 24 ordens servia durante uma semana a cada seis
meses. Zacarias estava servindo durante uma dessas semanas no Templo. Depois de
terminar o seu período de serviço, ele retornaria à sua casa.
Os
deveres do sacerdote eram atribuídos por meio da sorte sagrada (9). Era uma das
maiores honras que um sacerdote poderia ter era a de oferecer incenso, e um
sacerdote não poderia tirar outra sorte melhor durante aquela semana de
serviço. O incenso era oferecido antes do sacrifício matinal, e depois do
sacrifício vespertino, no altar do incenso. Este altar se localizava no Templo,
imediatamente antes do véu que separava o Lugar SANTO do Lugar Santíssimo.
Toda
a multidão... estava fora, orando, à hora do incenso (10). Esta era uma ocasião
altamente sagrada. O incenso oferecido simbolizava as orações do povo, que eram
ofertadas ao mesmo tempo, pelas mulheres no pátio das mulheres, pelos homens no
pátio dos homens e pelos demais sacerdotes no pátio dos sacerdotes.
Então, um anjo do Senhor lhe apareceu [a Zacarias] (11). A voz
divina da revelação não havia se pronunciado durante quatro séculos. Então, de
repente, apareceu o anjo do Senhor. Observamos que o anjo não “se aproximou”,
ele apareceu - de repente, sem aviso. O fato de ele ter aparecido a um
sacerdote no Templo ressalta as características de Antigo Testamento desse
início da revelação do Novo Testamento. João seria um precursor do CRISTO que
viria e do seu Reino. Ele também seria um elo com a revelação do Antigo
Testamento, que agora estava chegando ao seu final. A direita do altar do
incenso é o lado norte, entre o altar do incenso e a mesa dos pães da
proposição. Observamos como Lucas é específico com os mínimos detalhes. Esta é
uma característica que podemos observar em todo o seu Evangelho, e é mais uma
prova da sua autenticidade.
Zacarias...
turbou-se... e caiu temor sobre ele (12). Esta era uma reação natural sob estas
circunstâncias incomuns.
O
anjo lhe disse... não temas (13). Embora o medo fosse a reação humana natural,
a missão do anjo proporcionava motivo para alegria. A sua presença não era uma
indicação do desagrado de DEUS, mas da Sua aprovação, e da adequação de
Zacarias para uma tarefa divina muito significativa.
... a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um
filho. A oração à qual o anjo se refere deve ter sido feita em um período
anterior da vida de Zacarias; a sua dificuldade em acreditar na promessa do
anjo evidencia que há muito tempo ele já tinha deixado de orar por um filho, ou
até mesmo de esperar por ele. Mas DEUS não se esquece das orações passadas. O
que parece ser uma demora ou uma recusa da parte de DEUS, é somente a Sua
perfeita sabedoria e o Seu perfeito planejamento. Sem dúvida, Zacarias orava frequentemente
pedindo também pela vinda do Messias, mas a oração mencionada era aquela em que
ele pedia um filho.
E
lhe porás o nome de João.
DEUS não apenas convocava e enviava os seus profetas, mas também frequentemente
lhes dava o nome. “João” significa “Jeová mostra graça” ou “a
misericórdia” ou “a graça de Jeová”.2
Este era um nome apropriado para alguém cujo ministério demonstra tão
claramente a lembrança e a misericórdia de DEUS para com o seu povo. Charles L. Childers. Comentário
Bíblico Beacon. Editora CPAD. Vol. 6. pag. 358-359.
A
FELICIDADE DE UM LAR PIEDOSO:
“Ambos eram justos...” 1) Este casal judaico
reconhecia a mão de DEUS em todos os acontecimentos da vida, v.8. 2)
Naturalmente isto foi porque oravam por tudo, v. 13. 3) Era um lar livre da
miséria produzida por bebida forte e que assola tantos lares atualmente, v. 15.
4) Suas vidas eram irrepreensíveis. Eram alçados a observar os preceitos das
Escrituras, v.6. Deve distinguir-se entre ser irrepreensível e ser perfeito. O
aluno que se aplica sinceramente para recitar corretamente as lições, não é
repreendido pelo professor, apesar das imperfeições. 5) Como suportavam com
paciência em oração o desapontamento, assim transbordavam com hinos de louvor,
quando DEUS por fim deu o filho. O louvor de Zacarias mostra que a mente do
velho era embebida da palavra de DEUS. 6) A influência do lar piedoso. Quantas pessoas foram grandemente abençoadas pelo contato
com o lar de Zacarias e Isabel? 7) DEUS tem planejado a vida inteira de
todas as pessoas, v. 17. Todos temos carreira marcada, At 20.24. 8) O filhinho neste lar era cheio do ESPÍRITO SANTO, desde o
começo, v.15.
