A Rainha Ester: Uma História de Fé e Coragem
A
história da rainha Ester é uma das mais inspiradoras da Bíblia. Ela narra a
jornada de uma jovem judia que, por meio de sua fé e coragem, salva seu povo de
um extermínio em massa.
Quem era Ester?
- Uma judia no exílio: Ester, cujo nome hebraico era
Hadassa, era uma órfã criada por seu primo Mordecai. Ambos viviam na
Pérsia, onde os judeus estavam exilados após a destruição de Jerusalém.
- Escolhida para ser rainha: Durante um concurso de beleza, Ester
foi escolhida para ser a nova rainha da Pérsia, casando-se com o rei
Assuero.
- Uma identidade secreta: Por motivos de segurança e para
proteger seu povo, Ester ocultou sua identidade judaica.
A ameaça de
Hamã
- Um decreto de morte: Hamã, um alto funcionário persa,
nutriu um profundo ódio pelos judeus e conseguiu que o rei Assuero
assinasse um decreto ordenando o extermínio de todo o povo judeu.
- Mordecai e a súplica: Ao saber do decreto, Mordecai, o
primo de Ester, pediu que ela intercedesse junto ao rei para salvar seu
povo.
A coragem de
Ester
- Um risco mortal: Ester sabia que ao se aproximar do
rei sem ser convocada, estaria arriscando sua vida. No entanto, movida
pela fé e pelo amor por seu povo, ela decidiu agir.
- Um jejum e uma oração: Antes de enfrentar o rei, Ester
convocou um jejum e uma oração entre os judeus, pedindo a Deus por
proteção.
- A audiência com o rei: Ester compareceu à presença do rei,
revelando sua identidade judaica e denunciando os planos malignos de Hamã.
A vitória de
Ester
- A ira do rei: Ao saber da traição de Hamã, o rei
ficou furioso e ordenou sua execução.
- Um novo decreto: O rei revogou o decreto de Hamã e
permitiu que os judeus se defendessem de seus inimigos.
- A festa de Purim: Em comemoração à sua libertação, os
judeus instituíram a festa de Purim, que é celebrada até os dias de hoje.
Lições da
história de Ester
- A providência divina: A história de Ester demonstra a
soberania de Deus, que usou uma jovem mulher para salvar Seu povo.
- A importância da fé: A fé de Ester em Deus a impulsionou a
agir, mesmo diante de grandes desafios.
- O valor da coragem: A coragem de Ester é um exemplo para
todos aqueles que enfrentam adversidades.
- A unidade do povo de Deus: A história de Ester destaca a
importância da união e da oração entre os irmãos em Cristo.
A história da
rainha Ester é um lembrete de que, mesmo em meio às maiores dificuldades, Deus
pode agir de maneira poderosa para salvar Seu povo.
O PLANO DE
LIVRAMENTO E O PAPEL DE ESTER
TEXTO BÍBLICO: Ester 4:5-17; 5:1-3,7,8
“Porque desde a antiguidade não se
ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti,
que trabalhe para aquele que nele espera” (Is.64:4).
Ester 4:
5.Então, Ester chamou a
Hataque (um dos eunucos do rei, que este tinha posto na presença
dela) e deu-lhe mandado para Mardoqueu, para saber que era aquilo e
para quê.
6.E, saindo Hataque a
Mardoqueu, à praça da cidade que estava diante da porta do rei,
7.Mardoqueu lhe fez saber
tudo quanto lhe tinha sucedido, como também a oferta da prata que Hamã dissera
que daria para os tesouros do rei pelos judeus, para os lançar a perder.
8.Também lhe deu a cópia
da lei escrita que se publicara em Susã para os destruir,
para a mostrar a Ester, e lhe fazer saber, e para lhe ordenar que
fosse ter com o rei, e lhe pedisse, e suplicasse na sua presença pelo
seu povo.
9.Veio, pois, Hataque e
fez saber a Ester as palavras de Mardoqueu.
10.Então, disse Ester a
Hataque e mandou-lhe dizer a Mardoqueu:
11.Todos os servos do rei
e o povo das províncias do rei bem sabem que para todo homem ou mulher que
entrar ao rei, no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma
sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que
viva; e eu, nestes trinta dias, não sou chamada para entrar ao rei.
