JOÃO BATISTA SEU CHAMADO E HISTÓRIA
João Batista teve
um ministério curto, no entanto, podemos aprender muitas lições sobre sua vida.
Neste estudo, vamos explorar a fundo a história de João Batista.
Texto base para
este Estudo sobre a vida de João Batista: Lucas 1:5-80
“Mas
o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida,
e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João.
E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento, porque será
grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do
Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. E converterá muitos dos filhos de
Israel ao SENHOR seu Deus, E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias,
para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos
justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem-disposto.” Lucas 1:13-17
O significado
do nome João Batista
João – vem do hebraico Iohanan,
a partir da união de Yah “Javé, Jeová, Deus” e hannah,
que quer dizer “graça”, e significa “Deus é cheio de graça, agraciado por
Deus”.
Batista – tem origem no nome grego Baptistas,
a partir da palavra baptites, que quer dizer “submergir,
mergulhar” e é atribuído o significado de “o que batiza”.
Aqui estão os
eventos relacionados ao seu nascimento:
1. Os pais de
João Batista
Ambos
os pais de João eram da tribo de Levi e descendiam diretamente de Aarão,
o que estabelecia João como um levita legítimo e parte da linhagem sacerdotal
de Aarão. No entanto, sobre os primeiros anos de crescimento de João, há
escassas informações disponíveis, a exceção sendo Lucas 1:80, que relata:
“E o menino cresceu e se fortaleceu em espírito; e ele viveu no
deserto até aparecer publicamente em Israel. “
Não
temos detalhes específicos sobre se João foi consagrado ao Senhor desde a
infância e confiado a um grupo ascético nos arredores de Jerusalém, no deserto,
ou se, como um jovem adulto, escolhido viver uma vida solitária nos desertos,
tornando-se uma autêntica “voz de Deus” no deserto. De qualquer forma,
nos anos que antecederam seu ministério público, ele residiu no deserto.
Quanto
aos seus pais, Isabel e Zacarias,
eles enfrentaram situações desafiadoras. Isabel era
estéril, e eles nunca conseguiram conceber um filho. Isso foi particularmente
significativo na sociedade da época, em que os filhos eram altamente
valorizados. Isabel considerava a falta de filhos uma “desgraça” perante os
outros, e muitas pessoas a ficaram olhado com desdém, talvez questionando se
Deus os estava punindo por algum pecado em suas vidas.
No
entanto, a resposta divina à fé de seus pais foi milagrosa, como registrada em
Lucas 1:13, quando o anjo confortou Zacarias, dizendo:
“Não tenha medo, Zacarias; sua oração foi ouvida. Sua esposa,
Isabel, lhe dará um filho.”
Essa
resposta divina à oração fervorosa de seus pais destaca a intervenção de Deus
na vida de João e estabelece um prelúdio notável para o extraordinário
ministério que ele estava destinado a cumprir.
2. O Anjo Gabriel Proclamou Divinamente Seu Nascimento (Lucas 1:11-19)
¹”
E o anjo do Senhor lhe apareceu, posto em pé, à direita do altar do incenso.” ²”
E, vendo-o Zacarias, turbou-se, e caiu-lhe temor sobre ele.” ³” mas o anjo lhe
disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua
mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João.” ⁴” E terás prazer
e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento;” ⁵” porque ele será grande
diante do Senhor, e não beberá vinho, nem sidra, e será cheio do Espírito
Santo, já desde o ventre de sua mãe.” ⁶” E converterá muitos dos filhos de
Israel ao Senhor seu Deus.” ⁷” E irá adiante dele no espírito e virtude de
Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à
prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem-disposto.” ⁸”
E perguntou Zacarias ao anjo: Como saberei isto? pois eu já sou velho, e minha
mulher, avançada em idade.” ⁹” E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou
Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas
alegres novas.” ¹⁰” E eis que ficarás mudo, e não poderás falar até o dia em
que estas coisas aconteçam; porquanto não creste nas minhas palavras, que a seu
tempo se cumprirão.”
Enquanto
o sacerdote Zacarias estava no templo em Jerusalém
cumprindo seus deveres sacerdotais, oferecendo incenso sobre o altar, o anjo
Gabriel apareceu ao seu lado.