2. JOSÉ E MARIA.
A
Mensagem do Anjo (1:26-33)
No sexto mês depois da concepção de Isabel, foi o anjo Gabriel
enviado... a Nazaré (26). É óbvio que Lucas está escrevendo para gentios, pois
nenhum judeu precisa ser lembrado de que Nazaré era uma cidade da Galileia.
Embora, como descendentes de Davi, tanto José quanto Maria chamassem Belém de
terra de seus antepassados, eles estavam naquela época vivendo em Nazaré, que
se situava a cerca de 130 quilômetros a nordeste de Jerusalém, em um planalto
no lado norte do Vale de Esdrelom.
A
uma virgem desposada com...
José (27). Maria ainda era uma virgem, e estava
noiva de José. Os noivados ou contratos de casamento entre os israelitas nos
tempos bíblicos eram mais significativos e representavam um laço mais forte do
que na atualidade. A lei mosaica considerava a infidelidade sexual por
parte de uma jovem que fosse noiva como adultério, e ela era punida por esta
transgressão (Dt 22.23-24). Frequentemente existia um intervalo de meses entre
o noivado e o casamento, mas ainda assim o noivado já representava um
compromisso que só poderia ser rompido através do divórcio. Este último fato é
exemplificado pela decisão de José de divorciar-se de Maria, antes de saber da
natureza da sua concepção (Mt 1.19), embora ele e Maria ainda não estivessem
casados.
Neste
ponto, é bom lembrar que a narrativa de Lucas da anunciação e do nascimento de
JESUS são feitos a partir do ponto de vista de Maria. Neste aspecto, a história
difere do relato de Mateus, que é feito a partir do ponto de vista de José. É
provável que Lucas tenha obtido esta informação direta ou indiretamente de
Maria, quando ele passou dois anos na Palestina. Lucas também estava mais
interessado em mostrar o relacionamento de JESUS com a humanidade através da
Sua mãe, do que a Sua relação legal com o trono de Davi através de José, o seu
pai oficial, embora não fosse o seu pai biológico.
Da
casa de Davi se refere a José e não a Maria. A gramática do texto grego
original e também a da versão em nosso idioma, exige esta interpretação. Mas
isto não quer dizer que Maria não fosse descendente de Davi, pois os versículos
32 e 69 deste mesmo capítulo dão a entender fortemente que ela era da linhagem
de Davi.
Entrando
o anjo onde ela estava (28). Isto não foi um sonho nem uma visão, mas uma
autêntica visita de um anjo.
Salve.
Esta é uma saudação com alegria. A palavra no original é o imperativo de um
verbo que significa “alegrar-se” ou “ficar feliz”. A
forma usada aqui é uma saudação normal. Seria o equivalente a: “Que a alegria esteja com você”.
Agraciada
(literalmente, “com a graça”);
bendita és tu entre as mulheres. O anjo a honrou
pelo que ela iria se tornar, antes mesmo que ela soubesse o assunto das
boas-novas. É certo que Maria deveria receber honra, e o anjo nos deu o
exemplo. Mas a adoração a Maria é completamente injustificada.
Ela
turbou-se muito com aquelas palavras (29) significa, literalmente, “ela ficou grandemente agitada”. A saudação e a
presença do anjo a perturbaram (acréscimo de Ev. Luiz Henrique). O que ele lhe
disse era mais difícil de entender do que a sua aparição e, aparentemente, mais
inesperado.
Ela
considerava: significa, literalmente, “ela estava pensando”. Isto
representa uma prova de sua presença de espírito neste momento crítico da sua
vida.
Em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho... JESUS (31). Aqui temos o anúncio da Encarnação. O Filho
de DEUS realmente se tornaria carne, seria concebido e nasceria de uma virgem.
