sexta-feira, 26 de setembro de 2025

ADORAR A DEUS EM MEIO À CALAMIDADE

 


ADORAR A DEUS EM MEIO À CALAMIDADE

Josafá é um personagem bíblico importante, conhecido principalmente por ter sido o quarto rei de Judá após a divisão do reino de Israel. Seu reinado é detalhado em 1 Reis (especialmente 22:42-50) e, de forma mais completa, em 2 Crônicas (capítulos 17 a 20).

Aqui estão os pontos chave sobre o Rei Josafá:

Um Rei Justo e Temente a Deus

  • Legado e Piedade: Josafá é geralmente retratado de forma positiva. A Bíblia diz que ele "andou nos primeiros caminhos de seu pai Davi" e buscou o Deus de seu pai, não se dedicando à adoração de ídolos (Baalins), como faziam alguns reis de Israel (2 Crônicas 17:3-4). Ele reinou por 25 anos em Jerusalém.
  • Reformas Religiosas: Ele se empenhou em combater a idolatria em Judá, removendo os "altos" (lugares de adoração não autorizados) e as imagens.
  • Ensino da Lei: Uma de suas ações mais notáveis foi enviar sacerdotes, levitas e príncipes por todas as cidades de Judá para ensinar o Livro da Lei do Senhor ao povo. Isso mostra seu compromisso em educar o povo nos mandamentos de Deus (2 Crônicas 17:7-9).

Fortalecimento do Reino

  • Segurança e Estrutura: Josafá fortaleceu militarmente o reino de Judá, construindo fortalezas e cidades-armazéns. Ele tinha um exército grande e bem organizado (2 Crônicas 17:12-19).
  • Reconhecimento: Devido à sua obediência a Deus, o temor do Senhor veio sobre os reinos vizinhos, de modo que eles não guerrearam contra ele e, em alguns casos, até lhe trouxeram presentes e tributos.

Erros e Alianças Problemáticas

Apesar de sua devoção, Josafá cometeu alguns erros significativos, principalmente ao fazer alianças com a ímpia casa real de Israel, o Reino do Norte:

  • Aliança com Acabe: Ele se aliou ao Rei Acabe de Israel, um rei notório por sua maldade, para lutar contra os sírios em Ramote-Gileade. Josafá foi repreendido por um profeta por essa aliança. Acabe morreu na batalha, e Josafá quase foi morto (1 Reis 22).
  • Aliança com Acazias/Jeorão: Ele também tentou se unir ao Rei Acazias (e depois Jeorão), de Israel, para construir navios mercantes, mas essa empreitada foi destruída por Deus, e ele foi novamente repreendido por um profeta por se aliar aos "que aborrecem ao Senhor" (2 Crônicas 20:35-37).

O Ponto Alto: A Batalha e a Vitória pela Fé

O episódio mais famoso do seu reinado está registrado em 2 Crônicas 20, onde é demonstrada a sua profunda confiança em Deus.

  1. Ameaça: Uma enorme coalizão de moabitas, Amonitas e meunitas declarou guerra contra Judá.
  2. Reação: Josafá ficou com medo, mas em vez de confiar em seu exército, ele buscou ao Senhor. Ele proclamou um jejum em todo o Judá, e o povo se reuniu em Jerusalém para buscar a Deus.
  3. Oração: Josafá fez uma poderosa oração no templo, reconhecendo a soberania de Deus e a impotência de Judá: "Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos estão postos em ti" (2 Crônicas 20:12).
  4. Resposta: O Espírito do Senhor veio sobre o levita Jaaziel, que profetizou, dizendo: "Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus" (2 Crônicas 20:15).
  5. Vitória Incomum: Josafá demonstrou fé ao colocar os cantores à frente do exército enquanto marchavam. Quando começaram a louvar, o Senhor causou confusão entre os inimigos, que se voltaram uns contra os outros e se destruíram completamente. Judá não precisou lutar, apenas recolheu os despojos (2 Crônicas 20:22-25). O lugar dessa vitória foi chamado Vale de Beraca (Vale da Bênção).

 

Em resumo, Josafá é lembrado como um dos reis mais justos de Judá, um reformador religioso que se dedicou a espalhar a Lei de Deus e que experimentou uma vitória milagrosa pela fé e adoração. Suas fraquezas, contudo, residiram nas suas alianças políticas com líderes ímpios, mostrando que até mesmo um líder temente a Deus pode cometer erros de julgamento.

Gostaria de saber mais detalhes sobre algum desses aspectos do reinado de Josafá, como a Batalha do Vale de Beraca?

ADORAR A DEUS EM MEIO À CALAMIDADE

Texto Bíblico:  2ª Crônicas 20

20.3 Quando a nação enfrentou o desastre, Josafá fez um chamado ao povo para que tomasse a sério a DEUS e que jejuasse por um tempo determinado. Ao separar-se da rotina diária da preparação e do consumo da comida, puderam dedicar esse tempo extra a considerar seu pecado e a orar para pedir ajuda a DEUS. A dor aguda da fome reforçaria seus sentimentos de penitência e lhes recordaria sua debilidade e sua dependência de DEUS. O jejum ainda é útil na atualidade quando procuramos a vontade de DEUS em situações especiais.

20.6ss A oração do Josafá tinha vários ingredientes essenciais: (1) Entregou a situação a DEUS, reconhecendo que só DEUS podia salvar à nação. (2) Procurou o favor de DEUS já que seu povo era o povo de DEUS. (3) Reconheceu a soberania de DEUS na situação atual. (4) Elogiou a glória de DEUS e se consolou em suas promessas. (5) Professou uma dependência completa de DEUS, não de si mesmo, para a liberação. Para ser a classe de líder que DEUS quer na atualidade, siga o exemplo do Josafá: concentre-se totalmente no poder de DEUS e não em você mesmo.

20.15 Quando o inimigo avançou no Judá, DEUS falou por meio do Jahaziel: "Não temam nem lhes amedrontem[...] porque não é sua a guerra, mas sim de DEUS". Possivelmente não estejamos lutando com um exército, mas todos os dias lutam com a tentação, a pressão e "hostes espirituais de maldade" (Eph_6:12) que querem que nos rebelemos contra DEUS. Devemos recordar que, como crentes, temos o ESPÍRITO de DEUS em nós. Se pedirmos a ajuda de DEUS quando enfrentamos lutas, DEUS brigará por nós. E DEUS sempre triunfa.

Como deixamos que DEUS brigue por nós? (1) Ao nos dar conta que a luta não é nossa, mas sim de DEUS. (2) Ao reconhecer as limitações humanas e ao permitir que a fortaleza trabalhe através de nossos temores e debilidades. (3) Ao nos assegurar que procuramos os interesses de DEUS e não nossos desejos egoístas. (4) Ao pedir a ajuda de DEUS em nossas batalhas diárias.

20.33 Este versículo diz que Josafá não tirou os lugares altos corruptos (altares idólatras) enquanto em 17.6 e em 19.3 diz que sim os destruiu. Josafá destruiu a maioria dos ídolos do Baal e Asera, mas não teve êxito ao tratar de erradicar as religiões corruptas praticadas nos lugares altos.

20.37 Josafá se enfrentou ao desastre quando uniu forças com o malvado rei Ocozías. Não aprendeu de sua aliança desastrosa com o Acab (18.28-34) ou da aliança que seu pai fez com Síria (16.2-9). A sociedade esteve fundamentada em raízes desiguais já que um homem servia a DEUS e o outro adorava ídolos. Provocamos o desastre quando entramos em sociedade com não crentes devido a que diferimos nos principais fundamentos de nossa vida (2Co_6:14-18). Enquanto a gente serve ao Senhor, o outro não reconhece sua autoridade. Indevidamente, que serve a DEUS se vê tentado a comprometer seus valores. Quando isto acontece, surge o desastre espiritual.

Antes de entrar em uma aliança pergunte: (1) Quais são meus motivos? (2) Que problemas estou tratando de evitar ao procurar esta sociedade? (3) É esta sociedade a melhor solução, ou é só uma solução rápida para meu problema? (4) orei ou pedi a outros que orem procurando a direção de DEUS? (5) Trabalhamos meu futuro sócio e eu para conseguir as mesmas metas? (6) Estou disposto a me conformar com menos lucros econômicas a fim de agradar a DEUS?

 "Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre"(Sl.136:1).


INTRODUÇÃO

Neste Estudo acerca da provisão de Deus em meio à calamidade. Teremos como exemplo o grande livramento que Deus deu a Josafá, rei de Judá, quando ele teve que enfrentar as nações inimigas, moabitas e Amonitas, que se levantaram para atacar Judá, e que diante da força delas, Josafá não teria como escapar, não tinha nenhuma saída; a destruição de Judá seria inevitável. Então, ele decide buscar o Senhor em oração e jejum, confessando a Ele que não tinha nenhuma capacidade para sair daquela situação crítica. O rei e seu povo se depararam com o tipo de dilema que todos nós enfrentamos mais de uma vez na vida, e nós não sabemos o que faremos. Olhamos para todos os lados e não encontramos saída; a saída está acima de nós; a saída está em Deus, o nosso socorro bem presente na hora da angústia. Este era o único recurso disponível para Josafá, que se apropria dele para obter a solução do grande problema que se agigantava diante do seu povo. Este recurso está à disposição de todo o verdadeiro servo de Deus: os nossos olhos estão postos em ti (2Cr.20:12). Josafá teve fé, por isso, recebeu a vitória contra os seus inimigos. Diante da vitória, em um gesto de gratidão, Josafá louva e adora ao Senhor. Seu coração foi afligido pelo temor, mas o tempo de cantar chegou. Assim como Deus deu o livramento a Judá, em meio à calamidade, Ele dará o livramento a todos nós, quando o buscamos de todo o coração. Está escrito: “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir” (Is.29:1).

I. A DIVISÃO DO REINO DE ISRAEL

Salomão foi o terceiro rei de Israel. Ele era filho de Davi com Bate-Seba; teve um início de governo excelente. Tratou de obedecer às ordens de Davi seu pai e eliminou os inimigos do reino. Salomão subiu ao trono em condições muitíssimo favoráveis; seu pai, Davi, havia derrotado todos os inimigos ao redor e Israel passava por um tempo de sossego. Sob seu governo, Israel prosperou e conquistou sua maior amplitude territorial (1Rs.4:20-28).

Deus aparece em sonhos a Salomão no início do seu reinado e lhe pergunta o que gostaria de receber (1Rs.3:5). Salomão responde pedindo a Deus sabedoria ao invés de riquezas ou qualquer outro desejo material (1Rs.3:6-9); esta atitude agrada a Deus que lhe concede sabedoria e muito mais (1Rs.3:10-15). Salomão tornou-se o homem mais sábio de sua época (1Rs.4:29-34) e em nenhum outro período da monarquia a nação proveu de contatos internacionais, riquezas e ausência de guerras, necessários para a produtividade literária, como durante o período do seu governo.  O próprio Salomão, conforme relata a Bíblia, compôs provérbios e cânticos (1Rs.4:32).

