Os 12 Apóstolos de Jesus: Os Pilares do Cristianismo
Apóstolo
significa “enviado”. Os
apóstolos foram 12 discípulos que acompanharam Jesus e tinham intimidade com
Ele, recebendo um treinamento especial para anunciar o Evangelho e fundar a Sua
Igreja.
Os 12
apóstolos foram escolhidos por Jesus para serem seus discípulos mais
próximos e para espalhar sua mensagem pelo mundo. Eles desempenharam um papel
fundamental na formação da Igreja Cristã e são figuras cruciais na história do
cristianismo.
Quem foram os
12 apóstolos de Jesus:
Simão (Pedro), André, Tiago (filho de Zebedeu), João,
Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago
(filho de Alfeu), Tadeu (Judas), Simão (o Zelote) e Judas
Iscariotes.
Os 12 apóstolos
foram escolhidos por Jesus para serem seus discípulos mais próximos e para
espalhar sua mensagem pelo mundo. Eles desempenharam um papel fundamental na
formação da Igreja Cristã e são figuras cruciais na história do cristianismo.
Quem eram os 12
apóstolos?
A lista dos 12
apóstolos varia um pouco entre os diferentes evangelhos, mas os nomes mais
comuns são:
- Simão Pedro: Considerado o líder dos apóstolos,
Pedro foi uma figura central na Igreja primitiva.
- André: Irmão de Pedro, foi um dos primeiros
discípulos de Jesus.
- Tiago, filho de Zebedeu: Um dos apóstolos mais próximos de
Jesus, junto com seu irmão João.
- João: O apóstolo amado por Jesus, autor de
um dos evangelhos e de várias cartas.
- Filipe: Conhecido por trazer Natanael
(Bartolomeu) para Jesus.
- Bartolomeu (Natanael): Um homem sincero e íntegro, que foi
trazido para Jesus por Filipe.
- Mateus: Um ex-cobrador de impostos que se
tornou um dos apóstolos e escreveu um dos evangelhos.
- Tomé: Conhecido por duvidar da ressurreição
de Jesus até ver as suas feridas.
- Tiago, filho de Alfeu: Menos conhecido, mas um dos doze
apóstolos.
- Judas Tadeu: Também conhecido como Judas Lebeu,
não deve ser confundido com Judas Iscariotes.
- Simão, o Zelote: Um membro de um grupo de zelotes, que
eram revolucionários judeus.
- Judas Iscariotes: O apóstolo que traiu Jesus por 30
moedas de prata.
Qual era o
papel dos apóstolos?
Os apóstolos
tinham diversas funções:
- Testemunhas oculares: Eles acompanharam Jesus durante seu
ministério, testemunhando seus milagres e ensinamentos.
- Proclamadores do Evangelho: Após a ressurreição de Jesus, os
apóstolos foram enviados para pregar o Evangelho a todas as nações.
- Fundadores da Igreja: Eles foram os primeiros líderes da
Igreja Cristã e estabeleceram as bases para sua organização.
- Escritores do Novo Testamento: Vários dos apóstolos escreveram
livros do Novo Testamento, como os evangelhos, as cartas e o livro de Atos
dos Apóstolos.
O legado dos apóstolos
O legado dos 12
apóstolos é imenso. Graças à sua fé e dedicação, o cristianismo se espalhou por
todo o mundo e continua a influenciar a vida de milhões de pessoas.
Existem quatro
listas dos apóstolos no Novo Testamento: Mateus 10:2-4, Marcos
3:13-19, Lucas 6:13-16 e Atos dos Apóstolos 1:13.
Eles acompanharam
Jesus durante Seu ministério e foram chamados para proclamar o Evangelho ao
mundo. Depois de Pentecostes, eles se tornaram os líderes da Igreja Primitiva,
ensinando o que tinham aprendido com Jesus e criando uma base sólida para o
crescimento da Igreja.
Eles viajaram para
outras terras e fundaram igrejas em muitos lugares, através dos seus
testemunhos sobre Jesus e seus milagres. A maior parte das informações dos
Evangelhos, provavelmente, foi fornecida pelos apóstolos.
