JESUS ORAVA O TEMPO TODO - “ORAI SEM CESSAR “
O Pai Nosso, ensinado por Jesus, é o modelo perfeito de oração. Ela nos ensina como fazer nossos pedidos a Deus. A oração do Pai Nosso não é uma fórmula mágica, que precisamos repetir palavra por palavra para funcionar, mas é um guia, uma orientação para orar ao Senhor.
Jesus
mostrou através dessa oração os assuntos que devemos levar a Deus nas nossas
súplicas. Cristo destaca três pedidos relacionados a Deus e três pedidos
relacionados as nossas necessidades, são eles:
- Três
pedidos relacionados a Deus: que Sua vontade seja feita, que Seu Reino
venha e que Seu nome seja glorificado.
- Três pedidos relacionados às nossas necessidades: sustento, perdão e livramento do
mal.
Com
isso, Jesus nos ensinou a buscar primeiro o Reino de Deus e a Sua justiça, e
depois as nossas necessidades. Podemos usar os temas da oração do Pai Nosso
para fazer nossas próprias orações. Veja a oração e explicações:
Portanto,
orem da seguinte forma:
"Pai nosso
que estás no céu, santificado seja o teu nome.
Venha o teu reino.
Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.
Dá-nos hoje o pão para este dia,
e perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos os nossos devedores.
E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre.
Amém." -- Mateus
6:9-13
1.
"Pai nosso..."
Jesus
ensinou-nos a chamar Deus de Pai. Ele poderia ter usado "Senhor",
"Deus", "Rei" ou qualquer outro título, mas preferiu usar
na oração “Pai”. Um rei pode não ter filhos, um senhor pode não ter
filhos, mas não há pai sem seus filhos.
Deus
é o Pai, Criador e sustentador de todas as coisas. Ele é eternamente Pai do
nosso Senhor Jesus Cristo e de todos os seres criados. Mas decidiu adotar os
crentes em Jesus como seus filhos também (João 1:12). O Pai celestial
acolheu-nos como filhos amados e deseja ter um relacionamento de intimidade
conosco.
Outro
pormenor interessante é Jesus ter usado o "nosso" (pronome no
plural). Isso nos faz lembrar da dimensão comunitária da oração. Nosso Pai do
céu nos vê como irmãos em Cristo, por isso também devemos viver assim e orar
uns pelos outros como família.
A
expressão "Pai nosso" não nos impede de usar "meu
Pai" nas nossas orações pessoais solitárias, mas é um testemunho
público de reconhecimento da Paternidade de Deus sobre nós. Não temos um Deus
exclusivo ou particularmente nosso, mas Ele é nosso Pai. Todos gozamos desse
privilégio compartilhado por todos os filhos, na grande família de Deus.
2.
"... que está no céu"
Essas
palavras não limitam a presença de Deus ao céu. Elas apenas expressam a
infinita grandeza e glória do Senhor, acima do Universo visível. Deus tem a Sua
presença nos céus e na terra (Dt 4:39).
Nenhum
'deus' do universo visível (politeísmo ou panteísmo) pode ser comparado ao Pai
celestial, que habita o Céu dos céus (céu invisível acima do universo criado).
Ele é Supremo, está exaltado na Sua Morada celestial.
O
Pai é distinto e superior a nós, a todos os pais da terra e a todos os falsos
deuses e ídolos destes= mundo (Eclesiastes 5:2). Jesus realça esse dado
importante acerca do Pai que está no céu, para que a nossa compreensão
distorcida retifique que Deus é Infinito, Absoluto e Incomparável.
3.
"Santificado seja o Teu nome"
Santificar
o Nome de Deus é o primeiro pedido na oração do Pai Nosso. O Pai Celestial deve
ser santificado pelos seus filhos. Isso significa que devemos glorificar a
Deus, ou o nome de Deus, em tudo que fazemos ou pensamos, nas nossas atitudes e
relacionamentos. Enfim, tudo deve honrar extremamente o nome de Deus.
A
palavra santificar significa 'tornar santo' ou 'separado'. Essa separação tem a
ver com distinção, veneração e excepcionalidade do Senhor. Deus não é
comparável a nenhum outro ser no Universo. Portanto, nenhum outro deve receber
a adoração devida ao Senhor.