 

Salomão procurou com zelo construir o templo do Senhor, iniciando a obra no quarto ano do seu reinado, concluindo sete anos depois (1Rs.5:1-5; 6:1,37,38; 2Cr.3:1,2). Salomão fez os utensílios do templo e trouxe as ofertas de Davi seu pai para a casa do Senhor. Após concluir a construção e trazer todos os objetos para o templo (1Rs.7:51; 2Cr.5:1), a arca foi colocada em seu lugar, ou seja, no Santo dos Santos, no interior do templo; para isso, Salomão convocou os anciãos de Israel, os cabeças das tribos e os príncipes das famílias dos israelitas para transportarem a arca para o templo. Uma grande multidão compareceu para a festa de consagração do templo e a nuvem da Glória do Senhor encheu o santuário (1Rs.8:1-11; 2Cr.5:2-14).

Durante a consagração do templo, Salomão fala ao povo e mostra reconhecer as promessas feitas por Deus a Davi, bem como o cumprimento das mesmas (1Rs.8:12-21; 2Cr.6:1-11). Então ora ao Senhor em agradecimento e adoração, abençoa ao povo, oferece sacrifícios a Deus e conclui a solenidade despedindo toda a multidão.

Depois de acabar a construção da Casa do Senhor e da casa do rei, Deus fala com Salomão pela segunda vez e faz com ele aliança, advertindo-o acerca da necessidade de obediência (1Rs.9:1-9; 2Cr.7:11-22). Todavia, mesmo sabendo que o Senhor lhe fizera prosperar e o advertira sobre a necessidade de obediência, Salomão pecou e apartou-se do Senhor. A princípio, seu pecado começou com uma série de casamentos mistos. Além de se casar com a filha de Faraó, Salomão casou-se com várias mulheres pagãs, as quais o Senhor havia advertido para que Israel não se misturasse; chegou a ter 700 mulheres e 300 concubinas. Estas mulheres levaram Salomão a pecar na sua velhice, adorando aos seus deuses (1Rs.11:1-8,33).

Por causa da desobediência de Salomão, conforme o Senhor lhe advertira anteriormente, no final do seu reinado houve uma certa quebra da tranquilidade que perdurou por um bom tempo; Salomão enfrentou dois problemas, a saber: ao sul houve uma revolta do príncipe edomita Hadade e; ao norte, Damasco foi ocupada por Rezom que a transformou em um reino, tornando-se adversário de Israel durante todo os dias de Salomão. Certamente, esses problemas trouxeram dificuldades para o governo de Salomão. Entretanto, a mais dura consequência do pecado de Salomão, viria durante o governo do seu filho, Roboão, quando Israel seria dividido em duas partes (1Rs.11:9-13): Reino do Norte e Reino do Sul. O Reino do Norte era formado por dez tribos e a capital era Samaria.  O Reino do Sul era formado por duas tribos, Judá e Benjamim, e a capital era Jerusalém.

O período do reino unido, correspondente a Saul, Davi e Salomão, teve a duração de 120 anos aproximadamente, considerando-se que cada reino tenha durado 40 anos: Saul - 1.051 (ou 1050) até 1.011(ou 1.010) a. C.; Davi - 1011(ou 1.010) até 971(ou 970) a. C.; Salomão - 971(ou 970) até 931(ou 930) a. C.

A idolatria, a injustiça social e a degradação moral do povo estão na base da divisão do reino de Israel (1Rs.11:33). Deus havia advertido a Salomão por duas vezes sobre a adoração de deuses estrangeiros, mas o rei não levou isso em consideração (1Rs.11:10). Por esse motivo o Senhor disse-lhe que o reino lhe seria tirado, embora não durante a sua vida. Isso nos traz uma grande lição: a obediência a Deus é a base fundamental do progresso, da prosperidade do povo de Deus. Obedecer à Palavra de Deus é o que faz a diferença no reino de Deus (Mt.5:16).

1. O Reino do Norte. O Reino do Norte conseguiu sobreviver por aproximadamente 200 anos. Foi governado por 20 diferentes reis, e experimentou diferentes crises: políticas, sociais e religiosas. A apostasia personificou-se no primeiro rei de Israel, Jeroboão, que se tornou para todas as gerações subsequentes um modelo de iniquidade e mau comportamento.

Devido à forte idolatria, a injustiça social e a degradação moral do povo de Israel (reino do Norte), Deus suscitou nações poderosas para punir o povo. Em 2Rs.17:7-41, o Espírito Santo cita as razões teológicas e morais porque Deus levou a efeito a ruína do seu povo redimido segundo o concerto e o removeu de diante da sua face (2Rs.17:18):

a) Os israelitas esqueceram-se do amor e da graça de Deus, manifestos na sua redenção do Egito, e pecaram contra o Senhor - “Porque sucedeu que os filhos de Israel pecaram contra o Senhor seu Deus, que os fizera subir da terra do Egito, de debaixo da mão de Faraó, rei do Egito e serviram a outros deuses(2Rs.17:7).

b) serviam aos deuses dos povos pagãos em derredor, imaginando que obteriam sucesso, bem-estar e orientação (2Rs.17:7,12,17).

 c) adotaram os costumes e modos de vida do mundo ímpio (2Rs.17:8-11,15-17).

d) Rejeitaram os profetas de Deus com sua mensagem de retidão (2Rs.17:13-15; cf. At.7:51).

e) Rebelaram-se abertamente contra a revelação escrita de Deus e seu concerto(2Rs.17:13-16).

f) entregaram-se ao espiritismo e a todos os tipos de imoralidade (2Rs.17:16,17).

g) Israel andou nos estatutos das nações ímpias - “E andaram nos estatutos das nações que o SENHOR lançara fora de diante dos filhos de Israel e nos costumes dos reis de Israel” (2Rs.17:8). Israel aceitou, com facilidade, os modos e padrões de vida dos povos que não conheciam a Deus.

Por causa de todos estes terríveis pecados, Deus decretou a queda final e o exílio de Israel – Assim diz o Senhor: ... Israel certamente será levado cativo" (Amós 7:17). “No ano nono de Oséias, o rei da Assíria tomou a Samaria, e transportou a Israel para a Assíria, e fê-los habitar em Hala e em Habor, junto ao rio Gozã, e nas cidades dos medos(2Rs.17:6).

O rei da Assíria chamava-se Salmaneser V (filho de Tiglate- Pileser III - 2Rs.15:29) (2Rs.7:3). Em 722 a.C, depois de 200 anos de idolatria, de rebeldia espiritual e de corrupção moral, Deus decretou a queda final e o exílio de Israel (as dez tribos do Reino do Norte). O avança implacável do mal entre o povo de Deus chegara ao ponto culminante e irreversível. Oséias foi o último rei do Reino do Norte. No seu governo, o reino foi varrido para sempre.

Os resultados de abandonar a Deus são o castigo, a ruína, o sofrimento e a rejeição final (cf. Ap.2:5;3:15,16). Embora a separação entre Israel e as demais nações fosse uma das exigências fundamentais de Deus para o seu povo (Lv.18:3,30; Dt.12:29-31; 18:9-14), Israel, ao contrário, foi adotando os costumes pagãos daquelas nações em derredor. Conformar-se com o modo mundano de viver é um dos grandes perigos que o povo de Deus enfrenta em cada geração e cultura. Para nós, Igreja do Senhor, o Espírito Santo nos adverte: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento...” (Rm.12:2).

2. O Reino do Sul. O reino do Sul foi regido por 19 reis que pertenciam à linhagem de Davi. Seu primeiro rei foi Roboão, filho de Salomão. Este reino, também, enfrentou muitas crises: políticas, sociais e religiosas, e teve que lutar com muitos inimigos, inclusive os seus irmãos do Reino do Norte. Por causa da iniquidade deste reino, Deus também puniu os judeus do reino do Sul. Às vezes não aprendemos com os exemplos de pecado e tolice que ocorrem à nossa volta - “Até Judá não guardou os mandamentos do SENHOR, seu Deus; antes, andaram nos estatutos que Israel fizera(2Rs.17:19). 

Apesar de ver seus irmãos serem levados para o exílio, o povo de Judá cai em pecado. O rei Ezequias e o rei Josias começaram muitas reformas, mas isto não foi o bastante para converter permanentemente a nação a Deus. A iniquidade saturara o Reino do Sul, e a ira de Deus inflamou-se contra os judeus. A Babilônia conquistou a Assíria e tornou-se a nova potência mundial. O exército caldeu marchou contra Jerusalém, queimou o Templo, derrubou os grandes muros da cidade e levou o povo cativo para a Babilônia. O pecado sempre traz disciplina e as suas consequências são às vezes irreversíveis. Pense nisso!

II. O REI JOSAFÁ

1. Quem era Josafá (1Rs.22:41-43). O seu nome significa “Yahweh julgou”. Ele foi o quarto rei de Judá, o sexto da linhagem de Davi. Reinou no período de 870 a 848 a.C. Com 35 de idade ele se tornou co-regente com seu pai, o rei Asa, até a morte deste em 870. Governou por 25 anos (1Rs.22:42) e foi contemporâneo de vários reis de Israel: Onri, Acabe, Acazias e Jeorão. Os profetas Elias e Eliseu atuaram nesse tempo, com mais intensidade no reino do Norte.

Josafá foi um rei piedoso, e reviveu antigas práticas religiosas do judaísmo. Desde o início foi zeloso na fé. De maneira geral eliminou a idolatria, mas com êxito apenas parcial. Preocupou-se em ensinar a Lei do Senhor ao povo, indo até as suas casas. Os seus atos foram protegidos pelo Senhor - “E o SENHOR foi com Josafá, porque andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai, e não buscou baalins. Antes, buscou ao Deus de seu pai e andou nos seus mandamentos e não segundo as obras de Israel. E o SENHOR confirmou o reino nas suas mãos, e todo o Judá deu presentes a Josafá; e teve riquezas e glória em abundância” (2Cr.17:3-5).

Ao assumir o poder, Josafá fortificou seu reino contra o reino do Norte, Israel. Apesar de ter fortificado o reino, o segredo do sucesso de seu governo foi seguir ao Senhor como Davi fizera. As Escrituras Sagradas afirmam que Deus era com ele, pois "andou nos primeiros caminhos de Davi, seu pai" (2Cr.17:3). É interessante observar como Davi constitui o padrão pelo qual os reis são medidos. Se andavam segundo seu exemplo, prosperavam e eram abençoados; do contrário, fracassavam. A terra teve paz sob Josafá, e seus inimigos pagavam tributos (2Cr.17:10-12). Seu governo foi próspero (2Cr.17:5). Ele morreu com sessenta anos de idade, e foi sepultado na cidade de Davi (1Rs.22:50).