12.E fizeram saber a
Mardoqueu as palavras de Ester.
13.Então, disse Mardoqueu
que tornassem a dizer a Ester: Não imagines, em teu ânimo, que escaparás na
casa do rei, mais do que todos os outros judeus.
14.Porque, se de todo te
calares neste tempo, socorro e livramento doutra parte virá para os judeus, mas
tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este
chegaste a este reino?
15.Então, disse Ester que
tornassem a dizer a Mardoqueu:
16.Vai, e ajunta todos os
judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por
três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também
assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo
a lei; e, perecendo, pereço.
17.Então, Mardoqueu foi e
fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou.
Ester 5:
1.Sucedeu, pois, que, ao
terceiro dia, Ester se vestiu de suas vestes reais e se pôs no pátio
interior da casa do rei, defronte do aposento do rei; e o rei estava assentado
sobre o seu trono real, na casa real, defronte da porta do aposento.
2.E sucedeu que, vendo o
rei a rainha Ester, que estava no pátio, ela alcançou graça aos seus olhos; e o
rei apontou para Ester com o cetro de ouro, que tinha na sua mão, e
Ester chegou e tocou à ponta do cetro.
3.Então, o rei lhe disse:
Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se
te dará.
7.Então, respondeu Ester e
disse: Minha petição e requerimento é:
8.se achei graça aos olhos
do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição e outorgar-me o meu
requerimento, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar, e
amanhã farei conforme o mandado do rei.
I- O PERIGOSO PLANO E O TEMOR DE ESTER
1. Lamento, choro e compadecimento
Mardoqueu não escondeu seu
abatimento diante da terrível notícia da conspiração de Hamã. O trágico decreto
de extermínio dos judeus fez com que ele rasgasse suas vestes, se cobrisse de
pano de saco e cinza, e clamasse em alta voz pela cidade (Ester 4:1). Ester,
dentro do palácio, ficou sabendo da condição de seu primo e se compadeceu dele,
mas inicialmente desconhecia os motivos por trás de seu sofrimento. Em uma
tentativa de ajudar, enviou roupas para que ele vestisse, mas Mardoqueu
recusou, pois queria que ela soubesse da gravidade da situação.
A preocupação de Ester era
genuína, e ela imediatamente enviou Hataque, um dos eunucos do rei, para
perguntar a Mardoqueu o que estava acontecendo (Ester 4:5). Mardoqueu, em seu
desespero, não estava apenas buscando chamar a atenção de Ester; ele expressava
um sentimento sincero de desolação compartilhado por todos os judeus das
províncias diante da ordem real de matança. Era crucial que Ester soubesse dos
eventos para que pudesse tomar uma atitude.
Compartilhar nossos sentimentos
com as pessoas certas é essencial e nos proporciona alívio e compreensão
(Rm.12:15). Em momentos de profunda agonia, até Jesus abriu seu coração aos
discípulos e pediu que eles permanecessem com Ele (Mateus 26:36-38). Da mesma
forma, a sinceridade de Mardoqueu e seu desejo de informar Ester sobre a
situação mostram a importância de comunicar nossas angústias e buscar apoio nos
momentos de crise.
2. Um obstáculo real
Por intermédio de Hataque,
Mardoqueu informou Ester detalhadamente sobre o ardiloso plano de Hamã,
incluindo uma cópia do decreto de Assuero que ordenava o extermínio dos judeus.
Ele implorou que ela fosse ao rei e suplicasse pela vida de seu povo. No entanto,
havia um grande obstáculo: A lei que proibia qualquer pessoa, homem ou mulher,
de entrar no palácio sem ser chamada pelo rei. A violação dessa norma resultava
em sentença de morte, a menos que o rei estendesse o cetro de ouro, sinalizando
sua clemência.
Essa rigorosa norma provavelmente
existia devido ao temor dos reis de serem vítimas de conspirações, um risco que
muitos monarcas enfrentaram ao longo da história, resultando em suas mortes no
trono. Ester estava consciente do perigo que enfrentava e da necessidade de
sabedoria e coragem para abordar o rei, especialmente porque ela não havia sido
chamada à presença dele nos últimos trinta dias (Ester 4:11).