Deus
é santificado (honrado e glorificado) quando a Sua existência é acreditada,
quando a Sua perfeição é amada e reverenciada e em nossas vidas (1 Pedro 3:15)
e quando as suas obras são admiradas e reconhecidas. Isso é santificar a Deus,
tornando-O honrado e glorioso, tal como Ele é.
Portanto, orem
assim: "Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome"-
Mateus 6:9
Pense
nisto: Jesus nos
ensinou a falar diretamente com Deus. Não precisamos de intermediários, como
Maria ou os santos. Deus ouve nossas orações. Mas devemos orar com respeito e
humildade, pedindo que Deus seja glorificado até em nossas orações.
4.
"Venha o Teu Reino..."
A
chegada do Reino de Deus tem a ver com o Seu governo eterno sobre todas as
coisas. Deus é o Rei divino e o Seu reino é espiritual, moral e real. O
"Reino de Deus" ou o "Reino dos Céus", ou "Reino de
Cristo", etc, já havia começado desde o início, mas foi inaugurado com a
vinda de Jesus.
O
avanço do Reino do Senhor ao longo dos tempos se deu através da aceitação e
reconhecimento de Deus como Rei, e do cumprimento das expectativas messiânicas,
com a chegada do Messias. Jesus Cristo inaugurou a chegada do Reino de Deus que
ainda prossegue, até alcançar toda a sua plenitude no final dos tempos.
Somente
aí, quando Cristo voltar em glória, o reino de Deus estará estendido de forma
completa a todos os povos e nações.
5.
"Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu"
Este
3º pedido relacionado a Deus e ao seu Reino, tem a ver com a Sua vontade. Se
por um lado, aqui na terra muitos ainda rejeitam a Deus e à Sua vontade,
sabemos que no Céu todos os seres celestiais são comprometidos e totalmente
submissos à vontade de Deus.
Trata-se
de um contraste enorme, entre um lugar (Céu) onde Deus é honrado e glorificado
na perfeição pelos anjos e seres celestiais e outro, onde muitos tentam cumprir
essa vontade, mas ainda imperfeitamente.
Este
deve ser o nosso desejo hoje: cumprir retamente a vontade de Deus. Essa é uma
obediência que envolve prontidão, dedicação e amor. Novamente, quando Cristo
voltar em glória, a vontade de Deus será perfeita e completa, feita por toda a
terra assim como é feita hoje no Céu.
"Venha o teu
Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu" - Mateus 6:10
Pense
nisso: Quantas vezes
a oração está carregada de chantagem e exigência? Deus, eu quero isto,
e aquilo, desta forma, hoje ou agora! Senão eu deixo de amar você... -
isso não é oração. A vontade de Deus é mais importante que nossa vontade.
Quando oramos, devemos começar por submeter nossa vontade a vontade de Deus.
6.
Pão nosso de cada dia...
Aqui
começa a série dos outros três pedidos que Jesus adicionou à oração do Pai
nosso. Depois de pedir que Deus seja glorificado, Seu Reino venha e Sua vontade
seja feita, agora podemos pedir por sustento e conforto necessários na vida
presente. Essas petições relacionadas às necessidades humanas: Pão, Perdão e
Proteção, também em Lucas 11:3. Cada palavra revela uma lição importante:
- "O
pão nosso" pode significar: pão natural e pão espiritual - o
que resume todas as coisas necessária para a manutenção da vida, do corpo
e da alma. Um pão honesto, que seja realmente nosso, Lembramos dos outros
ensinamentos de Jesus: "Nem só de pão viverá o homem... (Mateus
4:4); "Eu sou o Pão vivo que desceu do céu..." (João
6:51).
- "deste
dia" significa
que:
- não
precisamos ficar ansiosos com o dia de amanhã;
- somos
ensinados a depender diariamente na Divina Providência
- só
precisamos do que é necessário para hoje, não para esbanjar ou para
acumular riquezas
- "dá-nos
hoje" isso
leva-nos a pensar em dependência. Precisamos do Pai celestial para ter o
suficiente para nossas vidas. Por isso, lhe pedimos: nos dê! Não dizemos
nos venda, nos empreste ou nos pague, como se Ele fosse obrigado a tal.
