O PASTOR DA OVELHA PERDIDA
A
"Parábola da Ovelha Perdida"
é uma das mais conhecidas passagens bíblicas, contada por Jesus e registrada
principalmente no Evangelho de Lucas, capítulo 15, versículos 3 a 7.
O
Conteúdo da Parábola:
Jesus
conta a história a fariseus e mestres da lei que o criticavam por se associar a
"pecadores" e publicanos. Ele pergunta:
- "Qual
de vocês, se tiver cem ovelhas e perder uma, não deixa as noventa e nove
no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?"
- "E,
quando a encontra, coloca-a alegremente nos ombros e vai para casa."
- "Ao
chegar, reúne seus amigos e vizinhos e diz: 'Alegrem-se comigo, pois
encontrei minha ovelha perdida'."
O
Significado e a Mensagem Central:
Jesus
conclui a parábola com a principal lição:
- "Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria
no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos
que não precisam se arrepender." (Lucas 15:7)
Os
Principais Pontos de Reflexão:
- O
Pastor: Representa
Deus (ou Jesus, o Bom Pastor). Ele é retratado como amoroso, ativo e
persistentemente em busca. Seu amor não é apenas pela maioria que está
segura, mas é intensamente focado no indivíduo que se perdeu.
- A
Ovelha Perdida:
Representa o pecador, aquele que se desviou do caminho, que está em perigo
ou separado do convívio com Deus. A perda de apenas um em cem é suficiente
para mobilizar o Pastor.
- A
Busca e a Restauração:
O pastor não espera que a ovelha volte sozinha, ele vai ativamente
procurá-la. Ao encontrá-la, ele a carrega nos ombros, um ato de cuidado,
ternura e restauração completa, demonstrando que o retorno não é um fardo,
mas um motivo de alegria.
- A
Alegria no Céu: O
tema final é o júbilo. O arrependimento de um pecador não é um evento
pequeno, mas causa uma celebração intensa na esfera divina (o céu, os
anjos). Isso enfatiza o imenso valor de cada alma individual para Deus.
Em
resumo, a parábola é uma poderosa declaração sobre a misericórdia e o amor
incondicional de Deus, que não desiste de nenhum de seus filhos e se alegra
imensamente com o retorno de quem estava perdido.
11
CURIOSIDADES SOBRE AS OVELHAS
1º) – Todos os animais foram criados com uma defesa especial. A cobra, o cachorro, o leão, todos têm defesas, mas a ovelha é o único animal terreno que não possui defesa alguma, ela é totalmente vulnerável, ela fica no fim da cadeia alimentar, não se defende, não tem habilidades de luta.
2º) – A ovelha produz lã o tempo todo. Desde
que nasce, ela produz lã, quanto mais tosquiada mais ela produz.
3º) – A ovelha é um animal bastante ingênuo.
Ela não sabe discernir a erva boa para comer da erva venenosa, por isso o
pastor tem que ir na frente preparar a pastagem com cuidado, retirando aquelas
que podem envenená-la.
A
alimentação das ovelhas é fundamentalmente a erva, que encontram nos pastos por
onde pastam. Não necessita de muitos suplementos alimentares e tem a
característica de não estragar esse mesmo pasto.
Quando
ela vai se alimentar no aprisco, ela só come na sua manjedoura.
Se
a manjedoura de outra ovelha estiver cheia, e a sua vazia, ela não irá à
manjedoura alheia e comerá a comida de outra ovelha. Esta atitude poderá até
levar a ovelha à morte, mas o princípio de obediência é respeitado. A ovelha
espera até que o pastor coloque o alimento na sua manjedoura.
4º) – As ovelhas conhecem a voz do seu pastor.
Pesquisando
a respeito disso, li uma história bem interessante:
"Um
certo homem esteve na África. E estando ali viu um grande lago onde muitos
animais iam beber água. De repente, chegou um pastor com umas duzentas ovelhas
e elas começaram a beber, depois chegou outro pastor com suas ovelhas. Então o
homem se questionou "Como ele vai saber quais
são as ovelhas dele se estão todas misturadas?" Depois chegou mais um
pastor, com mais uma quantidade de ovelhas. Os pastores ficaram conversando
enquanto as ovelhas bebiam. Daqui a pouco foi saindo um por um, e as ovelhas
escutaram a voz de cada pastor chamando-as e cada rebanho seguiu ao seu pastor,
sem se misturar."