3. Autoritarismo e morte
A rígida norma que impedia
qualquer pessoa de se aproximar do rei sem ser chamada, sob pena de morte,
mostra o clima de desconfiança e medo no palácio. Tal medida extrema visava
proteger o rei de possíveis conspirações, mas também isolava o monarca, contribuindo
para um governo mais despótico e distante de seus súditos.
Infelizmente, o que Assuero temia
acabou acontecendo: ele foi assassinado por um dos oficiais do palácio em 465
a.C., oito anos após os eventos narrados no livro de Ester. Anteriormente, dois
de seus guardas já haviam tramado sua morte (Ester 2:21). A morte de Assuero
reflete a instabilidade e o perigo constante em regimes autoritários. Ditadores
e líderes autoritários frequentemente enfrentam tragédias similares, pois o
poder absoluto tende a criar muitos inimigos. A história recente oferece
exemplos claros, como a execução do ditador líbio Muammar Gaddafi (1942-2011)
por seus próprios cidadãos.
Em contraste com a abordagem
autoritária, a mansidão e a humildade, exemplificadas por Moisés, que era
descrito como o homem mais manso da terra (Números 12:3), são atributos que
trazem paz e proteção. A Bíblia nos ensina que a mansidão e a justiça podem
prevenir muitos conflitos e perigos (Provérbios 15:1).
Quando enfrentamos ameaças ou
injustiças, podemos confiar que Deus será nossa defesa (Êxodo 23:22; Salmos
5:11). A história de Assuero é um lembrete de que o poder absoluto e o
autoritarismo frequentemente levam à desconfiança e ao perigo, enquanto a justiça
e a mansidão oferecem um caminho mais seguro e harmonioso.
II. MARDOQUEU CONVENCE ESTER
1. Confiando na providência divina
Ester mandou dizer a Mardoqueu
que não podia se apresentar ao rei sem ser convidada, pois seria morta,
conforme a lei vigente, e nos últimos 30 dias não havia sido chamada pelo rei.
A resposta de Ester não convenceu Mardoqueu, e mandou um recado a ela: que não
confiasse em sua posição de rainha, pois a ordem do rei era o extermínio de
todos os judeus, sem exceção (Ester 4:13).
Porém, se Ester não se dispusesse
a interceder junto ao rei, Mardoqueu confiava que a providência divina se
manifestaria de outra forma. A expressão “socorro e livramento de outra parte
virá” (Ester 4:14) revela que Mardoqueu confiava em Deus, acima de tudo. Quando
supervalorizamos pessoas, por mais importantes que sejam, nos esquecendo que
nosso socorro vem de Deus, fazemos delas nossos ídolos (Sl.121:1,2). Deus
abomina todo o tipo de idolatria (Jr.17:5).
A insistência de Mardoqueu
reflete uma profunda compreensão da soberania divina e da responsabilidade
humana. Ele sabia que, embora Deus fosse plenamente capaz de salvar o Seu povo
por outros meios, Ester estava em uma posição única para agir. Esta dualidade
entre confiar na providência divina e a responsabilidade humana é um tema
recorrente nas Escrituras. Por exemplo, vemos isso na história de José, que
reconheceu a mão de Deus nas circunstâncias adversas que enfrentou (Gênesis
50:20).
Além disso, Mardoqueu não
permitiu que o medo ou a aparente impossibilidade paralisassem sua ação. Em vez
disso, ele desafiou Ester a perceber que seu papel como rainha podia ter um
propósito maior: a salvação de seu povo (Ester 4:14). Essa ideia de ser colocado
em uma posição específica para cumprir os propósitos de Deus é ecoada em outras
partes da Bíblia, como na história de Moisés e no chamado de Isaías (Êxodo
3:10; Isaías 6:8).
2. Primeiro Deus, depois o homem
Ester convenceu-se de que
precisaria agir. Antes de tudo, porém, era preciso clamar a Deus, para que a
dirigisse e lhe desse graça diante do rei. Em sua resposta a Mardoqueu, pediu
que ajuntasse todos os judeus de Susã e jejuassem por ela durante três dias.
