sexta-feira, 24 de outubro de 2025

O PASTOR DA OVELHA PERDIDA

O PASTOR DA OVELHA PERDIDA 

A "Parábola da Ovelha Perdida" é uma das mais conhecidas passagens bíblicas, contada por Jesus e registrada principalmente no Evangelho de Lucas, capítulo 15, versículos 3 a 7.

O Conteúdo da Parábola:

Jesus conta a história a fariseus e mestres da lei que o criticavam por se associar a "pecadores" e publicanos. Ele pergunta:

  1. "Qual de vocês, se tiver cem ovelhas e perder uma, não deixa as noventa e nove no campo e vai atrás da ovelha perdida, até encontrá-la?"
  2. "E, quando a encontra, coloca-a alegremente nos ombros e vai para casa."
  3. "Ao chegar, reúne seus amigos e vizinhos e diz: 'Alegrem-se comigo, pois encontrei minha ovelha perdida'."

O Significado e a Mensagem Central:

Jesus conclui a parábola com a principal lição:

  • "Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam se arrepender." (Lucas 15:7)

Os Principais Pontos de Reflexão:

  • O Pastor: Representa Deus (ou Jesus, o Bom Pastor). Ele é retratado como amoroso, ativo e persistentemente em busca. Seu amor não é apenas pela maioria que está segura, mas é intensamente focado no indivíduo que se perdeu.
  • A Ovelha Perdida: Representa o pecador, aquele que se desviou do caminho, que está em perigo ou separado do convívio com Deus. A perda de apenas um em cem é suficiente para mobilizar o Pastor.
  • A Busca e a Restauração: O pastor não espera que a ovelha volte sozinha, ele vai ativamente procurá-la. Ao encontrá-la, ele a carrega nos ombros, um ato de cuidado, ternura e restauração completa, demonstrando que o retorno não é um fardo, mas um motivo de alegria.
  • A Alegria no Céu: O tema final é o júbilo. O arrependimento de um pecador não é um evento pequeno, mas causa uma celebração intensa na esfera divina (o céu, os anjos). Isso enfatiza o imenso valor de cada alma individual para Deus.

Em resumo, a parábola é uma poderosa declaração sobre a misericórdia e o amor incondicional de Deus, que não desiste de nenhum de seus filhos e se alegra imensamente com o retorno de quem estava perdido.

11 CURIOSIDADES SOBRE AS OVELHAS

 1º) – Todos os animais foram criados com uma defesa especial. A cobra, o cachorro, o leão, todos têm defesas, mas a ovelha é o único animal terreno que não possui defesa alguma, ela é totalmente vulnerável, ela fica no fim da cadeia alimentar, não se defende, não tem habilidades de luta.

 2º) – A ovelha produz lã o tempo todo. Desde que nasce, ela produz lã, quanto mais tosquiada mais ela produz.

 3º) – A ovelha é um animal bastante ingênuo. Ela não sabe discernir a erva boa para comer da erva venenosa, por isso o pastor tem que ir na frente preparar a pastagem com cuidado, retirando aquelas que podem envenená-la.

A alimentação das ovelhas é fundamentalmente a erva, que encontram nos pastos por onde pastam. Não necessita de muitos suplementos alimentares e tem a característica de não estragar esse mesmo pasto.

Quando ela vai se alimentar no aprisco, ela só come na sua manjedoura.

Se a manjedoura de outra ovelha estiver cheia, e a sua vazia, ela não irá à manjedoura alheia e comerá a comida de outra ovelha. Esta atitude poderá até levar a ovelha à morte, mas o princípio de obediência é respeitado. A ovelha espera até que o pastor coloque o alimento na sua manjedoura.

 4º) – As ovelhas conhecem a voz do seu pastor.