Gabriel,
o mensageiro celestial, anunciou a Zacarias que ele teria um filho e até o
disse que nome dar ao filho. No entanto, Zacarias e sua esposa Isabel
enfrentaram uma situação desafiadora, pois Isabel era estéril, e ambos eram
idosos.
Diante
desse anúncio inesperado, Zacarias, feito pela incredulidade, ousou questionar
o anjo com estas palavras:
“Disse então Zacarias ao anjo: Como
saberei isto? pois eu já sou velho, e minha mulher avançada em idade” (Lucas 1:18).
Suas
palavras refletiram a surpresa e a perplexidade diante da promessa celestial.
Entretanto,
o anjo, identificando-se como Gabriel, ofereceu-lhe uma resposta que o deixaria
sem voz, como um sinal do cumprimento das palavras divinas.
Esses
acontecimentos marcantes e sobrenaturais mostram o papel crucial que Zacarias e
Isabel desempenharam na história do nascimento de João Batista, o precursor
de Jesus
Cristo.
3.
Zacarias duvidou das palavras de Gabriel (Lucas 1:20)
E
eis que ficarás mudo, e não poderás falar até o dia em que estas coisas
aconteçam; porquanto não creste nas minhas palavras, que a seu tempo se hão de
cumprir.
Zacarias,
embora fosse um homem justo, enfrentou um desafio em sua fé quando ouviu as
palavras de Gabriel. Sua falta de fé ficou evidente quando ele duvidou das
palavras do anjo, e como resultado, Gabriel deu-lhe um sinal: Zacarias ficaria mudo até o nascimento de João.
Zacarias
teve que suportar cerca de nove meses de silêncio. Quando Zacarias saiu do
templo, ele ficou impossibilitado de se comunicar com as pessoas ao seu redor,
e então ele voltou para sua própria casa (Lucas 1:23).
É
interessante notar que, apesar de sua dúvida, Zacarias não foi repreendido
quando fez uma pergunta semelhante à que Gabriel fez.
Isso nos ensina que a motivação por trás de uma pergunta é significativa aos
olhos de Deus.
Uma
pergunta pode ser feita com o desejo sincero de aprender e compreender melhor a
vontade divina, ou pode ser feita com a intenção de desafiar ou discutir. Deus
é capaz de discernir essa diferença e responder de acordo com a motivação do
coração da pessoa.
4.
O Nascimento de João Batista (Lucas 1:57-59)
¹”
E já a Isabel completara-se o tempo de dar à luz, e teve um filho.” ²” E
ouviram os seus vizinhos e parentes que o Senhor tinha engrandecido a sua
misericórdia para com ela, e alegraram-se com ela.” ³” E aconteceu que ao
oitavo dia vieram circuncidar o menino; e chamavam-no pelo nome de seu pai,
Zacarias.”
O
Nascimento de João Batista foi um evento extraordinário na história bíblica.
Após a concepção, Isabel permaneceu
em reclusão por cinco meses, pois Deus havia removido a vergonha da
esterilidade que a afligia.
Nesse
tempo, sua prima, Maria,
a futura mãe de Jesus, a visitou. Maria já tinha sido informada pelo anjo
Gabriel sobre a concepção miraculosa de seu primo, conforme registrado em Lucas
1:36.
João
se tornaria um dos bebês na Bíblia nascidos por meio de um milagre, assim
como Sara.
Deus reverteu o processo natural de envelhecimento dos corpos de Zacarias e
Isabel para que eles pudessem ter um filho.
Finalmente,
chegou o momento esperado, e Isabel deu à luz um filho (57). Conforme a
tradição, vizinhos e parentes compartilharam a alegria do nascimento. No oitavo
dia, durante a circuncisão, tentaram dar ao menino o nome de seu pai, Zacarias,
conforme Lucas 1:59.
No
entanto, Isabel não concordou com a sugestão dos amigos e decidiu que o nome da
criança seria João, como revelado pelo anjo Gabriel. Em Lucas 1:60, ela
afirmou: “Seu nome será chamado João.”