Simão (Pedro)
Simão
era um dos discípulos mais próximos de Jesus e um dos apóstolos mais atuantes
na expansão do Evangelho. A Bíblia revela muitos detalhes deste pescador de
peixes que se tornou pescador de homens (Lucas 5:8). Simão nasceu em Betsaida (João
1:44), filho de Jonas, ou João (João 21:15), era pescador e sócio de Tiago e
João, filhos de Zebedeu (Lucas 5:10). Trabalhava às margens do Mar da Galileia,
ao lado do seu irmão André, que o apresentou ao Messias (João 1:40-41).
Jesus
convidou Simão para segui-lo e o apelidou de "Cefas" - nome aramaico
- que corresponde a Pedro, que no grego significa "pedra",
"rocha" ou "cascalho" (João 1:42). Pedro - como foi
apelidado - era um homem impulsivo, bruto, inconstante e teve que ser
"esculpido" por Jesus.
Em
sua primeira experiência com o Mestre, após uma pesca malsucedida, o Senhor
orientou Pedro a lançar as redes novamente. Pedro retrucou, mas obedeceu à
palavra de Jesus (Lucas 5:3-5). Ao puxar a rede, pescou tamanha quantidade de
peixes que quase afundaram (Lucas 5:6-7). Depois deste milagre, Pedro largou
tudo e passou a seguir Jesus (Lucas 5:11).
Pedro
tinha um dom para liderança e se tornou uma espécie de “porta-voz” dos
discípulos. Por esse talento, foi muitas vezes colocado à prova por Jesus (Mateus
17:24-27). Pedro sempre tomava a iniciativa e não hesitava em fazer perguntas (Mateus
15:15; Mateus 18:21-22).
Pedro
teve a sua sogra curada por Jesus (Mateus 8:14-15), pagou o imposto com o
dinheiro encontrado na boca do peixe (Mateus 17:24-27), viu Jesus transfigurado
(Mateus 17:1-2), disse que só Jesus tinha a Palavra de Vida Eterna (João 6:68)
e confessou que Jesus era o Cristo (Mateus 16:16).
Com
seu temperamento inconstante, teve momentos altos e baixos. Assim como andou
nas águas atendendo ao chamado de Jesus, afundou ao reparar nas ondas (Mateus
14:28-31). Disse que não abandonaria Jesus (Marcos 14:29), mas acovardou- se e
negou Jesus 3 vezes (João 21:15-17). Chorou amargamente, reconheceu o seu erro
(Mateus 26:75) e teve a oportunidade de confessar 3 vezes que amava Jesus (João
21:15-17). Numa ocasião, agiu como uma pedra de tropeço (Mateus 16:23), mas
depois se tornou uma pedra fundamental na edificação da igreja (Mateus 16:18-20).
Através
do seu primeiro sermão, depois da sua genuína conversão e de receber o Espírito
Santo (Atos 1:8; 2:1-4), mais de 3 mil pessoas se converteram (Atos dos
Apóstolos 2:40-41). Depois, após a cura de um homem coxo de nascença, Pedro
pregou a Palavra e quase 5 mil homens se converteram a Cristo (Atos dos
Apóstolos 4:4). Estão atribuídas a Pedro duas cartas do Novo Testamento, 1 e 2
Pedro.
André
O
apóstolo André era irmão de Simão Pedro (João 1:40), ambos pescadores. André
era discípulo de João Batista antes de se tornar discípulo de Jesus (João
1:35-40; Mateus 4:18).
O apóstolo era galileu da cidade de Betsaida (João 1:44). Apesar de judeu, o
nome André é de origem grega e não tem nenhum outro nome derivado do hebraico
ou do aramaico. Quando encontrou Jesus, André tratou de apresentar o seu irmão
Pedro ao Messias (João 1:41-42).
André
é mencionado em diversos momentos importantes nos Evangelhos e era um dos
discípulos mais próximos de Jesus, com o seu irmão Pedro e os discípulos João e
Tiago.
O
apóstolo esteve presente no Monte das Oliveiras, quando Jesus revelou sobre o
final dos tempos (Marcos 13:3-4). No milagre da primeira multiplicação dos pães
e dos peixes, foi André que disse a Jesus que havia um rapaz com 7 pães e 2
peixinhos (João 6:8-10).