Pesquisando a respeito disso, li uma história bem interessante:

"Um certo homem esteve na África. E estando ali viu um grande lago onde muitos animais iam beber água. De repente, chegou um pastor com umas duzentas ovelhas e elas começaram a beber, depois chegou outro pastor com suas ovelhas. Então o homem se questionou "Como ele vai saber quais são as ovelhas dele se estão todas misturadas?" Depois chegou mais um pastor, com mais uma quantidade de ovelhas. Os pastores ficaram conversando enquanto as ovelhas bebiam. Daqui a pouco foi saindo um por um, e as ovelhas escutaram a voz de cada pastor chamando-as e cada rebanho seguiu ao seu pastor, sem se misturar."

 5º) - Só dorme no mesmo lugar. Aqui o paralelo é um pouco diferente. A ovelha sabe qual é o seu lugar no aprisco! De maneira nenhuma ela vai querer o lugar de outra ovelha.

 6º) - No dia que vai morrer, a ovelha não come, fica quieta num canto. Ela não demonstra nenhuma reação. Mesmo que alguém queira interagir com ela, ela não foge, não dá coices. Ela espera pacientemente pela hora do seu sacrifício.

Assim foi com o nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo sabendo a hora da morte, triunfantemente enfrento-a a fim de nos garantir a vida eterna.

 7º) - A ovelha é um animal muito medroso. Basta que ela não sinta o cheiro do pastor para que fique tremula de medo. E no auge do medo pode sair correndo do aprisco e se torna presa fácil dos predadores.

 8º) - A ovelha é muito sensível a perturbação das moscas que ficam rodeando a sua cabeça. Se isso acontece com frequência, ela acaba ficando desnorteada, vai balançar a cabeça de um lado para o outro tentando fugir do assédio dos insetos, acaba ficando sem comer, emagrecendo. Vendo que não consegue se livrar dos insetos, sai correndo sem direção. Quando uma ovelha corre a outra fica apavorada e vai atrás. É preciso que o pastor molhe a cabeça dela com óleo para afastar os mosquitos.

 9º) - A ovelha come o dia inteiro e de noite está com o estômago muito cheio. O maior órgão que a ovelha possui é o estômago, que toma conta da maior parte da caixa torácica.

 10º) - Durante a noite elas gostam de brincar de dar cabeçadas umas nas outras e normalmente caem no chão com as patas para cima e depois não conseguem se levantar sozinhas pois a lã dificulta que ela se levante. Se a ovelha não for erguida dentro de uma hora, ela morrerá asfixiada, pois o estômago comprimirá e apertará o seu pulmão, por isso o pastor precisa durante a noite andar no meio das ovelhas levantando as ovelhas caídas.

 11º) - Para corrigir e acudir a ovelha o pastor dispõe de dois instrumentos: A VARA E O CAJADO.

A vara é comprida e a ponta dela parece um ponto de interrogação, um gancho. Com a vara o pastor laça a ovelha pelo pescoço porque por ter muita lã está constantemente se enroscando em espinheiros.

O cajado muitas vezes é usado para evitar que a ovelha vá aonde não lhe é permitido. Quando a ovelha vai desgarrando ou quando se mete na briga com outra velha, o pastor joga o cajado para assustar a ovelha, mas por vezes ele tem de acertá-la e com a bordoada a ovelha cai tonta pela pancada que recebeu.

1. A Parábola da Ovelha perdida (Lc.15:4-7). A ovelha é um animal frágil, teimoso, indefeso, míope, que não consegue defender-se. Para estar segura, precisa do cuidado do pastor e da companhia das outras ovelhas.

Esta Parábola, que também fora contada em outra ocasião (Mt.18:12-14), ilustra a busca pelo perdido. Presenciar pastores apascentando ovelhas era algo corriqueiro e familiar naquela época. Então, uma prática extremamente comum, mais uma vez é utilizada por Jesus para transmitir os seus ensinos. Além dos ouvintes estarem habituados com a cena descrita por Jesus, vale também ressaltar que eles, principalmente os fariseus e os escribas, conheciam muito bem as passagens do Antigo Testamento que mostram Deus como o Pastor de suas ovelhas (Sl.23:1; Is.40:11; Ez.34:15,16).

