sexta-feira, 30 de maio de 2025

A NUVEM DE GLÓRIA DE DEUS

 


 A NUVEM DE GLÓRIA DE DEUS 

Em Êxodo 40, a conclusão da construção do Tabernáculo é marcada por um evento de profunda significância: a nuvem da glória do Senhor cobrindo o Tabernáculo e enchendo-o. Esse acontecimento, descrito nos versículos 34 a 38, representa a manifestação visível da presença de Deus entre o seu povo, Israel.

A Conclusão do Tabernáculo e a Presença Divina

Moisés havia recebido instruções meticulosas de Deus para a construção do Tabernáculo, um santuário portátil que serviria como o centro da adoração e do encontro entre Deus e os israelitas. Em Êxodo 40, após todos os móveis e utensílios serem colocados em seus devidos lugares e consagrados, o trabalho é finalizado.

É nesse ponto que a nuvem da glória de Deus desce sobre o Tabernáculo:

  • Versículo 34: "Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do SENHOR encheu o tabernáculo."

Essa nuvem era a manifestação visível da presença de Deus, que já havia guiado o povo desde a saída do Egito, aparecendo como uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite (Êxodo 13:21). A glória do Senhor, que enchia o Tabernáculo, era tão intensa que Moisés não conseguia entrar na Tenda da Congregação (versículo 35).

O Significado da Nuvem de Glória

A presença da nuvem sobre o Tabernáculo e a glória que o enchia tinham vários significados cruciais para Israel:

  • Aprovação Divina: A descida da nuvem e da glória era o selo de aprovação de Deus sobre a obra que havia sido realizada, demonstrando que o Tabernáculo era aceito como o lugar de habitação de Sua presença.
  • Presença Contínua: A nuvem indicava que Deus estava constantemente no meio do seu povo. O Tabernáculo se tornava o lugar onde Israel podia encontrar Deus e se relacionar com Ele.
  • Orientação e Guia: A nuvem não apenas indicava a presença de Deus, mas também servia como um guia. Quando a nuvem se levantava do Tabernáculo, o povo sabia que era hora de prosseguir sua jornada pelo deserto. Quando a nuvem permanecia, eles sabiam que deveriam acampar (versículos 36-38). Essa dependência da nuvem ensinava Israel a confiar na direção de Deus em todas as suas jornadas.
  • Proteção e Provisão: A nuvem, durante o dia, fornecia sombra contra o calor intenso do deserto, enquanto à noite, a coluna de fogo aquecia e iluminava o caminho, protegendo o povo das temperaturas frias e das trevas.
  • Obediência e Aliança: A descida da glória foi uma resposta à fiel obediência de Moisés e do povo em construir o Tabernáculo exatamente como Deus havia ordenado. Isso reforçou a importância da obediência à aliança com Deus.

A Relevância para o Novo Testamento

Embora a nuvem de glória tenha sido uma manifestação física da presença de Deus no Antigo Testamento, ela prenuncia realidades maiores no Novo Testamento. A glória de Deus, que habitava no Tabernáculo, encontra seu clímax em Jesus Cristo, o "verdadeiro Tabernáculo" e o "verdadeiro Templo" (João 1:14). Em Cristo, a plenitude da divindade habitou corporalmente entre os homens.

Além disso, a presença do Espírito Santo na vida dos crentes hoje é o cumprimento dessa mesma promessa de Deus habitando no meio do seu povo (1 Coríntios 3:16). O Espírito Santo continua a guiar, proteger e manifestar a glória de Deus na vida daqueles que creem.

A nuvem de glória sobre o Tabernáculo em Êxodo 40, portanto, é um testemunho poderoso da natureza de Deus como um Deus que deseja habitar e guiar seu povo, e que cumpre suas promessas.

Texto Bíblico: Êxodo 40:34-38; Números 9:15,16

 “Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; seja a tua glória sobre toda a terra” (Sl.57:5).

Êxodo 40

34-Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo,

35-De maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo.

36-Quando, pois, a nuvem se levantava sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas.

37-Se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até o dia em que ela se levantava;

38-Porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.

Números 9

15-E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até a manhã.

16-Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo.

INTRODUÇÃO

Estudaremos a respeito da experiência de Israel com a glória de Deus. Ao construir o Tabernáculo estritamente conforme às ordenanças de Deus, os israeli­tas foram recompensados com a glória de Deus, pois ela encheu a Tenda e a Nuvem do Senhor permaneceu sobre ela. Igualmente conosco, se desejamos a presença e a bênção de Deus, temos de cumprir as condições expressas na Palavra de Deus.

Assim como a Nuvem de glória nunca se separou do povo de Israel enquanto ele caminhava rumo à Terra Prometida, o Espírito Santo, desde o dia em que Ele foi derramado sobre a Igreja no dia de Pentecostes, nunca nos desamparou.

Assim como a Nuvem era o selo que indicava o povo de Israel como propriedade peculiar de Deus, o Espírito Santo é o selo que nos indica que somos propriedade de Cristo Jesus (2Co.1:22). O selo é a marca de identificação e de segurança. É a marca de legitimidade, propriedade, inviolabilidade e garantia. Somos propriedade exclusiva de Deus, e ninguém pode nos arrancar de seus braços. Quando Deus nos sela, Ele deixa gravada a própria imagem do seu Filho em nós (Rm.8:20). Esse selo de Deus garante a autenticidade do nosso relacionamento com Ele (Ef.1:13; 4:30).

Assim como a Nuvem era o passaporte do povo de Deus da Antiga Aliança, o selo do Espírito Santo é nosso passaporte para o Céu, nossa verdadeira e definitiva “Pátria” (Fp.3:20). Vivamos, pois, e desfrutemos da glória de Jesus Cristo, que nos é revelado pela presença constante do Espírito Santo.

I. A COLUNA DE NUVEM: A GLÓRIA DIVINA SOBRE ISRAEL (Êx.40:34)

“Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo”.

1. “A Nuvem cobriu a tenda da congregação”

Quando o Tabernáculo ficou pronto, a glória do Senhor cobriu e encheu a Tenda. Que amor e delicadeza do Senhor em lhes dar a Nuvem e a coluna de fogo. Eram um sinal, dia e noite, de que Deus se preocupava e tomava conta de seu povo.

Quando a Nuvem se elevava acima do Tabernáculo, então os filhos de Israel reiniciavam sua jornada (cf. Êx.40:34-38). Deve ter sido uma experiência maravilhosa para eles. Aquele povo escravo que fora desprezado, agora desfrutava da divina presença. A escravidão durou 400 anos, o que nos alerta para o fato de que várias gerações dos hebreus não conheceram coisa alguma além de trabalho pesado e a pressão dos senhores. Suas tarefas ficavam cada vez mais árduas e as punições mais cruéis com o passar dos anos. Agora, veem de perto a presença gloriosa do Todo-Poderoso protegendo-os e provendo para eles.

Anos mais tarde, à época do Rei Salomão, na dedicação do Templo, esta "nuvem de glória" chama-nos a atenção.

Os sacerdotes trouxeram a Arca da Aliança do Senhor para seu lugar no santuário interno do Templo, o Santo das Santos. Quando os sacerdotes saíram do santuário, a Nuvem encheu o Templo - "E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor" (1Rs.8:11). Deus testificara outra vez que era com eles. Quer seja no deserto, quer seja em Canaã, Deus estava presente junto ao seu povo querido.