Neste Filho a divindade e a humanidade estariam unidas de maneira inseparável. O seu nome, JESUS, significa “Salvador” ou, mais
literalmente, “DEUS salva”. É o equivalente grego do hebraico “Josué”. Lucas
não joga com as palavras na etimologia do nome “JESUS”, como faz Mateus.
Os seus leitores, sendo gentios, não teriam entendido o objetivo das palavras
“porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” de Mateus 1.21, por não
conhecerem a relação etimológica entre as palavras “JESUS” e “salvar”.
Este
será grande (32), no seu sentido mais elevado e verdadeiro. DEUS é grande, e
toda a grandeza verdadeira vem dele e é reconhecida por Ele. (Isaías 9.6).
Será
chamado Filho do Altíssimo não quer dizer que Ele simplesmente “seria chamado” de Filho de DEUS, mas é equivalente a
“Ele não apenas será o filho de DEUS, como também será reconhecido como tal”.
Ele terá as marcas da divindade. Esta palavra hebraica era de uso comum, e
literalmente equivalente a “Ele será o Filho do Altíssimo”.
O
trono de Davi, seu pai. Evidentemente, isto deixa claro que Maria era
descendente de Davi. Como muitos poderão argumentar, é verdade que o direito de
JESUS ao trono viria através de José, apesar de não ser o seu verdadeiro pai.
Mas aqui se menciona a filiação, e não se menciona José. Além disso, deve-se
observar que Lucas está escrevendo a partir do ponto de vista de Maria; e
também que o seu interesse pelas relações humanas de JESUS está ligado à
relação verdadeira, e não àquela que era considerada legal entre os judeus.
Reinará
eternamente na casa de Jacó (33). Isto é praticamente equivalente ao que está
escrito na frase seguinte: O seu Reino não terá fim, exceto que a primeira
enfatiza o aspecto judaico do reino. Lucas enfatiza muito claramente, em seu
Evangelho, a universalidade do reino de CRISTO; mas Paulo, que foi professor de
Lucas, enfatizava a continuidade do reino de Israel - e da semente de Abraão -
no reino de CRISTO. A última é a flor e o fruto; a primeira é a videira.
A
Pergunta de Maria (1.34)
Como se fará isso? (34)
Não se trata de uma pergunta como produto da dúvida, mas da perplexidade e da
inocência. Ela não está dizendo “Não pode ser”, mas pedindo uma explicação
sobre como isso pode ser, e como será feito. Uma
comparação superficial da pergunta de Maria com a expressão de dúvida de
Zacarias (1.18) faria com que ambas parecessem muito similares. Um olhar
mais detalhado sobre as duas perguntas irá provar conclusivamente que elas não
se assemelham nem em significado, nem em espírito.
Zacarias
perguntou: “Como saberei
isso?”, querendo dizer, “Que sinal você vai me dar
como prova de que isto irá acontecer?” Mas Maria perguntou “Como se fará isso?”, ou seja, que meios farão
isso acontecer?
Existe
ainda outra diferença que deve ser observada. O
milagre que foi prometido a Zacarias era um caso normal de cura divina, aliado
a uma capacitação divina de uma mulher para dar à luz em idade avançada. Isto
realmente era um milagre. Mas a maravilha que foi prometida a Maria continua
confundindo a imaginação dos maiores pensadores da igreja e do mundo em todas
as gerações. E nada menos do que o mistério da Encarnação divina - DEUS se
tornou carne.
3.
A Resposta do Anjo (1.35-38)
Descerá sobre ti o ESPÍRITO SANTO (35). O anjo respondeu amavelmente à pergunta que
tinha sido feita de forma tão inocente. A resposta não esclarece o mistério: somente indica o agente. O ESPÍRITO SANTO, como agente de
DEUS Pai, toma o lugar de um marido de alguma maneira não explicada - e talvez
inexplicável. Aqui, na resposta do anjo, podemos ver o poder procriativo
da mulher na sua mais completa pureza, unido à onipotência de um DEUS amoroso e
santo. Vemos delicadeza, significado e mistério unidos nas palavras a virtude
do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Esta “cobertura com a sombra do
Altíssimo” possivelmente inclui tanto o milagre da concepção quanto a
supervisão, o cuidado e a proteção contínuos de Maria pelo ESPÍRITO SANTO. Será
chamado Filho de DEUS não se refere à eterna filiação do CRISTO pré-encarnado,
mas sim ao milagre da Encarnação. Como DEUS tomou o lugar de um pai terreno,
JESUS pode ser chamado Filho de DEUS da mesma forma que um menino é chamado de
filho de seu pai.