Houve
sinais dados a Zacarias sobre o nome a ser escolhido. Ele solicitou uma
tabuinha de escrever e, seguindo a orientação divina, escreveu: “O seu
nome é João.” Isso surpreendeu a todos, como é relatado em Lucas 1:63.
Pois, ele estava seguindo exatamente o que Gabriel havia dito.
Após
esse episódio, Zacarias recuperou a fala e, cheio de gratidão e inspiração
divina, louvou a Deus e profetizou, como registrado nos versículos 67 a 79.
João
cresceu no deserto a oeste do Mar
Morto, como mencionado em Lucas 1:80, onde se fortaleceu espiritualmente,
preparando-se para cumprir o importante papel que Deus havia designado para ele
como precursor de Jesus e o último profeta da era do Antigo Testamento.
O ministério de João Batista:
1.
João Batista começa a pregar (Lucas 3:2-3; Mateus 3:1)
²Annas
e Caifás eram os sumos sacerdotes. Foi a palavra de Deus que veio a João, filho
de Zacarias, no deserto. ³E ele percorreu toda a região do Jordão, pregando um
batismo de retorno para o perdão dos pecados.
Lucas
3:2-3-¹E,
NAQUELES dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judeia,
Mateus
3:1-João Batista iniciou
seu ministério proclamando a mensagem divina, conforme registrada em Lucas
3:2-3 e Mateus 3:1. Ele pregou destemidamente e representou o primeiro profeta
autêntico que surgiu em Israel em aproximadamente quatro séculos.
Sua
mensagem era direta, enfocando um chamado ao arrependimento e anunciando o
advento de uma nova era, o reino
dos céus. Seu propósito central era preparar o povo para a chegada de
Cristo, apontando especificamente para Jesus, conforme destacado em Mateus
3:2,6 e João 1:15.
João
anunciou Jesus como uma manifestação de Deus (João 1:16-18), o que levou
algumas pessoas a questionarem se ele próprio era o Messias. João respondeu
calorosamente a essa questão em João 1:19-23, enfatizando que ele não era a
Luz, mas deveria dar testemunho dela (João 1:7-8).
2. João batiza Jesus no rio Jordão (Mateus 3:13-17)
¹Então
veio Jesus da Galileia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por
ele. ², Mas João o opunha-se, dizendo: Eu careço de ser batizado por ti, e vens
tu a mim? ³Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim
nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. ⁴E, sendo Jesus
batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito
de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. ⁵E eis que uma voz dos céus
dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Mateus 3:13-17
Outro
momento crucial em seu ministério foi quando João batizou Jesus no rio Jordão,
conforme Mateus 3:13-17.
João
conheceu Jesus entre a multidão, apesar de não ter conhecido anteriormente.
Essa revelação ocorreu após João recebendo uma revelação especial, conforme
João 1:33-34, na qual ele foi informado de que o Messias seria identificado
pelo Espírito
Santo descendo sobre ele.
Assim,
João batizou Jesus, e o cumprimento da revelação ocorreu quando o Espírito de
Deus desceu como uma pomba e uma voz do céu confirmou que Jesus era o Filho de
Deus.
3.
A mensagem de João antes e depois de seu encontro com Jesus
A
mensagem de João antes e depois de seu encontro com Jesus também foi notável.
Antes do encontro, João pregou um chamado ao arrependimento e
batismo. Vejamos então:
“Arrependei-vos, porque chegou ao Reino dos céus.” Mateus 3:2
Após
o encontro, ele proclamou Jesus como o “Cordeiro de Deus”, fazendo referência
ao sistema de sacrifícios judeus e ressaltando que Jesus, por meio de Seu
sacrifício, traria perdão e expiação definitiva para os pecados (João 1:29).
“29 No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse:
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” João 1:29
João
tinha uma verdade profunda de que sua missão era diminuir enquanto Jesus
deveria crescer (João 3:30).
“É necessário que ele cresça e que eu diminua. “João 3:30
4.
