quarta-feira, 1 de outubro de 2025

JESUS E A MULHER ADÚLTERA –

JESUS E A MULHER ADÚLTERA –

A MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA EM MEIO À CONDENAÇÃO,

ESBOÇO DO ESTUDO

1- O ADULTÉRIO: UM PECADO COM CONSEQUÊNCIAS E FERIDAS PROFUNDAS
1.1. Reconhecendo o adultério
1.2. O adultério afronta o Criador
1.3. O sexo foi criado por DEUS
2- PERDOADOR OU ACUSADOR?
2.1. A malícia dos acusadores 
2.2. JESUS ignora os acusadores
2.3. O Advogado Fiel
3- JESUS NOS ENSINA A PERDOAR
3.1. Perdão, uma expressão de amor
3.2. Perdoados e perdoando 
3.3. Compreendendo o perdão
 
TEXTO ÁUREO
“(…) Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” João 8.10.
 
VERDADE APLICADA
Perdoar uns aos outros como fomos perdoados por DEUS em CRISTO é uma das marcas do verdadeiro cristão.

OBJETIVOS DO ESTUDO

Saber que culpa expõe e condena os próprios acusadores.
Ressaltar que JESUS advoga a nosso favor.
Reconhecer a gravidade de cometer adultério.
 
TEXTO BÍBLICO  DE REFERÊNCIA - João 8.4-11
4- E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.
5- E, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?
6- Isto diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas JESUS, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.
7- E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
10- E, endireitando-se JESUS e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?
11- E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe JESUS: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.
 
LEITURAS BÍBLICAS COMPLEMENTARES
Jo 8.7 -Que não tem pecado atire a primeira pedra.
1Jo 2.1- JESUS, nosso Advogado junto ao Pai.
 Ap 12.10 -Satanás nos acusa.
1Jo 1.7 -O Sangue de JESUS nos purifica de todo pecado.
Êx 20.14 -Não adulterarás.
Pv 6.32,33 -O adultério deixa cicatrizes profundas.

  
JESUS advoga a nosso favor.
 
INTRODUÇÃO - O que acontece?

1. Apresentação da mulher:


Escribas e fariseus levam uma mulher pega em adultério a JESUS que estava ensinando no Templo, questionando se ela deveria ser apedrejada conforme a lei de Moisés. 
2. A resposta de JESUS:

JESUS, em vez de responder diretamente, se abaixa e começa a escrever no chão. 

3. Desafio aos acusadores:

Diante da insistência deles, JESUS diz: "Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que atire pedra contra ela.". 


4. A reação dos acusadores:

Um a um, os acusadores se retiram, começando pelos mais velhos, pois se sentem confrontados com seus próprios pecados. 

5. A interação final com a mulher:


JESUS fica a sós com a mulher e pergunta se alguém a condenou. Ela responde que não. Então, JESUS diz: "Eu também não te condeno. Vai-te e não peques mais.". 
Interpretação e significado:

 
1- O ADULTÉRIO: UM PECADO COM CONSEQUÊNCIAS E FERIDAS PROFUNDAS


1.1. Reconhecendo o adultério

O adultério, na sua essência, refere-se à infidelidade conjugal, caracterizada por relações sexuais fora do casamento. Juridicamente, é visto como a quebra do contrato matrimonial, que pressupõe a fidelidade entre os cônjuges. Além do aspecto legal, o adultério é frequentemente associado a questões morais, éticas e emocionais, podendo gerar consequências significativas para os envolvidos. 

Aspectos do Adultério:

·        Definição:
Relações sexuais voluntárias com alguém que não seja o cônjuge, durante o período do casamento. 
·        Consequências jurídicas:


Em alguns casos, pode levar à perda de direitos como pensão alimentícia, dependendo das circunstâncias e legislação local. 


·        Consequências emocionais:

O adultério pode causar dor, sofrimento, traição, decepção e desequilíbrio emocional para o cônjuge traído e, em alguns casos, para os filhos e inimizade entre parentes e amigos e até dentro da igreja.


·        Consequências morais:

É visto como uma quebra de confiança e compromisso dentro do relacionamento, podendo afetar a ética e a moral do indivíduo envolvido. 


·        Superando o adultério:

Terapia de casal, comunicação aberta, busca por apoio emocional e, em alguns casos, perdão e reconciliação podem auxiliar na superação do adultério, bem como aconselhamento pastoral e prática de oração a dois. 