Humildemente pedimos que nos dê o pão diário. Sempre estaremos em dívida
com Deus por tudo que Ele nos dá.
"O pão nosso
de cada dia nos dá hoje" - Mateus 6:11
Pense
nisto: Revoluções já
foram iniciadas por falta de pão. Pão é um alimento básico, importante para
sobreviver. Nossa vida, nosso sustento dependem de Deus.
Quando reconhecemos isso e oramos confiando em Deus, Ele nos dá o sustento que
precisamos, mesmo quando parece impossível.
7.
Perdão para as nossas dívidas...
O
perdão é fundamental para as nossas vidas (ao nível espiritual, emocional e
relacional). Todo tipo de transgressão, ofensa, pecado ou vício, ofende a Deus
e certamente também ferirá outras pessoas. Além disso, o castigo por essas
ofensas causará sofrimento, quando tivermos que "pagar" pelas dívidas
perante a Justiça Divina.
A
dívida do mal que cometemos, contra Deus e contra o nosso próximo, precisa de
ser reconhecida, confessada e abandonada.
Contudo,
há uma condição prevista nos termos de a oração: "perdoa-nos assim
como perdoamos aos nossos devedores". Aqui o perdão para as
nossas falhas aparece condicionado ao perdão que também damos aos outros.
Devemos
perdoar, tal como esperamos ser perdoados. Aqueles que desejam encontrar
misericórdia em Deus para os seus erros, devem também mostrar misericórdia para
com seu próximo. Mesmo que lhe causado danos, ofensa ou sofrimento.
"E
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos
devedores."
- Mateus 6:12
Pense
nisto: Uma parte
importante da oração é pedir e oferecer perdão. Devemos ser humildes para
reconhecer nossos erros e pedir perdão a Deus. Mas também devemos perdoar quem
pecou contra nós. Quando entendemos que Deus nos perdoa quando não merecemos,
devemos fazer o mesmo com outras pessoas que não merecem.
8.
Proteção - "não nos deixes cair em tentação..."
Aqui
Jesus inicia a sexta petição. Ele nos mostra que as provações ou tentações da
vida podem ser vencidas. Com a ajuda do Pai celestial, podemos ser preservados
do pecado. Isso significa que Ele pode retirar a tentação quando é forte
demais, ou pode amenizar as forças da tentação ou pode aumentar as nossas
forças contra ela.
Esse
pedido nos ensina a considerar a nossa própria incapacidade de afastar e vencer
a tentação. E, mostra também como temos a necessidade de capacitação do Alto
para conseguir resistir no dia mau.
A
resistência contra a tentação e provação produzem em nós o resultado da alegria
e resiliência. Tal como é dito: "tenham grande alegria quando
passarem por provações... por que isso produz perseverança." (Tiago
1:2-3). Isso torna-se um exercício de aprimoramento da fé, piedade e das
virtudes, para que outros possam ser encorajados pela nossa perseverança nas
provações.
9.
Proteção - "Livra-nos do Mal"
Aqui
a palavra no grego para 'mal', "πονηρός" (ponēros)
tanto pode indicar o mal (neutro) no sentido abstrato, em geral, quanto o mal
(masculino) como 'Maligno', equivalente ao diabo ou Satanás. A inclusão dessa
expressão na oração ajuda-nos a lembrar que corremos um outro perigo, temos um
Acusador que também nos tenta para o mal.
Somado
ao pecado da nossa natureza, e à nossa inclinação carnal, existe o Diabo, que
nos manipula e engana para o mal. Lembremos que, como ladrão, ele veio para
matar, roubar e destruir (João 10:10).
Esta,
pode ser a referência na oração que completa a ideia de livramento contra
tentação. Livra-nos de todos os tipos de males, inclusive do Tentador que é o
nosso Inimigo.
10.
"Pois Teu é o Reino, Poder e Glória..."
Esse
final da oração, chamada de "doxologia" (expressão
conclusiva de glorificação e louvor a Deus), não aparece em todos os
manuscritos antigos. Por isso, ela aparece entre colchetes nas traduções das
nossas Bíblias. Contudo, essa parte final manifesta o entendimento que a glória
e a honra de Deus devem ser o objetivo principal da oração dos filhos. A
glorificação de Deus deve conduzir as nossas orações do início ao fim.