Quando terminarmos a nossa peregrinação, contemplaremos bem de perto, e para sempre, na Sião Celeste, a presença inefável de nosso Deus. O apóstolo Paulo afirmou que “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1Co.2:9).

2. A Glória de sua presença

A Nuvem de Glória cobria toda a Tenda da Congregação, e isto revelava que o Altíssimo se encontrava de modo especial no Santuário; era o sinal visível e glorioso da presença do Todo-poderoso.

Foi muito bom para o povo de Israel saber que tinha a constante presença do Senhor em seu meio. Tal presença os acompanharia por sua jornada até chegarem à Terra Prometida.

Onde quer que estivessem os filhos de Israel, certos estavam de que o Senhor era com eles. Para seguir adiante, tudo o que tinham a fazer era olhar para o alto e ver a Nuvem que pairava sobre a Arca. Desta maneira o Senhor sempre lhes provia um lugar de descanso (cf. Nm.10:33-36).

Assim também é hoje! Em nossa jornada pelo deserto da vida podemos ter descanso em Jesus, porque o Seu Espírito vai adiante de nós. Ele está sempre presente com o povo de Deus da Nova Aliança até chegar à Terra Prometida (João 14:1-3).

3. “Icabô” – foi-se a Nuvem de glória de Israel

Mais tarde, já em Canaã, infelizmente, a Nuvem de glória, que havia entre os querubins no Santo dos Santos, foi-se embora, por causa da iniquidade do povo de Israel.

À época de Jeremias, Deus enviou o profeta Ezequiel para avisar ao povo de Israel e a seus líderes espirituais do desagrado do Senhor por causa das abominações do seu povo. Ezequiel viu que Israel havia se apartado do Senhor a ponto de desonrar o Templo com adoração ao sol e outras abominações (cf. Ez.8:16,17).

No capítulo 10 de Ezequiel, ele vê como a Nuvem de glória abandona o Templo. Em Ezequiel 10:3, a nuvem ainda enche o Átrio Interior, mas se eleva dos querubins e vai para a entrada do Templo. A casa estava ainda cheia da glória do Senhor.

Em Ezequiel 10:18, porém, lemos o seguinte: "Então, saiu a glória do Senhor da entrada da casa e parou sobre os querubins". Estes não eram os querubins de ouro do Propiciatório, porém criaturas viventes, na visão de Ezequiel. Assim, a nuvem de glória juntou-se aos querubins que saíam do Templo.

Em Ezequiel 11:22, a atenção do profeta volta-se de novo para os querubins e a Nuvem de glória. No versículo 23, ele narra como a glória do Senhor subiu do meio de Jerusalém e se pôs sobre o Monte das oliveiras, a leste da cidade. A glória de Deus foi-se e o povo ficou desamparado e vulnerável aos ataques impiedosos do seus ferozes inimigos. Israel foi expulso de sua Terra Prometida.

A tragédia do exílio não pode ser interpretada como apenas a deportação de um povo para outra terra, ou a destruição de uma cidade e seu santuário central. Na verdade, Deus havia se retirado do meio de seu povo, uma ausência simbolizada por uma das visões de Ezequiel, na qual a Shekinah movia-se do Templo (Ezequiel – cap.1).

De certa forma, portanto, o fim do cativeiro dos judeus em 539/538 não pode ser sinônimo do fim do exílio, porque Jeová não retornou na ocasião para habitar no Templo. Pelo contrário, os profetas predisseram que seu retorno aconteceria apenas na era escatológica, quando o próprio Messias seria a glória de Deus (Ag.2:7-9). Deus não terminou ainda de lidar com Israel, cujo Dia mais grandioso está por vir.

II. A SHEKINAH QUE ESTEVE PRESENTE NAS PEREGRINAÇÕES DE ISRAEL

“Quando, pois, a nuvem se levantava sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas. Se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até o dia em que ela se levantava; porquanto a nuvem do SENHOR estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas” (Êx.40:36-38).

“Shekinah” é um termo que, segundo o sentido aramaico, descreve a manifestação visível da glória de Deus.

Conquanto o termo não se encontre no texto original do Antigo Testamento é uma palavra adotada pela tradição judaica. O termo “Santíssima Trindade”, também, não aparece no Novo Testamento, mas ela retrata com perfeição o que os textos apostólicos ensinam sobre essa doutrina. Portanto, proferir o termo Shekinah para referir-se à glória de Deus, é plenamente válido.

A Nuvem da glória de Deus acompanhou o povo de Deus durante toda a sua peregrinação no deserto. Sempre que ela se movia, o povo a seguia; se não se movia, o povo permanecia onde estava.

Durante toda a sua peregrinação no deserto rumo à Canaã, o povo de Deus foi beneficiado com a proteção, orientação e descanso à sombra da Nuvem da glória de Deus.

Não sabemos como era essa Nuvem, mas com certeza abrigava a presença de Deus. Ela era a sombra do próprio Deus, que protegia o Seu povo do sol escaldante e da gélida escuridão.

1. A Glória permanente de Deus

A glória de Deus esteve presente durante toda a peregrinação de Israel no deserto, porque Ele cuida do Seu povo. Está escrito que Deus “nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Êx.13:22).

Obstáculos assustadores, inimigos impiedosos e tempestades repentinas e destruidoras surgiam ao longo da peregrinação, mas Deus, por meio da Nuvem e do fogo, esteve sempre presente. O apóstolo Paulo fez menção da fidelidade de Deus para com o seu povo:

“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (1Co.10:1,2).

As colunas da Nuvem e de fogo constituem exemplos de teofania (uma manifestação física de Deus). Desse modo, Deus iluminou o caminho de Israel, o guiou e o protegeu ao longo de sua jornada no deserto. Quando os inimigos impiedosos chegaram para destruir o povo de Deus, Ele os protegeu com sua Nuvem e com o seu fogo (Êx.14:19,20).

Deus providenciou segurança e controlou os movimentos do seu povo, inspirando o ardente zelo que este deveria ter pelo seu Deus. Também Deus lhes proveu de alimento durante os quarenta anos da jornada pelo deserto.

“Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não” (Êx.16:4).

O Senhor não mudou e nem mudará (Hb.13:8). Ele cuidou do seu povo na travessia do deserto e também cuida de nós, o povo da Nova Aliança, porque, também, o “deserto” faz parte de nossa jornada rumo à “Terra Prometida”, o Céu. Portanto, não nos desesperemos, pois o Espírito Santo conduz sua Igreja. Ele é o nosso Paracleto.

2. A Nuvem de Deus no Monte Sinai e nos desertos


Quando Moisés subiu ao Monte Sinai para receber de Deus o Decálogo e as instruções para construção do Tabernáculo, ele entrou no meio da Nuvem da glória de Deus. Foram 40 dias e 40 noites sob a Shekiná de Deus (Êx.24:15-18). No deserto, enquanto o povo marchava, a Nuvem guiava o povo de Deus (Ex.13:21,22; 40:36-38). Que momentos gloriosos e ímpares!

“E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante da face do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite” (Êx 13:21,22).

Deus colocou a Nuvem e o fogo como evidências da sua presença, do seu amor e do seu cuidado por Israel (cf.Êx.40:38; Nm.9:15-23; 14:14; Dt.1:33; 1Co.10:1). Segundo comentário no rodapé da Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Deus concedeu aos hebreus as colunas de nuvem e de fogo para que eles soubessem que a presença de Deus os acompanharia dia e noite durante sua peregrinação rumo à Terra Prometida.