André
esteve presente na ascensão de Jesus (Atos dos Apóstolos 1:13-14) e desempenhou
um papel ativo na expansão da Igreja Primitiva (Atos 6:2-4; 8:1).
Segundo
a tradição cristã, André foi crucificado em Acácia numa cruz em formato de “X”
chamada de “Crux decussata”, popularmente conhecida como “Cruz de Santo André”.
Ainda
segundo a tradição, os ossos do apóstolo estão guardados na cidade de Pátra, na
Grécia. Também há outra versão que diz que seus restos mortais se encontram na
Escócia, na cidade de Saint Andrews, país que tem a “Cruz de Santo André” como
símbolo na bandeira.
Tiago, filho de
Zebedeu
Tiago
também é tratado na tradição cristã como “Tiago, o Maior” (o mais velho) devido
ao outro apóstolo, Tiago, filho de Alfeu, que é conhecido como “Tiago, o
Menor”, por ser mais jovem (Marcos 15:40).
O
apóstolo Tiago era filho de Zebedeu e Salomé. Era irmão do apóstolo João, ambos
apelidados por Jesus de “Filhos do Trovão” ou "Boanerges" (Marcos
3:17; Lucas 9:54). Tiago trabalhava no barco do pai em sociedade com Pedro
e André, e foi nas margens do mar da Galileia que se tornaram discípulos de
Jesus.
Ao
lado do seu irmão João e de Pedro, Tiago fazia parte dos discípulos mais
chegados a Jesus. Este trio esteve presente na ressurreição da filha de Jairo (Marcos
5:37), na transfiguração (Mateus 17:1-2) e no Getsêmani (Mateus 26:36-37).
Tiago
foi o primeiro apóstolo a ser martirizado e o único a ter um registro bíblico
sobre tal acontecimento. O apóstolo foi morto à espada, a mando de Herodes
Agripa I, por volta do ano 44 d.C (Atos dos Apóstolos 12:1-2).
Vale
salientar que o Livro de Tiago não é de sua autoria. A maioria dos estudiosos
atribui a autoria do Livro de Tiago, a “Tiago, o Justo”, o meio-irmão de Jesus.
João
O
apóstolo João é popularmente conhecido como “o apóstolo do amor” ou “o
discípulo a quem Jesus amava”, título proclamado pelo próprio (João 13:23 e João
21:20). Com Pedro e Tiago, João fazia parte do círculo íntimo de Jesus,
presenciando milagres e revelações.
João
era o mais jovem de todos os 12 apóstolos; era filho de Zebedeu e irmão de
Tiago. Ambos foram chamados por Jesus para o discipulado e apelidados de "Boanerges",
que significa "Filhos do Trovão" devido ao ímpeto arrojado dos irmãos
(Marcos 3:17; Lucas 9:54).
O
apóstolo escreveu o Evangelho segundo João, também conhecido como o Quarto
Evangelho. Apesar de não se identificar, este Evangelho contém detalhes que
somente alguém íntimo, do círculo pessoal de Jesus, poderia relatar. Além do
Evangelho, o apóstolo escreveu 3 cartas que fazem parte do Novo Testamento (1,
2 e 3 João) e a revelação do Apocalipse. A alcunha de “João Evangelista” se dá
por este fato.
João
acompanhou Cristo até a sua crucificação. Estando na cruz, Cristo ao vê-lo,
deu-lhe a responsabilidade de cuidar de Maria sua mãe (João 19:26-27). Depois
de receber o Espírito Santo em Pentecostes (Atos 1:8; 2.1-4), o apóstolo pregou
com autoridade e ao lado de Pedro alcançaram milhares de pessoas com a mensagem
do Evangelho.
Por
ordens do imperador Domiciano, João foi levado cativo para a Ilha de Patmos
onde recebeu a revelação do Apocalipse (Apocalipse 1:1-2). Após a morte do
imperador, o apóstolo retornou a Éfeso. Segundo a tradição, João morreu em 103
d.C. com 94 anos de causas naturais, o que era incomum na época.