"Teu
é o Reino" -
Aqui se mostra a convicção de que Deus é soberano e tem o domínio total do
universo. Ele tem o controle sobre todas as coisas, pois reina e governa sobre
tudo.
"Teu
é o Poder" -
Cremos que o Pai, todo-poderoso no Céu e na terra, tem poder para realizar o
que pedimos. Nós somos fracos e necessitados, mas Deus tudo pode, nada é
impossível para Ele.
"Tua
é a glória" - As
nossas orações são ouvidas e atendidas para a honra e louvor de Deus, não
nossa. A glória de Deus é demonstrada quando Ele provê as nossas necessidades.
O louvor e gratidão ao Senhor serão celebrados fazendo com que o Reino de Deus
se amplie pela terra.
"E não nos
deixeis cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e
a glória para sempre. Amém". - Mateus 6:13
Pense
nisso: Deus não nos
livra de todas as dificuldades, mas ele nos ajuda a ficar firmes na luta contra
o pecado. Quando estamos lutando contra tentações, podemos pedir a força de
Deus para fazer o que é certo. Deus é mais forte que o pecado. Quando vencemos o
pecado, mostramos a glória do Reino de Deus.
Use
a Oração do Pai Nosso como um modelo para se dirigir a Deus em oração. Com a
ajuda do Espírito Santo, dedique hoje algum tempo para orar a Deus.
Aqui estão 20
Versículos das orações de Jesus:
1.
Jesus orou no seu batismo (Lucas 3:21)
“E
aconteceu que, como todo o povo se batizava, sendo batizado também Jesus, orando-o,
o céu se abriu;”
2.
Jesus orou num lugar solitário (Marcos 1:35)
“E,
levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um
lugar deserto, e ali orava “.
3.
Jesus orou no deserto (Lucas 5:16)
“Ele,
porém, retirava-se para os desertos, e ali orava.”
4.
Jesus orou a noite inteira, antes de escolher os doze (Lucas 6:12)
“Ele,
porém, retirava-se para os desertos, e ali orava.”
5.
Jesus orou antes do convite, “Vinde a Mim” (Mateus 11:25-27)
“25. Naquele
tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do
céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as
revelaste aos pequeninos. 26. Sim, ó Pai, porque assim te
aprouve.
27. Todas as coisas me foram entregues por meu
Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o
Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar”.
6.
Jesus orou na alimentação dos 5.000 (João 6:11)
“E
Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos
discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também
dos peixes, quanto eles queriam”.
7.
Jesus orou depois da Alimentação dos 5.000 (Mateus 14:23)
“E,
despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada
já à tarde, estava ali só”.
8.
Jesus orou ensinando a Oração Dominical (Lucas 11:1-4.)
“1. E
ACONTECEU que, estando ele a orar num certo lugar, quando
acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar,
como também João ensinou aos seus discípulos.
2. E ele lhes disse: Quando orardes,
dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu
reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu.
3. Dá-nos cada dia o nosso pão
cotidiano; 4. E perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós
perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduzas em tentação, mas
livra-nos do mal”.
9.
Jesus orou em Cesaréia de Filipe (Lucas 9:18)
“E
aconteceu que, estando ele só, orando, estavam com ele os
discípulos; e perguntou-lhes, dizendo: Quem diz a multidão que eu sou?”
10.
Jesus orou antes de sua transfiguração (Lucas 9:28-29)
“E
aconteceu que, quase oito dias depois destas palavras, tomou consigo a Pedro, a
João e a Tiago, e subiu ao monte a orar. E, estando ele orando,
transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui
resplandecente.”
11.
Jesus orou pelos pequeninos (Mateus 19:13)
“Trouxeram-lhe,
então, alguns meninos, para que sobre eles pusesse as mãos, e orasse;
mas os discípulos os repreendiam”.
12.
Jesus orou antes de ressuscitar a Lázaro (João 11:41-42)
“41. Tiraram,
pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima,
disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.
42. Eu bem sei que sempre me ouves, mas
eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu
me enviaste”.
13.
Jesus orou no Templo (João 12:27-28)
“27. Agora
a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas
para isto vim a esta hora.