Hoje, o que Deus nos tem oferecido para que possamos ter esta mesma certeza? A Bíblia Sagrada; Ela é algo que o povo de Deus da Antiga Aliança não possuía.

Devemos ler e estudar a Palavra de Deus para assegurarmos da presença de Deus junto a nós. Assim como os hebreus olhavam para aquelas colunas de Nuvem e fogo, também podemos ler a Palavra de Deus de dia e de noite para sentirmos que Ele está conosco e nos ajuda em nossa peregrinação rumo ao Céu.

3. A Nuvem se manifestou sobre o Propiciatório (Lv.16:2)

Sobre o Propiciatório (tampa da Arca) se manifestava a Shekinah, o fogo ou glória de Deus, que representava sua própria presença. Deus ordenou a Moisés que lembrasse Arão que ele só podia entrar na presença de Deus conforme a ordem dele e da maneira prescrita. Se não estivesse devidamente preparado, morreria (Lv.16:2,13).

“E porá o incenso sobre o fogo, perante o SENHOR, e a nuvem do incenso cobrirá o propiciatório, que está sobre o Testemunho, para que não morra” (Lv.16:13).

Nesse momento, Deus se encontrava com Arão no Propiciatório (Lv.16:2).

“Disse, pois, o SENHOR a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque eu apareço na nuvem sobre o propiciatório”.

O sumo sacerdote Arão, ao entrar no Lugar Santíssimo, primeiramente tinha de oferecer “incenso”, de tal maneira que fossasse uma “nuvem de fumaça” espessa que cobrisse totalmente o Propiciatório (Lv.16:13). Ali, Deus se manifestava por meio da Nuvem de Sua glória (Lv.16:1,2; Nm.7:89).

“E, quando Moisés entrava na tenda da congregação para falar com o SENHOR, então, ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório, que está sobre a arca do Testemunho entre os dois querubins; assim com ele falava”.

Na Antiga Aliança, a glória de Deus habitava no Santo dos Santos do Tabernáculo. Na Nova Aliança, a glória de Deus habita nos crentes (1Co.6:19).

A Igreja glorificada, a Noiva do Cordeiro, tem sobre si a plenitude do esplendor de Deus. A Shekiná de Deus brilhará sobre a Sua Igreja eternamente. Assim como a lua reflete a luz do sol, a Igreja glorificada vai refletir a glória do Senhor. Essa glória é indescritível (Ap.21:11), como indescritível é Deus (Ap.4:3).

III. OS BENEFÍCIOS DE ESTAR DEBAIXO DA NUVEM DA GLÓRIA DE DEUS

“Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo. Mas, sempre que a nuvem se alçava sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial. Segundo o dito do SENHOR, os filhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial” (Nm.9:16-18).

O apóstolo Paulo, em 1Coríntios 10:1,2, chamou o aspecto da Nuvem de Deus, no deserto, de batismo:

“Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar”.

Como o batismo simboliza a graça de Deus na vida da pessoa, a Nuvem simbolizava a graça protetora, provedora e orientadora de Deus na vida do povo de Deus.

1. Debaixo da Nuvem de Deus teremos Proteção de Deus (Nm.9:16)

“Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo”.

Quando andamos sob a Nuvem de Deus, contamos com a Sua proteção (Sl.121:5-8).

“O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia, nem a lua, de noite. O SENHOR te guardará de todo mal; ele guardará a tua alma. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre”.

A Nuvem de Deus protegeu o povo no deserto: durante o dia, do sol escaldante e do calor impiedoso; durante a noite, do frio e da escuridão tenebrosa. O salmista diz que “aquele que habita no abrigo do Altíssimo descansa à sombra do Todo-Poderoso” (Sl.91:1).

2. Debaixo da Nuvem de Deus encontramos Orientação certa de Deus (Nm.9:17)

“Mas, sempre que a nuvem se alçava sobre a tenda, os filhos de Israel após ela partiam; e, no lugar onde a nuvem parava, ali os filhos de Israel assentavam o seu arraial”.

Quando a Nuvem se erguia do Tabernáculo, o povo de Israel marchava. Onde a Nuvem parava, o povo acampava. A Nuvem era, obviamente, símbolo da presença de Deus guiando seu povo.

Embora nos dias de hoje o Senhor não conduza seu povo de maneira visível, pois “andamos por fé e não pelo que vemos” (2Co.5:7), o princípio ainda é o mesmo: caminhamos quando o Senhor se move, nunca antes, já que a incerteza sobre partir representa um bom sinal para permanecer onde estamos. Não devemos nos mover sem ser da vontade de Deus.

Imagine aquelas centenas de milhares de pessoas - homens, mulheres e crianças - viajando através de um impiedoso e inóspito deserto onde não havia um referencial de rota. Sem nenhum equipamento por mais rústico que fosse.

Certamente que, sozinha, essa multidão de pessoas não podia fazer planos para o dia seguinte. Não sabia onde acampar. Não sabia quando deveria pôr-se em marcha, ou quando em marcha. Não sabia onde iria acampar. A única solução era olhar para cima a fim de receber a orientação de Deus. Todos os seus movimentos e decisões eram orientados por Deus. A Nuvem de Deus os orientava.

Nós, povo de Deus da Nova Aliança, enfrentamos um deserto impiedoso em nossa jornada rumo à Sião Celeste. Desta feita, não teremos êxito em nossa jornada sem a orientação do Espírito Santo, a nossa gloriosa Nuvem.

Devemos olhar sempre para Jesus. O texto sagrado é contundente: “olhando para Jesus, autor e consumador da fé...” (Hb.12:2).

Jesus é quem nos dá direção certa. Ele mesmo falou: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas; mas terá a luz da vida" (João 8:12).

Israel teve a direção gloriosa de Deus. Está escrito:

“E o SENHOR ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que caminhassem de dia e de noite” (Êx.13:21).

Somente Deus conhece o caminho do deserto. O pastor não conhece, o padre não conhece, o papa não conhece, Maria não conhece, Paulo não conhece, Pedro não conhece, Tiago não conhece. Somente Deus conhece o caminho certo.

Israel tinha a coluna de Nuvem e coluna de fogo, símbolos da presença de Deus. Logo, sem a direção de Deus a nossa peregrinação é improfícua. Moisés disse ao Senhor: “se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui” (Êx.33:15).

Sem Jesus, não temos o rumo certo, logo, estaremos perdidos. Somente Ele é o Caminho. Ele mesmo disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6.).

Muitos ignoram a orientação de Deus para tomar suas próprias decisões; seguem suas próprias vontades ignorando a orientação da Nuvem de Deus, O Espírito Santo. O resultado disso é a frustração, a decepção e, em muitos casos, a morte no deserto da vida, a morte espiritual. Foi o que aconteceu com Jonas. Ele, a bel prazer, achou que a direção certa era Társis, enquanto a direção correta era Nínive. Jonas teve consequências nefastas por não estar debaixo da Nuvem de Deus: foi parar na barriga de um grande peixe, ou seja, no abismo. É isto que acontece quando se está fora da direção de Deus: o abismo.

Amados irmãos, qualquer decisão a tomar durante a nossa jornada neste deserto da vida, precisamos da orientação da Nuvem de Deus. Caso contrário, padeceremos. Deus tem a direção certa, o rumo certo para o seu povo. Devemos, pois, obedecê-lo, confiar nele. Devemos seguir as suas pisadas.

