TEXTO ÁUREO
"Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é
para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos
reis, e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu
nome" At 9.1 5,16.
VERDADE PRÁTICA
Na urgência da evangelização mundial, o Senhor JESUS continua a convocar e a
capacitar vasos escolhidos para a sua seara.
LEITURA BÍBLICA
1-At 22.3- Paulo, o judeu de Tarso
2-At 26.4-5- Paulo, o fariseu de Jerusalém
3-At 8.3- Paulo, o perseguidor dos cristãos
4-At 9.1-18- A conversão de Paulo
5-At 9.20-22- Paulo, o ardoroso pregador
6-At 13.2- A vocação de Paulo
LEITURA BÍBLICA - Atos 9.1-9
1- E Saulo,
respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao
sumo sacerdote 2- e pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de
que, se encontrasse alguns daquela seita, quer homens, quer mulheres, os
conduzisse presos a Jerusalém. 3- E, indo no caminho, aconteceu que, chegando
perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu. 4- E,
caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me
persegues? 5- E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou JESUS, a
quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. 6- E ele,
tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor:
Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer. 7- E os
varões, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo
ninguém. 8- E Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via a
ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco. 9- E esteve três dias
sem ver, e não comeu, nem bebeu.
9.3-19 A CONVERSÃO DE PAULO - Os versículos 3-9 registram a conversão de
Paulo fora da cidade de Damasco (cf. 22.3-16; 26.9-18). Que sua conversão
ocorreu nessa ocasião, e não posteriormente na casa de Judas (v. 11), fica
claro à luz do seguinte:
1- Ele obedece às ordens de CRISTO (v. 6; 22.10; 26.15-19), compromete-se a ser
um ministro e testemunha do evangelho (26.16) e um missionário aos gentios
(26.17-19) e entrega-se à oração (v. 11).
2- Paulo é chamado Irmão Saulo por Ananias (v. 17). Ananias percebe que Paulo é
um crente que experimentou o novo nascimento (ver Jo 3.3-6), que se dedicou a
CRISTO, para fazer a sua vontade e que apenas necessita ser batizado, receber a
restauração da sua vista e ser cheio do ESPÍRITO SANTO (vv. 17,18; ver 9.17).
INTERAÇÃO
As autoridades religiosas de Jerusalém outorgaram a Saulo cartas que lhe garantiam o direito de prender os cristãos. Todavia, no caminho de Damasco, Saulo teve um encontro memorável com JESUS. Este encontro mudou radicalmente sua vida. Diante do Rei dos reis, Saulo, o perseguidor de cristãos, se prostra. Um dia, todos terão que se curvar diante de JESUS. As convicções religiosas de Saulo também são lançadas ao chão naquele momento. Embora cego, Saulo sai daquele encontro transformado e "enxergando" a realidade! Esse novo homem ficou três dias sem comer ou beber nada, certamente pensando em tudo que lhe aconteceu (os judeus tinham o costume de jejuar para saber a vontade de Deus). Mais tarde Paulo aprendeu o que é padecer pelo Senhor. Por intermédio desse "vaso escolhido" a igreja tornou-se basicamente gentia.
"Disse-lhe,
porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o
meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel" (At 9.15).
A conversão de Saulo foi o maior acontecimento da história da Igreja, depois do
Pentecoste.
COMENTÁRIO - INTRODUÇÃO
Cerca de um ano após a morte de Estêvão, acontece a conversão de Saulo de
Tarso. Chama-nos a atenção o grande poder de JESUS e a sua imensa graça. O
nosso general precisava de um capitão em seu exército, e foi buscá-lo nas
fileiras do Inimigo, transformando-o pelo poder sobrenatural do ESPÍRITO SANTO,
lapidando-o e preparando-o para ser o apóstolo dos gentios. .
I. QUEM ERA SAULO DE TARSO?
1. Antes de sua conversão. Tudo que sabemos dele
encontramos em Atos, nas suas epístolas e em 2 Pedro 3.15. No entanto,
possuímos mais dados sobre a vida de Paulo do que acerca de qualquer um dos
outros apóstolos. Seu nome hebraico é Shaul, o mesmo nome do primeiro rei de
Israel, que significa "pedido". Seu nome romano é Paulus, que
significa "pequeno". Nasceu em Tarso, grande centro cultural da
Cilícia, mas foi criado em Jerusalém, aos pés de Gamaliel (At 22.3; 26.4) e
herdou de seu pai a cidadania romana (At 16.37; 21.39; 22.25). Talvez fosse
membro do Sinédrio, ou pelo menos da polícia do Sinédrio.