Nesta Parábola, Jesus ilustrou o amor divino a partir da realidade do mundo do homem – o pastor. O seu significado é claro: uma unidade, simbolizada por cem, ficou rompida – perdeu-se uma ovelha. A atitude do pastor foi a de restabelecer a unidade.

Diante dos fariseus e escribas que murmuravam, dizendo que Jesus recebia pecadores e comia com eles (Lc.15:1,2), Jesus lhes faz a seguinte pergunta: “Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?” (Lc.15:4).

O que Jesus está ensinando nessa pergunta é que todo pastor bom e zeloso, buscará a ovelha perdida, mesmo que isso implique em deixar as outras 99 enquanto busca uma única que está desgarrada.

No texto, vemos que a ovelha se perdeu e o pastor deixou as 99 no aprisco e saiu em busca daquela que se desgarrou. Quando a encontrou, colocou-a sobre os ombros e voltou contente (Lc.15:5). Mesmo ainda tendo 99, o pastor esforçou-se para recuperar a ovelha que havia se desgarrado. Então, fez uma festa para qual convidou seus amigos e disse: “...alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida” (Lc.15:6). Em vez de sacrificá-la, o pastor alegrou-se em encontrá-la e festejou sua reintegração ao rebanho. É assim que Deus faz conosco. Ele não desiste de nos amar. Ele não nos trata conforme nossos pecados, mas consoante suas infinitas misericórdias.

Jesus contou esta Parábola depois de ter sido criticado pelos escribas e fariseus. E, certamente, eles entenderam o seu recado. Lucas 15:5,6 introduz a Lição principal desta Parábola, presente no versículo 7, que demonstra a alegria que há no Céu quando um pecador, ora perdido, é encontrado.

“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc.15:7).

Essa alegria é resultante da busca e do cuidado providencial do Bom Pastor. Sobre isso, no Evangelho de João, Jesus nos mostra o tamanho desse cuidado:

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10:11).

Quem são as noventa e nove ovelhas “justas” citadas por Jesus em Lucas 15:7? Existem diferentes interpretações sobre este tema. Selecionamos duas que se apresentam com maior coerência:

  • Esses “justos” são verdadeiramente “pessoas justas”, e que há alegria no Céu por aqueles que fazem a vontade de Deus e procuram seguir seus mandamentos, mas, quando um pecador se arrepende, então a alegria é ainda maior, pois um filho perdido foi encontrado.
  • Esses “justos” são aquelas pessoas que se acham justas a seus próprios olhos (como se achavam os escribas e os fariseus), que pensam não precisarem de arrependimento; afinal, se alguém se julga “justo”, este, não deve ter nada do que se arrepender.

Embora as duas interpretações sejam boas e demonstram verdades confirmadas pelas Escrituras, na minha concepção, a segunda interpretação é a mais correta. Para que fique mais claro esse pensamento, basta considerarmos o contexto da própria Parábola. Jesus estava junto dos “publicanos e pecadores” que o cercavam para ouvir suas palavras (Lc.15:1), enquanto os religiosos, que se orgulhavam de “cumprir” a Lei, se consideravam justos, e murmuravam diante da atitude de Jesus (Lc.15:2). Diante desse aspecto, parece claro que Jesus está falando dos fariseus e dos escribas, juntamente com os que os seguem.

Então, os “noventa e nove justos”, representam os murmuradores, que confiavam em suas próprias obras. Essa mesma condição também foi enfatizada por Jesus em outras ocasiões no mesmo Evangelho de Lucas:

“E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores?”.

“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento” (Lc.5:30-32).

“E disse também está parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros” (Lc.18:9).

De qualquer forma, seja qual for a interpretação adotada, o importante é entender que a ênfase desta Parábola está posta na ovelha que se perdeu, foi buscada, encontrada e celebrada. Em outras palavras, a Lição de Jesus demonstra que se um pastor humano deixa as noventa e nove ovelhas para buscar uma única que se perdeu, o que se pode esperar então do Bom Pastor celeste, que dá sua vida pelas ovelhas?