2. O cuidado de Josafá em instruir o povo (2Cr.17:7-9). Uma das principais providências do rei Josafá, logo após assumir o trono de Judá, foi dar prioridade ao ensino da Palavra de Deus ao povo. No terceiro ano de seu reinado, enviou uma comissão especial de príncipes, levitas e sacerdotes a percorrer Judá para ensinar ao povo os caminhos do Senhor, conforme a instrução de Deuteronômio 6:6-12. Diz o texto sagrado: No terceiro ano do seu reinado, enviou ele os seus príncipes Ben-Hail, Obadias, Zacarias, Natanael e Micaías, para ensinarem nas cidades de Judá; e, com eles, os levitas Semaías, Netanias, Zebadias, Asael, Semiramote, Jônatas, Adonias, Tobias e Tobe-Adonias; e, com estes levitas, os sacerdotes Elisama e Jeorão. Ensinaram em Judá, tendo consigo o Livro da Lei do SENHOR; percorriam todas as cidades de Judá e ensinavam ao povo”.

Josafá dava grande importância à palavra de Deus. Era zeloso em observar seus preceitos e se deleitava em obedecê-los. Fez da Palavra de Deus a norma para seu reino. De cidade em cidade, esses homens reuniam o povo nas praças, uma vez que não havia sinagogas nem templos fora de Jerusalém, e ali ensinavam as pessoas. O ensino da Palavra de Deus a todo o povo explica o grande nível espiritual de Judá nos dias de Josafá, bem assim os grandes milagres ocorridos durante este reinado (cf.2Cr.20:1-29). Só há sinais e maravilhas quando, antes, o povo dá prioridade à Palavra do Senhor.

Uma das características mais virtuosas de um autêntico líder é o desvelo pelo ensino sistemático das Escrituras Sagradas. O verdadeiro pastor do rebanho do Senhor, como despenseiro de Deus, procura cumprir com responsabilidade a tarefa indelegável de alimentar as ovelhas do aprisco do Senhor. A Palavra de Deus é o puro, insubstituível e nutritivo alimento.

3. O ensino da Palavra de Deus promoveu um grande avivamento e temor no coração de todos (2Cr.17:10). Diz o texto sagrado: E veio o temor do SENHOR sobre todos os reinos das terras que estavam em roda de Judá e não guerrearam contra Josafá”. O temor a Deus é o princípio da sabedoria. Um povo que teme a Deus se tornará próspero.

Segundo Roberto L. Sawyer, "este foi um estudo sistemático da mensagem, da parte do Antigo Testamento que é chamada de Pentateuco, composta pelos cinco livros de Moisés. Cada Levita tinha sua própria cópia, e indica que elas podem ter sido raras. Este foi o início da educação religiosa fora de casa e do Templo. É o único registro deste tipo de missão (cf. 2Rs.23:2 e Neemias 8:3-18, onde a Lei também foi ensinada, embora sob circunstâncias diferentes)". Concordo com Roberto L. Sawyer, quando diz que “nenhum avivamento é possível sem que se honre a Palavra de Deus”.

Desde o Antigo Testamento, sempre vemos que os momentos de avivamento do povo de Deus são caracterizados por uma busca da Palavra de Deus, por uma renovação no interesse e na observância das Escrituras. Todo e qualquer movimento que menosprezar a Palavra de Deus, que não der espaço ao estudo e ao ensino da Palavra, não é um verdadeiro avivamento espiritual, mas um movimento místico, que se misturará facilmente com manifestações sobrenaturais de procedência duvidosa. Não há como se concordar com um “avivamento” que deixa de lado as Escrituras Sagradas e se apegam a invencionices humanas.

 Uma igreja avivada, ao contrário do que muita gente pensa e faz na atualidade, não é uma igreja que não estude a Palavra de Deus, nem uma igreja que, por achar que “a letra mata”, não frequenta ou nem tem cultos de ensino e de doutrina, procurando apenas “reuniões de poder”. O verdadeiro avivamento faz com que o crente seja guiado pelo Espírito Santo e está direção exige, em primeiro lugar, a perseverança na doutrina dos apóstolos. Crente avivado é crente que conhece a doutrina dos apóstolos e permanece nela, e que, por isso, não se deixa levar por qualquer “vento de doutrina”.

 

III. O EXTRAORDINÁRIO LIVRAMENTO DE DEUS

1. A perigosa aliança feita com acabe (2Cr.18:1-3) – “Tinha, pois, Josafá riquezas e glória em abundância e aparentou-se com Acabe(2Cr.18:1). O reino de Judá e o reino de Israel haviam mantido uma relação mutuamente hostil, até o casamento do filho de Josafá com a filha de Acabe, Atália (cf. 2Cr.21:5,6; 2Rs.8:18). Este casamento proporcionou uma aliança entre os dois reis. Certamente o objetivo era bom – tentar unir os reinos; fizeram o correto, porém da maneira errada. Os fins não justificam os meios. Os nossos métodos ou planos devem estar dentro da vontade de Deus. Este enlace abriu a porta à adoração a Baal no reino de Judá, causando-lhe uma derrota moral, física e espiritual por muito tempo. Alianças feitas sem a orientação e a permissão de Deus sempre trazem prejuízos.

Além desse enlace matrimonial, acabe pediu a Josafá que o ajudasse a atacar os sírios que ainda controlava parte do território de Israel (cf. 1Rs.22:3,4); isso ocorreu em 853 a.C (cf. 2Cr.18:2-34). Sem hesitar, e sem consultar o Senhor, Josafá concordou em ajudar o rei do Norte. Antes, o profeta Micaías foi consultado se a batalha seria ganha. Ele disse que a batalha seria perdida e que os quatrocentos profetas do rei Acabe foram induzidos ao erro, e que Acabe seria morto. O profeta foi severamente punido pelo rei por causa de sua profecia, que vinha do Senhor. Também, Josafá não deu ouvidos ao profeta Micaías. Nessa batalha, Acabe foi mortalmente ferido, mas Josafá, pela misericórdia de Deus, sobreviveu (cf. 1Rs.22:1-38). Contudo, Deus usou o profeta Jeú para repreender Josafá. O profeta mostrou ao rei o quanto a aliança que ele havia feito com Acabe aborrecera ao Senhor (2Cr.19:2). O rei aceitou a repreensão e se arrependeu da sua aliança com Acabe (2Cr.19:1-9).

Ao se relacionar com o idólatra Acabe, Josafá dera mau exemplo a seus súditos. O rei percorreu todo o reino, portanto, para fazer o povo tornar ao Senhor. Também instituiu um sistema judiciário segundo a lei mosaica (Dt.16:18-20). Essa medida, junto com o envio de mestres a todas as partes do reino (2Cr.17:7-9), revelou o respeito tremendo que Josafá tinha pelas Escrituras Sagradas. Seus atos indicaram, ainda, preocupação por seus súditos e o desejo de agir com retidão como regente escolhido por Jeová.

2. Josafá enfrenta a ameaça dos inimigos (2Cr.20:1-12). Um grande exército, de Moabe, de Edom e de Amom, atravessou o mar Morto para lutar contra Josafá; eles se coligaram para atacar o reino de Judá e destronar o rei. Cercaram Jerusalém. Josafá teve medo, com razão.

Observe que nos dois capítulos anteriores há o relato de um grande avivamento que ocorreu no governo de Josafá (cf. 2Cr.17:7-9 e 19:4-11); toda a nação tornou-se para o Senhor com temor e tremor, porque a Palavra de Deus foi exaustivamente ensinada – Eles percorreram todas as cidades do reino de Judá, levando consigo o Livro da Lei do Senhor e ensinando o povo" (2Cr.17:9). Todavia, em vez de bênçãos, vem um inimigo feroz e destruidor. Por que aconteceu isso, quando a nação já se havia optado por servir ao Senhor? Deus sabe melhor que nós as razões, entretanto, sabemos que, sem provações, nossas decisões duram pouco; sem fortalecimento, nossas determinações são fracas, e não persistem, não resistem ao tempo. Por isso, quando tomamos uma decisão certa de seguir a Jesus, então vêm as provas que são destinadas a reforçar a decisão, e, pela luta, manter a convicção ao lado do Senhor cada vez mais forte. O que vale aqui é ganhar a vida eterna, não uma vida um pouco melhor na Terra. 

 

Sem dúvida, foi uma experiência aterrorizante para Josafá, mas Deus deu o livramento ao seu servo, porque ele resolveu confiar no seu Deus. Ele tinha consciência plena que Deus não desampara aqueles que estão em plena comunhão com Ele. Ora, Josafá vinha de uma experiência de altos e baixos em termos de fidelidade a Deus. Ele se mostrava um bom rei, hoje diríamos um bom pastor cristão. Mas cometia erros por atitudes negligentes, como a sua aliança com o rei Acabe. Ele era alguém que precisava de uma forte provação para ser refinado. A essa altura, ele e toda a nação precisavam de uma provação para reforçar a fidelidade a Deus. Por vezes, provações nos aproximam definitivamente de Deus, e essa era a situação de Josafá e de seu povo naquele tempo. Concordo com o Pr. Elienai Cabral quando diz que muitos só se lembram de buscar a Deus quando estão cercados pelas dificuldades. Não deixe para buscar a Deus somente nos tempos de crise; busque-o continuamente.

3. A ação de Josafá. O exército inimigo era muito superior ao de Josafá. A destruição de Jerusalém era iminente. Só tinha uma saída para Josafá naquele momento tenebroso: para cima, para o Deus de Israel. E foi isto que Josafá fez. Naquele momento, certamente, ele se lembrou das palavras do salmista: "O meu socorro vem do Senhor que fez o Céu e a terra" (Sl.121:2). Josafá invocou o nome do Senhor, e apregoou um jejum em toda a nação (cf.2Cr.20:3). Seguindo uma liderança temente e obediente ao Senhor, a nação inteira - os homens, as mulheres e as crianças - ouviu o apelo do rei e buscou a Deus de coração. O rei invocou o Deus de seus pais, e relembrou libertações ocorridas no passado (veja 2Cr.6:28-31). Sob a sombra do Templo, Josafá lembrou ao Senhor que o povo de Judá era seu povo da aliança; que a Casa do Senhor, onde ele estava orando, era o santuário de Deus e o lugar onde Ele prometera ouvir as orações e responder a elas; que aqueles aos quais Israel havia demonstrado bondade estavam prestes a destruí-lo e a tomar sua terra. Em momentos de crise, a oração é uma fonte de força capaz de nos fazer recordar experiências prévias em que fomos ajudados por Deus. Nenhum crente deve duvidar do poder da oração.

Josafá encerrou sua súplica fervorosa, e todo o povo de Judá ficou em pé diante do Senhor, à espera da resposta (cf.2Cr.20:7-13). Então o Senhor, por intermédio do profeta Jaaziel, respondeu dizendo que a peleja não era deles, mas de Deus (2Rs.20:15). O povo só precisaria sair no dia seguinte e ver o que o Senhor faria (cf.2Cr.20:14-17).