Seus motivos (João 3:31-34)
¹
aquele que vem de cima é sobre todos; aquele que vem da terra é da terra e fala
da terra. Aquele que vem do céu é sobre todos. ²E aquilo que ele viu e ouviu,
isso testifica; e ninguém aceita o seu testemunho. ³ Aquele que aceitou o seu
testemunho, está confirmado que Deus é verdadeiro. ⁴ Porque aquele que Deus
invejo fala as palavras de Deus, pois Deus não dá o Espírito por medida.
Os
motivos de João eram notáveis, pois ele não buscava glória pessoal. João não
realizou milagres, conforme referência em João 10:41.
Sua
única aplicação era proclamar a verdade sobre Jesus, e ele nunca hesitou em
falar a respeito do Messias.
João
era um homem comum tornado extraordinário pela orientação do Espírito de Deus e
por seu compromisso inabalável com a missão divina na qual lhe foi confiada
desde antes de seu nascimento. Pois, sua vida reflete fielmente sua mensagem e
seu papel como precursor de Jesus.
Onde
João viveu e batizou
O
deserto tinha para João um significado muito mais profundo do que simplesmente
um local isolado. Era um lugar que carregava um rico simbolismo na história.
Foi para o deserto que o profeta Elias fugiu
em tempos difíceis, e também foi o deserto onde Deus guiou o Seu povo durante a
jornada em direção à Terra Prometida.
Além
disso, o deserto era considerado um lugar de revelação divina, e muitos
acreditavam que o Messias poderia aparecer ali. Esse cenário apenas aumentou a
expectativa e a entusiasmo em torno do ministério de João entre as pessoas
ansiosas na Judeia.
É
importante destacar que João não se refugiou no deserto para se esconder das
pessoas; pelo contrário, ele atraiu grandes multidões, conforme registrado em
Lucas 3:10. O quarto evangelho também nos informa que o ministério de João se
estendeu até o território samaritano. O local de Enon, próximo a Salim, onde
João realizou batismos, provavelmente estava localizado próximo à antiga cidade
de Siquém (a moderna Nablus).
Mais
tarde, quando Jesus apresentou a participação no trabalho de outros em João
4:38, é provável que fizesse referência ao trabalho de João.
Ambos
os homens compartilharam uma visão crítica em relação aos “filhos de Abraão”
que confiavam em sua herança e eleição, e eles buscaram chamar as pessoas ao
arrependimento e à conexão verdadeira com Deus.
Por
que João batizava?
O
rito de batismo realizado por João para aqueles que se arrependiam de seus
pecados foi uma característica mais proeminente de seu ministério, mas ele não
o inventou. Sua singularidade residia na interpretação que João atribuía a esse
ato.
Essa
interpretação tinha, essencialmente, duas dimensões: uma orientação messiânica
ou escatológica e uma renovação pessoal na vida dos batizados. João via a si
mesmo como um precursor do fim dos tempos, cumprindo uma profecia divina ao
iniciar uma série de eventos que levariam à revelação do Messias a Israel e ao
mundo.
O
batismo nas águas de João simbolizava um batismo mais profundo com o Espírito
Santo, que o Messias administraria posteriormente.
Simultaneamente,
João estava ciente da necessidade de purificação de Israel para receber o Rei
messiânico. Ele não aceitava uma visão universalista, pois acreditava que Deus
estava diretamente envolvido com Seu próprio povo, Israel, e não com outras
nações.
No
entanto, João rejeitou a ideia de que uma simples condição de ser judeu era
suficiente para garantir o favor divino. Ele enfatizou que o arrependimento e a
transformação de vida eram pré-requisitos para ingressar no reino do Messias.
Assim,
o ato do batismo representava a primeira evidência tangível do sincero desejo
de mudança de comportamento por parte daqueles que o buscavam.
Em
nome de quem João estava batizando?
João
Batista realizou batismos em nome daquele que estava por vir, ou seja, em
preparação para a chegada do Messias, que era Jesus Cristo. Ele pregou o
arrependimento e instava as pessoas a se batizarem como um sinal de sua
disposição para abandonar o pecado e se voltar para Deus. O batismo de
João tinha um caráter profético, anunciando a vinda de Salvador e preparando o
coração das pessoas para recebê-lo.
