SE O MEU POVO ORAR
Texto
Bíblico: 2 Crônicas 7:14,15,16
“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e
orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então, eu
ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”
15- Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos
à oração que se fizer neste lugar.
16- Pois agora escolhi e consagrei esta casa, para que nela esteja
o meu nome para sempre; e nela estarão fixos os meus olhos e o meu coração
perpetuamente.
INTRODUÇÃO
Em 2 Crônicas 7:14, encontramos uma passagem poderosa sobre a oração e o
arrependimento, proferida por Deus a Salomão após a dedicação do templo. Este
versículo se tornou um clamor por avivamento e restauração ao longo dos
séculos, ecoando a promessa divina de cura e perdão mediante a humildade, a
oração e o abandono dos maus caminhos.
O Contexto Histórico
Salomão acabara de construir o magnífico
templo em Jerusalém, um lugar de encontro entre Deus e seu povo. A glória
divina encheu o templo, demonstrando a aprovação de Deus. No entanto, o Senhor
adverte que a presença divina não é incondicional, mas depende da obediência e
da humildade do povo.
A Condição Humana
Deus reconhece a fragilidade humana e a
propensão ao pecado, expressa na frase "se o meu povo, que se chama pelo
meu nome, se humilhar". A humildade é o primeiro passo para o
arrependimento, reconhecendo a nossa dependência de Deus e a nossa necessidade
de perdão.
A Oração como Clamor
O versículo prossegue com "e orar, e
buscar a minha face". A oração é o meio pelo qual nos conectamos com Deus,
expressando nossa gratidão, confessando nossos pecados e buscando a sua
misericórdia. Buscar a face de Deus significa desejar intimidade com Ele, anelar
por sua presença e buscar a sua vontade.
O Arrependimento Genuíno
A terceira condição para a cura é "e
se converter dos seus maus caminhos". Não basta apenas reconhecer o
pecado, é preciso abandoná-lo, mudar de direção e voltar-se para Deus. O
arrependimento genuíno é acompanhado por uma mudança de atitude e de
comportamento.
A Promessa Divina
Diante da humildade, da oração e do
arrependimento, Deus promete: "então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra". A cura da terra pode ser
interpretada tanto em sentido literal, como a restauração da natureza e a
solução de problemas sociais, quanto em sentido espiritual, como a cura das
feridas emocionais e a transformação do coração humano.
Aplicações para os Dias Atuais
2 Crônicas 7:14 continua relevante para nós
hoje. Em tempos de crise e incerteza, somos chamados a buscar a Deus com
humildade, a orar com fervor e a nos arrepender de nossos pecados. A promessa
de cura e restauração permanece disponível para aqueles que se voltam para Deus
com um coração contrito e arrependido.
REFLEXÃO:
A oração de Salomão em 2 Crônicas 7:14 é um
convite à reflexão e ao arrependimento. Que possamos aprender com este
ensinamento e buscar a Deus com humildade, oração e arrependimento, confiando
em sua promessa de cura e restauração para nós e para a nossa terra.
AS PROMESSAS DE DEUS SÃO CONDICIONAIS - “SE O MEU POVO ORAR”
Na famosa oração de dedicação do Templo, Salomão pediu ao Senhor que atendesse as súplicas do seu povo, quando ele pecasse e fosse exilado: “Ouve tu desde os céus, e perdoa os pecados de teu povo de Israel, e faze-os tornar à terra que tens dado a eles e a seus pais” (2Cr 6:24,25). Claro que isto requereria arrependimento, uma mudança de coração, pelo qual o rei orou fervorosamente (6:37-39).
Em seguida, o Senhor apareceu de noite a Salomão para conceder-lhe bênçãos
adicionais (2Cr 7:12-18) juntamente com uma advertência (2Cr 7: 19-22; cf 1Rs
9:1-9). As suas palavras a Salomão foram uma breve resposta aos pontos
principais da oração de consagração do rei. Deus assegurou-lhe que tinha ouvido
(1Rs 9:3; cf 8:28-30) e confirmou que o seu nome estava no Templo, que teria a
sua atenção contínua. O Senhor novamente declarou que a obediência era a
condição para a continuidade do trono de Davi (1Rs 4:5; cf 8:24-26). Aqui está
o severo aviso de que a desobediência irá certamente resultar em cativeiro em
uma terra estrangeira, e na destruição do Templo. Os próprios estranhos
entenderiam que a causa de tal ruína seria a deslealdade de Israel do seu Deus
(1R 9:6-9). Portanto, a obediência ou a santidade da vida é a chave para que
Israel cumpra o propósito que Deus tem para a nação, como um povo; a sua
desobediência não será tolerada de maneira alguma.