·        O adultério na sociedade:

O adultério é um tema presente em diversas culturas e religiões, com diferentes interpretações e consequências. Por exemplo, em algumas culturas (como no judaísmo e islamismo, podendo levara até a morte), o adultério feminino pode ser mais condenado do que o masculino, enquanto em outras, o foco pode ser mais na quebra do juramento de fidelidade. 
Em resumo, o adultério é uma questão complexa que envolve aspectos legais, morais, emocionais e sociais. A superação do adultério, quando possível, requer esforço, comunicação e, em muitos casos, apoio profissional. 


1.2. O adultério afronta o Criador

Sim, o adultério é visto pela perspectiva religiosa bíblica como uma afronta ao Criador, pois viola os mandamentos divinos e os votos matrimoniais, que são considerados sagrados, DEUS é testemunha do casamento conforme Malaquias. A Bíblia, em diversos trechos, condena o adultério e o considera um pecado grave, com consequências tanto espirituais quanto sociais. 


Elaboração:
A Bíblia, em vários livros como Êxodo, Levítico, Deuteronômio, Malaquias, Provérbios, nos evangelhos, 1 Coríntios, Hebreus etc, estabelece claramente a proibição do adultério e suas consequências. O adultério é visto como uma quebra da fidelidade conjugal, um ato que desrespeita o pacto matrimonial e, por extensão, a DEUS, que instituiu o casamento. 
Versículos bíblicos que abordam o adultério:

·        Êxodo 20:14:

"Não adulterarás." 

·        Provérbios 6:32-33:

"O homem que comete adultério não tem juízo; todo aquele que assim procede a si mesmo destrói." 

·        Levítico 20:10:

"Se um homem cometer adultério com a mulher de outro homem, o homem e a mulher que cometeram adultério serão executados." 

·        Mateus 5:27-28:

"Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olha para uma mulher com intenção impura, já em seu coração cometeu adultério com ela." 
“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos fornicadores, e aos adúlteros, DEUS os julgará”.
Hebreus 13:4


Consequências do adultério:

Além das implicações espirituais, o adultério pode gerar consequências sociais significativas, como:

·        Problemas familiares: A traição pode levar à separação, divórcio e sofrimento para todos os envolvidos, especialmente os filhos. 

·        Danos à reputação: O adultério pode causar vergonha e desonra para aqueles que o praticam. 
·        Consequências legais: Em alguns casos, o adultério pode gerar implicações legais, como a perda de direitos em processos de divórcio ou partilha de bens. 


O perdão e a restauração:

Apesar da gravidade do adultério, a fé cristã oferece a possibilidade de perdão e restauração através do arrependimento e da busca por DEUS. A Bíblia ensina que DEUS é misericordioso e está disposto a perdoar aqueles que se arrependem sinceramente de seus pecados. No entanto, a restauração do relacionamento após o adultério pode ser um processo longo e doloroso, exigindo perdão mútuo, honestidade e comprometimento. 

1.3. O sexo foi criado por DEUS

De acordo com a visão judaico-cristã, o sexo foi criado por DEUS. A Bíblia, em Gênesis, relata que DEUS criou o homem e a mulher e os abençoou, ordenando-lhes que fossem fecundos e se multiplicassem, o que é realizado através da relação sexual. Além da procriação, o sexo é visto como uma forma de prazer e união entre o homem e a mulher dentro do casamento. 
Visão judaico-cristã (Bíblica):

·        Criação:
A Bíblia apresenta o sexo como parte da criação de DEUS, com o homem e a mulher sendo criados à sua imagem e semelhança, DEUS os criou macho e fêmea. 

·        Propósito:
O sexo tem múltiplos propósitos, incluindo a procriação (Gênesis 1:28), o prazer e a união e a intimidade entre marido e mulher (Gênesis 2:24). 


·        Contexto:
O sexo é visto como algo bom e prazeroso, e é especialmente valorizado dentro do casamento, onde é um ato de amor e união entre um homem e uma mulher. 


·        Restrições:
A Bíblia também estabelece restrições, como a proibição de relações sexuais fora do casamento (imoralidade sexual). 

Outras perspectivas:

Ponto de vista ético:

Existem diferentes perspectivas éticas sobre o sexo, com algumas culturas e sistemas de crenças enfatizando a importância do prazer, enquanto outros podem ter restrições mais estritas. 
É importante notar que a interpretação e o significado do sexo podem variar dependendo das crenças e valores individuais. 