Orienta-nos o apóstolo Pedro: “Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas” (1Pd.2:21).

Que possamos nos firmar nas pisados do Senhor, como fez Jó, e não se desviar dos seus caminhos (Jó 23:11)

“Nas suas pisadas os meus pés se afirmaram; guardei o seu caminho e não me desviei dele”.

“Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos. Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti” (Sl.32:8,9).

3. Debaixo da Nuvem de Deus Descansaremos à Sua sombra (Nm.9:18)


“Segundo o dito do SENHOR, os filhos de Israel partiam e segundo o dito do SENHOR assentavam o arraial; todos os dias em que a nuvem parava sobre o tabernáculo, assentavam o arraial”.

Quando a Nuvem parava, o povo acampava para descansar debaixo da sombra do Senhor.  Podiam ficar despreocupados, descansados, porque a Nuvem de Deus estava li.

Quem está debaixo da Nuvem não tem o que temer, pois descansa à sombra do Onipotente Deus. Ele cuida de tudo para nós quando lhe entregamos a direção da nossa vida em todos os aspectos.

Está escrito em Deuteronômio 29:5 que tudo estava debaixo da providência de Deus.

“Durante os quarenta anos em que os conduzi pelo deserto, nem as suas roupas, nem as sandálias dos seus pés se gastaram”. 

O Salmista confirma isso (Sl.9:10,11).

 “Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo, do Senhor o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda. Porque a seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos”.

Portanto, quem está debaixo da Nuvem, não deve se preocupar com nada, deve, sim, descansar à sombra da Nuvem de Deus.

  • O Apóstolo Pedro exorta desta maneira: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês” (1Pd.5:7).
  • O salmista, também, nos aconselha desta maneira: “Lança o teu cuidado [preocupação] sobre o SENHOR, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado” (Salmos 55:22).

Se você tem sido uma pessoa ansiosa, preocupada, saiba que debaixo da Nuvem de Deus há esperança. Há um Deus que tudo pode fazer quando estamos debaixo de seus cuidados.

“Bendito o varão que confia no SENHOR, e cuja esperança é o SENHOR” (Jr.17:7).

Quem confia no Senhor, quem caminha debaixo da Nuvem de Deus, mesmo que esteja em perigo, correndo riscos, fica em paz e descansa.

“O ímpio tem muitas dores, mas aquele que confia no SENHOR, a misericórdia o cercará” (Sl.32:10).

“Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra e, verdadeiramente, serás alimentado” (Sl.37:3).

4. O perigo de não estar debaixo da Nuvem de Deus

Os israelitas foram alvos da graça de Deus no Êxodo:

Foram libertos da escravidão do Egito de forma milagrosa (1Co.10:1).

Foram protegidos e providos sob a Nuvem de Deus (Nm.9:16-18)

Viram bem de perto, e de forma visível, o fogo da glória de Deus.

A despeito dessas bênçãos, abandonaram o Senhor Deus que os tirou da escravidão do Egito, e cometeram pecados terríveis de idolatria e abominações. Por causa disso, e de mais outros erros, a maior parte deles foi destruída no deserto (1Co.10:5). Eles perderam a sua eleição divina e, por conseguinte, não alcançaram a Terra Prometida (Nm.14:30).

“Não entrareis na terra, pela qual levantei a minha mão que vos faria habitar nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num”.

Portanto, assim como Deus não tolerou a idolatria, pecado e imoralidade de Israel, assim também Ele não tolera o pecado do seu povo da Nova Aliança. Ficar fora do abrigo de Deus é perigo certo. Pense nisso!

CONCLUSÃO

Em nossa caminhada rumo à Sião Celeste, nós não passamos somente por desertos; na verdade, o deserto é a nossa trajetória rumo à Terra Prometida, o Céu.

Para sobrevivermos nessa jornada da vida é necessário nos abrigarmos sob a Nuvem de Deus. Caso contrário, a nossa trajetória não será segura e nem proveitosa.

Se você não quer morrer no deserto da vida, se você não quer ficar perdido nessa vida, se você quer uma caminhada segura e proveitosa para poder atingir o objetivo que você pretende alcançar, então, é imprescindível que você esteja debaixo da Nuvem de Deus. Ali encontramos proteção, encontramos orientação e descanso para nossas almas.

Assim como Israel teve a experiência da Nuvem de Glória, nós podemos ter uma experiência com a glória do Altíssimo por intermédio do seu bendito Espírito.

Ainda é possível viver uma vida cheia do Espírito Santo de Deus. É possível ter experiências gloriosas com o nosso Deus.    AMEM!!!!!!

 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

NO MONTE DO SEU SACRIFICIO, DEUS SEMPRE PROVERÁ !!

 

NO MONTE DO SEU SACRIFICIO TEM A PROVISÃO DE DEUS

O DEUS de Toda Provisão - Esperança e Sabedoria Divina em meio às Crises

TEXTO BÍBLICO

"E disse Abraão: DEUS proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim, caminharam ambos juntos."(Gn 22.8)

VERDADE PRÁTICA

A declaração de Abraão se cumpriu plenamente quando CRISTO morreu na cruz para perdão dos nossos pecados.
 

O Monte Moriá é um dos lugares mais sagrados e simbolicamente ricos da narrativa bíblica, especialmente por estar ligado a um dos momentos mais cruciais na vida de Abraão: o sacrifício de Isaque. Sua importância vai além do evento em si, conectando-se profeticamente à provisão divina e ao plano redentor de Deus.

O Monte Moriá: O Palco da Prova e Provisão Divina

O nome "Moriá" (em hebraico, מוריה, Mōriyāh) tem sido interpretado de diversas formas, sendo as mais comuns "ordenado/considerado por Deus" ou "o Senhor vê/provê". Ambas as interpretações se encaixam perfeitamente na narrativa de Gênesis 22.

1. O Teste de Fé de Abraão (Gênesis 22:1-19)

Deus ordenou a Abraão que levasse seu único filho, Isaque, o filho da promessa, para o Monte Moriá e o oferecesse como holocausto. Essa foi a maior provação na vida de Abraão. Imaginar a dor, a angústia e a perplexidade que ele deve ter sentido ao caminhar por três dias com Isaque, sabendo o que lhe esperava, é quase indescritível.

  • A obediência radical: Abraão demonstrou uma fé inabalável. Ele não questionou, não duvidou, mas obedeceu prontamente. Sua resposta a Isaque, quando este perguntou sobre o cordeiro para o sacrifício, é um dos pontos altos da narrativa: "Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho" (Gênesis 22:8). Essa frase, carregada de fé e expectativa, se tornaria o nome do lugar.
  • O "quase" sacrifício: No momento exato em que Abraão erguia a faca, um anjo do Senhor o deteve. A obediência de Abraão foi provada e aprovada.

2. A Provisão de Deus: Jeová-Jiré

No lugar de Isaque, Deus providenciou um carneiro que estava preso pelos chifres em um arbusto. Abraão ofereceu o carneiro em holocausto em lugar de seu filho. Esse evento deu origem ao nome do lugar: Jeová-Jiré (em hebraico, יְהוָה יִרְאֶה), que significa "O Senhor Proverá" ou "No monte do Senhor se proverá".