Perceba algumas atitudes de Jesus nesta Parábola, que nos traz profundas lições (Adaptado do Livro “Lucas – Jesus, o Homem perfeito”, do Rev. Hernandes Dias Lopes):

a) Jesus nos valoriza. O pastor poderia ter se contentado com as 99 ovelhas que estavam seguras e desistido da ovelha rebelde que se desgarrou. Mas o pastor não desistiu de buscar a ovelha, ainda que fosse uma ovelha rebelde.

b) Jesus nos procura. O pastor saiu em busca da ovelha perdida. Ele veio buscar e salvar o perdido. Ele veio para os doentes. Ele veio salvar pecadores. Ele move os céus e a terra para conquistar-nos e atrair-nos para si. Seu amor é eterno, sua compaixão é infinita, e seu prazer é ter-nos na sua presença.

c) Jesus desce aos mais profundos abismos para nos buscar. O Bom Pastor correu riscos para encontrar a ovelha perdida. Jesus desceu da glória, fez-se carne, sofreu, foi perseguido, humilhado, cuspido, pregado na cruz; Ele suportou na sua carne o flagelo dos nossos pecados; Ele bebeu sozinho o cálice da ira de Deus contra o pecado e morreu por nós, para nos resgatar da morte. Que bendito amor, sublime amor, incomensurável amor.

d) Jesus nos toma nos braços e nos leva para o aprisco. Jesus evidencia seu imenso amor a ponto de nos carregar no colo. Ele nos toma em seus braços eternos. Ele nos toma pela sua mão direita e nos conduz à glória. Ele não sente nojo da ovelha que caiu no abismo, mas desce os despenhadeiros mais perigosos para arrancar das entranhas da morte a ovelha que se perdeu; ao encontrá-la, toma-a amorosamente nos braços e a leva para o aprisco.

e) Jesus celebra com alegria o nosso resgate. Com ironia, o Senhor confronta os fariseus de dois modos, para vergonha deles:

·         Primeiro, os habitantes do céu alegram-se com a conversão de um pecador, enquanto para os fariseus isto constitui motivo de reclamação.

·         Segundo os anjos de Deus sentem maior júbilo por um pecador que se arrepende do que por 99 justos da categoria dos fariseus. Os 99 justos citados aqui são os fariseus e escribas murmuradores (Lc.15:2), aqueles que são justos a seus próprios olhos, que não entram no Reino pela porta do arrependimento, nem se alegram com a entrada dos pecadores arrependidos. Enquanto os fariseus murmuram, a Bíblia diz que há festa no céu por um pecador que se arrepende. Os anjos exultam de alegria ao verem uma ovelha ser resgatada das garras da morte. Deus tem prazer na misericórdia e festeja a volta do pecador para Ele. Que graça maravilhosa, que Deus bendito, que nos ama com amor eterno apesar de sermos pecadores!

 

I- O BOM PASTOR E OS PASTORES INFIÉIS 


TEXTO BÍBLICOEu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (Jo 10.11)


VERDADE PRÁTICA

As Escrituras revelam DEUS como o pastor do seu povo, mas isso se aplica também aos líderes eclesiásticos. DEUS dá bons pastores ao seu povo, e também remove os maus.


LEITURA BÍBLICA
- Ezequiel 34.1-12

1 - E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

2 - Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Aí dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?

3 - Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.

4 - A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.

5 - Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam.

6 - As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque.

7 - Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR:

8 - Vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas,

9 - Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do SENHOR:

10 - Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto.

11 - Porque assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. 12 - Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e as farei voltar de todos os lugares por onde andam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.


II - SOBRE OS PASTORES INFIÉIS

O profeta Ezequiel compara os líderes de Israel a pastores. Pode-se dizer que o tema da presente lição é provavelmente o mais familiar do livro de Ezequiel por causa da linguagem pastoril.