2. Sua aparência física. Muito se tem discutido
sobre a sua aparência física, mas a Bíblia nada fala a respeito. O que se
costuma dizer em nosso meio é proveniente da tradição que, seguindo a obra
apócrifa - Atos de Paulo, escrita na segunda metade do segundo século, diz:
"E viu Paulo se aproximando, um homem pequeno de estatura, com cabelos
ralos na cabeça, torto de pernas, o corpo em bom estado, com sobrancelhas
ligadas, e nariz um tanto convexo, cheio de graça, pois algumas vezes ele se
assemelha a um homem e algumas vezes tem o rosto de um anjo". Saulo, no
tempo de sua conversão, contava talvez, trinta anos de idade.
2 Coríntios 10:10 Porque as suas cartas, dizem, são graves e fortes, mas a
presença do corpo é fraca, e a palavra, desprezível.
3. O inimigo implacável do Cristianismo (v. 1).
Como membro do Sinédrio, tinha direito a voto (At 26.10). Por isso, votou a
favor da morte de Estêvão. Antes de sua conversão, é mencionado três vezes (At
7.58; 8.1,3) como inimigo implacável da Igreja. A sua perseguição era tão feroz
que procurava os discípulos até em suas casas, arrastando impiedosamente até as
mulheres, encerrando-os no cárcere. Diz o versículo 1: "E Saulo,
respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor". Isso o
revela como um animal devastador, feroz e indomável. Ele mesmo declarou: E,
havendo recebido autorização dos principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos
santos nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles. ... (At
26.10).
II A CONVERSÃO DE SAULO DE TARSO
1. "Cartas para Damasco" (v.2). Roma
havia concedido aos judeus o direito de extradição dos criminosos fugitivos de
Jerusalém. Até onde podemos ver em Atos, ser cristão naqueles dias era não só
um crime religioso, mas também civil. Saulo considerava os seguidores de CRISTO
subversivos. Por isso, conseguiu cartas dos "principais dos
sacerdotes" (26.10) e do "sumo sacerdote" (22.5), as quais o
investiu de autoridade para prender os discípulos do Senhor JESUS.
2. Na Estrada de Damasco (v. 3). Damasco, a 240
km de Jerusalém, levava cerca de uma semana de viagem. Paulo ia com uma
comitiva, na tentativa de esmagar o Cristianismo, que, até então, já havia
ultrapassado os limites da Judéia, Samaria e Galileia.
Perto de Damasco, ele foi subitamente envolvido por uma luz que o derrubou por
terra, e a voz de JESUS o chamou nominalmente. Ele reconheceu, imediatamente,
que se tratava de algo divino, pois disse: "Quem és Senhor?" (v. 5).
3. Suposta contradição. A aparente discrepância
entre Atos 9.7: "ouvindo a voz, mas não vendo ninguém" e Atos 22.9:
"mas não ouviram a voz daquele que falava comigo" é meramente uma
questão de tradução. O verbo grego usado para "ouvir", empregado
nestas duas passagens, é akouo e significa também "entender, prestar
atenção". "Procuravam ouvir o que Paulo ouvia, mas não conseguiram
entender" (No meu entender - Ev. Henrique) - seria a melhor interpretação,
4. Experiência com o CRISTO vivo. Esta mudança
súbita. de Saulo de Tarso tem deixado os judeus estarrecidos, até a atualidade.
Muitos ficam sem entender como um homem, o qual agia ferozmente contra os
cristãos, de repente passa a ser um deles, defendendo e anunciando com fervor o
Cristianismo. Isso é a graça de DEUS. JESUS disse: "O vento assopra onde
quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é
todo aquele que é nascido do ESPÍRITO" (Jo 3.8).
III. O APOSTOLADO DE PAULO
1. A visão de Ananias (vv. 10, 11). Vencido e alvejado pela graça de DEUS, Saulo foi conduzido cego para Damasco, para a rua chamada Direita, que existe ainda hoje nesta cidade. DEUS, em sua infinita sabedoria, não permitiu que a prova dessa conversão ficasse limitada apenas aos companheiros de Paulo. Por isso, revelou esse acontecimento a Ananias.
2. Temor de Ananias (13,14). Era uma reação perfeitamente normal a qualquer ser humano. Tendo conhecimento da devastação que Saulo fizera em Jerusalém, após o martírio de Estêvão, e sabedor que ele estava investido da autoridade, concedida pelo Sinédrio, para açoitar e aprisionar os discípulos, era mesmo para ficar temeroso. Ananias, porém, ainda não sabia que a graça de DEUS havia alvejado o indomável perseguidor, e o tal seria um vaso escolhido para os propósitos divinos.