5º)
- Só dorme no mesmo lugar.
Aqui o paralelo é um pouco diferente. A ovelha sabe qual é o seu lugar no
aprisco! De maneira nenhuma ela vai querer o lugar de outra ovelha.
6º) - No dia que vai morrer, a ovelha não
come, fica quieta num canto. Ela não demonstra nenhuma reação. Mesmo que alguém
queira interagir com ela, ela não foge, não dá coices. Ela espera pacientemente
pela hora do seu sacrifício.
Assim
foi com o nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo sabendo a hora da morte,
triunfantemente enfrento-a a fim de nos garantir a vida eterna.
7º)
- A ovelha é um animal
muito medroso. Basta que ela não sinta o cheiro do pastor para que fique
tremula de medo. E no auge do medo pode sair correndo do aprisco e se torna
presa fácil dos predadores.
8º) - A ovelha é muito sensível a perturbação
das moscas que ficam rodeando a sua cabeça. Se isso acontece com frequência,
ela acaba ficando desnorteada, vai balançar a cabeça de um lado para o outro
tentando fugir do assédio dos insetos, acaba ficando sem comer, emagrecendo.
Vendo que não consegue se livrar dos insetos, sai correndo sem direção. Quando
uma ovelha corre a outra fica apavorada e vai atrás. É preciso que o pastor
molhe a cabeça dela com óleo para afastar os mosquitos.
9º) - A ovelha come o dia inteiro e de noite
está com o estômago muito cheio. O maior órgão que a ovelha possui é o
estômago, que toma conta da maior parte da caixa torácica.
10º) - Durante a noite elas gostam de brincar
de dar cabeçadas umas nas outras e normalmente caem no chão com as patas para
cima e depois não conseguem se levantar sozinhas pois a lã dificulta que ela se
levante. Se a ovelha não for erguida dentro de uma hora, ela morrerá asfixiada,
pois o estômago comprimirá e apertará o seu pulmão, por isso o pastor precisa
durante a noite andar no meio das ovelhas levantando as ovelhas caídas.
11º) - Para corrigir e acudir a ovelha o pastor
dispõe de dois instrumentos: A VARA E O CAJADO.
A
vara é comprida e a ponta dela parece um ponto de interrogação, um gancho. Com
a vara o pastor laça a ovelha pelo pescoço porque por ter muita lã está
constantemente se enroscando em espinheiros.
O
cajado muitas vezes é usado para evitar que a ovelha vá aonde não lhe é
permitido. Quando a ovelha vai desgarrando ou quando se mete na briga com outra
velha, o pastor joga o cajado para assustar a ovelha, mas por vezes ele tem de
acertá-la e com a bordoada a ovelha cai tonta pela pancada que recebeu.
1. A Parábola da Ovelha perdida (Lc.15:4-7). A ovelha é um animal frágil, teimoso, indefeso, míope, que não consegue defender-se. Para estar segura, precisa do cuidado do pastor e da companhia das outras ovelhas.
Esta
Parábola, que também fora contada em outra ocasião (Mt.18:12-14), ilustra a
busca pelo perdido. Presenciar pastores apascentando ovelhas era algo
corriqueiro e familiar naquela época. Então, uma prática extremamente comum,
mais uma vez é utilizada por Jesus para transmitir os seus ensinos. Além dos
ouvintes estarem habituados com a cena descrita por Jesus, vale também
ressaltar que eles, principalmente os fariseus e os escribas, conheciam muito
bem as passagens do Antigo Testamento que mostram Deus como o Pastor de suas
ovelhas (Sl.23:1; Is.40:11; Ez.34:15,16).
Nesta
Parábola, Jesus ilustrou o amor divino a partir da realidade do mundo do homem
– o pastor. O seu significado é claro: uma unidade, simbolizada por cem, ficou
rompida – perdeu-se uma ovelha. A atitude do pastor foi a de restabelecer a
unidade.
Diante
dos fariseus e escribas que murmuravam, dizendo que Jesus recebia pecadores e
comia com eles (Lc.15:1,2), Jesus lhes faz a seguinte pergunta: “Que homem
dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as
noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?” (Lc.15:4).