  • Deus Proverá na Hora Certa: A história de Moriá não é apenas sobre a fé de Abraão, mas fundamentalmente sobre a fidelidade e provisão de Deus. Ele não permitiu que o sacrifício fosse consumado, mas interveio no último momento, mostrando que Sua provisão é perfeita e pontual.
  • Um vislumbre da redenção: Teologicamente, o sacrifício de Isaque e a provisão do carneiro apontam para o sacrifício supremo de Jesus Cristo. Assim como Isaque era o "filho unigênito" amado de Abraão, Jesus é o Filho unigênito de Deus, oferecido como o Cordeiro que tira o pecado do mundo. A provisão divina em Moriá é um tipo, uma sombra, do Cordeiro definitivo que Deus proveria para a salvação da humanidade.

3. Moriá como Lugar Santo: Conexão com o Templo de Salomão

A santidade do Monte Moriá não se encerra com o evento de Abraão. Séculos depois, o mesmo local foi escolhido por Deus para um propósito ainda maior:

  • A Eira de Araúna (2 Samuel 24:18-25; 1 Crônicas 21:18-30): O rei Davi construiu um altar e ofereceu sacrifícios na eira de Araúna, um jebuseu, no Monte Moriá. Este ato foi feito para deter uma praga que assolava Israel como consequência do censo pecaminoso de Davi. A escolha divina daquele local para cessar a praga reforçou sua sacralidade.
  • A Construção do Templo (2 Crônicas 3:1): Mais tarde, o rei Salomão, filho de Davi, construiu o primeiro Templo em Jerusalém, precisamente no Monte Moriá. O Templo se tornou o centro da adoração judaica, o lugar onde a presença de Deus habitava entre o Seu povo. Isso solidificou a identidade de Moriá como um lugar de encontro divino, sacrifício e adoração.

Conclusão Impactante para o Blog:

O Monte Moriá não é apenas uma localização geográfica; é um símbolo poderoso da fé, obediência e, acima de tudo, da inesgotável provisão de Deus. A história de Abraão e Isaque nos Moriá nos lembra que, mesmo nos momentos de maior provação e incerteza, Deus está no controle e Ele sempre proverá.

Como cristãos, vemos em Moriá um elo inegável com a cruz de Cristo. O Pai entregou Seu Filho amado, Jesus, para que Ele fosse o Cordeiro substituto definitivo. Aquele "Deus Proverá" de Abraão encontrou seu cumprimento máximo no Calvário, onde Deus não poupou Seu próprio Filho, mas o ofereceu por nós, para que tivéssemos vida.

Que a história do Monte Moriá nos inspire a confiar plenamente na provisão de Deus em todas as áreas de nossas vidas, sabendo que Aquele que proveu em Moriá, e o Cordeiro na cruz, continuará a nos sustentar e a cumprir Seus propósitos em nós. No monte do Senhor, sempre se proverá!

LEITURAS BÍBLICAS

 Gn 22.3 A obediência de Abraão e a provisão no monte do sacrifício
 Gn 22.6 Um altar é erguido no monte do sacrifício
 Hb 11.18 A fé do patriarca e a provisão no monte do sacrifício
 Gn 22.9 A obediência do filho e a provisão no monte do sacrifício
 Gn 22.13,14 O cordeiro substituto no monte do sacrifício
 Gn 22.17 A bênção de DEUS no monte do sacrifício
 

LEITURA BÍBLICA- Gênesis 22.1-3

1 - E aconteceu, depois destas coisas, que tentou DEUS a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui. 2 - E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi. 3 - Então, se levantou Abraão pela manhã, de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque, seu filho; e fendeu lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que DEUS lhe dissera.

 

22:1-19. A oferta sacrificial de Isaque.

O pai e o filho são-nos revelados com especial clareza nesse momento supremo. De Abraão, a perturbadora exigência só evoca amor e fé, certo como ele está de que a “loucura de DEUS” é sabedoria ainda não descoberta.5 Assim, fica ele capacitado, pela entrega do seu filho, a refletir o ainda maior amor de DEUS, enquanto a sua fé lhe propicia um primeiro vislumbre de ressurreição. Ver comente. do v. 5. A prova, em vez de quebrantá-lo, leva-o ao ponto culminante da peregrinação de sua vida toda andando com DEUS. Isaque também chega logo ao cume em sua jornada — não pelo que faz e sim pelo que sofre. Neste acontecimento está o seu papel, por mais que ele mesmo não se torne personagem distinguido. Outros farão proezas; ele aí fica na condição de vítima calada, num único episódio, para demonstrar o plano de DEUS quanto à “semente” escolhida: ser um servo sacrificado.

1. Tentou (AV) é mais bem expresso por provou ou testou (cf. RV, RSV, AA). A confiança de Abraão teria de ser posta na balança contra o senso comum, o afeto humano e a ambição de toda a sua vida; de fato, contra tudo que é terrenal.

2. Cada uma das frases iniciais acrescenta um grau à tensão. Moriá reaparece apenas em 2 Cr 3:1, onde se identifica com o lugar em que DEUS suspendeu a praga de Jerusalém e onde Salomão edificou o templo. Nos termos do Novo Testamento, ficava nas vizinhanças do Calvário.

3. Sobre a partida de Abraão bem cedo, ver comente. de 21:14.

4. A indicação da data, ao terceiro dia, incidentalmente se harmoniza com a localização de Moriá anotada acima, mas fala principalmente da prolongada prova e da obediência mantida.

5. A certeza de que Isaque, como Abraão, voltaria do sacrifício não era simples frase vazia; era a plena convicção de Abraão, baseada na promessa: “por Isaque será chamada a tua descendência” (21:12).

Hb 11:17-19 revela que ele esperava que Isaque ressuscitasse. Daí em diante o consideraria como devolvido dos mortos. Quanto a uma extensão desta atitude, ver as reflexões de Paulo sobre a vida mediante a morte em 2 Co, especialmente 5:14.

6. A colocação da lenha sobre Isaque traz inevitavelmente à memória o pormenor de Jo 19:17: “e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu”. Mas o fogo e o cutelo estão nas mãos do pai. O fato de a vítima e o ofertante caminharem ambos juntos (o pungente refrão retorna no v. 8), prefigura a coparticipação maior expressa em Is 53:7,10.

8. O DEUS proverá de Abraão haveria de imortalizar-se no nome do lugar; ver o v. 14. Quase se poderia dizer que constitui o moto da sua vida toda. Muitos são os que viveram por esse lema daí por diante. Sua completa certeza de DEUS, juntamente com uma completa abertura quanto aos pormenores, faz desta um modelo de resposta a uma questão agonizante. O método de DEUS competia a Ele; tomá-los-ia de surpresa.

9,10. Von Rad assinala a diminuição no ritmo da narrativa rumo ao momento fatal; nos vers. 10 “mesmo os movimentos singelos” são captados. Trata-se de obra-prima na arte da narração.

11,12. O momento exato da intervenção extrai da experiência a última gota de significado. Do lado humano, o sacrifício último é enfrentado e determinado; do lado divino, nem um vestígio de ferimento é permitido, e nem um leve sinal de devoção passa despercebido (como o esclarece a frase o filho, o teu único filho, eco do v. 2, repetido no v. 16). É a resposta à interrogação levantada por Miquéias (6:6,7), resposta vividamente conclusiva, embora de modo nenhum fácil.