3. Requisito para o apostolado (v. 15). À luz de Atos 1.21,22, era necessário que Paulo tivesse uma chamada específica para o apostolado, a fim de que pudesse ser testemunha da ressurreição de CRISTO.
Essa exigência foi satisfeita na conversão de Saulo de Tarso, em sua experiência com o nosso Redentor. Quatro vezes Paulo declara ter visto a JESUS. Isso toma legítimo o seu apostolado (1 Co 9.1; 15.8; 2 Co 4.6; GI1.15,16).
4.
Questões da crítica textual (vv.5
e 6). O texto: "duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões. E ele,
tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça?" não aparece nas
versões Atualizada e Revisada de Almeida, na Brasileira e na Nova Versão
Internacional, por não se encontrar nos manuscritos gregos. Está na versão
Corrigida, via Vulgata Latina.
Erasmo de Roterdã usou, quando preparava a primeira edição de seu Novo
Testamento (em grego), lançado em 1516, pois, substituiu o grego pelo latim em
certas passagens (ele não dispunha de todo o texto grego).
Esse texto de Erasmo serviu de base para a versão espanhola de Reina, a inglesa
do rei Tiago, e a portuguesa de João Ferreira de Almeida. A parte do versículo
6 aparece em Atos 22.10.
Isso em nada desabona a inspiração e autenticidade da Bíblia. Os próprios
críticos reconhecem essa autoridade. São variações oriundas de falhas de
copistas durante catorze séculos copiando manualmente essas passagens. São
coisas que não comprometem a mensagem do Evangelho, como diz a Enciclopédia de
Bíblia, Teologia e Filosofia: "O acúmulo inteiro de variantes não
conseguiu modificar a mensagem, nem mesmo nas minúcias".
IV. O QUE PAULO REPRESENTA PARA O CRISTIANISMO?
1. O apostolado entre os gentios. A visão de
Paulo, no ministério entre os gentios, compartilhada com Barnabé, o tornava
"progressista" para a sua época, no mundo judaico, e da mesma forma,
as suas doutrinas para os padrões sociais do mundo greco-romano. Ele se tornara
o principal representante da nova religião revelada. O seu conceito da
divindade contrariava frontalmente as religiões politeístas de seus dias. A
nova compreensão sobre o Messias mudou radicalmente sua vida e contrariava, não
o Antigo Testamento, mas o que o Judaísmo pensava a respeito do Libertador.
Paulo considerava os judeus e gentios na mesma situação. Em Romanos, capítulo
primeiro, ele descreve a depravação dos gentios. No segundo, a incredulidade e
desobediência dos judeus. No terceiro, põe os dois povos no mesmo bojo:
"Todos pecaram" (Rm 3.23). Diante disso, levou avante a ordem de
JESUS: "Por que hei de enviar-te aos gentios de longe" (At 22.21).
2. As missões. Como resultado das quatro viagens
missionárias de Paulo, surgiram as igrejas da Ásia e Europa. A ele deve-se a
expansão do Cristianismo. Suas estratégias missionárias são ainda hoje o modelo
para nós. Nenhum homem fez pelo Evangelho o que ele realizou, exceto o próprio
Salvador JESUS CRISTO.
3. As epístolas. São o maior tesouro que Paulo
deixou para a Igreja. São frutos de suas experiências e trabalhos, na direção
do ESPÍRITO SANTO. Seus escritos ocupam um terço do Novo Testamento. Sem as
suas cartas, o Cristianismo poderia ser uma mera seita do Judaísmo.
CONCLUSÃO
O ministério de Paulo entre os gentios, suas viagens missionárias e as
epístolas escritas, o tomam o maior herói do Cristianismo. Seus exemplos devem
ser seguidos pelos obreiros (1 Co 11.1) e seus ensinos obedecidos por todos os
cristãos. Suas ideias continuam vivas e atuais, porque foram inspiradas pelo
ESPÍRITO SANTO para a Igreja em todas as épocas.
ENSINAMENTOS PRÁTICOS
1. Os perseguidores dos cristãos sempre agiram movidos pela ignorância,
pois julgavam que prestavam um excelente serviço a DEUS ou ao regime político
de seu país. No entanto, muitos deles, quando perceberam o erro que cometeram,
converteram-se a CRISTO e tomaram-se uma bênção ao Evangelho.