O
que Jesus está ensinando nessa pergunta é que todo pastor bom e zeloso, buscará
a ovelha perdida, mesmo que isso implique em deixar as outras 99 enquanto busca
uma única que está desgarrada.
No
texto, vemos que a ovelha se perdeu e o pastor deixou as 99 no aprisco e saiu
em busca daquela que se desgarrou. Quando a encontrou, colocou-a sobre os
ombros e voltou contente (Lc.15:5). Mesmo ainda tendo 99, o pastor esforçou-se
para recuperar a ovelha que havia se desgarrado. Então, fez uma festa para qual
convidou seus amigos e disse: “...alegrai-vos comigo, porque já achei a minha
ovelha perdida” (Lc.15:6). Em vez de sacrificá-la, o pastor
alegrou-se em encontrá-la e festejou sua reintegração ao rebanho. É assim que
Deus faz conosco. Ele não desiste de nos amar. Ele não nos trata conforme
nossos pecados, mas consoante suas infinitas misericórdias.
Jesus
contou esta Parábola depois de ter sido criticado pelos escribas e fariseus. E,
certamente, eles entenderam o seu recado. Lucas 15:5,6 introduz a Lição
principal desta Parábola, presente no versículo 7, que demonstra a
alegria que há no Céu quando um pecador, ora perdido, é encontrado.
“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se
arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento” (Lc.15:7).
Essa
alegria é resultante da busca e do cuidado providencial do Bom Pastor. Sobre
isso, no Evangelho de João, Jesus nos mostra o tamanho desse cuidado:
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:11).
Quem
são as noventa e nove ovelhas “justas” citadas por Jesus em Lucas 15:7? Existem diferentes interpretações
sobre este tema. Selecionamos duas que se apresentam com maior coerência:
- Esses
“justos” são verdadeiramente “pessoas justas”, e que há alegria no Céu por
aqueles que fazem a vontade de Deus e procuram seguir seus mandamentos,
mas, quando um pecador se arrepende, então a alegria é ainda maior, pois
um filho perdido foi encontrado.
- Esses
“justos” são aquelas pessoas que se acham justas a seus próprios olhos
(como se achavam os escribas e os fariseus), que pensam não precisarem de
arrependimento; afinal, se alguém se julga “justo”, este, não deve ter
nada do que se arrepender.
Embora
as duas interpretações sejam boas e demonstram verdades confirmadas pelas
Escrituras, na minha concepção, a segunda interpretação é a mais correta. Para
que fique mais claro esse pensamento, basta considerarmos o contexto da própria
Parábola. Jesus estava junto dos “publicanos e pecadores” que o cercavam para
ouvir suas palavras (Lc.15:1), enquanto os religiosos, que se orgulhavam de
“cumprir” a Lei, se consideravam justos, e murmuravam diante da atitude de
Jesus (Lc.15:2). Diante desse aspecto, parece claro que Jesus está falando dos
fariseus e dos escribas, juntamente com os que os seguem.
Então,
os “noventa e nove justos”, representam os murmuradores, que confiavam em suas
próprias obras. Essa mesma condição também foi enfatizada por Jesus em outras
ocasiões no mesmo Evangelho de Lucas:
“E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus
discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?”.
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os
que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos,
mas, sim, os pecadores, ao arrependimento” (Lc.5:30-32).
“E disse também está parábola a uns que confiavam em si mesmos,
crendo que eram justos, e desprezavam os outros” (Lc.18:9).
De
qualquer forma, seja qual for a interpretação adotada, o importante é entender
que a ênfase desta Parábola está posta na ovelha que se perdeu, foi buscada,
encontrada e celebrada. Em outras palavras, a Lição de Jesus demonstra que se
um pastor humano deixa as noventa e nove ovelhas para buscar uma única que se
perdeu, o que se pode esperar então do Bom Pastor celeste, que dá sua vida
pelas ovelhas?