13. Pela segunda vez (cf. 21:19) acha-se a provisão de DEUS pronta e à espera. Note-se que, ao menos neste sacrifício, a vítima foi substituta (em lugar de seu filho). E aquilo que aqui está explícito, o posterior ritual de Levítico 1:4 parece bem apropriado para expressar.

14. Jehovah-jireh (AV; AA: “o Senhor proverá”), independentemente do seu uso como nome de DEUS, é a expressão empregada por Abraão no v. 8. Prover (proverá) é um sentido secundário do verbo simples “ver” (cf. o nosso see to it; como também o português “veja que”), como em 1 Sm 16:1, AV. Ambos os sentidos provavelmente coexistem na pequena expressão contida no v. 14, a saber: “No monte ... ficará evidente” (AV: “ ...se verá."; AA: “ ...se proverá”).

15-18. Obedecer é achar nova segurança como Abraão descobrira em 13:14; observe-se também a nova promessa em 17. O melhor comentário do juramento de DEUS encontra-se em Hb 6:16-18.

Genesis - Série Cultura Bíblica - Derek Kidner

Y êhovah yireh - O SENHOR proverá = “Javé proverá”

nome simbólico dado por Abraão ao Monte Moriá, em comemoração à intervenção do anjo de Javé que impediu o sacrifício de Isaque e providenciou um substituto.

Mowriyah ou מריה Moriyah - Moriá = “escolhido por Javé”

1) o lugar para onde Abraão levou Isaque a fim de sacrificá-lo

2) o monte no lado oriental de Jerusalém sobre o qual Salomão construiu o templo

יצחק  Yischaq - Isaque = “ele ri”

1) filho de Abraão e Sara, sua esposa, e pai de Jacó e Esaú

dicionario-biblico-strong-lc3a9xico-hebraico-aramaico-grego-james-strong

MORIÁ

Este termo se aplicava à região onde Abraão ofereceu Isaque (Gn 22.2), e ao local do Templo de Salomão (2 Cr 3.1). Alguns desafiaram esta identificação devido às variantes textuais em 2 Crónicas 3.1, e por causa de sua proximidade a Berseba. Entretanto, com um jumento carregado, Abraão poderia ter levado 3 dias para viajar os 80 quilómetros de distância até Moriá (Gn 22.4). Não há opositores e nenhuma razão adequada para se duvidar de que o monte Moriá (Gn 22.2), a eira de Araúna, o jebuseu (2 Sm 24.16ss.), e o local do Templo de Salomão (2 Cr 3.1) sejam praticamente idênticos. Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea

O nome de Isaque se origina da raiz hebraica, sahaq, que significa "rir". O riso de Abraão (Gn 17.17) parece ter sido uma expressão de alegria, ou até de admiração, enquanto o riso de Sara (Gn 18.11-15) era uma expressão de incredulidade que ela, vergonhosamente, tentou desmentir. No devido tempo, Isaque tornou-se o núcleo principal de todas as esperanças de Abraão; isso explica a importância do episódio do oferecimento de Isaque em sacrifício. O dilema que Abraão experimentou era que a promessa de DEUS não poderia se cumprir se Isaque morresse; no entanto DEUS estava pedindo Isaque a Abraão. O texto em Hebreus 11.17-19 mostra o comentário Divino sobre esse acontecimento, mostrando como a fé de Abraão triunfou ao crer na fidelidade de DEUS, pois "considerou que DEUS era poderoso para até dos mortos" ressuscitar Isaque (v. 18), se necessário, para cumprir a sua promessa.

Abraão no NT

O nome de Abraão ocorre 74 vezes no NT, mais que o nome de qualquer outro santo do AT, exceto Moisés (79 vezes). DEUS é o "DEUS de Abraão" (Mt 22.32; At 7.32) e Abraão vive em uma consciente comunhão com Ele (Lc 16.22; veja O Seio de Abraão). Abraão foi o antecessor do Messias (Mt 1.1) e pai dos israelitas segundo a carne (Mt 3.9; Jo 8.33; At 13.26). Mas ele se tornou o pai espiritual de todos aqueles que compartilham a sua fé pelo ESPÍRITO SANTO (Rm 4.11-16; 9.7; Gl 3.16,29; 4.22,31). A fé de Abraão levou ao seu perdão, e tipifica o modelo de fé que devemos exercitar (Rm 4.3-11). As demonstrações de sua fé, ao obedecer à ordem de DEUS para abandonar a Mesopotâmia, assim como o oferecimento de seu filho, Isaque, são mencionados como exemplos notáveis de sua fé em ação (Hb 11.8-19; Tg 2.21).

Dicionário Bíblico Wycliffe - Charles F. Pfeiffer, Howard F. Vos, John Rea

TEOFANIA - Teofania é DEUS mesmo em forma visível ao homem. Tanto faz sendo em forma de homem, ou de animal ou de anjo. Três anjos apareceram a Abraão, mas só um aceitou intercessão. Só um falou. Só um ficou com Abraão enquanto os outros dois foram para Sodoma. Esse que ficou entendemos ser JESUS em forma humana. Isso é teofania. [Gn 18:2] Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra [Gn 18:22] então, partiram dali aqueles homens e foram para Sodoma; porém Abraão permaneceu ainda na presença do SENHOR. Esse nome SENHOR no original é יהוה Yêhovah; de divindade Javé = “Aquele que existe” 1) o nome próprio do único DEUS verdadeiro 1a) nome impronunciável, a não ser com a vocalização. Anjo do SENHOR quer dizer DEUS mesmo em forma de anjo. Aqui no caso era um homem e era DEUS mesmo em forma de um homem. No caso de nossa lição quando Abraão ia sacrificar seu filho, quem aparece a Abraão é o anjo do SENHOR, chamado Anjo Teofânico, DEUS mesmo.

OBJETIVO GERAL

Ressaltar a provisão de DEUS no monte do sacrifício.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Mostrar que é necessário ter fé para subir ao monte do sacrifício;

Compreender que a fé de Abraão o fez vencer a provação no monte do sacrifício;

Explicar que JESUS é o Cordeiro de DEUS que subiu ao monte do sacrifício por amor a nós.

 

PONTO CENTRAL - Pela fé Abraão pôde ver a provisão de DEUS no monte do sacrifício.


 
A Provisão de DEUS no Monte do Sacrifício
I - FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Abraão é provado.

2. No limite da capacidade humana.

3. Um pedido difícil.

II - PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício.

2. O clímax da prova.

3. O momento decisivo da prova.

III - JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. O sacrifício do Cordeiro de DEUS (Jo 1.29).

2. A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro.

3. A justificação mediante o Cordeiro de DEUS.

SÍNTESE DO TÓPICO I - É necessário ter fé para subir o monte do sacrifício.

SÍNTESE DO TÓPICO II - Todo crente é provado pelo Senhor no monte do sacrifício.

SÍNTESE DO TÓPICO III - JESUS é o Cordeiro de DEUS que foi imolado por nós no monte do sacrifício.

PARA REFLETIR - A respeito da provisão de DEUS no monte do sacrifício, responda:

DEUS nos dá tentação além do que podemos suportar?

Confirme a resposta com uma referência. Não.

O apóstolo Paulo escrevendo aos coríntios declarou: "Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é DEUS, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar" (1 Co 10.13).
O que DEUS pediu a Abraão?
DEUS pediu que ele sacrificasse seu único filho como oferta.
Quantos dias Abraão e Isaque tiveram que caminhar até chegar à terra de Moriá?
Acredita-se que eles caminharam durante três dias.
Qual a resposta de Abraão a Isaque quando perguntou a respeito do animal para o sacrifício?
"DEUS proverá para si o cordeiro" (Gn 22.8).
Quem é o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo?
JESUS CRISTO.