2. Se Saulo tivesse a certeza, antes de iniciar a perseguição aos
cristãos, que JESUS havia ressuscitado, jamais teria se levantado contra o povo
de DEUS. Portanto, agiu por ignorância e pelo seu sentimento religioso. Por
isso, JESUS o perdoou e transformou-o no grande apóstolo dos gentios.
3. Nenhum cristão, até o momento, submeteu-se ao sofrimento
experimentado pelo apóstolo Paulo, após se converter ao Evangelho. Por isso,
jamais murmuremos, quando vier a perseguição, pois, com certeza, o motivo de
sua manifestação é o de gerar a paciência, virtude tão necessária aos filhos de
DEUS.
A VISÃO NA ESTRADA, CAMINHO DE DAMASCO, 9.1-9.
Narram-se em Atos dos apóstolos quatro das visões de Paulo:
1) Uma de sua conversão, 9.3.
2) Outra de sua obra, 16.9.
3) Outra do seu fortalecimento, 18.9.
4) Outra de sua preservação, 27.23,24.
1) Estêvão, denunciado por falar blasfêmias contra a Lei de DEUS, não se comportava como blasfemo. Ao contrário. DEUS fez o rosto de Estêvão brilhar com a mesma glória que adornou o rosto daquele que escreveu a Lei, Moisés. (Atos 6.11,15; Ex 34.29).
2) Se Estêvão fosse realmente um herege, que no seu apedrejamento saísse deste mundo para o inferno, como podia ele olhar para dentro dos céus e ver a glória de DEUS, Cap. 7.55.
3) Se Estêvão fosse, de fato, um inimigo das autoridades, como podia ajoelhar-se na ocasião da sua morte e orar por elas? (Cap. 7.60).
4) Não foi a vida diária, de cada um destes que Saulo considerava hereges, um testemunho vivo e incontestável do fato de seu Mestre ser divino? (Vede 1 Pe 2.12).
5) Estêvão, autuado como transgressor da Lei, morreu com a paz dos que guardam a Lei, 7.59. Apesar do grande zelo de Saulo e de sua vida exterior irrepreensível, não tinha o gozo de espírito que vira no rosto do mártir.
Senhor, que queres que faça? (v. 6): A transformação era instantânea e profunda. Saulo, determinado a destruir a obra de DEUS o mais depressa possível, entrega-se inteiramente para fazer fervorosamente toda a vontade do mesmo JESUS, perguntando: Que desejas, Senhor, que eu faça? Era uma nova criatura. As coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo, 2 Co 5.17. Saulo de Tarso ficou vencido pela "luz do evangelho da glória de CRISTO", 2 Co 4.6. (Compare Ap 1.16,17; Lc 22.61,62).
Paulo é o exemplo que DEUS coloca perante nossos olhos. O que a graça de DEUS fez para "o principal dos pecadores", essa graça nos pode fazer. Nossa exortação é que façamos o que recebemos, ouvimos e vimos desse apóstolo, Fp 4.9.
Notem-se os três itens:
1) Paulo viu a JESUS.
2) Queria saber a vontade de JESUS.
3) Gastou a vida fazendo a vontade de JESUS. A velha missão foi rejeitada (9.1); então tinha uma nova, 26.16-18. .
Ouvindo a voz, mas rum vendo ninguém (v. 7): Viram o clarão, mas não a Pessoa. Ouviram a voz, mas não as palavras.
E Saulo levantou-se da terra... (v.8): Saulo, ao levantar-se do chão e abrir os olhos, descobriu que estava cego - não via mais, "por causa do esplendor daquela luz", Atos 22.11. Esperava entrar em Damasco com aparato de membros do famoso Sinédrio. Ao contrário, foi conduzido pelas ruas da cidade, cego, abatido, desalentado, tremendo. Não ardia mais na fúria contra a Igreja, mas anelava aprender aos pés do mais humilde entre os discípulos de JESUS.
E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu (v.9): Saulo foi levado a casa de certo homem chamado Judas, que morava na rua Direita em Damasco, v.11. Lá passou três dias mergulhado em um mundo sem luz. Ecoavam as palavras, nos seus ouvidos e na sua alma, do meigo JESUS: "Por que me persegues?" Sem dúvida via novamente a grande fila de discípulos que perseguia e matara. Cada um olhava ternamente para ele enquanto soava constantemente a voz de JESUS de Nazaré: "Por que me persegues?"