Perceba
algumas atitudes de Jesus nesta Parábola, que nos traz profundas lições
(Adaptado do Livro “Lucas – Jesus, o Homem perfeito”, do Rev. Hernandes Dias
Lopes):
a) Jesus nos valoriza. O pastor
poderia ter se contentado com as 99 ovelhas que estavam seguras e desistido da
ovelha rebelde que se desgarrou. Mas o pastor não desistiu de buscar a ovelha,
ainda que fosse uma ovelha rebelde.
b) Jesus nos procura. O pastor saiu
em busca da ovelha perdida. Ele veio buscar e salvar o perdido. Ele veio para
os doentes. Ele veio salvar pecadores. Ele move os céus e a terra para
conquistar-nos e atrair-nos para si. Seu amor é eterno, sua compaixão é
infinita, e seu prazer é ter-nos na sua presença.
c) Jesus desce aos mais profundos
abismos para nos buscar. O Bom Pastor correu riscos para encontrar a
ovelha perdida. Jesus desceu da glória, fez-se carne, sofreu, foi perseguido,
humilhado, cuspido, pregado na cruz; Ele suportou na sua carne o flagelo dos
nossos pecados; Ele bebeu sozinho o cálice da ira de Deus contra o pecado e
morreu por nós, para nos resgatar da morte. Que bendito amor, sublime amor,
incomensurável amor.
d) Jesus nos toma nos braços e nos leva
para o aprisco. Jesus evidencia seu imenso amor a ponto de nos carregar no
colo. Ele nos toma em seus braços eternos. Ele nos toma pela sua mão direita e
nos conduz à glória. Ele não sente nojo da ovelha que caiu no abismo, mas desce
os despenhadeiros mais perigosos para arrancar das entranhas da morte a ovelha
que se perdeu; ao encontrá-la, toma-a amorosamente nos braços e a leva para o
aprisco.
e) Jesus celebra com alegria o nosso
resgate. Com ironia, o Senhor confronta os fariseus de dois modos, para
vergonha deles:
· Primeiro,
os habitantes do céu alegram-se com a conversão de um pecador, enquanto para os
fariseus isto constitui motivo de reclamação.
· Segundo
os anjos de Deus sentem maior júbilo por um pecador que se arrepende do que por
99 justos da categoria dos fariseus. Os 99 justos citados aqui são os fariseus
e escribas murmuradores (Lc.15:2), aqueles que são justos a seus próprios
olhos, que não entram no Reino pela porta do arrependimento, nem se alegram com
a entrada dos pecadores arrependidos. Enquanto os fariseus murmuram, a Bíblia
diz que há festa no céu por um pecador que se arrepende. Os anjos exultam de
alegria ao verem uma ovelha ser resgatada das garras da morte. Deus tem prazer
na misericórdia e festeja a volta do pecador para Ele. Que graça maravilhosa,
que Deus bendito, que nos ama com amor eterno apesar de sermos pecadores!
I- O BOM
PASTOR E OS PASTORES INFIÉIS
TEXTO BÍBLICO “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (Jo 10.11)
VERDADE PRÁTICA
As
Escrituras revelam DEUS como o pastor do seu povo, mas isso se aplica também
aos líderes eclesiásticos. DEUS dá bons pastores ao seu povo, e também remove
os maus.
LEITURA BÍBLICA -
Ezequiel 34.1-12
1
- E veio a mim a palavra
do SENHOR, dizendo:
2
- Filho do homem,
profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim
diz o Senhor JEOVÁ: Aí dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos!
Não apascentarão os pastores as ovelhas?
3
- Comeis a gordura, e vos
vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
4
- A fraca não
fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a
desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais
sobre elas com rigor e dureza.
5 - Assim, se espalharam, por não haver
pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se
espalharam.
6 - As minhas ovelhas andam desgarradas por
todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam
espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as
busque.
7
- Portanto, ó pastores,
ouvi a palavra do SENHOR:
8 - Vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, visto que
as minhas ovelhas foram entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas
as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as
minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas
ovelhas,
9 - Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do
SENHOR:
10 - Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu
estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles
deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e
livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto.
11 - Porque assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que
eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. 12 - Como o pastor
busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas,
assim buscarei as minhas ovelhas; e as farei voltar de todos os lugares por
onde andam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.
II - SOBRE OS PASTORES INFIÉIS
O
profeta Ezequiel compara os líderes de Israel a pastores. Pode-se dizer que o
tema da presente lição é provavelmente o mais familiar do livro de Ezequiel por
causa da linguagem pastoril.