TIPOLOGIA -

Abraão - DEUS PAI -

Isaque - DEUS Filho - JESUS -

Sara - Israel -

Lenha - Cruz -

Monte Moriá - Calvário -

Cordeiro - JESUS -

3 Dias -    3 Dias de julgamento de JESUS.


DEUSA Provisão de DEUS no Monte do Sacrifício

Qual era a maior expressão do amor de Abraão? Abraão era homem de Aliança? Abraão era realmente fiel a DEUS? Abraão estaria disposto a dar a DEUS o que ele tinha de mais precioso?

Abrão confiaria que poderia oferecer seu filho a DEUS e que DEUS o restituiria novamente?

DEUS testou Abraão e constatou que Abraão era homem de fé e de fidelidade.

Isaque parece ter por volta de 37 anos nesta época.

Aqui no texto "tentar" (Nacah) tem a conotação de provar, testar, pôr a prova para analisar.

 

I - FÉ PARA SUBIR O MONTE DO SACRIFÍCIO
1. Abraão é provado.

Em Hebreus 11 vemos que Abraão é reconhecido como homem de fé, e não só isso, mas conhecido como Pai da Fé. Embora os sacrifícios humanos fossem proibidos e intoleráveis diante de DEUS, esta era a ordem de DEUS para Abraão: "Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi." Gn 22.2. 

Não havia nada na terra mais preciosos para Abraão do que aquele filho seu com Sara, sua amada, filho do milagre, filho da promessa, filho da velhice, última chance para ele e Sara. Abraão sentia por aquele garoto um amor que chegava a quase loucura. Haveria alguma coisa que Abraão amasse mais do que aquele filho? DEUS não aceita segundo lugar na vida de ninguém. O teste tinha que ser feito. DEUS tinha bênçãos excelentes para Abraão, mas era preciso saber se Abrão estava pronto para recebê-las. Até agora DEUS tem conduzido Abraão para dentro de seu plano diversas vezes por causa de suas constantes escorregadas. Agora havia chegado a hora de Abraão decidir se queria mesmo seguir dentro do plano de DEUS para sua vida ou construir seu próprio caminho fora da vontade de DEUS.

Gn 22.1 DEUS provou ao Abraão, não para fazê-lo tropeçar e cair, a não ser para incrementar a capacidade do Abraão de obedecer a DEUS, e assim desenvolver seu caráter. Da mesma maneira que o fogo refina ao mineral para extrair metais preciosos, DEUS nos refina por meio de circunstâncias difíceis. Quando somos provados nós podemos queixar, ou podemos tratar de ver como DEUS nos está forçando para forjar nosso caráter.

(ACF) E aconteceu depois destas coisas, que provou DEUS a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

(ARA) Depois dessas coisas, pôs DEUS Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui!

(ARC) E aconteceu, depois destas coisas, que tentou DEUS a Abraão e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

(CATOLICA) Abraão é provado   Depois desses acontecimentos, DEUS pôs Abraão à prova, e lhe disse: ""Abraão, Abraão!"" Ele respondeu: ""Estou aqui"".

(NTLH) Algum tempo depois DEUS pôs Abraão à prova. DEUS o chamou pelo nome, e ele respondeu: —Estou aqui.

(NVI) Passado algum tempo, DEUS pôs Abraão à prova, dizendo-lhe: "Abraão! " Ele respondeu: "Eis-me aqui".

(VIVA) DEPOIS DE ALGUM tempo, DEUS pôs à prova a fé e obediência de Abraão. "Abraão! ", chamou DEUS. "Aqui estou, Senhor, " respondeu Abraão.  

Como se vê - só uma tradução diz que Abraão foi tentado. (ARC)

2. No limite da capacidade humana.

Imagine um pai-avô. Um homem de 100 anos amava como um avô apaixonado por seu netinho. DEUS poderia lhe pedir qualquer coisa, menos aquele filho amado.

- Será que ouvi a voz de DEUS ou a voz do Diabo? Certamente Abraão ficou a pensar e duvidar de que DEUS lhe pediria tamanha dádiva. Mas não tinha jeito, era isso mesmo que ouvira e foi de DEUS mesmo que ouvira.

"E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi." Gên. 22:2

Abraão talvez tenha tentado negociar com DEUS. - Leva-me no lugar dele. Que eu morra, mas que ele viva. Mas não havia jeito. DEUS queria seu filho amado.

3. Um pedido difícil.

Como dar nossa vida para DEUS? Sim, aquele filho significava mais do que sua própria vida. Abrão parecia estonteado. Mas, se DEUS me deu um filho aos 100 anos. Filho da Promessa. Filho de um milagre (Sara tinha 90 anos), filho que significava que a promessa de ser pai de multidões e de nações se cumpriria. Agora, como matá-lo? E a promessa? DEUS dá e depois toma? Que coisa é essa?

Abraão não fez nada disso. Não reclamou, não murmurou, não choramingou. era homem de Aliança. era homem obediente a DEUS. era amigo de DEUS. Simplesmente obedeceu.

II - PROVAÇÃO NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. Amor, obediência e fé no monte do sacrifício.

A- O amor para com DEUS.

Quem ocupava o primeiro lugar no coração de Abraão? - Quem olhasse de longe saberia responder com certeza que era aquele filho nascido quando Abraão tinha 100 anos e quando sua mãe, Sara, tinha 90 anos. Mas se enganavam redondamente aqueles que assim pensavam - Abrão provou que seu coração estava em primeiro lugar envolvido com DEUS. Ele amava DEUS acima de qualquer coisa ou de alguém.

B- A obediência.

Abraão não pestanejou. Ao receber a ordem de DEUS de oferecer Isaque a Ele em sacrifício, não titubeou, prontamente aceitou, pois confiava inteiramente em DEUS - Sua vida com DEUS havia lhe ensinado a confiar inteiramente bem DEUS. Não dava para compreender, mas DEUS é DEUS e sabe tudo, e pode tudo e está em toda parte ao mesmo tempo.

C- A fé.

DEUS é o DEUS que vê a fé do homem. A fé pode não existir, ser pequena, ser grande etc.
E logo JESUS, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? Mateus 14:31

Então respondeu JESUS, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã. Mateus 15:28

E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos. 2 Tessalonicenses 3:2

Antes Abrão escorregou várias vezes em sua fé. Ao descer ao Egito e mentir a Faraó, ao arrumar filho com a escrava, Agar, ao ir para Gerar e mentir de novo, agora para Abimeleque, porém, agora estava maduro na fé, tinha um relacionamento de amizade com DEUS. Percebeu que DEUS sempre o preservara e à sua esposa, percebeu que DEUS tinha um plano para ele e que deveria confiar em DEUS.  Sabia que DEUS é DEUS de milagres, nada lhe seria impossível. "Melhor obedecer do que sacrificar". 

2. O clímax da prova.

Assim como JESUS passou pelos julgamentos dos homens e sobre Ele pesou a condenação por três dias, Isaque teve a morte sobre ele decretada por três dias de caminhada ao Monte. Abraão é tipo de DEUS PAI, Isaque é tipo de JESUS CRISTO e Sara é tipo de Israel.