 
2- PERDOADOR OU ACUSADOR?

2.1. A malícia dos acusadores 

A malícia dos acusadores da mulher pega em adultério, descrita no Evangelho de João (capítulo 8, versículos 3 a 11), reside na intenção por trás da sua ação. Eles não estavam genuinamente preocupados com a justiça ou com a lei, mas sim buscando uma oportunidade para acusar JESUS e desacreditá-lo perante o povo. 

Contexto e Motivação:

·        Flagrante:
Os escribas e fariseus apresentaram a JESUS uma mulher que havia sido pega em adultério, um ato que, segundo a lei mosaica, exigia apedrejamento. 

·        Tentativa de Armadilha:

O objetivo deles era colocar JESUS em uma posição difícil, testando-o. Se Ele concordasse com a pena de apedrejamento, estaria indo contra a lei romana, que proibia o apedrejamento e reservava a pena capital para si. Também estaria se contradizendo já que pregava que veio buscar e salvar aqueles que se haviam perdido, veio chamar pecadores ao arrependimento. Se Ele não concordasse, estaria indo contra a lei judaica, desconsiderando Moisés e perdendo credibilidade como Mestre. 

A Resposta de JESUS:


·        Escrita no Chão:

Em vez de responder diretamente, JESUS se abaixou e começou a escrever no chão, ignorando-os por um tempo. Como insistissem na resposta, fez como da vez sobre o tributo, ou imposto romano.

"Quem Estiver Sem Pecado, Atire a Primeira Pedra":

Quando finalmente respondeu, JESUS desafiou os acusadores, convidando aquele que estivesse livre de pecado a atirar a primeira pedra na mulher. Essa frase revela a hipocrisia dos acusadores, pois todos eles, como seres humanos, estavam sujeitos ao pecado.
Libertação da Mulher:


Diante da resposta de JESUS, um a um, os acusadores foram se retirando, começando pelos mais velhos. JESUS, então, questionou a mulher sobre seus acusadores e, ao perceber que ninguém a condenava, disse: "Eu também não te condeno. Vai-te e não peques mais". 

Malícia Revelada:

A malícia dos acusadores se manifesta na sua intenção de usar a situação para prejudicar JESUS, e não para buscar a verdade ou aplicar a justiça de forma imparcial. Eles estavam mais preocupados em preservar sua própria reputação e autoridade do que em demonstrar compaixão ou seguir a lei com sinceridade. 


2.2. JESUS ignora os acusadores

Na narrativa bíblica, JESUS não ignora a mulher pega em adultério, mas adota uma abordagem única. Ele inicialmente se abaixa e escreve no chão, como se ignorasse os acusadores, depois os desafia, dizendo: "Quem dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que atire pedra contra ela.". Diante dessa resposta, os acusadores, um a um, se retiram, e JESUS, ao final, não condena a mulher, mas a exorta a não pecar mais. 

·        Misericórdia e graça:

A ação de JESUS demonstra sua misericórdia e graça, oferecendo perdão à mulher e mostrando que ninguém é perfeito. 


·        Confronto com o pecado:

JESUS não ignora o pecado da mulher, mas a confronta com a necessidade de mudança. 

·        Abertura para a transformação:

A frase "não peques mais" indica que JESUS espera que a mulher transforme sua vida e não continue no mesmo caminho. 


·        Ato de escrita:

O ato de JESUS escrever no chão tem sido interpretado de várias maneiras, incluindo uma forma de ignorar os acusadores, listar seus pecados ou simplesmente lidar com a situação de maneira simbólica. 


A história da mulher adúltera é frequentemente usada para ilustrar a mensagem de amor, perdão e graça de JESUS, além de desafiar as pessoas a refletirem sobre seus próprios pecados e julgamentos. 


Pode ser que JESUS escreveu o pecado da mulher e depois o apagou, pois Ele pode perdoar pecados.
 