1. O pastor de ovelhas.

A função primordial do pastor é alimentar, guiar e proteger o rebanho e isso ilustra bem o papel do líder de uma nação. Muitos líderes de Israel fizeram isso com perícia, dedicação e responsabilidade como Davi (Sl 78.72). A parábola da ovelha perdida revela esse dever do pastor (Lc 15.4-6). Moisés e Davi foram pastores de ovelhas no sentido estrito da palavra (Êx 3.1; Sl 78.70,71). Mas os líderes de Israel, contemporâneos de Ezequiel, se desviaram de suas funções.


2. O que os governantes faziam (vv.2,3)?

Cuidavam de si mesmos: “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos!” (v.2). Essa era uma denúncia contra as autoridades civis e religiosas de Jerusalém que empregavam todo o seu esforço em benefício próprio, deixando de lado a função pela qual foram constituídos: proteger o povo e prover as condições para o bem-estar espiritual e econômico dos seus cidadãos. O profeta mostra três práticas deploráveis deles numa linguagem metafórica: “Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas” (v.3) para designar exploração e abuso de sua autoridade. Eles não cuidavam do povo e nem se esforçavam para suprir suas necessidades, antes cuidavam de si mesmos (Jr 12.10).


3. O que os governantes não faziam (vv.4,8)?

Não cuidavam das ovelhas. As ovelhas fracas, doentes, quebradas, desgarradas e perdidas precisam de cuidados especiais, mas a realidade era diferente: “A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza” (v.4). Essa linguagem metafórica revela o estado de miséria da população de Jerusalém. Essa situação nos leva a uma reflexão sobre a atual conjuntura do nosso país, que não é boa. Devemos orar pela nossa nação e seus governantes (1 Tm 2.1-3).

4. As ovelhas dispersas (vv. 5,6).

Ezequiel dirige esses oráculos divinos à casa de Judá, mas a mensagem diz respeito a todos os filhos Israel, até mesmo os dispersos pelos assírios (v.6). A mesma diáspora aconteceu em Judá com a destruição de Jerusalém, mas não é possível saber a data do pronunciamento desse discurso, se antes ou depois da queda da cidade santa. O profeta recebeu a notícia dessa derrocada algum tempo depois da destruição de Jerusalém “no ano duodécimo, no décimo mês, aos cinco do mês” (Ez 33.21). Segundo os dados fornecidos nessa passagem, parece indicar 8 de janeiro de 585 a.C.


"O Senhor JESUS concedeu pastores à igreja para a edificação do Corpo de CRISTO.”


III – SOBRE O BOM PASTOR

O próprio DEUS toma as dores das ovelhas e se coloca, Ele mesmo, como Pastor do rebanho. O Salmo 23 e o discurso de JESUS como o Bom Pastor (Jo 10.7-18) deixam isso muito claro.

1. A reação divina contra os maus pastores (vv.10-12).

Eles não visitaram as ovelhas no sentido de cuidar delas; agora é DEUS quem vai visitar esses maus pastores no sentido de castigar (Jr 23.2). DEUS promete buscar as ovelhas dispersas em toda a parte do mundo, uma referência ao retorno da segunda diáspora (Ez 34.12). Ele promete ainda libertar o seu povo das mãos deles: “E vos darei pastores segundo o meu coração, que vos apascentem com ciência e com inteligência” (Jr 3.15). Essa promessa não se refere ao Messias, mas pode se aplicar aos atuais pastores de igrejas (Mt 23.34; Ef 4.11). O profeta está dizendo que Javé vai dar ao povo líderes e governantes segundo os ideais de Davi (At 13.22). A promessa era para um futuro distante (Ez 34.23,24; 37.24; os 3.5).


2. JESUS, o bom Pastor.

O Senhor JESUS disse: “Eu sou o bom pastor” (Jo 10.11,14). Ele é o Grande Pastor das ovelhas (1 Pe 5.4), pois que, assim como Javé vai trazer de todas as nações os judeus dispersos para a terra de seus antepassados, o que já está acontecendo, em Israel, no Oriente Médio, da mesma forma o Senhor JESUS está congregando, de todas as nações, as ovelhas para o seu redil (Jo 10.16). Todas as profecias do Antigo Testamento se convergem para o Messias (Lc 24.44).