Pela fé, o povo se alegrou, antecipadamente, com a vitória. Na manhã seguinte, se levantaram bem cedo e saíram para ver o que o Senhor fizera. Marcharam ao campo de batalha precedidos de cantores, como quem vai a um festival (cf.2Cr.20:18-21). Ao ouvir seu povo entoar o cântico de fé, Deus confundiu os inimigos de tal modo que lutaram uns contra os outros. Quando Judá chegou, restou-lhe apenas juntar os despojos, uma tarefa que os ocupou por três dias. Transbordantes de alegria, louvaram o Senhor e voltaram a Jerusalém cantando. Os reinos vizinhos souberam do ocorrido, e temeram; Judá desfrutou paz (cf. 2Cr.20:22-30).

CONCLUSÃO

Aprendemos com a história de Josafá que não há crise que não possa ser vencida quando oramos, jejuamos e confiamos no Senhor. Também aprendemos que o inimigo não pode resistir ao povo de Deus quando há oração, jejum e verdadeira adoração. Jesus declarou que determinadas castas de demônios só podem ser expelidas pela "oração e pelo jejum" (Mt.17:21). Se você está enfrentando, como o rei Josafá, uma terrível crise, não desanime. Não se renda diante das ameaças do inimigo. Ore, jejue, adore e veja o livramento do Senhor.

 

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

ARREPENDIMENTO, E A PROMESSA

 


 ARREPENDIMENTO, E A PROMESSA

 

TEXTO BÍBLICO:

e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra (2Cr 7:14).


INTRODUÇÃO
O versículo 2 Crônicas 7:14 é um dos textos mais conhecidos e citados da Bíblia. Ele está inserido em um contexto de grande importância para a nação de Israel e carrega uma mensagem profunda e atemporal.

Contexto Histórico

Para entender o significado de 2 Crônicas 7:14, é fundamental analisar o que acontece antes e depois dele.

  • A Dedicação do Templo: O capítulo 6 de 2 Crônicas descreve a oração de dedicação do Templo de Salomão. Salomão intercede a Deus em favor do seu povo, pedindo perdão e restauração caso a nação se desvie e sofra com calamidades. Ele clama pela misericórdia de Deus (2 Cr 6:24-25, 26-27).
  • O Fogo do Céu: O capítulo 7 começa com uma resposta espetacular de Deus. Quando Salomão termina de orar, um fogo desce do céu e consome o holocausto e os sacrifícios. A glória do Senhor enche o Templo (2 Cr 7:1-3).
  • A Promessa de Deus: Em seguida, Deus aparece a Salomão à noite para responder diretamente à sua oração. É nesse diálogo que Ele faz a promessa do versículo 14, que é condicional e cheia de esperança.

Análise do Versículo (2 Crônicas 7:14)

"Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra."

O versículo apresenta uma fórmula divina para restauração. Ele estabelece uma clara relação de causa e efeito, composta por quatro condições humanas e três promessas divinas.

As Quatro Condições (Ação Humana):

1.               Se o meu povo, que se chama pelo meu nome...": A promessa é direcionada ao povo de Deus, àqueles que o reconhecem como Senhor. Isso indica uma aliança, um relacionamento de pertencimento.

  1. "...se humilhar...": A humildade é o ponto de partida. Não se trata apenas de uma postura física, mas de um reconhecimento interior da própria fraqueza e dependência de Deus. É o oposto da soberba e da autossuficiência.
  2. "...e orar, buscar a minha face...": A oração e a busca pela face de Deus são atos de intimidade e súplica. A busca pela "face" de Deus não é apenas orar, mas ter um desejo genuíno de estar na Sua presença, de conhecê-Lo mais profundamente.
  3. "...e se converter dos seus maus caminhos...": Este é o passo crucial do arrependimento. A mudança de atitude deve ser acompanhada por uma mudança de direção na vida. O arrependimento genuíno se manifesta na prática.

As Três Promessas (Ação Divina):

  1. "...então eu ouvirei do céu...": Deus se compromete a escutar a oração de um coração arrependido e humilde.
  2. "...perdoarei os seus pecados...": O perdão é o resultado direto do arrependimento e da busca por Deus. É a restauração do relacionamento com Ele.
  3. "...e sararei a sua terra.": O "sarar a terra" é a consequência final da restauração espiritual. Naquele contexto, significava o fim das pragas, da fome e da seca. Em um sentido mais amplo, representa a restauração de todas as áreas da vida que foram afetadas pelo pecado, incluindo a paz social, a prosperidade e a bênção de Deus sobre a nação.

 

Aplicação para os Dias Atuais

Embora o versículo tenha sido dito a Israel em uma época específica, seus princípios são universais e se aplicam à vida cristã hoje.

  • Para a Igreja: A Igreja, como o "povo que se chama pelo nome de Deus", é chamada a viver esses mesmos princípios de humildade, oração e arrependimento para que a bênção de Deus se manifeste.
  • Para a Nação: Muitos usam este versículo para orar por suas nações. Ele nos lembra que a cura e a transformação de uma sociedade começam com a humilhação e o arrependimento do povo de Deus que nela vive.
  • Para o Indivíduo: Em nível pessoal, o versículo nos convida a examinar nossas vidas. A verdadeira cura e restauração vêm do arrependimento sincero, da busca por Deus e da mudança de vida.

Em essência, 2 Crônicas 7:14 é uma promessa de que Deus sempre responde ao coração humilde e arrependido. É um convite à restauração, que começa na atitude do ser humano e culmina na graça e no poder de Deus.


I. OS RESULTADOS DE UM GENUÍNO AVIVAMENTO


1. Arrependimento e confissão de pecados (Ne 9:1).
 Deus sempre alertou o povo de Israel acerca da maldição causada pela desobediência. Mas o povo não atentou para o que Deus disse, e sofreu as consequências do pecado da desobediência. A dispersão e o cativeiro foram juízos de Deus contra o Seu povo por causa do pecado. O pecado sempre atrai juízo, derrota, dispersão. Mas Deus é compassivo. Ele é o Deus de toda graça, aquele que restaura o caído e não rejeita o coração quebrantado. Neemias sabia que se o povo se arrependesse, viria um tempo novo de restauração e refrigério. Isto aconteceu. O povo, ao ouvir e entender a Palavra de Deus, chorou pelos pecados cometidos (8:9). Isso e um sinal claro de arrependimento. Arrependimento começa com choro, humilhação e quebrantamento diante de Deus (2Cr 7:14). Aliás, arrependimento é a tristeza profunda e suficiente para não repetir o erro.


Hoje vemos muita adesão e pouca conversão, muito ajuntamento e pouco quebrantamento. Estranhamente, vemos a pregação da fé sem o arrependimento e da salvação sem a conversão. O pragmatismo com a sua numerolatria está em voga hoje. Muitos pregadores abandonaram a pregação bíblica para alcançar um número maior de pessoas. Pregam o que o povo quer ouvir e não o que ele precisa ouvir. Pregam sobre cura e prosperidade e não sobre salvação. Pregam para agradar e não para conduzir ao arrependimento. Desta forma, multidões estão entrando para a igreja sem conversão. A Palavra de Deus tem sido deixada de lado para atrair as pessoas e isso é um mal.
2. Sinais do verdadeiro arrependimento. O verdadeiro arrependimento implica na mudança de atitude e conduta daquele que pecou. A orientação amorosa do Senhor Jesus é: “vai-te e não peques mais” (João 8:11). Deus restaura o pecador que verdadeiramente se arrepende e muda de atitude.


Vimos no capítulo 8 de Neemias [Aula 06] que o povo se reuniu para ouvir a Palavra. A leitura, a explicação e a aplicação da Palavra trouxeram choro pelo pecado (8:9). Este é um dos efeitos da Palavra de Deus no coração daqueles que a ouvem; ela produz quebrantamento, arrependimento e choro pelo pecado. Quanto mais você lê e entende a Palavra de Deus, mais perto de Deus você fica; logo, mais consciência você tem de que é pecador e mais chora pelo pecado. O emocionalismo é inútil, mas a emoção produzida pelo entendimento é parte essencial do cristianismo. É impossível compreender a verdade sem ser tocado por ela.


Não podemos adorar o Rei da glória antes de contemplarmos a triste realidade do nosso pecado. Observe que o choro do povo não foi mero remorso, pois as atitudes e gestos que eles demonstraram pregam um sincero arrependimento; o povo jejuou e cobriu-se com pano de saco. Esses são sinais de contrição, arrependimento e profundo quebrantamento. O povo reconheceu o seu pecado.


O verdadeiro arrependimento resulta em mudança de vida. Veja o exemplo do Filho Pródigo. Ele, distante do pai, sem dinheiro ou condições dignas de, inclusive, se alimentar reconheceu seu pecado e resolveu voltar. Confessou suas transgressões ao pai e pediu-lhe perdão. O importante, porém, foi que a oração o levou à ação. Ele foi, fez tudo o que havia proposto e alcançou misericórdia (Lc 15:11-24). O povo de Israel também demonstrou com atos sinceros e profundos o arrependimento, vindo da alma.


3. Apartaram-se dos povos idólatras - “E a geração de Israel se apartou de todos os estranhos” (9:2a). Um dos sintomas mais sérios de que o avivamento estava chegando entre o povo de Deus é que eles foram desafiados a afastarem-se dos povos estranhos. Arrependimento sincero envolve obediência! O povo toma a decisão de deixar todos aqueles que não eram da linhagem de Israel para se consagrar ao Senhor. Aqueles que não havia se convertido ao judaísmo não participariam dessa reunião. Eles não tinham a mesma fé e o mesmo Deus. Não há comunhão fora da verdade. O problema aqui não é racial, mas teológico (10:28). Unir-se aos outros povos era transigir com a fé, era aceitar o sincretismo, era uma espécie de ecumenismo. Em 1Co 10:14-22, Paulo ataca com vigor a tese da união entre todas as religiões; ele resiste fortemente ao ecumenismo universalista. O pensamento de que toda religião é boa e todo caminho leva a Deus está em completo descompasso com a Escritura. Não há comunhão verdadeira fora da verdade. “Não há comunhão entre a luz e as trevas” (2Co 6:14; João 3:19-21).