Após 3 dias chegaram ao pé do Monte Moriá. É impressionante o que diz Abraão aos seus 2 moços ou empregados: "E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o mancebo iremos até lá; depois de adorarmos, voltaremos a vós" (Gn 22.5). Abraão não disse voltarei a vós, mas voltaremos a vós. Isso é fé. Abraão acreditou que subiria ao Monte, mataria seu filho em sacrifício a DEUS que DEUS ressuscitaria seu filho e o devolveria a ele e ele voltaria com seu filho vivo.

DEUS um dia enviou seu filho e ele MORREU POR NÓS E RESSUSCITOU, voltando ao PAI.

Assim como Isaque carregou a lenha para o sacrifício, JESUS levou a cruz para que nela fosse pregado e oferecido em sacrifício por nós.

A pergunta de Isaque e a resposta de Abraão também indicam a fé superior de Abraão - “Então disse Isaque a Abraão, seu pai: Meu pai”! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: DEUS proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos (Gn 22.7, 8).

Aqui Abraão, sendo homem de Aliança, sabia que se ele oferecesse seu filho a DEUS, DEUS também lhe ofereceria seu filho, pois DEUS é DEUS de aliança. Tudo o que era de DEUS era de Abraão e tudo o que era de Abraão era de DEUS. Impressionante a fé de Abraão. 

3. O momento decisivo da prova.

Não existe caminho mais difícil do que o da obediência a DEUS, pois não entendemos quase nada do que Ele quer fazer, para nós parece loucura, mas ELE está no controle, Ele sabe tudo, Ele pode tudo, Ele está em toda parte ao mesmo tempo, Ele sabe o futuro.

interessante como Isaque não fugiu, não resistiu, era como um cordeiro mudo diante de seus tosquiadores, como foi JESUS diante do calvário.

Abraão matou seu filho mesmo. Não consumou o ato porque um anjo lhe impediu, mas em sua mente já o havia matado e oferecido a DEUS, espiritualmente valeu como se o tivesse executado. A bíblia não diz nada sobre isto, mas imagino quanto tempo levou para Abraão tomar a decisão de descer aquele cutelo sobre seu filho. Deve ter perguntado várias vezes para DEUS se era isso mesmo que queria. Não obteve resposta. Então decidiu obedecer. JESUS, no Getsêmani ainda queria que houvesse outra maneira, mas não havia, então se submeteu à vontade do Pai.

"E adiantando-se um pouco, prostrou-se com o rosto em terra e orou, dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt 26.39).

Olha agora a declaração de DEUS para Abraão:

"e disse: Por mim mesmo jurei, diz o Senhor, porquanto fizeste isto, e não me negaste teu filho, o teu único filho, que deveras te abençoarei, e grandemente multiplicarei a tua descendência, como as estrelas e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos, e em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz" (Gn 22.16-18).

Por causa disso que fizeste Abraão. Porque foste capaz de me dar o que você mais amava. Porque foste capaz de me amar mais do que qualquer coisa ou pessoa. Agora eu vou te abençoar grandissimamente.

Por isso JESUS disse isto: Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se. João 8:56 - Abraão ofereceu seu filho e creu que ele morreria e ressuscitaria.

Abraão teve a fé que precisamos ter para sermos salvos. Crer que DEUS enviou JESUS para morrer por nós e depois o ressuscitou. Rm 10.8,0,10.


Abraão creu que poderia matar seu filho e depois voltar com ele vivo. A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor JESUS, e em teu coração creres que DEUS o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Rm 10-9

É condição básica para salvação crer na morte e na ressurreição de CRISTO.
Por isso a fé de Abraão agradou tanto a DEUS. Ele creu na morte de Isaque e em sua ressurreição. Ele creu também que DEUS daria seu filho e depois o ressuscitaria.
Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se
. João 8:56

 

III - JESUS, O CORDEIRO DE DEUS NO MONTE DO SACRIFÍCIO

1. O sacrifício do Cordeiro de DEUS (Jo 1.29).

Nisso levantou Abraão os olhos e olhou e eis atrás de si um carneiro embaraçado pelos chifres no mato; e foi Abraão, tomou o carneiro e o ofereceu em holocausto em lugar de seu filho (Gn 22.13).

Para Isaque havia um carneiro para substituí-lo, mas para JESUS não havia substituto. JESUS era o cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo, era insubstituível.

No dia seguinte João viu a JESUS, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo. João 1:29

O sacrifício de JESUS foi necessário para o perdão dos nossos pecados

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de DEUS, e oprimido. Isaías 53:4

Levando-o em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados. 1 Pedro 2:24

Não existe salvação senão em JESUS CRISTO

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:12

2. A reconciliação mediante o sacrifício do Cordeiro.

E pela cruz reconciliar ambos com DEUS em um corpo, matando com ela as inimizades. Ef 2.16

E tudo isto provém de DEUS, que nos reconciliou consigo mesmo por JESUS CRISTO, e nos deu o ministério da reconciliação; 2 Coríntios 5:18

Veja que nossa reconciliação com DEUS só é possível através de JESUS e seu sacrifício em nosso lugar.

Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de DEUS, Hebreus 10:12

Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados. Hebreus 10:14

Veja que o sacrifício de JESUS é único e perfeito, não precisando de nenhum outro sacrifício para que sejamos salvos.

JESUS é o autor e consumador da nossa fé (Hb 12.2). JESUS é autor porque estava com o PAI quando o plano de salvação foi projetado, também ELE mesmo é DEUS. JESUS é consumador porque ELE mesmo veio executar o plano de DEUS para nos salvar. Era preciso morrer na cruz e ressuscitar.

Nós só precisamos crer e aceitar. Tudo JESUS já fez.

3. A justificação mediante o Cordeiro de DEUS.

JESUS, o Cordeiro de DEUS, assumiu o castigo que era nosso. Ele tomou sobre si a nossa condenação. Na cruz, CRISTO cumpriu a nossa pena, justificando-nos perante o Pai. Ele nos libertou da lei do pecado. Uma vez livres e justificados pela fé, temos paz com DEUS (Rm 5.1).

CONCLUSÃO

Fomos justificados por JESUS. Veja que isso é um milagre. Nós não fizemos nada para sermos justificados (salvos), apenas acreditamos em algo que já foi realizado há mais de 2 mil anos atrás. JESUS morreu em nosso lugar levando sobre ELE nossos pecados, maldições, doenças e enfermidades.

Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com DEUS, por nosso Senhor JESUS CRISTO; Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de DEUS. Romanos 5:1,2


DEUS é DEUS de provisão. Abraão foi provado, chegou ao limite de sua capacidade humana, teve que atender a um pedido difícil. Teve que provar seu amor, obediência e fé no monte do sacrifício. O clímax da prova foi quando colocou seu filho sobre o altar e se preparou para matá-lo. glória a DEUS que no momento decisivo da prova Abraão não falhou, tomou a decisão de amar a DEUS mais do que a qualquer coisa ou pessoa. Por isso mesmo Abraão foi grandissimamente abençoado por DEUS. Um dia, há mais de dois mil anos, aconteceu o sacrifício do verdadeiro e único Cordeiro de DEUS que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Nossa reconciliação com DEUS aconteceu mediante o sacrifício do Cordeiro de DEUS. nossa justificação se deu mediante o Cordeiro de DEUS que foi morto por nós e em nosso lugar. Glória a DEUS!

 

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