3. O pastor cristão.

O bom pastor é aquele que está disposto a arriscar a vida pelas ovelhas, assim como fez Davi enfrentando um leão e um urso (1 Sm 17.34-36). JESUS disse: “o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11). Ele simplesmente não arrisca a vida, mas a entrega de acordo com a vontade do Pai (Jo 10.17,18). O Senhor JESUS concedeu pastores à igreja (Ef 4.11) para o aperfeiçoamento dos crentes e a edificação do Corpo de CRISTO (Ef 4.11-16). Ainda que alguém considere alguns pastores faltosos, isso na sua maneira de entender as coisas, o melhor é seguir os ensinos de JESUS: “Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras” (Mt 23.3). DEUS sabe cuidar dos seus servos, é dever nosso orar por eles.

II – PRECISAMOS BUSCAR QUEM SE DESGARROU

1. A vontade de DEUS é que todos os homens sejam salvos.

Na condição de perdidas, todas as pessoas precisam de salvação (Rm 3.23) e o Senhor está disposto a salvá-las (Jo 3.16; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Contudo, apenas serão salvas as que aceitarem ao Senhor JESUS e reconhecerem suas condições (Jo 3.16-20; Rm 1.16; 10.9,10; Ef 2.8,9; 1 Jo 1.9). O interesse de DEUS em salvar está claro desde o Antigo Testamento quando o Senhor, através do profeta Ezequiel, disse que Ele mesmo procuraria as suas ovelhas (Ez 34.12). 

2. JESUS é um Pastor que está sempre em ação.

 Incansável em sua tarefa, CRISTO, como Pastor, conduz suas ovelhas (Jo 10.4), e Ele assim o faz por conhecê-las (Jo 10.3-5). O Senhor não pastoreia apenas “praticamente”, mas também guia e conduz suas ovelhas mediante o seu exemplo (Jo 13.15; 1 Pe 2.21; 1 Jo 2.6). O pastoreio de JESUS é feito com amor, pois Ele trata suas ovelhas com ternura e mansidão (Is 40.11; 1 Pe 5.2). Tal Pastor tem o reconhecimento de suas ovelhas (Jo 10.4; 1 Pe 2.25), pois dá a sua vida por elas (Jo 10.11).

3. Resgatando a ovelha desgarrada.

A ovelha que acaba se desgarrando o faz pelo fato de que ainda não está firme e precisa encontrar meios para estruturar sua fé evitando que se afaste das demais (v.4). Por isso, além da intercessão, há quatro passos mínimos para se resgatar uma ovelha desgarrada:
1º) Procure pela pessoa, demonstre interesse e evite julgamentos e questionamentos sobre os motivos de seu afastamento;


2º) Comprometa-se com a responsabilidade assumida. Resgatar é muito mais trabalhoso do que converter. Esteja disposto a apoiar a pessoa, colocando-se ao seu lado em todos os momentos possíveis;
3º) Envolva a pessoa em atividades e pequenas responsabilidades com outras pessoas ou grupos, para que ela sinta o desejo de ser útil e de se envolver com as atividades da igreja.
4º) Nutrir com a boa palavra significa não julgar, mas estender as mãos em sinal de boas-vindas; significa ajudar a entender e buscar a compreensão das doutrinas e princípios da igreja, para que, aos poucos, compreenda por si próprio o que a doutrina ensina e com esta compreensão encontre razões para adquirir firmeza.


CONCLUSÃO

O comportamento do ser humano se compara em muitos aspectos aos das ovelhas e, por essa razão, DEUS nos chama nas Escrituras de ovelhas. Há entre elas aquelas que dão marradas umas nas outras para marcar território, o que não é diferente entre nós, seres humanos. Há competições entre as ovelhas (Ez 34.20-22). Isso desagrada a DEUS. O nosso relacionamento entre os irmãos deve ser de maneira que glorifique a DEUS (Sl 133.1; 1 Co 10.31).

 

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