Filipe
Filipe
era galileu, natural de Betsaida (João 1:44). Seu nome é de origem grega
- "philippos" - que significa “amante de cavalos”.
Depois
de André e Pedro, Filipe foi a terceira pessoa a ser chamada por Jesus ao
discipulado (João 1:43). Ao ter aceitado o chamado, Filipe falou a respeito de
Jesus a Natanael, que também se tornou discípulo de Jesus (João 1:45-49).
É
importante ressaltar que o apóstolo Filipe não é a mesma pessoa conhecida como
"Filipe, o Evangelista" citado em Atos dos Apóstolos 6:5. São
pessoas distintas, o que fica claro em Atos dos Apóstolos 8:1 quando
os apóstolos - entre eles Filipe - resistiram à perseguição e permaneceram em
Jerusalém. Já os outros irmãos se dispersaram pelas regiões da Judeia e de
Samaria, entre eles Filipe, o Evangelista (Atos dos Apóstolos 8:4-5).
O
apóstolo participou de muito milagres; foi a ele que Jesus testou ao
perguntar-lhe como alimentaria a multidão, no episódio da primeira
multiplicação dos pães e peixes (João 6:5-7). Foi Filipe que fez a ousada
petição: “mostra-nos o Pai, e isso nos basta" (João
14:8).
Segundo a
tradição, Filipe exerceu o seu ministério na Palestina, Grécia e na Ásia Menor,
onde, na Frígia (atual Turquia) foi crucificado e apedrejado no ano 80 d.C.
Bartolomeu
(Natanael)
Há poucas
referências na Bíblia sobre o apóstolo Bartolomeu. Seu nome é mencionado apenas
na lista dos discípulos (Mateus 10:3; Marcos 3:18; Lucas 6:14-16; Atos
dos Apóstolos 1:13).
Bartolomeu vem do aramaico e significa “filho de Tolmai”. O seu nome também tem
uma interpretação grega que significa “filho de Ptolomeu”. Nesta linha, muitos
estudiosos acreditam que o nome Bartolomeu seja apenas uma referência
patriarcal, assim como “Tiago, filho de Zebedeu” e “Tiago, filho de Alfeu”.
A partir do século IX, Bartolomeu passou a ser reconhecido pela maioria dos
intérpretes como, possivelmente, o Natanael citado no Evangelho de João. Nesta
linha, Natanael seria o seu nome e Bartolomeu apenas a referência patriarcal.
Um vestígio que contribui para essa interpretação, está na divisão dos
discípulos citados nos Evangelhos. O apóstolo Filipe fazia par com Bartolomeu
nos evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), e no Evangelho de João,
Filipe é citado ao lado de Natanael.
Se
considerarmos que Bartolomeu e Natanael sejam a mesma pessoa, obtemos, com
isso, mais detalhes sobre a vida desse apóstolo. João relata no seu Evangelho a
forma como o discípulo teve o seu primeiro contato com Jesus. Filipe encontrou
Natanael e disse que esteve com o Messias prometido, Jesus de Nazaré (João 1:45).
A reação de Natanael foi curiosa: "Nazaré? Pode vir alguma coisa
boa de lá?" (João 1:46).
Ao
ser desafiado por Filipe a encontrá-lo, Natanael foi surpreendido pela forma
que Jesus o recebeu, dizendo: “Vejam, aí está um israelita em quem não há
falsidade” (João 1:47). Embaraçado, Natanael perguntou a Jesus de onde o
conhecia, e Cristo disse que antes que Filipe o chamasse, Ele o viu debaixo da
figueira (João 1:48). Surpreso, Natanael professa: "Mestre, tu és
o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!" (João 1:47-49).
O
apóstolo esteve na pesca milagrosa em que Cristo, ressurreto, se revelou aos
discípulos (João 21:1-2) e foi citado em Atos depois da ascensão de Jesus aos
céus (Atos dos Apóstolos 1:13).
Segundo
alguns registros - que não estão na Bíblia - o apóstolo Bartolomeu pregou da
Ásia Menor até a Índia e teria sido esfolado e crucificado de ponta a cabeça em
Albanópolis, na Armênia. Há outra versão que alega que o apóstolo foi açoitado
até a morte.