Charles
L. Childers. Comentário Bíblico Beacon. Lucas. Editora CPAD. Vol.
6. pag. 362-364.
A palavra de DEUS é a
semente de DEUS, quando o anjo Gabriel comunica a Maria que ela vai conceber,
isso é a Palavra de DEUS entrando no útero virgem de Maria, e assim ela concebe
a vida de JESUS em seu ventre.
O pastor das ovelhas, aquele que dá a vida pelas suas ovelhas,
entrou na terra (curral ou aprisco das ovelhas) pela porta como todos nós - a
porta do nascimento físico através de uma mulher. Aquele que entra por
outra porta (não nasceu de uma mulher) é ladrão e salteador - Satanás. (Jo 10).
Maria
ficara perplexa ante o fato de que ela haveria de ser a progenitora do Messias
davídico, e também porque isso era um anúncio virtual de que teria um filho
antes da consumação de seu matrimônio, como ocorrência inteiramente
desvinculada desse casamento.
Maria,
mostrando-se digna representante das mulheres da mais profunda confiança no Senhor,
—não requereu um sinal—ou qualquer espécie de confirmação, mas aceitou a
declaração por um notável ato de fé. O vs. 45 afirma a sua crença: «Bem-aventurada a que creu, porque serão cumpridas as
palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor».
CHAMPLIN,
Russell Norman, O Novo Testamento Interpretado versículo por
versículo. Editora Candeias. Vol. 2. pag. 16.
A informação adicional que o anjo transmite a Maria, respondendo à sua pergunta a respeito do nascimento deste príncipe.
1. A pergunta que ela faz é apropriada: “Como se fará isto?”, v. 34. Como eu posso conceber um filho na atualidade (pois foi
isto o que o anjo quis dizer), se eu “não conheço varão”? Deverá ser de
outra maneira, e não pelo modo normal de concepção? Se for assim, diga-me “como se fará isto?” Ela sabia que o Messias devia
nascer de uma virgem; e, se ela devia ser a sua mãe, ela queria saber como isto
aconteceria. Estas não eram palavras resultantes da sua falta de confiança, ou
de qualquer dúvida sobre o que o anjo lhe havia dito, mas de um desejo de
receber mais orientação.
2. A resposta que ela recebe é satisfatória,
v. 35. (1) Ela irá conceber pelo poder do “ESPÍRITO
SANTO”, cuja obra é santificar, e, portanto, santificar a virgem, para este
propósito. O ESPÍRITO SANTO é chamado de “virtude do Altíssimo”. Ela pergunta
“como se fará isto? Isto é suficiente para ajudá-la a superar as dificuldades
que parecem existir. Um poder divino o realizará, não o poder de um anjo
empregado para isto, como em outros milagres. Mas, o poder do próprio “ESPÍRITO
SANTO”. (2) Ela não deve fazer perguntas a respeito da maneira como isto se
realizará, pois o ESPÍRITO SANTO, sendo “a virtude do Altíssimo”, irá cobri-la
“com a sua sombra”, como a nuvem cobriu o tabernáculo quando a glória de DEUS
tomou posse dele, para escondê-lo daqueles que poderiam - com excessiva
curiosidade - observar o que acontecia, “bisbilhotando” os seus mistérios. A
formação de cada bebê no útero, e a entrada do espírito da vida nele, são
mistérios da natureza; ninguém conhece “o caminho do vento, nem como se formam
os ossos no ventre da que está grávida”, Eclesiastes 11.5. Nós fomos formados
no oculto, Salmos 139.15,16. A formação do menino JESUS é um mistério ainda
maior, sem controvérsia, “grande é o mistério da piedade”, DEUS manifestado em
carne, 1 Timóteo 3.16. E uma coisa nova criada na terra (Jr 31.22), a cujo
respeito nós não devemos cobiçar conhecer além do que está escrito.
(3) A criança que ela irá conceber é santa, e,
portanto, não deve ser concebida da maneira normal, porque ela não deverá
compartilhar da corrupção e da contaminação comuns à natureza humana. O bebê é mencionado enfaticamente como “o SANTO”, como
nunca houve; e Ele será chamado de “Filho de DEUS”, como o Filho de DEUS por
geração eterna, o que indica como Ele será formado pelo ESPÍRITO SANTO, nesta
concepção. A sua natureza humana deveria ser produzida desta maneira, como era
adequado que fosse, pois se uniria à natureza divina.