1. O pastor de ovelhas.
A
função primordial do pastor é alimentar, guiar e proteger o rebanho e isso
ilustra bem o papel do líder de uma nação. Muitos líderes de Israel fizeram
isso com perícia, dedicação e responsabilidade como Davi (Sl 78.72). A parábola
da ovelha perdida revela esse dever do pastor (Lc 15.4-6). Moisés e Davi foram
pastores de ovelhas no sentido estrito da palavra (Êx 3.1; Sl 78.70,71). Mas os
líderes de Israel, contemporâneos de Ezequiel, se desviaram de suas funções.
2. O que os governantes faziam (vv.2,3)?
Cuidavam
de si mesmos: “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos!” (v.2).
Essa era uma denúncia contra as autoridades civis e religiosas de Jerusalém que
empregavam todo o seu esforço em benefício próprio, deixando de lado a função
pela qual foram constituídos: proteger o povo e prover as condições para o
bem-estar espiritual e econômico dos seus cidadãos. O profeta mostra três
práticas deploráveis deles numa linguagem metafórica: “Comeis a gordura, e vos
vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas” (v.3) para
designar exploração e abuso de sua autoridade. Eles não cuidavam do povo e nem
se esforçavam para suprir suas necessidades, antes cuidavam de si mesmos (Jr
12.10).
3. O que os governantes não faziam (vv.4,8)?
Não
cuidavam das ovelhas. As ovelhas fracas, doentes, quebradas, desgarradas e
perdidas precisam de cuidados especiais, mas a realidade era diferente: “A
fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e
a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais
sobre elas com rigor e dureza” (v.4). Essa linguagem metafórica revela o estado
de miséria da população de Jerusalém. Essa situação nos leva a uma reflexão
sobre a atual conjuntura do nosso país, que não é boa. Devemos orar pela nossa
nação e seus governantes (1 Tm 2.1-3).
4. As ovelhas dispersas (vv. 5,6).
Ezequiel
dirige esses oráculos divinos à casa de Judá, mas a mensagem diz respeito a
todos os filhos Israel, até mesmo os dispersos pelos assírios (v.6). A mesma
diáspora aconteceu em Judá com a destruição de Jerusalém, mas não é possível
saber a data do pronunciamento desse discurso, se antes ou depois da queda da
cidade santa. O profeta recebeu a notícia dessa derrocada algum tempo depois da
destruição de Jerusalém “no ano duodécimo, no décimo mês, aos cinco do mês” (Ez
33.21). Segundo os dados fornecidos nessa passagem, parece indicar 8 de janeiro
de 585 a.C.
"O Senhor JESUS concedeu pastores à igreja
para a edificação do Corpo de CRISTO.”
III – SOBRE O BOM PASTOR
O
próprio DEUS toma as dores das ovelhas e se coloca, Ele mesmo, como Pastor do
rebanho. O Salmo 23 e o discurso de JESUS como o Bom Pastor (Jo 10.7-18) deixam
isso muito claro.
1. A reação divina contra os maus pastores (vv.10-12).
Eles
não visitaram as ovelhas no sentido de cuidar delas; agora é DEUS quem vai
visitar esses maus pastores no sentido de castigar (Jr 23.2). DEUS promete
buscar as ovelhas dispersas em toda a parte do mundo, uma referência ao retorno
da segunda diáspora (Ez 34.12). Ele promete ainda libertar o seu povo das mãos
deles: “E vos darei pastores segundo o meu coração,
que vos apascentem com ciência e com inteligência” (Jr 3.15). Essa
promessa não se refere ao Messias, mas pode se aplicar aos atuais pastores de
igrejas (Mt 23.34; Ef 4.11). O profeta está dizendo que Javé vai dar ao povo
líderes e governantes segundo os ideais de Davi (At 13.22). A promessa era para
um futuro distante (Ez 34.23,24; 37.24; os 3.5).
2. JESUS, o bom Pastor.
O
Senhor JESUS disse: “Eu sou o bom pastor” (Jo 10.11,14). Ele é o Grande Pastor
das ovelhas (1 Pe 5.4), pois que, assim como Javé vai trazer de todas as nações
os judeus dispersos para a terra de seus antepassados, o que já está
acontecendo, em Israel, no Oriente Médio, da mesma forma o Senhor JESUS está
congregando, de todas as nações, as ovelhas para o seu redil (Jo 10.16). Todas
as profecias do Antigo Testamento se convergem para o Messias (Lc 24.44).