2.3. O Advogado Fiel

A passagem bíblica de João 8:3-11 descreve uma cena em que JESUS age como o advogado da mulher pega em adultério, defendendo-a da condenação e do apedrejamento. 
Elaboração:
Na passagem, JESUS é confrontado por escribas e fariseus que trazem uma mulher flagrada em adultério, exigindo que ele aplique a lei de Moisés, que ordenava o apedrejamento. JESUS, em vez de condená-la, desafia os acusadores, questionando quem entre eles estivesse sem pecado para atirar a primeira pedra. Diante da ausência de acusadores que pudessem lançar a primeira pedra, JESUS perdoa a mulher, dizendo: "Nem eu te condeno; vai e não peques mais". 


JESUS, ao intervir em favor da mulher e oferecer-lhe perdão, atua como um advogado, um defensor, mostrando misericórdia e compaixão, em vez de seguir a lei friamente. Ele não a isenta da responsabilidade pelo ato, mas a liberta da condenação imediata e a encoraja a uma nova vida. 


Portanto, a ação de JESUS na história da mulher adúltera é vista como um ato de intercessão e perdão, exemplificando o papel de advogado fiel que defende aqueles que estão sob acusação. 
Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, JESUS CRISTO, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo. 1 João 2:1,2


Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. 1 João 1:9

3- JESUS NOS ENSINA A PERDOAR


3.1. Perdão, uma expressão de amor

O perdão de JESUS à mulher adúltera, descrito em João 8:1-11, é um exemplo marcante do amor e da misericórdia de JESUS. Ele demonstrou que o amor verdadeiro não se baseia em julgamento e condenação, mas em compaixão e perdão, incentivando a mulher a mudar de vida. 
Significado:
·        O episódio destaca a graça e o perdão de JESUS, mostrando que Ele não veio para condenar, mas para oferecer salvação e uma nova chance. 

·        JESUS não ignorou o pecado, mas demonstrou que o amor e a misericórdia podem levar à transformação e ao arrependimento. 

·        O perdão de JESUS à mulher adúltera é um exemplo para todos, mostrando que o amor e o perdão são fundamentais nas relações humanas e na nossa caminhada com DEUS, segundo a Bíblia Online. 


Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Lucas 19:10
Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento. Lucas 5:32
 
3.2. Perdoados e perdoando 

No episódio da mulher adúltera, JESUS ensina sobre o perdão e a necessidade de perdoar, tanto o perdão recebido quanto o oferecido. O relato, encontrado em João 8:1-11, mostra JESUS diante de uma mulher pega em adultério, trazida por escribas e fariseus que a acusavam e buscavam condená-la à morte, conforme a lei de Moisés. 

Ensinamentos de JESUS:

·        Perdão:
JESUS, ao invés de condenar a mulher, a perdoa, demonstrando a graça e o amor de DEUS que vão além da justiça legal. Ele diz: "Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais." 

·        Arrependimento:
O perdão de JESUS não é um endosso ao pecado. Ele a liberta da condenação, mas também a chama a mudar de vida, a não pecar mais. 


·        Não julgar:

JESUS demonstra que ninguém tem o direito de julgar ou condenar os outros, pois todos são pecadores e precisam do perdão de DEUS. 

·        A importância do arrependimento:

A resposta de JESUS à mulher, "Vai e não peques mais", destaca a necessidade do arrependimento e da busca pela santidade, segundo a Logos Sermons. 

·        Transformação:
A passagem não apenas revela o perdão, mas também a possibilidade de transformação e mudança de vida, conforme a Logos Sermons. 


Em resumo, o episódio da mulher adúltera nos ensina que:

·        DEUS oferece perdão incondicional a quem se arrepende.

·        A graça de DEUS não é uma licença para pecar, mas um convite à transformação.

·        Devemos perdoar aqueles que nos ofendem, assim como DEUS nos perdoa. 
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. Mateus 6:15.


3.3. Compreendendo o perdão

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” Mateus 5.23,24


A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e DEUS, mas também para com nossos irmãos. Reconhecemos, que, à semelhança da cruz, também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical (o homem com DEUS) e a horizontal (entre os homens). O mesmo perdão que recebemos de DEUS deve ser praticado para com nossos semelhantes.