Para que fique claro o propósito de Deus em relação às outras nações, devemos entender que Israel foi chamado para ser uma nação santa, ou seja, separada para Deus. Mas como ser separado em um mundo decaído? Em primeiro lugar, nunca se afastando da Palavra de Deus e de sua prática. Em segundo lugar, influenciando pelo testemunho as pessoas que estão à nossa volta. A influência do testemunho do povo de Israel deveria ser um grande exemplo, mas como eles se afastaram de Deus, foram influenciados pelas práticas e cultos daqueles que os cercavam. Israel misturou-se com esses povos, e foi influenciado por eles. O povo não apenas se esqueceu da lei de Deus, como adotou diversos costumes das nações à sua volta, e entre esses costumes, contrair casamentos não permitidos pela Lei de Moisés. O rei Acabe casou-se com Jezabel, uma estrangeira, e ela o conduziu à idolatria, matando profetas do Senhor e mergulhando Israel numa grave rebeldia contra Deus, além de praticar diversas injustiças contra a sociedade de Israel. Salomão casou-se com muitas mulheres estrangeiras, que trouxeram seus deuses para o casamento e perverteram o coração do homem tido como mais sábio do Antigo Testamento. Esses são alguns dos exemplos que a Bíblia traz sobre não haver uniões entre ímpios e servos de Deus. Deus foi favorável ao término daquelas uniões ilícitas, pois foram frutos da desobediência e desprezo à Palavra de DeusEsse exemplo nos mostra o quanto Deus espera que mantenhamos a obediência aos seus preceitos. Que busquemos uniões que o agradem, entre pessoas tementes a Deus. Uma união sem a bênção de Deus costuma trazer problemas terríveis para a vida espiritual daquele que pertence ao Senhor. [1]


O apóstolo Paulo foi enfático: Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; por que que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (6:14). A expressão “jugo desigual” contém a ideia de alguém estar num jugo desnivelado. Assim como água e óleo não se misturam, a comunhão dos santos com os infiéis equivale a um jugo desigual. Aprofundar a comunhão com pessoas descompromissadas com o Evangelho de Jesus Cristo é abrir brechas para Satanás. A associação entre o cristão e o incrédulo deve ser o mínimo necessário à conveniência social ou econômica. Leia e medite no Salmo 1. O crente, portanto, não deve ter comunhão ou amizade íntima com incrédulos, porque tais relacionamentos corrompem sua comunhão com Cristo.


II. A LEI DO SENHOR E REMINISCÊNCIA


1. Valorizando a Lei do Senhor – E, levantando-se no seu posto, leram no livro da Lei do Senhor, seu Deus, uma quarta parte do dia...” (Ne 9:3a). A Bíblia era o anseio do povo. Eles se reuniram como um só homem (8:1), com os ouvidos atentos (8:3), reverentes (8:6), chorando (8:9) e alegrando (8:12) e prontos a obedecer (8:17). Eles valorizaram sobremodo a Palavra de Deus; foram seis horas de ensino; e todos a ouviram atentamente; ninguém deixou o lugar onde estava sendo realizada a leitura da Lei do Senhor.


O Salmo 119 nos revela de forma sublime o valor da Palavra de Deus e a necessidade que temos de colocá-la como nosso guia, como a lâmpada para nossos pés, como luz para o nosso caminho, como a preciosa joia que devemos esconder em nossos corações para não pecarmos contra o Senhor. Esta Palavra que temos prazer em estudar em cada Escola Bíblica Dominical; esta Palavra que temos a graça divina de ouvir, meditar e seguir; este tesouro que o Senhor nos dá de dia e de noite; deve ser cada vez mais valorizada em nosso meio, pois num mundo onde os fundamentos se transtornam, onde não há mais absolutos, verdades ou certezas, somente aqueles que conhecem e praticam a Palavra de Deus poderão ter esperança, a esperança de um novo céu e uma nova terra onde habitam a justiça.

2. A confissão dos pecados. A confissão dos pecados é o maior sinal do arrependimento (Pv 28:13); é o caminho para o reavivamento. Logo após a Festa dos Tabernáculos, isto é, no vigésimo quarto dia desse movimentado mês, o povo retornou, provavelmente a convite de Esdras, para passar um dia em jejum e oração, e em um profundo exame da alma. Em jejum e lamentação, leram as Escrituras por três horas; e, em seguida, fizeram confissão e adoração por três horas.


Não podemos ter por hábito apenas dizer para Deus o que fizemos como se lêssemos para Deus uma lista de nossas infelizes decisões e atos. Mais que enumerar pecados, Deus espera que concordemos com Ele que erramos e que precisamos do seu perdão. E o povo de Israel, naquela ocasião, reconheceu os seus erros e confessou os seus pecados: “... fizeram confissão; e adoraram o Senhor, seu Deus” (Ne 9:3b). Alguém disse que “enquanto a verdade condena, a verdade e a graça juntas restauram o pecador”.


Qual é a garantia de que a confissão é importante para Deus? A própria Palavra de Deus. Ela garante que a confissão é premiada com a misericórdia - “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv 28:13).
Deus sabe que estamos sujeitos às leis deste mundo, mas exige que pautemos uma vida dentro dos padrões estabelecidos por Ele. E quando nos afastamos desse padrão, Ele espera que admitamos nossa falha e retornemos para Ele por meio da confissão. Todos nós conhecemos o texto áureo da confissão: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9).


Pecado é a transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. O pecado afronta o caráter de Deus e a sua santidade. O pecado nos afasta de Deus (Is 59:2). Quando se peca, é somente através da oração que se chega a Deus para confessar as culpas, pedir-lhe o seu perdão e demonstrar profundo arrependimento. A oração que Davi fez, logo após ser confrontado pelo profeta Natã a respeito de seu adultério (com Bate-Sebá) seguido de assassinato (de Urias), é um exemplo do que se deve fazer ao pecar, a fim de alcançar misericórdia diante de Deus (vide Salmo 51).


3. Relembrando a história do seu povo (Ne 9:4-38). Depois da confissão dos pecados, sob a liderança dos levitas (9:5), talvez com Esdras como seu principal porta-voz, eles relataram detalhadamente, as muitas ocasiões, através de toda a história de sua nação, durante as quais Deus providencialmente cuidou deles. Eles reconheceram que, apesar de sua rebeldia e dos muitos atos de desobediência, o Senhor havia sido extremamente misericordioso. Admitiram, livremente, que sua atual aflição se devia a seus próprios pecados e aos de seus antepassados. Foi somente pela grande misericórdia de Deus que eles não foram completamente destruídos (9:31).


Essa reminiscência da história de Israel, exarada em Neemias 9:4-38contém uma das orações mais longas da Bíblia. Ela pode ser esboçada da seguinte forma: a criação (9:6); o chamado de Abraão e a aliança que Deus fez com ele (9:7,8); o êxodo do Egito(9:9-12); a entrega da lei no monte Sinai(9:13,14); a providência divina durante a jornada pelo deserto(9:15); as repetidas rebeliões do povo no deserto, em contraste com a imutável bondade de Deus(9:16-21); a conquista de Canaã(9:22-25); a era dos juízes(9:26-28); a falta de atenção às advertências, resultando no cativeiro(9:29-31); os apelos por perdão e libertação das consequências do cativeiro(9:32-37) e o desejo do povo de estabelecer aliança com Deus(9:38). Este versículo é, de várias maneiras, a parte mais importante da oração. Os judeus perceberam que o problema eram eles, não o Senhor. Com base nisso, se dispuseram a fazer um novo concerto com o Senhor.


Todos os acontecimentos são observados do ponto de vista de Deus. A fidelidade do Senhor é reconhecida através da história, e sua misericórdia e graça são reconhecidas como o único fundamento no qual Israel pode se firmar.


III. A GRANDE MISERICÓRDIA DE DEUS


As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3:22).


Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a misericórdia e o perdão” (Dn 9:9).


O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras” (Sl 145:9).


“Embora entristeça a alguém, contudo terá compaixão segundo a grandeza da sua misericórdia
” (Lm 3:32).


1.” Deus clemente e misericordioso” (Ne 9:31). Israel foi devastado em épocas de intensa rebelião e pecado. Contudo, quando o povo se arrependia e se voltava para Deus, Ele o livrava. Deus não limita o número de vezes que podemos ir a Ele para obter misericórdia. No entanto, devemos reconhecer nossa necessidade e pedir-lhe ajuda. Este milagre da graça deve nos inspirar a dizer: Tu “és um Deus clemente e misericordioso!”.


Não estamos imunes ao pecado em um mundo decaído. Não podemos dizer que jamais pecaremos, ou que ficaremos o tempo todo em vigilância. Mas podemos ter certeza de que Deus, em sua grande misericórdia, aceitará o pecador arrependido e o restaurará à comunhão perdida.


2. A súplica de Israel. Os israelitas, já arrependidos de seus pecados e prestes a firmar o “concerto” com o Senhor, suplicaram pelo perdão e libertação das consequências do cativeiro (9:32-37). Eles encontravam-se numa situação estranha de serem escravos em sua própria terra, tendo que entregar uma parte de seus recursos, todo ano, a um domínio estrangeiro. Que situação irônica, uma vez que Deus lhes havia dado a terra. Eles suplicaram, portanto, ao Senhor para que Ele não os abandonasse (9:34,35).


A oração é o modo pelo qual o homem fala com Deus e coloca diante dele suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo o que aflige sua alma.


3. Um firme Concerto. Depois de anos de decadência e exílio, o povo uma vez mais levou a sério sua responsabilidade de seguir a Deus e praticar suas leis com sinceridade. Após narração detalhada das muitas ocasiões ocorridas com Israel ao longo de sua história (9:4-38), o povo, cheio de humildade, e sem implorar qualquer alívio de sua aflição, prometeu estabelecer um “concerto” de lealdade e obediência para as épocas vindouras. Era através desses remanescentes de Israel que o Messias, o Salvador do mundo, chegaria. Vemos, portanto, como foi importante que, depois de um longo período, acontecesse uma completa reconciliação entre Deus e o povo que Ele havia escolhido, apesar de toda a rebeldia e de todos os pecados praticados por esse povo.


Neemias e Esdras, de acordo com as palavras de Ezequiel, estiveram “tapando o muro” (Ez 22:30), ao trazerem a nação de volta para Deus e ao assegurarem a continuidade do movimento redentor. Isso tudo aconteceu em um momento em que, sob um ponto de vista exclusivamente humano, toda esperança de um reavivamento espiritual e nacional da nação de Israel parecia totalmente perdida.


Esse “firme concerto” foi feito com base na Palavra e para guardarem a Palavra (Ne 10:30-38). O compromisso era para andar, guardar e cumprir os mandamentos, juízos e estatutos da Palavra. Além dos líderes, homens, mulheres e crianças assumiram o compromisso de andar com Deus e de obedecer à Sua Palavra. Fica completamente claro que todos, até mesmo as crianças menores que podiam compreender (8:12; 10:28), participaram desse juramento.
Possivelmente, um dos mais graves problemas da Igreja contemporânea não seja falta de conhecimento, mas de obediência. Muitos dizem crer na Bíblia, mas não obedecem aos seus ensinos. A autoridade da Bíblia tem sido atacada por "amigos" de dentro da Igreja e inimigos de fora.


Os grandes avivamentos surgiram quando o povo entrou em aliança com Deus para O buscar, O conhecer e O obedecer. Vivemos hoje uma espiritualidade centrada no homem e no que podemos receber de Deus. Não é mais o homem quem está a serviço de Deus, mas Deus é quem está a serviço do homem. Não é mais a vontade de Deus que deve ser feita na terra como no céu, mas a vontade do homem que deve ser imperativa no céu. Precisamos voltar-nos para Deus por causa de Deus e não apenas por causa de Suas bênçãos. Deus é melhor do que Suas bênçãos, o doador é mais importante do que a dádiva.