HENRY.
Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento MATEUS A JOÃO Edição completa.
Editora CPAD. pag. 517.
Acontecimentos
marcantes da vida de Maria
Os
principais acontecimentos da vida de Maria:
- A
anunciação do anjo a Maria:
O anjo Gabriel visita Maria e anuncia que ela conceberá e dará à luz um
filho, Jesus, que será chamado Filho de Deus. Maria aceita a missão com
humildade.
- Maria
visita Isabel: Ao
saber que sua prima Isabel estava grávida de João Batista, Maria foi
visitá-la. Quando Maria, já esperando Jesus, chegou à casa de Isabel, o
bebê no ventre de Isabel saltou de alegria, e Isabel imediatamente
reconheceu que Maria carregava o Salvador.
- O
nascimento de Jesus:
Maria e José viajam para Belém devido a um censo e, ali, Maria dá à Luz
Jesus em um estábulo, colocando-o em uma manjedoura.
- Apresentação
no Templo: Maria e
José levam Jesus ao Templo de Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor,
conforme a lei. O profeta Simeão reconhece Jesus como o Messias.
- Fuga
para o Egito: Maria e
José fogem com Jesus para o Egito após serem avisados em um sonho que o
rei Herodes estava procurando matar o menino.
- Jesus
no Templo aos 12 anos:
Quando Jesus tinha 12 anos, Maria e José o perdem durante uma peregrinação
a Jerusalém. Eles o encontram no Templo, discutindo com os doutores da
lei.
- Bodas
de Caná: Durante um
casamento em Caná, Maria informa a Jesus que o vinho acabou. Jesus realiza
seu primeiro milagre, transformando água em vinho.
- A mãe
e os irmãos de Jesus:
Maria e os irmãos de Jesus vão procurá-lo, Jesus utiliza a oportunidade
para ensinar sobre a verdadeira família de Deus.
- A
crucificação de Jesus:
Maria está presente ao pé da cruz durante a crucificação de Jesus. Em seus
últimos momentos, Ele confia o cuidado de sua mãe ao discípulo amado,
João.
- Presença
após a ressurreição:
Após a ascensão de Jesus, Maria é mencionada como parte da comunidade de
crentes que se reúne para oração e aguardam o derramar do Espírito Santo.
O
que podemos aprender com a vida de Maria
A
vida de Maria, mãe de Jesus, nos ensina lições importantes e inspiradoras.
Primeiro, ela mostra o valor da fé e da obediência a Deus. Maria aceitou a
missão de ser a mãe do Salvador com humildade e coragem, mesmo diante de
grandes desafios e incertezas. Mesmo sem saber o que poderia acontecer, ela
aceitou a missão.
Maria
também nos ensina sobre a importância da entrega e da perseverança. Ela
permaneceu ao lado de Jesus durante toda a Sua vida, desde o nascimento até a
sua crucificação, demonstrando amor e apoio inabaláveis. Sua presença constante
é um exemplo de compromisso e dedicação a Deus.
Além
disso, Maria é um modelo de serviço e humildade. Apesar de sua posição especial
como mãe de Jesus, ela sempre agiu com humildade e serviu aos outros. Sua vida
nos inspira a buscar um relacionamento mais próximo com Deus, a obedecer a Seus
planos e a viver com fé e coragem, independentemente das dificuldades.
Estudo
bíblico sobre Maria
O nascimento de Jesus
Maria recebeu a mensagem do anjo Gabriel, que lhe revelou que ela ficaria grávida pelo poder do Espírito Santo e que seu filho se chamaria Jesus.
José,
seu noivo, ficou confuso quando soube que Maria estava grávida, mas um anjo
também apareceu a ele em sonho. O anjo explicou que o bebê era do Espírito
Santo e que José deveria tomar Maria como sua esposa e cuidar dela e do menino.
José, sendo um homem justo e obediente, fez o que o anjo mandou.
Quando
estava perto do nascimento de Jesus, Maria e José viajaram para Belém devido a
um censo ordenado pelo imperador. Chegando lá, não encontraram lugar para
ficar, pois as hospedarias estavam lotadas. Acabaram encontrando abrigo em um
estábulo. Foi ali, em humildes condições, que Maria deu à Luz Jesus. Ela o
envolveu em faixas e o deitou em uma manjedoura.