Portanto, obedecer aos mandamentos de Deus,
amá-lo e agradá-lo são condições prévias indispensáveis para termos resposta às
orações. Tiago ao escrever que a oração do justo é ouvida por Deus, refere-se
tanto à pessoa que foi justificada pela fé em Cristo, quanto à pessoa que está
a viver uma vida reta, obediente e temente a Deus (Tg 5:16-18; Sl 34:13,14).
O
Antigo Testamento acentua este mesmo ensino.5:9,10).
Mediante o perdão divino, passamos a pertencer ao povo de Deus,
independentemente de nossa vida anterior, do que tenhamos vindo a fazer (Os.2:23).
Não há qualquer maldição hereditária, qualquer reminiscência, qualquer pecado
que tenha perdurado, pois o sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado
(1João 1:7).
a) “Se o meu povo”. A resposta do Senhor começa com uma
condicional: “Se”. Não é incomum Deus, em sua Palavra, trazer promessas
condicionais, que dependem de uma atitude por parte do homem. Deus estava
pronto para ouvir seu povo, mas este deveria estar pronto para dar o passo em
direção ao Senhor. O povo deveria buscar ao Senhor para que a resposta divina
chegasse a eles.
b) “Que se chama pelo meu nome”. O povo de Israel era chamado o
povo de Deus. Infelizmente, por diversas ocasiões, o povo se rebelou contra o
Senhor e esqueceu a quem pertencia, e essa atitude trouxe diversos julgamentos
da parte de Deus. Ser chamado pelo nome do Senhor exige grande responsabilidade,
pois requer ser um exemplo. Não bastava orar; era preciso ter compromisso com o
Deus que os tirou da escravidão.
2. Condições para cumprimento das promessas de Deus. O castigo que Deus
envia ao seu povo nos tempos de declínio moral, indiferença espiritual e de
parceria com o mundo é a seca, a esterilidade e a peste (2Cr 7:13). A promessa
de Deus, embora originalmente feita a Israel, é de igual modo aplicável ao povo
de Deus em qualquer época, desde que este povo, uma vez sob castigo divino,
satisfaça as seguintes condições para um avivamento espiritual e restauração do
santo propósito e benção de Deus para seu povo (cf At 3:19):
a) “Humilhar-se”. Deus aceita o coração quebrantado, que se vê na
dependência dele para receber o perdão de seus pecados e manter a comunhão.
Pessoas com coração altivo não são aceitas pelo Senhor. Quando se imaginava que
bastava a pessoa apresentar-se ao Senhor com animais para serem mortos, Deus
usa o salmista e diz: “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a
um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51:17).
Portanto, o povo de Deus deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza
pelo seu pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade de Deus.
Humilharmo-nos diante de Deus e da sua Palavra, importa em reconhecer nossa
pobreza espiritual (2Cr 11:16; 15:12,13,15; 34:15-19; Sl 51:17; Mt 5:3).
b) “Orar”. O povo de Deus deve clamar com fervor, pedindo-lhe
misericórdia. Deve depender totalmente dele e confiar nele para a sua
intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante até Deus responder do Céu
(cf Lc 11:1-13; 18:1-8; Tg 5:17,18).
c) “Buscar a minha face”. Pode parecer redundante esta fala do
Senhor, mas lembremo-nos de que muitas pessoas não buscam o Senhor em oração.
Jesus contou a parábola do fariseu e do publicano, e nela mostrou a
possibilidade de uma pessoa orar, mas não buscando ao Senhor: “O fariseu,
estando em pé, orava consigo...” (Lc 18:11). O fariseu não estava orando a
Deus: ele orava de si para si mesmo. E esse é o tipo de oração hipócrita. Sua
oração não ia além do templo, não chegava à presença de Deus. Sabe por quê?