Sem ver (v.9): Os olhos de Saulo foram fechados, para que abrissem os olhos da sua alma. Quantos filhos de DEUS testificaram que a cegueira dos olhos do corpo é uma das maiores bênçãos. Humilhados por esse suplício, olharam para JESUS e lhes foram abertos os olhos espirituais (comp. Ef 1.18) para contemplarem o que é infinitamente mais glorioso do que tudo aqui na terra.
Não comeu, nem bebeu (v.9): A experiência de Saulo de Tarso foi tal que o abalou até não desejar comer durante três dias. Mas não apenas o abalou, levou-o, também, a ter fome espiritual. Podia dizer como JESUS: "Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis”, João 4.32. Há ocasiões em que as coisas celestiais estão tão apetecíveis que não queremos qualquer coisa terrestre.
E esteve três dias sem ver (v. 9): Jonas esteve três dias no ventre da baleia; e se levantou para um novo ministério. CRISTO esteve três dias no seio da terra; e ressuscitou para uma nova vida. Igualmente, Saulo esteve três dias sem ver, sem comer e nem beber; e saiu para uma nova obra.
Não nos descuidemos do ensejo, se obrigados a desistir de qualquer atividade, para examinar-nos a nós mesmos e nos renovar espiritualmente.
RESUMO DA CONVERSÃO DE PAULO
INTRODUÇÃO
Paulo é considerado, depois de JESUS, o personagem mais importante da história da Igreja Cristã At 24.5.
I. SAULO DE
TARSO
1. A formação cultural de Paulo.
2. Paulo, cidadão romano.
II. CONVERSÃO
DE PAULO
1. O Encontro com JESUS.
2. Ananias visita a Paulo.
3. Saulo, de perseguidor a perseguido.
III- PROPÓSITOS
DA VOCAÇÃO DE PAULO
1. Conhecer a vontade de DEUS.
2. Tornar-se ministro e testemunha de JESUS.
3. Sofrer a favor de CRISTO e do evangelho.
CONCLUSÃO
Você foi chamado para anunciar a mensagem da cruz? Obedeça, já. É o tempo de
segar.
A Conversão de
Saulo de Tarso: Uma Transformação Radical
A conversão de
Saulo de Tarso, posteriormente conhecido como o apóstolo Paulo, é um dos
eventos mais significativos da história do cristianismo. Esse acontecimento,
narrado no Novo Testamento, marca uma virada radical na vida de um feroz
perseguidor dos cristãos, transformando-o em um dos mais fervorosos
missionários do cristianismo.
Quem era Saulo
de Tarso antes da conversão?
Antes de sua
experiência transformadora, Saulo era um judeu farisaico extremamente zeloso
pela lei mosaica. Ele perseguia os cristãos com fervor, acreditando que estavam
deturpando a fé judaica. A perseguição era tão intensa que ele participou do
apedrejamento de Estevão, o primeiro mártir cristão.
O encontro com
Jesus no caminho de Damasco
A vida de Saulo
mudou drasticamente durante uma viagem a Damasco. No caminho, uma luz brilhante
o envolveu e uma voz lhe perguntou: "Saulo, Saulo, por que me
persegues?" (Atos 9:4). A experiência foi tão intensa que Saulo ficou cego
por alguns dias. Durante esse período, ele teve uma visão de Jesus e ouviu
instruções divinas.
O batismo e a
nova missão
Após a sua
conversão, Saulo recuperou a visão e foi batizado por Ananias, um discípulo em
Damasco. A partir desse momento, ele passou a pregar o evangelho de Jesus
Cristo com a mesma intensidade com que antes o perseguia. Paulo se tornou um
dos principais missionários do cristianismo, viajando por diversas regiões do
Império Romano e fundando igrejas.
A importância
da conversão de Paulo para o cristianismo
A conversão de
Paulo teve um impacto profundo no desenvolvimento do cristianismo. Graças a
ele, o cristianismo deixou de ser uma religião restrita aos judeus e se
espalhou para os gentios. Paulo escreveu grande parte do Novo Testamento, suas
cartas se tornaram textos fundamentais para a teologia cristã.
Postos-chave da
conversão de Saulo:
- Transformação radical: De perseguidor a missionário.
- Encontro com Jesus: Uma experiência mística que mudou sua
vida.
- Nova missão: Pregar o evangelho aos gentios.
- Impacto no cristianismo: A expansão do cristianismo e a
formação da teologia cristã.
A história da
conversão de Saulo é um testemunho do poder transformador de Deus e continua a
inspirar cristãos ao longo dos séculos.
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