Este
nascimento simboliza a chegada do Salvador e o cumprimento das promessas de
Deus. A primeiras pessoas a visitarem, foram os pastores, que receberam a
notícia do nascimento do Salvador por meio de anjos. Durante toda a gestação,
Maria desempenhou um papel crucial, aceitando com fé a sua missão e cuidando de
Jesus, mostrando dedicação e obediência.
A
anunciação do anjo a Maria
Maria
estava sozinha durante o dia, quando o anjo, que se chamava Gabriel, apareceu
na sua frente. Gabriel lhe disse que ela era muito abençoada e escolhida por
Deus para uma grande missão. Maria ficou surpresa e um pouco assustada, mas o
anjo a tranquilizou, dizendo que ela daria à luz um filho, Jesus, que seria o
Filho de Deus e o Salvador do mundo.
Ao
saber da notícia dada pelo anjo Gabriel, Maria respondeu com humildade e fé.
Ela disse: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua
palavra" (Lucas 1:38). Isso significa que Maria aceitou a vontade de Deus
sem hesitação, mesmo sem entender completamente o que isso implicaria. Este
momento marca o início da vida de Jesus na Terra, mostrando a importância da
obediência e fé de Maria.
Maria
visita Isabel após a notícia do anjo Gabriel
Logo
após receber a notícia do anjo Gabriel, Maria foi visitar sua prima Isabel, que
morava em outra cidade e também estava grávida milagrosamente. Ao chegar, Maria
saudou Isabel, e, nesse momento, o bebê no ventre de Isabel, que era João
Batista, saltou de alegria.
Isabel,
cheia do Espírito Santo, reconheceu que Maria carregava o Salvador e a
abençoou, dizendo que ela era muito especial por crer na promessa de Deus. A
visita de Maria a Isabel mostra o poder da fé e da comunhão entre as pessoas
que confiam em Deus.
Em
resposta a Isabel, Maria louvou ao Senhor com um cântico, exaltando a grandeza
de Deus e Sua bondade:
O
cântico de Maria
Então
disse Maria: "Minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra
em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva.
De
agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada, pois o Poderoso
fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome.
A
sua misericórdia estende-se aos que o temem, de geração em geração.
Ele
realizou poderosos feitos com seu braço; dispersou os que são soberbos no mais
íntimo do coração.
Derrubou
governantes dos seus tronos, mas exaltou os humildes.
Encheu
de coisas boas os famintos, mas despediu de mãos vazias os ricos.
Ajudou
a seu servo Israel, lembrando-se da sua misericórdia para com Abraão e seus
descendentes para sempre, como dissera aos nossos antepassados “Lucas 1:46-55
Fuga
para o Egito
Após
o nascimento de Jesus, Maria e José foram alertados em um sonho sobre o perigo
que o rei Herodes representava para o menino. Herodes, temendo perder o trono,
havia ordenado a matança dos recém-nascidos em Belém.
Para
proteger Jesus, Maria e José fugiram com Ele para o Egito. Eles permaneceram lá
até a morte de Herodes, que ocorreu cerca de dois anos depois. Quando a ameaça
passou, receberam uma nova instrução de Deus para retornarem à sua terra natal.
A fuga para o Egito foi crucial para garantir a segurança e a vida de Jesus nos
primeiros anos de sua vida.
Apresentação
de Jesus no Templo
Quando
Jesus tinha cerca de 40 dias, Maria e José o levaram ao Templo de Jerusalém
para apresentá-lo ao Senhor, conforme a lei judaica. Lá, encontraram o profeta
Simeão, que havia sido prometido por Deus que veria o Messias antes de morrer.
Simeão, cheio do Espírito Santo, reconheceu Jesus como o Salvador e louvou a
Deus, dizendo que o menino seria uma luz para as nações e a glória de Israel.
Maria
ouviu essas palavras com reverência, sabendo que o plano de Deus estava se
cumprindo. Também estava presente a profetisa Ana, que agradeceu a Deus e falou
sobre Jesus para todos que esperavam a redenção de Jerusalém. A apresentação no templo confirmou a missão de Jesus e o
papel de Maria como mãe do Salvador.
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