Porque se tratava de uma oração vazia, egoísta, vaidosa, hipócrita, cheia de
arrogância, exaltação e pedantismo religioso. Ora, nós sabemos que Deus não
ouve a oração feita com arrogância.
O publicano, pelo contrário, via muito bem a si mesmo e só tinha olhos para os
seus pecados. Não tinha nenhuma pretensão, mas apenas a convicção de que era
pecador. Esse homem humilde e convicto do seu estado de pecador estava
arrependido diante de Deus. Seu único pedido era por piedade, ou seja, por
perdão. E Deus ouviu o pecador arrependido e o perdoou. O publicano saiu do
templo perdoado e justificado.
O povo de Deus deve, portanto, com dedicação, humildade, temor e tremor buscar
a Deus de todo o coração e ansiar pelo seu perdão e pela sua presença.
d) “E se converter dos seus maus caminhos”. A oração exige de nós
que tornemos a fazer aquilo que agrada a Deus. O povo deve se arrepender com
sinceridade, abandonar pecados específicos e todas as formas de idolatria,
renunciar o mundanismo e chegar-se a Deus; pedindo misericórdia, perdão e purificação
(2Cr 29:6-11; 2Rs 17:13; Jr 25:5; Zc 1:4; Hb 4:16).
Orar é importante, como também ter um coração quebrantado e buscar a face do
Senhor, mas não podemos permanecer no pecado. É preciso ter uma atitude de
conversão, de mudar de caminho, de não cometer os erros que vimos fazendo.
3. Deus cumpre suas promessas. “Então, eu ouvirei... perdoarei...
Sararei”. Quando são cumpridas as quatro condições acima da parte de Deus, para
o avivamento e renovação espiritual do seu povo, cumpre-se também a tríplice
promessa divina do avivamento:
a) Deus ouvirá a oração do seu povo – “eu ouvirei dos
céus”. Deus desviará a sua ira do seu povo, ouvirá o seu clamor
angustiado e atenderá a sua oração (2Cr 7:15). Noutras palavras, a primeira
evidência de um reavivamento é Deus começar a ouvir, do Céu, a oração e
respondê-la, e a manifestar compaixão pelo seu povo (Sl 85:4-7; 102:1,2,13; Jr
13:3; Jl 2:12,13,18,19).
b) Deus perdoará o seu povo – “e perdoarei os seus
pecados”. Deus purificará o seu povo dos seus pecados e restaurará
entre eles o seu favor, presença, paz, verdade, justiça e poder (cf Sl 85:9-13;
Jr 33:7,8; Os 10:12; 2Co 6:14-18).
c) Deus sarará o seu povo e sua respectiva terra – “e sararei
a sua terra”. Deus promete restaurar a comunhão por meio do perdão dos
pecados, e na sequência, restaurar a ordem social e física na nação, derramando
novamente chuvas (isto é, favor e bênçãos físicas) e o Espírito Santo (isto é,
despertamento espiritual entre o seu povo e entre os perdidos, cf. Sl 51:12,13;
Os 5:14; 6:3,11; Jl 2:28-32).
Esse é o resultado de se buscar ao Senhor da forma que Ele deseja e aceita:
a garantia de que Deus estará inclinado às orações que forem feitas a Ele,
desde que cumpra as condições por Ele estabelecidas, como as que foram
mencionadas acima. Portanto, busquemos a presença do Senhor continuamente, a
fim de que o nosso Deus, segundo as suas riquezas, supra todas as nossas
necessidades em glória, por Cristo Jesus (Fp 4:19).