CONCLUSÃO

Nosso misericordioso Senhor está pronto a acolher de volta aqueles que O abandonaram e que pecaram contra a Sua Palavra, tão logo se arrependam. Ao mesmo tempo, Ele é paciente e longânimo com as faltas e fraquezas de seus filhos, sempre que a vontade manifesta deles for segui-lo sem reservas e obter vitória total contra o pecado, Satanás e o mundo. [2]

 



quarta-feira, 24 de setembro de 2025

BEZALEL, ESCOLHIDO E CAPACITADO

 


BEZALEL, ESCOLHIDO E CAPACITADO

QUEM ESCOLHEU OS AUXILIARES DE MOISÉS FOI DEUS

LEITURA BÍBLICA

Êxodo 31.1-11
1 - Depois, falou o SENHOR a Moisés, dizendo:

2 - Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá,

3 - E o enchi do ESPÍRITO de DEUS, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício,
4 - para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre,

5 - E em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor.

6 - E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado,

7 - A saber, a tenda da congregação, e a arca do Testemunho, e o propiciatório que estará sobre ela, e todos os móveis da tenda;

8 - E a mesa com os seus utensílios, e o castiçal puro com todos os seus utensílios, e o altar do incenso;

9 - E o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a pia com a sua base;

10 - E as vestes do ministério, e as vestes santas de Arão, o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio;

11 - E o azeite da unção e o incenso aromático para o santuário; farão conforme tudo que te tenho mandado.

Bezalel - (Strong português) -  בצלאל B ̂etsal’el - “à sombra (i.e. proteção) de Deus”
- filho de Uri e neto de Hur; um artesão de Judá hábil em todas as obras de metal, madeira e pedra e um dos arquitetos do tabernáculo - TRIBO DE JUDÁ

Aoliabe - (Strong português) -  אהליאב ’Oholiy’ab - “tenda do pai” 

Principal auxiliar de Bezalel na construção do tabernáculo. - TRIBO DE DÃ

Que coisa maravilhosa - "lhe dispôs o coração para ensinar a outros" - Bezalel, além de saber já trabalhar, ser cheio do ESPÍRITO SANTO, ser capacitado para saber mais, foi agraciado por DEUS para “lhe dispôs o coração para ensinar a outros"

ONDE FOI DADA A ORDEM PARA CONSTRUIR O TABERNÁCULO E ONDE FOI CONSTRUÍDO?



A ordem para construir o tabernáculo foi dada no monte Sinai, mais precisamente no monte Horebe.
Êx 3:12 Respondeu-lhe Deus: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado do Egito o meu povo, servireis a Deus neste monte.

Levou cerca de 9 meses para a construção do Tabernáculo. Ler Êxodo 19:1 e Números 9:1

Alguns números do Tabernáculo

603.550 homens, acima dos 25 anos, contribuíram com ouro, prata e bronze para os objetos
1.250 m2 de área total (50 x 25m)
50 m2 de área no Lugar Santo (10 x 5m)
25 m2 de área no Santo dos Santos (5 x 5m)
1.000 quilos de ouro
3.430 quilos de prata
2.425 quilos de bronze
Só de ouro no valor de hoje se gastou 323.000.000,O0 Reais. Isso mesmo. 323 milhões de reais só em ouro para construção do tabernáculo.
13.479.900 de prata.
58.200 de bronze
Total - 336.538.100 (336 milhões e meio só de ouro, prata e cobre)

Se colocarmos a peles finíssimas, a madeira, os tecidos, alimentação, hospedagem e tudo o mais, no mínimo chegaremos ao valor de 600 milhões de reais que foram gastos para construírem o Tabernáculo (mais de Meio bilhão).

A prerrogativa de DEUS (Êx 31.1,2).

 No tempo de Salomão havia um homem entendido também em criar peças. Seu nome era Hirão Abiú

E Hirão, rei de Tiro, respondeu por escrito que enviou a Salomão, dizendo: Porque o Senhor tem amado o seu povo, te constituiu sobre ele rei. Disse mais Hirão: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que fez os céus e a terra; o que deu ao rei Davi um filho sábio, de grande prudência e entendimento, que edifique casa ao Senhor, e para o seu reino. Agora, pois, envio um homem sábio de grande entendimento, a saber, Hirão Abiú. Filho de uma mulher das filhas de Dã, e cujo pai foi homem de Tiro; este sabe trabalhar em ouro, em prata, em bronze, em ferro, em pedras e em madeira, em púrpura, em azul, e em linho fino, e em carmesim, e é hábil para toda a obra do buril, e para toda a espécie de invenções, qualquer coisa que se lhe propuser, juntamente com os teus peritos, e os peritos de Davi, meu senhor, teu pai. 2 Crônicas 2:11-14

DEUS dá sabedoria a cada um para alguma coisa - Descubra a sua aptidão ou talento.

Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento? Jó 38:36

 Pedro, por ser mais simples e menos estudado, foi convocado para exercer seu ministério entre os judeus (Gl 2.8), para que a pouca instrução nos escritos sagrados contrastasse com a sabedoria acadêmica dos escribas, fariseus e saduceus. Assim saberiam que a sabedoria dada a Pedro provinha de DEUS.

Paulo, por ter educação acadêmica, foi enviado aos gentios que nada sabiam da Palavra de DEUS (Rm 11.13). Assim seria loucura a pregação de Paulo, mas o poder de DEUS manifesto através dele os convencesse de que falava em testemunho de DEUS.

 TEXTO ÁUREO

“Mas um só e o mesmo ESPÍRITO opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” (1 Co 12.11)

VERDADE PRÁTICA

O Criador dotou cada homem de talentos individuais para a sua honra e glória.

LEITURA BÍBLICAS

Êx 36.1-3,8 - Sabedoria divina para executar a obra
Êx 28.3 - Capacidade divina aos escolhidos
Êx 35.10,25,26 - Mulheres capacitadas com sabedoria
Rm 12.5-8 - Fazendo a obra sábia e dedicadamente
2 Co 10.12-14 - Sabedoria e humildade
Jo 3.8; Ef 4.7 - Escolha e capacitação dadas pelo ESPÍRITO

 OBJETIVO GERAL - Enfatizar que DEUS deseja dotar pessoas de habilidades especiais para realizar obras especiais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Destacar como DEUS chama pessoas especiais para executar serviços especiais;
Elencar as virtudes dessas pessoas: cheias do ESPÍRITO, sabedoria, entendimento e ciência;
Conscientizar que devemos usar os talentos para a glória de DEUS.

PONTO CENTRAL - DEUS separa pessoas para fazer obras especiais.

I – HOMENS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS ESPECIAIS (31.1,2,6)

1. Bezalel e Aoliabe, chamados por DEUS (Êx 31.2,6).

2. A prerrogativa de DEUS (Êx 31.1,2).

3. A pluralidade do serviço cristão (Rm 12.4-8; 1 Co 12.8-10,28).

II – CHEIOS DO ESPÍRITO, SABEDORIA, ENTENDIMENTO E CIÊNCIA (Êx 31.3-5)
1. Cheios do ESPÍRITO para realizar a obra (v.3).

2. Habilidades especiais para obras especiais (vv.4,5).

III – USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS
1. Os talentos (habilidades) de Bezalel e Aoliabe.

2. Os talentos revelados na Igreja (Mt 25.14,15).

SÍNTESE DO TÓPICO I - Bezalel e Aoliabe eram homens especiais chamados por DEUS para executar serviços especiais.

SÍNTESE DO TÓPICO II - Para realizar obras especiais é preciso ter habilidades especiais por intermédio do ESPÍRITO SANTO.

SÍNTESE DO TÓPICO III - As habilidades de Bezalel e Aoliabe nos estimulam a usar os talentos em favor dos irmãos e para a glória de DEUS.

Todos nascem com algum talento natural dado por DEUS, mas a minoria usa este talento a serviço de DEUS. Ainda destes a minoria pede a DEUS a unção do ESPÍRITO SANTO para usar melhor seu talento recebido e se coloca em posição de ser usado pelo ESPÍRITO SANTO, em total submissão a Este.

Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias. Eclesiastes 7:29

 DEUS chama

DEUS chama aqueles que se colocam à sua disposição com um coração sincero para Lhe servir. DEUS escolhe quem vai lhe dar resultado. Quem vai produzir no reino de DEUS.

Aos chamados DEUS enche do ESPÍRITO SANTO. A quem escolheu, DEUS capacita para produzir mais.

Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. João 15:16

QUEM ESCOLHEU OS AUXILIARES DE MOISÉS FOI DEUS.

31.3 E O ENCHI DO ESPÍRITO DE DEUS. Ser cheio do Espírito de Deus, aqui, refere-se à dotação e à capacitação pelo Espírito Santo, para serviço especial a Deus. É correto, segundo o novo concerto, orar para que o Espírito nos dê, tanto proficiência física, como dons espirituais, a fim de cumprirmos a vontade de Deus para as nossas vidas.

 MOISÉS TEVE OUTROS AUXILIARES

 auxiliares de Moisés (Êx 18.25).

a) Miriã, sua irmã - b) Arão, seu irmão - c) Os 70 anciãos (Nm 11:16) - d) Jetro, seu sogro - e) Josué, seu sucessor

 DEUS chamou Moisés para Liderar 3 milhões de pessoas pelo deserto, durante 40 anos (Foi-lhe dada a unção do ESPÍRITO SANTO, a ponto de dele ser enviada inção para 70 anciãos e ele permanecer cheio - "tirando do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos" Nm 11:25).

O QUE É LIDERANÇA?

Definir liderança é como tentar definir o amor: todos sabem que ele existe, mas é difícil dar-lhe uma definição exata.

Vejamos algumas definições que podem nos ajudar na compreensão.

“Liderar é influenciar”. (Sam Deep)

“Liderar não é dominar, mas, sim, a arte de convencer as pessoas a trabalharem em vista de um objetivo comum”. (Daniel Goleman)

“Liderar é libertar as pessoas para que elas façam o que é necessário, da forma mais eficaz e mais humana possível”. (Max Depree)

“Para JESUS, liderar era ser servo dos servos”. (Mc.10:45).

“Liderança não é uma questão de direito ou de título, mas de habilidade”. (John C. Maxwell)

“Liderança é a capacidade de transformar visão em realidade”. (Warren G. Bennis)

“O líder é aquele que sobe na árvore mais alta, estuda a situação em seu conjunto e grita: “Estamos na mata errada”. (Stephen R. Covey)

“A liderança é o processo de estímulo pelo qual, mediante ações recíprocas bem-sucedidas, as diferenças individuais são controladas e a energia humana, que delas se deriva, encaminha-se em benefício de uma causa comum”.

“A liderança é o esforço de exercer, conscientemente, uma influência especial dentro de um grupo, no sentido de levá-lo a atingir metas de permanente benefícios que atendam às necessidades reais deste grupo”. (John Haggai)

Se pudéssemos perguntar para Neemias o que é liderança, certamente ele nos responderia: “Liderar é saber planejar, integrar, motivar, avaliar e estabelecer alvos”, pois, foi o que ele fez quando gerenciou o projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém. Neemias, como um líder, impressiona muito porque, naquela época, ele já liderava utilizando o que se chama de conceito moderno de gerenciamento de grupo.

QUANTO TEMPO GASTARAM PARA FAZER O TABERNÁCULO?