Ela faria o mesmo junto com as moças que assistiam no palácio (Ester 4:16).
A importância do equilíbrio e prudência espiritual
Equilíbrio e prudência espiritual nos fazem entender o tempo
e o lugar de Deus e o nosso no cotidiano da vida. Antes de Ester procurar o
rei, os judeus deveriam buscar a Deus. Esse princípio é essencial para uma vida
cristã bem-sucedida. Reconhecer a necessidade de colocar Deus em primeiro lugar
é crucial, especialmente em situações de crise.
A humildade diante de Deus
Ester exemplificou a humildade e
a dependência de Deus que todos devemos ter. Antes de qualquer ação, ela buscou
a aprovação e a ajuda divina, reconhecendo que sem Deus, seus esforços seriam
em vão. Esta atitude contrasta fortemente com a autossuficiência promovida pelo
secularismo e materialismo modernos.
A verdadeira sabedoria e sucesso
vêm de reconhecer nossa limitação humana e nossa total dependência de Deus.
Quando colocamos Deus em primeiro lugar e buscamos Sua orientação, Ele nos
concede a graça e a sabedoria necessárias para enfrentar qualquer desafio.
Em resumo, a preparação de Ester
antes de abordar o rei nos ensina a importância de buscar a Deus antes de agir.
Este princípio de colocar Deus em primeiro lugar é essencial para uma vida
cristã equilibrada e bem-sucedida, e é um poderoso antídoto contra as
influências corrosivas do secularismo e materialismo modernos.
A soberania divina
A história de Ester, assim como a
dos três jovens na Babilônia, nos ensina que a verdadeira fé em Deus reconhece
Sua soberania absoluta. Mesmo quando enfrentamos situações de extremo perigo ou
incerteza, devemos confiar em Deus, sabendo que Ele é capaz de nos salvar, mas
também aceitando que Seus caminhos e Seus planos são perfeitos, mesmo que não
os compreendamos completamente.
Ester não tentou forçar a mão de
Deus, mas colocou sua confiança Nele e se dispôs a aceitar o resultado,
qualquer que fosse. Esse tipo de fé, que confia sem exigir e se submete sem
reservas, é o que devemos buscar cultivar em nossa vida cristã. Deus nos chama
a uma confiança plena e reverente, reconhecendo que Ele é o Senhor soberano
sobre todas as coisas.
III. O PLANO: ESTER ENTRA À PRESENÇA DO REI E PROPÕE UM
BANQUETE
1. Prudência, preparação e ação
Ao decidir entrar à presença de
Assuero, Ester estava sujeita a qualquer reação dele quando a visse: vida ou
morte. Era um grande desafio. Por isso, Ester se preparou espiritual, emocional
e fisicamente. Depois de três dias de jejum, pôs sua veste real e foi ao pátio
interior da casa do rei, diante do salão onde ficava o trono (Ester 5:1). Este
ato de coragem e preparação de Ester não foi impulsivo; foi resultado de uma
cuidadosa reflexão e uma busca sincera por direção divina.
A conduta de Ester nos ensina
como devemos ser precavidos para tomar atitudes importantes que podem impactar
nosso futuro (Pv.19:2). Ester não apenas confiou na providência divina, mas
também tomou medidas práticas para se preparar da melhor maneira possível. Sua
abordagem combina fé com ação, um equilíbrio essencial na vida cristã.
Como afirma o Pr. Silas
Queiroz, mulheres sábias, como Ester e Abigail, conseguem resolver grandes
problemas e evitar grandes tragédias (1Sm.25:18-35). Abigail, por exemplo,
mostrou uma sabedoria e prudência semelhantes ao interceder para evitar um desastre
iminente, demonstrando como a intervenção sensata e a preparação adequada podem
mudar o curso dos eventos.
Por outro lado, imprudências e
precipitações, podem levar a prejuízos irreparáveis (Pv.14:1). Tomar decisões
sem a devida preparação ou sem buscar orientação divina pode resultar em
consequências desastrosas. A história está repleta de exemplos de decisões
precipitadas que levaram a grandes perdas, tanto em contextos pessoais quanto
coletivos.