QUEM NÃO PERDOA NÃO É PERDOADO

O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém. A reconciliação horizontal determina se a vertical que recebemos de DEUS vai permanecer em nossa vida ou não. A palavra de DEUS é clara quanto ao fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então DEUS também não nos perdoará. Foi JESUS CRISTO quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:


“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” Mateus 6.14,15


DEUS tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo espírito misericordioso para com quem nos ofende. Se fluímos com o Pai Celestial no mesmo espírito perdoador, permanecemos na reconciliação alcançada pelo Senhor JESUS. Contudo, se nos negamos a perdoar, interrompemos o fluxo da graça de DEUS em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é comprometida pela ausência da horizontal. CRISTO também nos advertiu com clareza sobre isto em uma de suas parábolas (faladas num contexto que envolvia o perdão):


“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas com os seus servos. E passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o seu senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, e que a dívida fosse paga. Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: paga-me o que me deves. Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus companheiros o que havia se passado, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o que acontecera. Então seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida. Assim também o meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” Mateus 18.23-35
O significado desta ilustração dada por JESUS CRISTO é muito forte. Temos um rei e dois tipos de devedores. Se a parábola ilustra o reino de DEUS, então o rei figura o próprio DEUS. O primeiro devedor tinha uma dívida impagável, enquanto a do segundo estava ao seu alcance. Não há como comparar a dívida de cada um. Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o equivalente a cerca de 200.000 dias de trabalho, enquanto os cem denários que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de trabalho. Esta diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com DEUS, e que, por ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna. Contudo, sem que merecêssemos, DEUS em sua bondade, nos perdoou. Portanto, Ele espera que façamos o mesmo. O cristão que foi perdoado de seus pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu perdão revogado.


Isto é muito sério. As ofensas das pessoas contra nós não são nada perto das nossas ofensas que o Pai Celestial deixou de levar em conta. E a premissa bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então também devemos perdoar a qualquer um que nos ofenda.


A FALTA DE PERDÃO É UMA PRISÃO


Quem não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18.34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida”. A palavra verdugo significa “torturador”. Além de preso, aquele homem seria torturado como forma de punição. A prática do ministério nos revela que o que JESUS falou em figura nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa. Os demônios amarram a vida daqueles que retém o perdão. Suas torturas aplicadas são as mais diversas: angústia e depressão, enfermidades, debilidade física etc.


Muita gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno, esperando que quem te magoou venha a morrer. A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um outro maior (a mágoa)”?


Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor. Porém, eu digo que o benefício maior não é o que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão não há cura. A doença interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é seriamente afetada. Em outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o perdão), vemos o Senhor JESUS nos advertindo do mesmo perigo:


“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo” Mateus 5.25,26
Não sei exatamente como é esta prisão, mas sei que CRISTO não estava brincando quando falou dela. A falta de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém. Isto é um fato comprovado. Tenho presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto também pode acontecer com você, basta decidir perdoar.

SEGUINDO O EXEMPLO DIVINO

Como deve ser o perdão? A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para poder ser perdoada? Não. Devemos perdoar como DEUS nos perdoou:


“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também DEUS em CRISTO vos perdoou” Efésios 4.32


O texto bíblico diz que nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o exemplo da que DEUS em JESUS praticou para conosco. Então, basta perguntar: – “Merecemos o perdão de DEUS? Não. Então nosso ofensor também não precisa merecer.


O perdão é um ato de misericórdia, de compaixão. Nada tem a ver com merecimento. O apóstolo Paulo falou aos efésios que o perdão é fruto de um coração compassivo e benigno. O perdão flui da benignidade do nosso coração, e não por haver ou não benignidade no ofensor.
JESUS disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar a reconciliação. Mesmo se tal pessoa não me procurar ou nem mesmo quiser falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho que tentar. DEUS ofereceu perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer comportamento, e Ele é nosso exemplo!

NÃO HÁ LIMITE DE VEZES PARA PERDOAR

Certa ocasião, o apóstolo Pedro quis saber o limite de vezes que existe para perdoar alguém.

E foi surpreendido pela resposta que CRISTO lhe deu:


“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe JESUS: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete”
Mateus 18.21,22

O Senhor declarou que mesmo se alguém repetir sua ofensa contra mim por quatrocentos e noventa vezes, ainda deve ser perdoado. Na verdade, os comentaristas bíblicos em geral entendem que JESUS não estava se prendendo a números, mas tentando remover o limite imposto na mente dos discípulos para perdoar.

Fico pensando o que seria de nós sem a misericórdia de DEUS. Quantas vezes DEUS já nos perdoou? Quantas mais Ele vai nos perdoar? Se devemos perdoar como também DEUS em CRISTO nos perdoou, então fica claro que não há limite de vezes para perdoar!