A instituição da Páscoa deu-se no 1º ano da saída dos israelitas do Egito, onde lemos em Êxodo 12.2: "Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano".
Quando lemos em Êxodo 13.4: "Hoje, mês de abibe, estais saindo."


ABIBE - significa: o germinar do trigo. Antigo nome cananeu do primeiro mês do ano sagrado dos hebreus, sendo o sétimo do civil; foi no dia 15 desse mês que partiu do Egito o povo de Israel (Êxodo 13.4). Para comemorar esta libertação, foi a lua da Páscoa, mais tarde, considerada o princípio do ano judaico (Êxodo 12.2). Depois do Exílio mudou-se o nome para nisã, termo babilônico (março-abril).

Em Êxodo 19.1 encontramos outra referência que nos dá mais uma pista: "No terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no primeiro dia desse mês, vieram ao deserto de Sinai".

No monte Sinai, Moisés recebe de Deus as tábuas de pedra e a lei e os mandamentos para ensinar ao povo. Moisés permanece lá por quarenta dias e quarenta noite. Êxodo 24.12-18. Onde recebe as instruções para levantar o Tabernáculo.

Em Êxodo 40.16-17 encontramos outra informação: "E tudo fez Moisés segundo o Senhor lhe havia ordenado; assim o fez. No primeiro mês do segundo ano, no primeiro dia do mês, se levantou o tabernáculo".

Então chegamos a um período (entre Moisés no monte Sinai e Deus mandar levantar o tabernáculo depois de pronto) 9 meses. Isto não significa que foram exatamente 9 meses, mas podemos entender que dentro deste período ocorreu a arrecadação das ofertas, o chamado de Bezalel e Aoliabe e a todo homem hábil, em cujo coração o Senhor tinha posto sabedoria para tal obra. Leia Êxodo 35. 4 - 40.17.

Interessante que no mesmo ano, no segundo mês, Deus manda Moisés levantar o censo de Israel, "No segundo ano após a saída dos filhos de Israel do Egito, no primeiro dia do segundo mês, falou o Senhor a Moisés, no deserto do Sinai, na tenda da congregação... Assim, pois, todos os contados dos filhos de Israel, segundo a casa de seus pais, de vinte anos para cima, todos os capazes de sair à guerra, todos os contados foram seiscentos e três mil quinhentos e cinquenta". Números 1.1, 45, 46.

Levou cerca de 9 meses para a construção do Tabernáculo. Ler Êxodo 19:1 e Números 9:1

ONDE FOI DADA A ORDEM PARA CONSTRUIR O TABERNÁCULO E ONDE FOI CONSTRUÍDO?

A primeira coisa a fazer, sendo obrigação do professor, é ler o livro de Êxodo todo este mês.
A ordem para construir o tabernáculo foi dada no monte Sinai, mais precisamente no monte Horebe.
Êx 3:12 Respondeu-lhe Deus: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado do Egito o meu povo, servireis a Deus neste monte.
Diante da Sarça ardente Moisés já soube de antemão o que haveria de acontecer. Até que Faraó não cederia e que DEUS faria milagres e até que pediriam prata e ouro aos egípcios antes de saírem.

Êx 3:20 Portanto estenderei a minha mão, e ferirei o Egito com todas as minhas maravilhas que farei no meio dele. Depois vos deixará ir.

21 E eu darei graça a este povo aos olhos dos egípcios; e acontecerá que, quando sairdes, não saireis vazios.

22 Porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hospede joias de prata e joias de ouro, bem como vestidos, os quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; assim despojareis os egípcios.

QUEM SUBIU AO MONTE PARA FALAR COM DEUS E RECEBER ORDEM PARA CONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO FORAM SÓ MOISÉS E JOSUÉ

(este ficou à parte no Monte esperando por Moisés). 40 Dias Moisés passou na presença de DEUS em jejum (cremos que Josué também, embora a bíblia não cite - pode ser que Josué tenha levado algum alimento consigo). E levantou-se Moisés com Josué seu servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus.


E disse aos anciãos: Esperai-nos aqui, até que tornemos a vós; e eis que Arão e Hur ficam convosco; quem tiver algum negócio, se chegará a eles.

E, subindo Moisés ao monte, a nuvem cobriu o monte.

E a glória do Senhor repousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia chamou a Moisés do meio da nuvem.

E o parecer da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do monte, aos olhos dos filhos de Israel.

Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta noites.  Êxodo 24:13-18

Alguns dos números do Tabernáculo:

60 bases de prata para as colunas internas do Lugar Santo e do Santo dos Santos
60 colunas de acácia com 5m de altura
48 tábuas de acácia com 5m de altura e 0,37m de largura
– 20 do lado norte
– 20 do lado sul
– 6 para o oeste – parte de trás do tabernáculo
– 2 para os cantos
96 bases de prata, duas para cada tábua
15 travessas de acácias para unir as tábuas
– 5 travessas do lado sul
– 5 travessas do lado norte
– 5 travessas do lado oeste
5 bases de bronze na entrada do Lugar Santo
5 colunas de acácia com 5m de altura
4 bases de ouro na entrada do Lugar Santíssimo
4 colunas de acácia com 5m de altura
60 bases de bronze para as colunas externas do átrio
60 colunas de madeira de acácia ao redor do átrio
150 metros de linho torcido ao redor do átrio
4 cortinas cobriam o tabernáculo
– Uma cortina de couro de texugo
– Uma cortina de couro de carneiro
– Uma cortina de couro de cabra
– Uma cortina de linho torcido, com imagens de querubins
603.550 homens, acima dos 25 anos, contribuíram com ouro, prata e bronze para os objetos
1.250 m2 de área total (50 x 25m)
50 m2 de área no Lugar Santo (10 x 5m)
25 m2 de área no Santo dos Santos (5 x 5m)
1.000 quilos de ouro
3.430 quilos de prata
2.425 quilos de bronze
Só de ouro no valor de hoje se gastou 160.170.000,O0 Reais. Isso mesmo. 160 milhões de reais só em ouro para construção do tabernáculo.
10.290.000,00 de prata.
7.008.250,00 de bronze
Total - 177.468.250,00 (177 milhões e meio só de ouro, prata e cobre)

Se colocarmos a peles finíssimas, a madeira, os tecidos, alimentação, hospedagem e tudo o mais, no mínimo chegaremos ao valor de 500 milhões de reais que foram gastos para construírem o Tabernáculo (Meio bilhão).

 Imagine os gastos de Salomão no Templo que era tudo aumentado muito mais.


Este ouro para construção do Tabernáculo foi conseguido na saída do povo do Egito. Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme à palavra de Moisés, e pediram aos egípcios joias de prata, e joias de ouro, e roupas.

E o Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que pediam; e despojaram aos egípcios. Êxodo 12:35,36

 Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada. E esta é a oferta alçada que recebereis deles: ouro, e prata, e cobre, ....Êxodo 25:2,3


Receberam de graça dos Egípcios (DEUS abrindo seus corações, dando uma forcinha) e deram um pouco para a construção do Tabernáculo.

Recebemos de DEUS para ajudarmos à Igreja. Às vezes de nossas próprias empresas, às vezes das empresas de ímpios onde trabalhamos.

I – HOMENS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS ESPECIAIS (31.1,2,6)

1. Bezalel e Aoliabe, chamados por DEUS (Êx 31.2,6).

Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do ESPÍRITO de DEUS, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício, para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor. E eis que eu tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, e tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado, Êx 31:2-6.

Bezalel - (Strong português) -  בצלאל B ̂etsal’el - “à sombra (i.e. proteção) de Deus”

- filho de Uri e neto de Hur; um artesão de Judá hábil em todas as obras de metal, madeira e pedra e um dos arquitetos do tabernáculo - TRIBO DE JUDÁ

Aoliabe - (Strong português) -  אהליאב ’Oholiy’ab - “tenda do pai” 

Principal auxiliar de Bezalel na construção do tabernáculo. - TRIBO DE DÃ

Que coisa maravilhosa - "lhe dispôs o coração para ensinar a outros" - Bezalel, além de saber já trabalhar, ser cheio do ESPÍRITO SANTO, ser capacitado para saber mais, foi agraciado por DEUS para “lhe dispôs o coração para ensinar a outros"

Depois disse Moisés aos filhos de Israel: Eis que o Senhor tem chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá. E o Espírito de Deus o encheu de sabedoria, entendimento, ciência e em todo o lavor, E para criar invenções, para trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, E em lapidar de pedras para engastar, e em entalhar madeira, e para trabalhar em toda a obra esmerada. Também lhe dispôs o coração para ensinar a outros; a ele e a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã. Encheu-os de sabedoria do coração, para fazer toda a obra de mestre, até a mais engenhosa, e a do gravador, em azul, e em púrpura, em carmesim, e em linho fino, e do tecelão; fazendo toda a obra, e criando invenções. Êxodo 35:30-35

De que Bezalel foi cheio?

Enchi do ESPÍRITO de DEUS

de sabedoria

de entendimento

de ciência em todo artifício

Para que Bezalel foi cheio de tudo isso?

Para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor (trabalho que se fizer necessário).

O que foi dado a Aoliabe?

Tenho dado sabedoria ao coração de todo aquele que é sábio de coração, para que façam tudo o que te tenho ordenado. (Não diz que Aoliabe foi cheio do ESPÍRITO de DEUS, de entendimento e de ciência em todo artifício. Entendemos que DEUS aumentou a sabedoria de Aoliabe, pois já sabia trabalhar com as coisas com que teria que trabalhar agora na construção do Tabernáculo).

Assim trabalharam Bezalel e Aoliabe, e todo o homem sábio de coração, a quem o SENHOR dera sabedoria e inteligência, para saber como haviam de fazer toda a obra para o serviço do santuário, conforme a tudo o que o SENHOR tinha ordenado. Então Moisés chamou a Bezalel e a Aoliabe, e a todo o homem sábio de coração, em cujo coração o Senhor tinha dado sabedoria; a todo aquele a quem o seu coração moveu a se chegar à obra para fazê-la. Estes receberam de Moisés toda a oferta alçada, que trouxeram os filhos de Israel para a obra do serviço do santuário, para fazê-la, e ainda eles lhe traziam cada manhã ofertas voluntárias. E vieram todos os sábios, que faziam toda a obra do santuário, cada um da obra que fazia, E falaram a Moisés, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse. Então mandou Moisés que proclamassem por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi proibido de trazer mais, porque tinham material bastante para toda a obra que havia de fazer-se, e ainda sobejava. Êxodo 36:1-7 MOISÉS MANDOU PARAR DE TRAZER OFERTA. - INCRÍVEL.