A
inspiração para a prática e a teologia do batismo de João pode ser rastreada
até o Antigo Testamento. Em Levítico 15, as prescrições para banhos de água
eram dadas como um meio de lidar com a impureza. Todas as formas de batismo
judaico, incluindo o de João, tiveram suas raízes nessa fonte.
A
pureza predominante incluía tanto a limpeza exterior quanto a interna do
coração. Além disso, o Antigo Testamento também menciona a abertura de uma
fonte para purificar o pecado e a impureza (Zacarias 13:1).
A
relação entre João Batista e Jesus
A
relação entre João Batista e Jesus foi profundamente significativa e
desempenhou um papel crucial no início do ministério de Jesus.
A
primeira fase do ministério público de Jesus se desenvolveu no âmbito de
influência de João Batista. Isso é evidenciado de maneira clara no quarto
evangelho. Seu ministério não era simplesmente uma sobreposição de esforços ou
encomendas geográficas; eles compartilharam uma visão e preocupações comuns.
Havia
vários pontos de convergência notáveis entre
os ministérios de João e Jesus. Após seu próprio
batismo por João, Jesus retirou-se ao
deserto para jejuar e orar. Em seguida, ele cercou-se de um grupo de discípulos e, na região da Judéia, também
praticou o batismo.
O
Supremo Tributo a João Batista
Este
é um trecho das escrituras que destaca a elevada estimativa que Jesus tinha por
João Batista. Em Mateus 11:11, Jesus proclamou:
“Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não
apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino
dos céus é maior do que ele.”
Essa
afirmação de Jesus ressalta a importância singular de João Batista na história
da salvação. Jesus escolheu João Batista entre todos os que o precederam,
conferindo-lhe uma honra excepcional.
Além
disso, Jesus prestou homenagem ao ministério profético de João Batista no
versículo 9, quando Ele disse:
“Mas
o que saístes para ver? Um profeta? sim, eu vos digo, e mais do que um
profeta.”
Essas
palavras de Jesus confirmam a magnitude da missão profética de João Batista,
que foi mais do que apenas um profeta comum. João preparou o caminho para a
vinda de Jesus, cumprindo a profecia do Antigo Testamento e desempenhando um
papel crucial na história da redenção.
Quem
eram os seguidores de João Batista?
Os
seguidores de João Batista eram um grupo diversificado de pessoas atraídas por
seu ministério e sua mensagem. Tanto João quanto Jesus conseguiram reunir seus
próprios grupos de discípulos, e alguns dos seguidores originais de João
eventualmente se aproximaram de Jesus e se uniram ao seu grupo.
Durante
seu breve ministério de apenas seis meses, João Batista ganhou notável
popularidade. Como evidenciado em Marcos 1:5, “toda a região da
Judéia e todo o povo de Jerusalém saiu até ele”, destacando a grande
influência e alcance de seu ensinamento e batismo de arrependimento.
Mesmo
vários anos após a morte de João, a lealdade à memória sua permanência forte.
Jesus, em um momento específico, usamos essa lealdade para evitar responder a
uma pergunta contida.
¹³
E, chegando ele ao templo, aproximaram-se dele, estando já ensinando, os
príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade
fazes isto? E quem te deu tal autoridade? ¹⁴ E Jesus, respondendo, disse-lhes:
Eu também vos perguntarei uma coisa; e, se má disserdes, também eu vos direi
com que autoridade faço isto. ¹⁵ O batismo de João, onde era? Dos céus ou dos
homens? E eles arrazoavam entre si, dizendo: Se dissermos dos céus, ele nos
dirá: Então, por que não o crestes? ¹⁶ E, se dissermos dos homens, tememos o
povo, porque todos têm a João como profeta. ¹⁷ E, respondendo a Jesus,
disseram: Não sabemos. Disse-lhes também: Nem vos digo com que autoridade faço isto.
Mateus 21:23-17
Muito
tempo depois do falecimento de Jesus, Priscila e Áquila cruzaram o caminho de
um judeu chamado Apolo,
que havia sido discípulo de João Batista e tinha vindo de Alexandria. Além
disso, Paulo também
teve um encontro com um grupo de doze discípulos de João quando estava em
Éfeso.