CONSIDERAÇÕES SOBRE ORAÇÃO:
A-
Primeira Oração Na Bíblia: Gn 4:26
B-
Deus Ouve As Orações: Sl 65:2
C-
A Ajuda Do Espírito Santo: Rm 8:26
D-
Temos A Ajuda De Jesus: Rm 8:34
E-
As Nossas Orações Chegam Ao Céu: Ap 5:8
F-
Sobem Para Deus Com O Incenso: Ap 8:34
G-
Foi-Nos Dado Ordem Para Orarmos: 1 Cr 16:11; Mc 13:33
H-
Quando Orar? Todo O Tempo: Ef 6:18; 1 Ts 5:17
I-
Com Qual Tipo De Oração Devemos Orar? Toda: Ef 6:18
J-
Resposta Prometida: Is 58:9; Lc 11:9
K-
Uma Forma De Oração: Pública, Ou Em Família (Oração De Concordância): Mt 18:19;
At 1:14; At 4:24,37
L-
Condição De Quem Ora:
*Contrição: 2cr
7:14 *Sinceridade: Jr 29:13 *Fé: Mc 11:24 *Justiça: Tg 5:16 *Obediência:1jo3.22
M-
Brevidade Na Oração: Ec 5:2; Mt 6:7
N- Postura
Ou Posição Na Oração
*Em Pé: 1 Rs 8:22; Lc 18:11
*Assentado: At2:2
*Ajoelhado: Dn6:10; Lc22:41
*Deitado: Is38:2; Sl4:4; Sl6:6
*Prostrado: Mt26:39; Js5:14
*Inclinado: Ex4:31; Ex12:27; Ex34:8;1rs18:42
O-
Outra Forma De Oração: Secreta: Mt 6:6
P-
Oração Pela Manhã: Mc 1:35; Dn 6:10; Sl 55:17
Q-
Oração À Tarde: Dn 6:10; At 3:1; Sl 55:17
R-
Oração À Noite: Lc 6:12; Dn 6:10; Sl 55:17
S-
Oração Pública De Jesus: Lc 3:21
T-
Oração Perdoadora: Mt 6: 14,15
U- Tipos De Oração:
U.1- Arrependimento:
(Confissão,
Contrição) 2 Cr 6:27; 1 Jo 1:9; At 11:18; Jó 42:6; Ez 18:32; Mt 4:17; Lc
13:3,15:7
U.2- Agradecimento:
(Ação
De Graças) Cl 3:15, 4:2; 1 Tm 2:1,2, 4:3,4; Ef 5:20; Fp 4:6; 2 Ts 1:3; Ap 7:12
U.3- Louvor:
(Pelo
Que Deus Fez, Faz E Fará) Sl 100:4; Sl 150:2,6; Sl 67:3; Hb 13:15; At 2:47; Ap
5:12, 19:5
U.4- Adoração:
(Pelo
Que Deus É) Sl 29:2; Ap 7:11,12; Jo 4:24; Sl 89:9; Sl 93 Todo.
U.5- Petição:
(Pedido
Por Si Mesmo, Com Súplica) Tg 4:3; 1 Tm 2:1; Lc 11:9; Jo 15:7; Fp 4:6 Vontade
Deus 1 Jo 5:14
U.6- Entrega:
(Lançamento,
Transferência De Problemas) Lc 23:46; At 4:34; 1 Pe 5:7
U.7- Consagração:
(A
Vontade De Deus É Perfeita) Lc 22:42; At 4:29; 13:2
U.8- Intercessão:
INIMIGOS DA ORAÇÃO - 10 PRINCIPAIS
1- SATANÁS – Inimigo, adversário de tudo o que é bom.
2- MUNDO – Concupiscências – Desejos pecaminosos –
prisão tecnológica.
3- OCUPAÇÕES – muita coisa para fazer e muitas até para
DEUS, mas não temos tempo para o DEUS dessas obras.
4- NÓS MESMOS – Preguiça, Desânimo, incredulidade,
Valorização da Oração.
5- TEMPO – Temos tempo para tudo, menos para DEUS.
6- ESPAÇO – Achamos lugar para colocar toda nossa
mobília, mas não achamos espaço para orar em nossa casa.
7- PECADOS NÃO
RESOLVIDOS E INIMIZADES.
Falta de perdão. Acreditar no perdão de DEUS.
8- CANSAÇO – Dorme pouco, se alimenta mal, não faz
nenhum exercício físico.
9- PRESSA – Não ter prazer na presença de DEUS.
10-
INCREDULIDADE – Não
acredita que DEUS ouve.
CONCLUSÃO
A oração de Salomão pelas
bênçãos de Deus tinha sido condicional. A resposta do Senhor foi dada nas
mesmas condições. Não importa quão profundo seja o problema trazido pelo
pecado; existe uma promessa segura de Deus: “se o meu povo, que se chama pelo
nome.... e sararei a sua terra (2Cr 7:14). Mas, o povo de Deus deve caminhar em
obediência às suas leis ou será rejeitado.
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