Tomé
O
apóstolo Tomé também é conhecido na Bíblia como "Dídimo", que
significa “gêmeo” em grego (João 11:16; João 20:24; João 21:2). Esta
designação aponta que Tomé provavelmente teria um irmão gêmeo. Alguns
intérpretes acreditam que esse irmão fosse o apóstolo Mateus, mas não há
comprovação disso. A Bíblia nem identifica se esse possível irmão foi um
discípulo de Jesus.
Há
poucos detalhes sobre a trajetória do apóstolo. Ele é citado poucas vezes na
Bíblia, apenas nos Evangelhos e numa pequena citação em Atos dos Apóstolos.
Apesar de poucos detalhes, podemos perceber a personalidade de Tomé: um homem
sincero, mas pessimista e incrédulo.
No episódio em que
Jesus decide retornar à Judeia, sob ameaça de ser apedrejado, para ressuscitar
Lázaro, Tomé faz um comentário a respeito da decisão: "Vamos
também para morrermos com ele" (João 11:16).
Num segundo momento, Jesus confortava os seus discípulos a respeito da sua
missão e Tomé perguntou: "Senhor, não sabemos para onde vais; como
então podemos saber o caminho?". Jesus respondeu "Eu sou
o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João
14:5-6).
Quando
Jesus ressuscitou e se apresentou aos discípulos, Tomé não estava presente (João
20:24). Ao ser informado do extraordinário acontecimento, Tomé reagiu de forma
descontente e disse que só acreditaria se visse os sinais dos cravos nas mãos
de Jesus e o lado do Seu corpo que fora perfurado pela lança do soldado (João
20:25). Tomé ansiava por ver Jesus, mas a ansiedade se transformou em
incredulidade.
Uma
semana depois, Jesus apareceu novamente aos discípulos e Tomé estava presente.
Ele mostrou as suas marcas e Tomé acreditou que o Mestre tinha ressuscitado (João
20:27-29). Jesus o repreendeu pelo fato de ter crido somente ao vê-lo
dizendo: “Pare de duvidar e creia" (João 20:27).
Segundo
a tradição, Tomé teria pregado o Evangelho na Síria e na Índia, onde foi
martirizado em 72 d.C. Apesar de ser popularmente conhecido como “o discípulo
incrédulo”, Tomé nos deixa o exemplo para crermos na Palavra de Deus em
espírito e em verdade.
Mateus
Mateus
era judeu, tinha boas condições financeiras e trabalhava como publicano -
recolhendo os impostos para o império romano - o que era malvisto pela
sociedade judaica. Foi exercendo esta função, que Jesus o chamou para segui-lo
(Mateus 9:9).
Autor
do Evangelho do mesmo nome, Mateus revelou muitos detalhes a respeito do
ministério e da vida de Jesus. O apóstolo também é chamado de Levi nos
Evangelhos de Marcos e Lucas (Marcos 2:13-14; Lucas 5:27-28).
Além
do banquete oferecido a Jesus (Lucas 5:27-29), não há muitos detalhes a
respeito do ministério de Mateus na Bíblia. Segundo a tradição ortodoxa e
católica, o apóstolo teria sido martirizado na Etiópia.
Tiago, filho de
Alfeu
Ao
contrário de Tiago filho de Zebedeu, há pouquíssimos detalhes sobre a
trajetória de Tiago, filho de Alfeu. Existe apenas 4 citações referentes ao
apóstolo (Mateus 10:3; Marcos 3:18; Lucas 6:12-16; Atos dos
Apóstolos 1:13).
Marcos
Evangelista usou a expressão “Tiago, o Menor” - "mikros" em
Grego - para distingui-lo do outro apóstolo de mesmo nome (Marcos 15:40).
Provavelmente “Maria, mãe de Tiago” citada nos evangelhos refere-se à mãe do
apóstolo, que também seguia Jesus (Mateus 27:56; Marcos 16:1; e Lucas
24:10).
A
tradição católica considera que “Tiago, o Justo”, o meio-irmão de Jesus e autor
da epístola de Tiago, e o apóstolo “Tiago, filho de Alfeu” como sendo a mesma
pessoa, o que não pode ser provado biblicamente.