Esses
encontros evidenciaram que os seguidores de João Batista continuaram a existir
em números consideráveis e
se dispersaram muito tempo depois de sua morte.
Surpreendentemente,
não parecia haver uma rivalidade entre as comunidades messiânicas, pois assim
que os discípulos de João ouviram a mensagem do evangelho de Cristo, eles os
receberam com grande alegria.
A
morte de João Batista (Marcos 6:14-29)
A
morte de João Batista Dentro do Evangelho de Marcos, encontramos a única
narrativa significativa que não se concentra em Jesus, mas sim na morte de João
Batista.
Tanto
o Evangelho de Marcos quanto os escritos do historiador judeu Josefo deixaram
claro que Herodes
Antipas via João como o líder central por trás do crescente fervor
messiânico que se espalhava pela Judéia.
João
representava uma ameaça política direta ao reinado de Herodes, e, quando ele
também denunciou publicamente a conduta moral de Herodias,
a noiva de Herodes, o rei tentou a prisão de João.
A
morte de João Batista teve um impacto significativo em Jesus. Quando Jesus
soube da prisão de João pela primeira vez, ele se retirou para a Galileia,
sabia do perigo que isso representava para ele próprio. Mais tarde, quando
recebeu a notícia da execução de João, ele descobriu um local solitário,
provavelmente para refletir sobre o terrível significado desse evento para o
seu próprio destino futuro.
Cumprimento
das Profecias no Ministério de João Batista e Jesus
Lucas
1:17 e Malaquias 4:5:
Lucas 1:17 declara:
“E irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações
dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos; a fim de preparar ao
Senhor um povo bem-disposto.”
Malaquias 4:5 havia
previsto: “Eis que vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e
terrível dia do Senhor.” Esta ligação enfatiza a semelhança entre a missão de
João Batista e a profecia de Elias vinda antes do Dia do Senhor.
Mateus
17:10-13 e Malaquias 3:1:
Mateus 17:10-13 registra
uma conversa entre os discípulos e Jesus sobre a vinda de Elias:
“Verdadeiramente Elias veio primeiro e restaurará todas as coisas. Mas eu vos
digo que Elias já veio, e eles não o conheceram, mas fizeram com ele tudo o que
quiserem.”
Malaquias 3:1 havia
profetizado: “Eis que enviarei o meu mensageiro, e ele preparará o
caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor, a quem vós
procurais.” Isso demonstra a compreensão de Jesus de que João
Batista cumpriu o papel de Elias como o precursor da vinda do Messias.
Mateus
3:3 e Isaías 40:3:
Mateus 3:3 proclama:
“Porque este é aquele de quem o profeta Isaías disse: Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.”
Isaías 40:3 havia
declarado: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor,
endireitai no ermo vereda ao nosso Deus.”
Isso
destaca a identificação de João Batista como o cumprimento da profecia de
Isaías sobre um precursor que prepararia o caminho para o Senhor.
João
1:29 e Isaías 53:7:
João 1:29 afirma:
“No dia seguinte João viu Jesus, que vinha ter com ele, e disse: Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo.”
Isaías 53:7 profetizou:
“Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao
matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não
abre a boca.”
Isso
destaca a percepção de João Batista de que Jesus era o Cordeiro de Deus,
cumprindo a profecia de Isaías.
João
1:21 e Deuteronômio 18:15:
João 1:21 levanta a
questão: “És tu esse profeta?”
Deuteronômio 18:15 havia
predito: “O Senhor teu Deus te suscitará um profeta do meio de ti, de teus
irmãos, como eu; a ele ouvireis.”
Essa
pergunta feita a João Batista evidencia a expectativa de que ele poderia ser o
profeta prometido por Moisés em Deuteronômio.
1.
Discernimento: João
Batista reconheceu a importância de que a fé não está ligada à raça. Ele
compreendeu que ser hebreu não garante automaticamente um relacionamento com
Deus. Sua pregação confrontou a ideia errônea de que uma herança étnica
assegurava a salvação. Ao
desafiar essa visão equivocada, João se destacou dos judeus orgulhosos que
presumiam que sua linhagem garantia sua redenção.
2.