A prudência envolve uma avaliação
cuidadosa das circunstâncias, um entendimento claro das possíveis consequências
e uma disposição para buscar a sabedoria e a orientação de Deus antes de agir.
Ester exemplificou esta prudência ao se preparar adequadamente para o encontro
com o rei, mostrando que a fé e a ação prudente devem andar juntas.
A prontidão do rei para ouvir
Como era incomum alguém se
apresentar diante do rei sem ter sido chamado, Assuero logo perguntou o que
estava acontecendo: “Que é o que tens, rainha Ester, ou qual é a tua petição?
Até a metade do reino se te dará" (Ester 5:3). Esta expressão, embora
impressionante, era uma fórmula comum de demonstração de generosidade e
prontidão para ouvir. Assuero estava comunicando sua disposição de atender ao
pedido de Ester, indicando sua estima e confiança nela.
A resposta de Ester e a estratégia
A resposta de Ester à pergunta do
rei também revela sua sabedoria e estratégia. Em vez de revelar imediatamente
seu pedido, ela convidou o rei e Hamã para um banquete que preparou (Ester
5:4). Este movimento estratégico permitiu que ela ganhasse tempo, criasse um
ambiente favorável e demonstrasse respeito e paciência. Esta abordagem nos
ensina que, muitas vezes, é necessário criar as condições adequadas antes de
apresentar nossos pedidos ou tomar ações decisivas.
Assim, o episódio do cetro
estendido não é apenas um momento de alívio para Ester, mas também um
testemunho de como a prudência, a preparação espiritual e a sabedoria podem
abrir portas e assegurar o favor necessário para enfrentar grandes desafios.
3. Em sintonia com Deus
As circunstâncias narradas no
livro de Ester indicam que ela, em seu coração, estava em plena sintonia com
Deus. Mesmo diante da disposição imediata do rei em atendê-la, Ester agiu com
extrema cautela e sabedoria. Ao invés de revelar de imediato o seu pedido, ela
convidou o rei Assuero e Hamã para um banquete (Ester 5:4). Essa decisão não
foi impulsiva, mas sim uma demonstração de discernimento espiritual e
estratégico.
Estratégia e paciência
Na ocasião do primeiro banquete,
o rei renovou sua disposição em atender a qualquer pedido de Ester (Ester 5:6).
Porém, mesmo com essa segunda oportunidade, Ester discerniu que ainda não era o
momento adequado para fazer seu pedido. Demonstrando paciência e estratégia,
ela convidou Assuero e Hamã para um segundo banquete no dia seguinte (Ester
5:8). Este intervalo permitiu que os eventos se desenrolassem conforme os
desígnios divinos.
A importância do melhor momento, oportunidade
A decisão de Ester de adiar seu
pedido reflete uma profunda compreensão da importância do timing na execução
dos planos de Deus. Ela sabia que precisava esperar o momento certo, que foi
providencialmente preparado por Deus. Essa espera resultou em uma noite
decisiva que mudaria o curso da história (Ester 6). Durante essa noite, o rei
foi levado a lembrar-se de Mardoqueu e seus serviços não recompensados, o que
preparou o terreno para a petição de Ester e a queda de Hamã.
Providência divina em ação
Os desígnios de Deus são
perfeitos e estavam claramente guiando Ester em todos os detalhes de sua
abordagem. A providência divina não só orientou Ester em suas ações, mas também
nos eventos que ocorreram em torno dela. O episódio do rei lembrando-se de Mardoqueu
durante a noite entre os banquetes é uma clara evidência da mão de Deus em
ação, preparando o caminho para a salvação dos judeus (Ester 6:1-3).
CONCLUSÃO
Esta Lição que acabamos de
estudar revela como Deus, em Sua providência, usou a coragem e a sabedoria de
Ester para salvar os judeus da conspiração de Hamã. A preparação espiritual,
emocional e física de Ester, sua prudência e confiança em Deus, demonstram a
importância de buscar a direção divina em momentos críticos. Este relato nos
ensina sobre a soberania de Deus e a necessidade de fé e ação coordenada em
harmonia com Seus desígnios. Em todas as circunstâncias, a glória é devida ao
Senhor, que controla a história e guia Seu povo para a vitória.
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