O DIABO É QUEM LEVA VANTAGEM

Já falamos que há uma prisão espiritual ocasionada por reter o perdão. E que demônios se aproveitam desta situação. Agora queremos examinar um outro texto bíblico que nos mostra nitidamente que a falta de perdão dá vantagem ao diabo:


“A quem perdoais alguma cousa, também eu perdoo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma cousa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de CRISTO, para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. 2 Coríntios 2.10,11
O apóstolo Paulo revela que se deixamos de perdoar, quem vai se aproveitar da situação é Satanás, o adversário de nossas almas. Disse ainda, que não ignorava as maquinações do maligno. Em outras palavras, ele estava dizendo que justamente por saber como o diabo age na falta de perdão, é que não podia deixar de perdoar.


Precisamos entender que DEUS não será engrandecido na falta de perdão. Que o ofendido não lucra nada por não perdoar. Que até mesmo o ofensor pode estar espiritualmente preso. O único que lucra com isso é o diabo, pois passa a ter autoridade na vida de quem decide alimentar a ferida do ressentimento.


A Bíblia nos ensina que não devemos dar lugar ao diabo (Ef 4.27). Que ele anda em nosso derredor rugindo como leão, buscando a quem possa tragar (1 Pe 5.8), e que devemos resisti-lo (Tg 4.7). Mas quando nos recusamos a perdoar, estamos deliberadamente quebrando todos estes mandamentos.

CONSELHOS PRÁTICOS

Para aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por outro lado, não é algo tão fácil de se fazer, quero oferecer alguns conselhos práticos que serão de grande valia.
Primeiro, o perdão não é um sentimento, é uma decisão e uma atitude de fé. Já dissemos que o perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas emoções a perdoar. Não me alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me lesou por uma decisão racional. Portanto, o perdão não flui espontaneamente, deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que DEUS fez por mim e sua ordem de perdoar. As consequências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar mais munição à razão do que à emoção.
É preciso fé para perdoar. Certa ocasião quando JESUS ensinava seus discípulos a perdoarem, foi interrompido por um pedido peculiar:


“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se por sete vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé” Lucas 17.3-5)
Naquele instante os discípulos reconheceram que para praticar este nível de perdão iriam precisar de mais fé. E JESUS parece ter concordado, pois nos versículos seguintes lhes ensinou que a fé é como semente, quanto mais se exercita (planta) mas ela cresce (se colhe).
É necessário crer que DEUS é justo e que Ele não nos pede mais do que aquilo que podemos dar. Se DEUS nos pediu que perdoássemos, Ele vai nos socorrer dispensando sua graça quando tivermos uma atitude de perdão.


Muitas vezes o perdão precisa ser renovado. Depois de declarar alguém perdoado, o diabo, que não quer perder seu domínio, vai tentar renovar a ferida. Em Provérbios 17.9 as Escrituras Sagradas nos falam sobre encobrir a questão ou renová-la. É preciso tomar uma decisão de esquecer o que houve, e renovar somente o perdão. Cada vez que a dor tentar voltar, declare novamente seu perdão. Ore abençoando seu ofensor. Lute contra a mágoa!
É importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em JESUS na cruz:
“Contudo JESUS dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” Lucas 23.34
Em vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, JESUS enxerga que eles também eram vítimas. Aqueles homens estavam em cegueira e ignorância espiritual, debaixo de influência maligna, sem nenhum discernimento de quem estavam de fato matando. Eram vítimas de todo um sistema que os afastou de DEUS e da revelação das Escrituras. E ao reconhecer que ele é que eram vítimas, em vez de alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), JESUS teve compaixão deles. Acredito que este é um princípio para o perdão fluir livremente. Assim como JESUS o fez, deixando exemplo, Estevão, o primeiro mártir do Cristianismo, também o fez:

“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”
Atos 7.60


Quando você começa a enxergar as misérias da vida espiritual de seu ofensor (ao menos a que manifestou no momento de te ferir), e canaliza o amor de DEUS por ele, como você também necessita do amor divino ao se achegar arrependido em busca de perdão, a coisa fica mais fácil.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagens

AS CURAS REALIZADAS POR JESUS CRISTO

  AS CURAS REALIZADAS POR JESUS CRISTO E PELA IGREJA PRIMITIVA   TEXTO BÍBLICO “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermid...

Postagens Mais Visitadas