Pregador da Verdade: João
era conhecido por sua mensagem direta e veraz. Suas palavras eram poderosas e
não poupavam sentimentos. Ele não se preocupava em agradar ou ofender as
pessoas, mesmo que isso o tornasse impopular. Seu famoso chamado aos fariseus e saduceus como
“raça de víboras” ilustra sua franqueza. Ele compreendeu que ser politicamente
correto não ajudaria o despertar das almas para a verdade. João não hesitou em
anunciar: “Raça de víboras, quem vocês anunciaram para fugir da ira
vindoura? Portanto, produzem frutos de acordo com o arrependimento… “
3.
Humildade: João demonstrou
notável humildade em sua vida e ministério. Ele reconheceu sua inferioridade em
relação a Jesus, declarando que não era digno de amarrar as reivindicações do
Messias. Mesmo tendo uma grande multidão de seguidores, João entendeu que seu papel
não era atrair pessoas para si, mas direcioná-las para Jesus. Sua atitude
exemplar foi resumida em sua frase: “Ele deve aumentar, mas eu devo diminuir.
“
4.
Coragem: João despistou
ferozmente Herodes por seu relacionamento imoral com Herodias, mesmo que isso
fosse extremamente perigoso. Sua repreensão a Herodes por esse comportamento
antiético demonstra sua firmeza moral e coragem. Mesmo diante da prisão e
subsequente martírio, João não comprometeu sua integridade e falou a verdade,
independentemente das consequências. João disse a Herodes: “Não te é
lícito possuí-la. “
CONTEXTO
BIBLICO:
O fato de não terem filhos não era resultado de pecado, já que ambos eram justos e inculpáveis perante Deus (Lucas
1:6).
Pelo contrário, as escrituras dizem que eles não
tinham filhos “porque Isabel era estéril; e ambos eram de idade avançada” (Lucas 1:7).
Foi nesse momento, no ápice de seu ministério, que
Deus optou em responder a oração dele e de Isabel – a oração de uma vida toda
por um filho. Um anjo apareceu a ele e disse: “sua oração foi ouvida. Isabel,
sua mulher, lhe dará um filho, e você lhe dará o nome de João”. (Lucas
1:13).
O nome João é importante, já que quer dizer “a graça de Deus”, e isso
significa que a graça da missão de João estaria disponível a todos.[2]
O anjo Gabriel responde que assiste diante de Deus
e foi enviado pela autoridade do Senhor para lhe entregar essa mensagem. (Lucas
1:19).
Com base nessa autoridade, o que ele havia
profetizado iria se cumprir (Lucas 1:20a). Zacarias era um sacerdote e, portanto,
deveria ter crido nas palavras de Gabriel. Sua falta de fé resulta em
julgamento e ele fica mudo até o nascimento do bebê (Lucas 1:20b).
João cumpriu um papel sem igual no plano divino da
redenção. Ele foi enviado no espírito de Elias, para preparar o caminho para o
Messias. Ele era grande aos olhos do Senhor; Jesus disse que jamais havia
nascido alguém maior que João (Mt 11:11). Ele
foi cheio do Espírito mesmo antes de seu nascimento e isso se tornou evidente a
partir do poder e da autoridade de seu ministério. Sua mensagem de
arrependimento serviu para preparar os corações das pessoas para responderem ao
ministério de Jesus.
Isaias:40- 3 Eis a voz do que clama: Preparai no deserto o
caminho do Senhor; endireitai no ermo uma estrada para o nosso Deus.
Isaias.30: 19 Na verdade o povo habitará em Sião, em Jerusalém; não chorarás mais;
certamente se compadecerá de ti, à voz do teu clamor; e, ouvindo-a, te
responderá.
MAT. 11·7 Ao partirem eles, começou Jesus a dizer às
multidões a respeito de João: que saístes a ver no deserto?
um caniço agitado pelo vento?
Mat.11: 11 Em verdade vos
digo que, entre os nascidos de mulher, não surgiu outro
maior do que João, o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é
maior do que ele.
Joao.5: 35 Ele era a
lâmpada que ardia e alumiava; e vós quisestes alegrar-vos por um pouco de tempo
com a sua luz.
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