28.
Pai, glorifica o teu nome. Então
veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o
glorificarei”.
14.
Jesus orou na ceia (Mateus 26:26-27)
“26. E,
quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu
aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo.
27. E, tomando o cálice, e dando graças,
deu-lhe, dizendo: Bebei dele todos”.
15.
Jesus orou por Pedro (Lucas 22:32)
“Mas
eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres,
confirma teus irmãos.”
16.
Jesus orou pelos discípulos (João 17)
“JESUS
falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é
chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te
glorifique a ti”.
17.
Jesus orou no Getsêmani (Mateus 26:36,39,42,44)
“36. Então
chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos:
Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar.
39. E, indo um pouco mais para diante,
prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe
de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
42. E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai
meu, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua
vontade.
44. E, deixando-os de novo, foi orar pela
terceira vez, dizendo as mesmas palavras”.
18.
Jesus orou na cruz (Lucas 23:34)
“E
dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.
E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.”
19.
Jesus orou em Emaús (Lucas 24:30)
“E
aconteceu que, estando com eles à mesa, tomando o pão, o abençoou e
partiu-o, e lhe deu.”
20.
Jesus orou chamando Deus de “Pai” (Mateus 6:9)
“Portanto,
vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos
céus, santificado seja o teu nome”.
9
ORAÇÕES DE JESUS NA BIBLIA e INTERCESSÕES
"Agora meu
coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva-me desta hora? Não; eu vim
exatamente para isto, para esta hora. Pai, glorifica o teu nome! " Então
veio uma voz do céu: "Eu já o glorifiquei e o glorificarei
novamente". - João 12:27-28
"Vigiem
e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é
fraca". (Mateus
26:41).
Jesus disse:
"Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo". Então eles
dividiram as roupas dele, tirando sortes. - Lucas 23:34
E às três horas,
Jesus clamou em alta voz: — Elói, Elói, lamá sabactani? — Isso quer
dizer: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" - Marcos 15:34
Jesus bradou em
alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito". Tendo dito
isso, expirou.
- Lucas 23:46
Jesus orou
pelos discípulos e por nós
Depois de dizer
essas coisas, Jesus levantou os olhos ao céu e disse:
— Pai, é chegada a
hora. Glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti,
assim como lhe desta autoridade sobre toda a humanidade, a fim de que ele
conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer.
E agora, ó Pai, glorifica-me contigo mesmo com a glória que eu tive junto de
ti, antes que houvesse mundo.
Manifestei o teu nome àqueles que me deste do mundo. Eram teus, tu os deste a
mim, e eles têm guardado a tua palavra.
Agora eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti,
porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam,
verdadeiramente reconheceram que saí de ti e creram que tu me enviaste.
— É por eles que eu peço; não peço pelo mundo, mas por aqueles que me deste,
porque são teus.
Todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou
glorificado.
Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, enquanto eu vou para junto
de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um,
assim como nós somos um.
Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste; eu os protegi
e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a
Escritura.
Mas agora vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham a
minha alegria completa em si mesmos.
Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do
mundo, como também eu não sou.
Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal.
Eles não são do mundo, como também eu não sou.
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
E a favor deles eu me santifico, para que eles também sejam santificados na
verdade.
— Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim,
por meio da palavra que eles falarem, a fim de que todos sejam um. E como tu, ó
Pai, estás em mim e eu em ti, também eles estejam em nós, para que o mundo
creia que tu me enviaste.
Eu lhes transmiti a glória que me deste, para que sejam um, como nós o somos;
eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o
mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
— Pai, a minha vontade é que, onde eu estou, também estejam comigo os que me deste,
para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da
fundação do mundo.
Pai justo, o mundo não te conheceu.Eu, porém, te conheci, e também estes
reconheceram que tu me enviaste.
Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor
com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja. - João 17:1-26
Jesus orou para
estivéssemos na Sua presença
"Pai, quero
que os que me deste estejam comigo onde eu estou e vejam a minha glória, a
glória que me deste porquê me amaste antes da criação do mundo. - João 17:24
Jesus orou pela
nossa Proteção
Não rogo que os
tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. - João 17:15
Jesus orou pela
nossa Santificação
Santifica-os na
verdade; a tua palavra é a verdade. - João 17:17
Jesus orou pela
nossa União
— Não peço somente
por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por meio da palavra
que eles falarem, a fim de que todos sejam um. E como tu, ó Pai, estás em mim e
eu em ti, também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
- João 17:20-21
Jesus orou para
que conhecêssemos o Pai
"Pai justo,
embora o mundo não te conheça, eu te conheço, e estes sabem que me enviaste.
Eu os fiz conhecer o teu nome, e continuarei a fazê-lo, a fim de que o amor que
tens por mim esteja neles, e eu neles esteja". - João 17:25-26
A confissão de
Pedro
“Um dia, quando
orava em particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes:
«Quem dizem as multidões que Eu sou?» (...) «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.»” (Lc 9, 18-22)
«Simão, Simão,
olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. Mas Eu roguei por ti, para
que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus
irmãos.» (Lc 22, 31-32)
Sim, a fé da
Igreja está suspensa pela oração de Jesus (João 17).
Sete momentos de oração de Jesus
O chamamento
dos apóstolos
“Naqueles dias,
Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus. Quando
nasceu o dia, convocou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu
o nome de Apóstolo.” (Lucas 6, 12-13)
Para se abrir
totalmente à luz divina no momento em que vai chamar os seus discípulos para
participarem na sua missão, Jesus passa toda a noite em oração. Não é a única
vez em que reza durante a noite. E mesmo assim, um dos doze escolhidos chama-se
Judas. Que mistérios nos desígnios ocultos de Deus!
A confissão de
Pedro
“Um dia, quando
orava em particular, estando com Ele apenas os discípulos, perguntou-lhes:
«Quem dizem as multidões que Eu sou?» (...) «E vós, quem dizeis que Eu sou?»
Pedro tomou a palavra e respondeu: «O Messias de Deus.»” (Lc 9, 18-22)
Estamos no momento
central do ministério de Jesus. Ele é reconhecido como Messias por Pedro, que
por sua vez deve a sua fé à oração do mesmo Jesus.
«Simão, Simão,
olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. Mas Eu roguei por ti, para
que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus
irmãos.» (Lc 22, 31-32)
Sim, a fé da
Igreja está suspensa pela oração de Jesus (João 17).
A
transfiguração
“Levando consigo
Pedro, João e Tiago, Jesus subiu ao monte para orar. Enquanto orava, o aspecto
do seu rosto modificou-se, e as suas vestes tornaram-se de uma brancura
fulgurante. E dois homens conversavam com Ele: Moisés e Elias, os quais,
aparecendo rodeados de glória, falavam da sua morte, que ia acontecer em
Jerusalém. (...) Surgiu uma nuvem que os cobriu; (...) E da nuvem veio uma voz
que disse: «Este é o meu Filho predileto. Escutai-o.»” (Lucas 9, 28-36)
A estrela de Jesus
está já em declínio e cresce a resistência à sua mensagem. Mais uma vez, é na
oração que Jesus é confirmado na sua missão – aqui claramente a de “servo
sofredor” – a fim de poder fazer face ao êxodo que vai realizar em Jerusalém.
Em contraponto à Cruz que se perfila, um pouco da glória oculta da ressurreição
deixa-se entrever... na oração. A fé dos discípulos é antecipadamente
fortalecida. A revelação do baptismo, neste momento crucial, é retomada e
precisada.
O hino de
júbilo
“Nesse mesmo
instante, Jesus estremeceu de alegria sob a ação do Espírito Santo e disse:
«Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas
aos sábios e aos inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque
assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai; e ninguém conhece
quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o
Filho houver por bem revelar-lhe.»” (Lc 11, 1-2)
Quando Jesus se
diz “Filho”, situa-se diante de Deus como um filho perante o seu pai,
realizando a obra que lhe é confiada, em perfeita sintonia com a vontade do
Pai; confiando-se totalmente a Ele, vivendo na sua presença, tendo recorrido a
Ele em todos os momentos em que se impôs uma escolha, falando-Lhe com a
simplicidade, ternura, segurança de uma criança com o seu Papa (Abba).