3. O pastor cristão.
O
bom pastor é aquele que está disposto a arriscar a vida pelas ovelhas, assim
como fez Davi enfrentando um leão e um urso (1 Sm 17.34-36). JESUS disse: “o
bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Ele simplesmente não
arrisca a vida, mas a entrega de acordo com a vontade do Pai (Jo 10.17,18). O
Senhor JESUS concedeu pastores à igreja (Ef 4.11) para o aperfeiçoamento dos
crentes e a edificação do Corpo de CRISTO (Ef 4.11-16). Ainda que alguém
considere alguns pastores faltosos, isso na sua maneira de entender as coisas,
o melhor é seguir os ensinos de JESUS: “Observai, pois, e praticai tudo o que
vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras” (Mt 23.3).
DEUS sabe cuidar dos seus servos, é dever nosso orar por eles.
II – PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU
1. A vontade de DEUS é que todos os homens sejam salvos.
Na condição de perdidas, todas as pessoas precisam de salvação (Rm 3.23) e o Senhor está disposto a salvá-las (Jo 3.16; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Contudo, apenas serão salvas as que aceitarem ao Senhor JESUS e reconhecerem suas condições (Jo 3.16-20; Rm 1.16; 10.9,10; Ef 2.8,9; 1 Jo 1.9). O interesse de DEUS em salvar está claro desde o Antigo Testamento quando o Senhor, através do profeta Ezequiel, disse que Ele mesmo procuraria as suas ovelhas (Ez 34.12).
2.
JESUS é um Pastor que está sempre em ação.
Incansável
em sua tarefa, CRISTO, como Pastor, conduz suas ovelhas (Jo 10.4), e Ele assim
o faz por conhecê-las (Jo 10.3-5). O Senhor não pastoreia apenas
“praticamente”, mas também guia e conduz suas ovelhas mediante o seu exemplo
(Jo 13.15; 1 Pe 2.21; 1 Jo 2.6). O pastoreio de JESUS é feito com amor, pois
Ele trata suas ovelhas com ternura e mansidão (Is 40.11; 1 Pe 5.2). Tal Pastor
tem o reconhecimento de suas ovelhas (Jo 10.4; 1 Pe 2.25), pois dá a sua vida
por elas (Jo 10.11).
3.
Resgatando a ovelha desgarrada.
A
ovelha que acaba se desgarrando o faz pelo fato de que ainda não está firme e
precisa encontrar meios para estruturar sua fé evitando que se afaste das
demais (v.4). Por isso, além da intercessão, há quatro passos mínimos para se
resgatar uma ovelha desgarrada:
1º) Procure pela pessoa, demonstre interesse e evite julgamentos e
questionamentos sobre os motivos de seu afastamento;
2º) Comprometa-se com a responsabilidade assumida. Resgatar é muito mais
trabalhoso do que converter. Esteja disposto a apoiar a pessoa, colocando-se ao
seu lado em todos os momentos possíveis;
3º) Envolva a pessoa em atividades e pequenas responsabilidades com
outras pessoas ou grupos, para que ela sinta o desejo de ser útil e de se
envolver com as atividades da igreja.
4º) Nutrir com a boa palavra significa não julgar, mas estender as mãos
em sinal de boas-vindas; significa ajudar a entender e buscar a compreensão das
doutrinas e princípios da igreja, para que, aos poucos, compreenda por si
próprio o que a doutrina ensina e com esta compreensão encontre razões para
adquirir firmeza.
CONCLUSÃO
O comportamento do ser humano se compara em muitos aspectos aos das ovelhas e,
por essa razão, DEUS nos chama nas Escrituras de ovelhas. Há entre elas aquelas
que dão marradas umas nas outras para marcar território, o que não é diferente
entre nós, seres humanos. Há competições entre as ovelhas (Ez 34.20-22). Isso
desagrada a DEUS. O nosso relacionamento entre os irmãos deve ser de maneira
que glorifique a DEUS (Sl 133.1; 1 Co 10.31).
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