2. A prerrogativa de DEUS (Êx 31.1,2).

 No tempo de Salomão havia um homem entendido também em criar peças. Seu nome era Hirão Abiú

E Hirão, rei de Tiro, respondeu por escrito que enviou a Salomão, dizendo: Porque o Senhor tem amado o seu povo, te constituiu sobre ele rei. Disse mais Hirão: Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que fez os céus e a terra; o que deu ao rei Davi um filho sábio, de grande prudência e entendimento, que edifique casa ao Senhor, e para o seu reino.
Agora, pois, envio um homem sábio de grande entendimento, a saber, Hirão Abiú. Filho de uma mulher das filhas de Dã, e cujo pai foi homem de Tiro; este sabe trabalhar em ouro, em prata, em bronze, em ferro, em pedras e em madeira, em púrpura, em azul, e em linho fino, e em carmesim, e é hábil para toda a obra do buril, e para toda a espécie de invenções, qualquer coisa que se lhe propuser, juntamente com os teus peritos, e os peritos de Davi, meu senhor, teu pai. 2 Crônicas 2:11-14

DEUS dá sabedoria a cada um para alguma coisa - Descubra a sua aptidão ou talento.

Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento? Jó 38:36

Pedro, por ser mais simples e menos estudado, foi convocado para exercer seu ministério entre os judeus (Gl 2.8), para que a pouca instrução nos escritos sagrados contrastasse com a sabedoria acadêmica dos escribas, fariseus e saduceus. Assim saberiam que a sabedoria dada a Pedro provinha de DEUS.

Paulo, por ter educação acadêmica, foi enviado aos gentios que nada sabiam da Palavra de DEUS (Rm 11.13). Assim seria loucura a pregação de Paulo, mas o poder de DEUS manifesto atrvés dele os convencesse de que falava em testemunho de DEUS.

3. A pluralidade do serviço cristão (Rm 12.4-8; 1 Co 12.8-10,28).

 DEUS chama a quem quer. Não compreendemos, mas aceitamos, pois DEUS é todo sábio. 

Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Isaías 55:8

Certamente DEUS tem um chamado para você que lê. Só dizer - Eis-me aqui - Envia-me a mim.

Sempre há vagas disponíveis na seara do Mestre.

Exemplos:

Pastoreio de Pastores, missionários e Cônjuges, Mobilização Missionária, Capacitação de Líderes, Musicistas, Professores, Evangelizadores, Visitadores de lares, prisões e hospitais etc.

Existem obras a serem realizadas que são de ordem espirituais como ensino, visitação, aconselhamento, ministração de curas, batismos, libertação etc.

Existem também obras materiais a serem realizadas na Igreja, como construção de casas e igrejas, limpeza dos templos, secretarias da igreja e da EBD ou de departamentos, cozinha, arrumação de bancos e cadeiras e ornamentação etc.

Que você aplique o seu talento na obra de DEUS!

II – CHEIOS DO ESPÍRITO, SABEDORIA, ENTENDIMENTO E CIÊNCIA (Êx 31.3-5)

1. Cheios do ESPÍRITO para realizar a obra (v.3).

“o enchi do ESPÍRITO de DEUS” - Não diz "os Enchi" - Só Bezalel foi cheio. Isso implica em que para fazer aquela obra só através do ESPÍRITO SANTO. A orientação do ESPÍRITO SANTO e o poder do mesmo ESPÍRITO SANTO são concedidos para a realização de grandes obras de DEUS. Sem a orientação do ESPÍRITO SANTO a obra seria humana e malfeita. Não representaria o céu, mas a terra.

Criatividade, sabedoria, entendimento e ciência para construir o Tabernáculo e talhar cada peça em ouro, prata, bronze e madeira promanavam do ESPÍRITO de DEUS.

DEUS usou Otniel e lhe capacitou pelo ESPÍRITO SANTO para realizar uma tarefa de suma importância

E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, e o Senhor levantou-lhes um libertador, que os libertou: Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, mais novo do que ele. E veio sobre ele o Espírito do Senhor, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o Senhor entregou na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; contra o qual prevaleceu a sua mão. Juízes 3:9,10

2. Habilidades especiais para obras especiais (vv.4,5).

DONS

Testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade? Hebreus 2:4

De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;


Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria. Romanos 12:6-8

E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 1 Coríntios 12:28

Natural - já nascemos com ele - Dado por DEUS PAI - Habilidade natural (exemplo - tocar violão, cantar, socorros, governo etc.)

Espiritual ou do ESPÍRITO SANTO (1 Co 12 Dados pelo ESPÍRITO SANTO como capacitação para uma obra especial como cura, milagre etc.)

Ministerial (Ef 4.11) São homens dados por CRISTO à igreja - São para direção e orientação da Igreja

Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. 1 Coríntios 12:4-12

Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 1 Coríntios 12:7-11

Os dons do ESPÍRITO SANTO são capacitações especiais concedidas aos crentes para que o evangelho e o poder de DEUS sejam conhecidos e cridos.

 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Atos 2:4 BATISMO

Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos? Atos 2:8 DOM DE LÍNGUAS

De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas, Atos 2:41 RESULTADO DA MANIFESTAÇÃO DO DOM DE LÍNGUAS.

 E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. Atos 3:6

 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra creram, e chegou o número desses homens a quase cinco mil. Atos 4:4 RESULTADO DO MILAGRE

E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. Atos 8:6,7

Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. E foi isto notório por toda a Jope, e muitos creram no Senhor. Atos 9:40-42 RESULTADO DO MILAGRE

E estava assentado em Listra certo homem leso dos pés, coxo desde o ventre de sua mãe, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, Disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou. Atos 14:8-10 E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, Atos 14:21 RESULTADO DO MILAGRE

III – USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS


1. Os talentos (habilidades) de Bezalel e Aoliabe.

Moisés foi submisso a DEUS repassando o projeto do tabernáculo. Bezalel e Aoliabe foram submissos à orientação de Moisés. Bezalel teve a orientação especial do ESPÍRITO SANTOI e seu auxiliar Aoliabe se submeteu à sua direção para fazer aquilo que Bezalel recebia de DEUS. Devido a serem submissos todos a DEUS a obra ficou pronta e maravilhosa ao término de quase 9 meses..

Consciência profunda de que DEUS nos chamou, Glorificação de DEUS e admitir que, embora você tenha a mais importante capacitação secular, DEUS sempre é quem dá a última instrução. Experimente estes "segredos"

A chamada de Bezalel e Aoliabe encerra grandes verdades aplicadas à liderança eclesiástica.

1) Deus se responsabiliza de mostrar os artífices quando foram necessários. Parecia improvável virem de outra tribo que não a de Levi, que não houvessem passado por curso algum, a não ser a olaria de Faraó, mas Deus os havia capacitado!


2) Deus capacitou Bezalel e Aoliabe, depois os revelou a Moisés. O mérito maior do grande líder consistiu em lhes abrir espaço e prover os recursos adequados para o trabalho. Jamais Moisés poderia pensar que foi por sua argúcia ou atenção que os artífices foram descobertos!


3) O resultado é da equipe. Nem Moisés, nem Bezalel ou Aoliabe poderiam se ufanar de terem feito coisa tão bela como o Tabernáculo sozinhos. Foi a soma dos esforços de cada um, colocada debaixo das potentes mãos de Deus, que permitiu tal resultado!


4) Deus não dá habilidades estanques, coube a Bezalel e Aoliabe aperfeiçoar seu conhecimento, fazendo seu trabalho cada vez melhor (Êx 35:35). O mesmo aconteceu a Samuel, Davi, Salomão, foram aprimorando seus talentos à medida que faziam o trabalho!


5) A meta no trabalho do Senhor não é fazer qualquer coisa, a possível, a que dá para fazer, mas o melhor. Bezalel e Aoliabe tinham por objetivo produzir uma verdadeira obra de arte. E conseguiram!


6) Criatividade é requisito indispensável para a liderança eclesiástica. Por outro lado, um líder não revela um liderado criativo podando sua espontaneidade. A chamada “corda curta” cria líderes acomodados, dependentes e incompetentes!


7) Ser um verdadeiro líder consiste em encontrar os Bezaleéis e Aoliabes, lhes delegar as tarefas necessárias, prover os recursos adequados e confiar nos resultados vindouros. O mais é consequência!


8) Existem aqueles a quem Deus chama e aqueles que atribuem a Deus a sua chamada tentando validar algo que nunca passou na mente divina. A verdadeira chamada de Deus não depende de bajulação, conhecimento, amizade ou afinidade, de quem corre ou deixa de correr!


9) Embora Moisés, Bezalel e Aoliabe tivessem liberdade de utilizar os materiais como quisessem, preferiram prestar contas ao povo nos mínimos detalhes, quanto ouro, prata e outros materiais. Esse preceito caro à administração eclesiástica chama-se transparência. 

2. Os talentos revelados na Igreja (Mt 25.14,15)

DEUS escolhe cada um de acordo com o que cada um pode realizar. Na parábola dos talentos o primeiro recebeu mais talentos (cinco) do que os outros porque tinha mais capacidade para produzir do que os outros e ele já tinha passado por provas e vencido. O segundo tinha menor capacidade de multiplicação do que o primeiro e recebeu 2 talentos, mas também já tinha passado por prova e vencido. O terceiro era muito limitado, mas provou não amar seu patrão, deu prejuízo (nós colocou no banco a juros), não podia reclamar porque só recebeu um talento.

Embora Mateus 25 seja uma passagem bíblica que trata acerca da volta de JESUS, ela é uma bela ilustração para mostrar o que DEUS espera que nós façamos com a nossa vocação. O que Ele exigiu de Bezalel e Aoliabe também está contemplado na Parábola dos Talentos. Nessa parábola a palavra grega talanton, que significa “talento”, ganha destaque. O termo refere-se à moeda de alto valor. Nesse contexto, o homem rico distribuiu vários talentos aos servos de acordo com a capacidade de cada um para negociar. Naturalmente, o homem rico esperava receber retorno dos servos. A mensagem aqui é clara: quando o Senhor voltar, Ele deseja nos encontrar trabalhando de acordo com as habilidades que Ele nos capacitou para o seu reino. Desenvolver os talentos simboliza perseverar na fé e o comprometer-se em colocar a serviço do Corpo de CRISTO tudo o que o Senhor nos concedeu.

Cada crente é dotado de algum talento com o qual poderá trabalhar para o Senhor JESUS e receber a devida recompensa pelo trabalho quando nos encontrarmos no Tribunal de CRISTO (2 Co 5.10). Não desperdice o talento que DEUS lhe deu. Honre ao Senhor com os seus talentos!

CONCLUSÃO

Grandes Empresas já enxergaram que o segredo do sucesso financeiro é ter em seu quadro de funcionários pessoas de muito talento, que se destacam das demais pessoas. Liderança, competitividade, eficiência, eficácia, produtividade, qualidade, estética, tudo isso é supervalorizado no mercado global contemporâneo.


A Igreja deve buscar um padrão mais elevado de servidores diretos. Crentes cheios do ESPÍRITO SANTO e usados por DEUS em dons. A Igreja é um corpo cuja cabeça é CRISTO. Este corpo só será eficiente se possuir os cinco sentidos necessários. Na carta de Paulo aos Efésios vemos esses cinco sentidos como os cinco ministérios. Homens dados por CRISTO à Igreja. Se faltar um deles o corpo já será prejudicado.


E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Efésios 4:11-13

  

 

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