E Deus é Pai para
Jesus através da maneira como age com Ele; dado que Ele o conduz, entrega-lhe o
seu poder, confia-lhe os seus segredos e os seus projetos, como um pai faz com
o seu filho.
Há uma relação
única de intimidade entre Filho e Pai, uma comunhão total, no Espírito, do seu
amor mútuo. É no interior desta relação que Jesus é o que é; e a oração é o
lugar privilegiado do seu “ser filho”. “Ninguém conhece o Filho se não o Pai.”
“Conhecimento” deve ser entendido aqui no sentido bíblico da palavra: uma
comunicação de amor. O seu princípio está no olhar eletivo e criador colocado
pelo Pai sobre Jesus. Ninguém está a esse nível de profundidade. E ninguém
conhece quem é o Pai se não o Filho. A nenhum outro o Pai revelou o mistério da
sua providência. Nenhum outro reconheceu tão intimamente o amor do Pai, nenhum outro
confessou a sua fidelidade numa tal resposta de obediência, nenhum outro
consagrou todas as suas forças e a sua vida à realização do seu plano. A Igreja
nasceu do que Jesus comunicou aos seus discípulos sobre o que conhece do Pai.
De maneira
análoga, cada um de nós, em Cristo, recebe um nome novo, um nome inscrito no
lugar mais profundo do coração que só o Pai conhece. Na oração, por vezes, o
Espírito transmite-nos, numa voz inexprimível (Romanos 8), um conhecimento
incomunicável do Pai.
A transmissão
da oração
“Sucedeu que Jesus
estava algures a orar. Quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos:
«Senhor, ensina-nos a orar, como João também ensinou os seus discípulos.»
Disse-lhes Ele: «Quando orardes, dizei: Pai...»” (Lc 11, 1-2)
Jesus ensina a
oração aos seus discípulos rezando em primeiro lugar sob os seus olhos. Mas dá
também um exemplo do que deve ser o conteúdo desta oração. A primeira palavra,
a palavra essencial da oração cristã é “Pai”.
Somos na verdade
seus filhos, filhos pela nossa fé no Filho e pelo dom do seu Espírito. Jesus
mostrou-nos a maneira de agir como filhos: viver na confiança absoluta no Pai,
na obediência à sua vontade de amor, na intimidade de uma oração solitária, no
pedido confiante das nossas necessidades, no amor dos nossos irmãos.
A oração no
Monte das Oliveiras
“[Jesus] saiu
então e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras. E os discípulos
seguiram também com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai, para que
não entreis em tentação.» Depois afastou-se deles, à distância de um tiro de
pedra, aproximadamente; e, pondo-se de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai,
se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade,
mas a tua.» Então, vindo do Céu, apareceu-lhe um anjo que o confortava. Cheio
de angústia, pôs-se a orar mais instantemente, e o suor o tornou-se como
grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de orar, levantou-se e foi
ter com os discípulos, encontrando-os a dormir, devido à tristeza. Disse-lhes:
«Por que dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação.»”
(Lucas 22, 39-46)
No centro desta
perícopa está a luta de Jesus entre a sua vontade, expressão da sua
sensibilidade humana, e a vontade do seu Pai, expressão da sua missão pela
salvação dos homens. A escolha é dolorosa, trágica, mas, no entanto, cheia de
dignidade e, por fim, de uma grande paz.
A narrativa é
enquadrada pela recomendação de orar para não entrar em tentação; desta forma
ele torna-se um modelo na luta orante, sustentada pela força do alto.
O combate
desenrola-se na oração. Jesus esforça-se por comungar da força divina, procura
vencer a sua própria vontade. São postos aqui a nu, de maneira quase
intolerável, o mistério do respeito infinito de Deus pela liberdade humana e a
vibrante realidade da humanidade de Jesus. Que encorajamento nas nossas lutas
entre a vontade de Deus e as revoltas da nossa sensibilidade!
A oração de Jesus na cruz
“Perdoa-lhes, Pai,
porque não sabem o que fazem.”
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.” (Lucas 23, 34.46)
Jesus deixa a vida
em oração. É o momento da verdade. A verdade de Jesus para os seus irmãos é o
perdão, a oferta da sua vida por aqueles que o matam; a verdade para o seu Pai
é a confiança absoluta.
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