Outra
teoria com pouca base é que o apóstolo Tiago seria irmão do apóstolo Mateus -
chamado Levi - (Marcos 2:14). Apesar de eles terem o pai com o mesmo nome
(Alfeu) essa teoria não tem comprovação bíblica ou histórica.
Assim
como são controversas as informações sobre a sua vida, a sua morte também segue
na mesma linha. Alguns estudiosos, como Flávio Josefo, relatam que o apóstolo
morreu apedrejado.
Na
tradição ortodoxa grega o apóstolo teria sido crucificado no Egito.
Tadeu (Judas)
Judas,
que significa Judá, era um nome comum nos tempos de Jesus. Existem poucos
detalhes sobre o apóstolo e muitas teses a respeito do seu nome.
Nos
evangelhos de Mateus e Marcos, Judas é identificado como Tadeu - ou Lebeu - que
significa “Judas de Tiago” (Marcos 6:3; Mateus 13:55). No Evangelho de
Lucas (Lucas 6:16) e em Atos (Atos dos Apóstolos 1:13), seu nome aparece como
“Judas, filho de Tiago”.
A
tradição católica defende a tese que “Judas de Tiago” seria o irmão de Jesus,
aquele que escreveu a Carta de Judas no Novo Testamento (Judas 1:1). Já a
tradição protestante, respeita o termo literal “Judas, filho de Tiago”
distinguindo de Judas, o irmão de Jesus.
Fica
claro, na Bíblia, que também houve um grande esforço por parte dos escritores
em diferir Judas Tadeu de Judas Iscariotes. João Evangelista utilizou a
expressão “Judas, não o Iscariotes” para identificar o apóstolo (João 14:22).
Na
Última Ceia, Tadeu perguntou a Jesus quando se daria a manifestação pública de
Cristo ao mundo (João 14:22). Até aquele momento os discípulos não entendiam
que Cristo se revelaria através do Espírito Santo.
Depois
da ressurreição de Cristo, Tadeu esteve presente com os outros apóstolos em
diversos momentos, como no Pentecostes (Atos 2:1-4) e na escolha de Matias para
o ministério apostólico (Atos 1:13-26).
Segundo
a tradição, o apóstolo Judas Tadeu teria evangelizado na Judeia, Samaria,
Idumeia, Síria, Mesopotâmia e Líbia Antiga. Teria sido martirizado no ano 70
d.C., linchado a golpes de lança, machado e porrete.
Simão (o
Zelote)
Simão,
o Zelote (Marcos 3:18), também conhecido como "Simão, o Cananeu" ou
"Simão, o Nacionalista", era natural de Caná da Galileia. Além da sua
origem, pouco se sabe sobre o apóstolo. Tanto o termo “zelote” quanto o termo
“cananeu” significam zeloso, cuidadoso.
A
designação “zelote” é o que pode dar mais informações sobre esse apóstolo. Os
zelotes eram uma facção judaica radical que pregava a revolução armada contra
os romanos nos tempos de Jesus.
Os
zelotes criam num Messias guerreiro e libertador político, que conquistaria
Jerusalém à força. É certo que Simão mudou a sua visão ao ser discipulado por
Jesus, servindo-o com fervor e zelo pela Palavra de Deus.
Não
há detalhes sobre a sua morte, mas segundo a tradição católica o apóstolo foi
cortado ao meio por um serrote. Nos escritos de Hegésipo, o apóstolo teria sido
martirizado aos 120 anos durante o império de Trajano.
Há
outras versões improváveis que alegam que ele teria sido crucificado ou teria
sido queimado numa fogueira, na Armênia.
Judas
Iscariotes
Judas
Iscariotes foi o discípulo que traiu Jesus Cristo. Judas era filho de Simão
Iscariotes (João 6:71). Seu nome está ligado ao seu lugar de origem: “Judas,
homem de Quiritote”, cidade citada no Antigo Testamento (Jeremias 48:24; Jeremias
48:41; Amós 2:2).
Curiosamente,
Judas, depois de Pedro, é o discípulo com o maior número de citações nos
evangelhos (20 vezes). Outro detalhe, é que seu nome foi sempre mencionado por
último, entre os discípulos.
Judas
Iscariotes estava encarregado da administração do dinheiro (João 13:29). Apesar
de tal responsabilidade, o discípulo costumava roubar os valores recolhidos (João
12:6).
Foi
Judas Iscariotes que ofereceu um plano aos sacerdotes para entregar Jesus (Marcos
14:10-11; Lucas 22:4-6). Em troca, Judas recebeu uma quantia de 30 moedas
de prata (Mateus 26:14-16).
Na
celebração da Páscoa - a Última Ceia - Jesus falou que seria traído por alguém
que estava à mesa (Mateus 26:20-22). Judas rapidamente se defendeu
dizendo: "Com certeza não sou eu, Mestre!", Jesus
afirmou: "Sim, é você" (Mateus 26:25). A traição foi
consumada na mesma noite no Getsêmani. Judas, ao lado de líderes religiosos,
beijou Jesus entregando-O para ser preso e morto (Mateus 26:47-49; Marcos
14:43-46).
Com
remorso, Judas tentou devolver o dinheiro aos sacerdotes, o que foi rejeitado (Mateus
27:3-4). Dominado pela culpa, Judas jogou o dinheiro dentro do templo e,
saindo, enforcou-se. (Mateus 27:5).
Com
as moedas descartadas, os sacerdotes compraram um terreno e fizeram um
cemitério para estrangeiros chamando de “Campo de Sangue”, visto que foi
comprado com preço de sangue (Mateus 27:6-8).
Em Atos
dos Apóstolos 1:18, Lucas Evangelista diz que Judas adquiriu o campo e morreu
no mesmo lugar de forma trágica, cumprindo o que fora dito pelo profeta
Jeremias (Mateus 27:9-10).
Provavelmente
os relatos se complementam. Judas devolveu o dinheiro aos sacerdotes, que
teriam comprado, em seu nome, o campo onde ele se enforcou.
Houve outros apóstolos?
Sim,
houve mais apóstolos. Depois
que Judas Iscariotes, que traiu Jesus, cometeu suicídio, os outros apóstolos
lançaram sortes para escolher uma pessoa para tomar o seu lugar. A pessoa
escolhida foi Matias, que também tinha acompanhado Jesus durante
todo o Seu ministério (Atos dos Apóstolos 1:26).
Paulo
de Tarso também foi considerado um apóstolo. Ele não acompanhou o ministério de Jesus, mas O viu
ressurreto e glorificado em uma visão. Ele se converteu e pregou o Evangelho
aos gentios. Seu trabalho foi reconhecido como o trabalho de um apóstolo (Atos
dos Apóstolos 14:14).
Ainda há
apóstolos?
O
título de apóstolo está ligado diretamente a pessoas que viram Jesus quando
estava na terra. Atualmente,
o nome apóstolo é utilizado fora do contexto original e não há controle sobre a
utilização do termo.
Em
Efésios 4:11 o termo
"apóstolo" aparece na lista dos dons ministeriais. Precisamos fazer
uma distinção entre o dom de apóstolo e os apóstolos
escolhidos por Jesus em seu ministério terreno. Apóstolos no sentido original,
daquele grupo de discípulos chamados por Jesus para pregar o Evangelho, não
existem mais em nossos dias. Mas, o Senhor ainda hoje capacita crentes com o dom
de apóstolos para lançarem as bases do Evangelho em um determinado local ou
cultura. Esse dom é fundamental para um missionário que trabalha no
estabelecimento de igrejas.
Provavelmente
é esse o caso de Barnabé, Andrônico e Júnias, que são citados
como apóstolos (Romanos 16:7). Não sabemos se eles estiveram pessoalmente com
Jesus, mas, com certeza, estiveram com os primeiros apóstolos e espalharam o
Evangelho com a mesma autoridade.
Ainda assim, todo o cristão é enviado por Jesus para anunciar o Evangelho às pessoas em volta. Quem obedece a esse mandamento segue nos passos dos apóstolos, que deram tudo para que muitas pessoas conhecessem Jesus.
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