BARZILAI, EXEMPLO DE GRATIDÃO E LEALDADE
O personagem Barzilai é uma figura notável no Antigo Testamento da Bíblia, principalmente nos livros de 2 Samuel e 1 Reis, sendo um grande exemplo de lealdade, generosidade e humildade para com o Rei Davi em um momento de crise.
Quem foi Barzilai?
Barzilai
é identificado como um gileadita, morador de Rogelim, uma região a leste
do Rio Jordão. As passagens bíblicas o descrevem como um homem muito rico
e de grande importância social.
Seu
momento de maior destaque ocorre quando o Rei Davi foge de Jerusalém por
causa da revolta liderada por seu filho Absalão.
O Apoio na Crise de Davi (2 Samuel 17:27-29)
Quando
Davi e seus seguidores estavam em Maanaim, no deserto, em uma situação de
grande vulnerabilidade, Barzilai e outros amigos demonstraram notável coragem e
lealdade:
- Generosidade
Crucial: Barzilai,
junto com Sobi e Maquir, forneceu provisões essenciais para Davi e
seu exército, que estavam cansados, famintos e sedentos. Eles trouxeram comida (cevada, farinha, grãos,
lentilhas, mel, manteiga, queijo) e utensílios (bacias, vasilhas) (2
Samuel 17:27-29).
- Ato de
Coragem: Ajudar o rei
fugitivo era um ato de risco, pois poderia provocar a ira de Absalão, que
na época detinha o poder em Jerusalém. A atitude de Barzilai demonstrou
sua fidelidade inabalável ao legítimo rei.
A Recusa da Recompensa e a Humildade (2 Samuel 19:31-39)
Após o fim da revolta e o retorno de Davi para Jerusalém, o rei,
em sinal de gratidão, convidou Barzilai para ir morar com ele na corte, em
Jerusalém, garantindo que o sustentaria pelo resto da vida.
Barzilai,
que já tinha oitenta anos de idade, recusou o convite com grande humildade
e realismo:
- Reconhecimento
da Limitação: Ele
explicou a Davi que era muito idoso e que a vida na corte não lhe traria
mais prazer, pois já não podia desfrutar do sabor da comida e da bebida,
nem da voz dos cantores. Ele temia se tornar um fardo para o rei.
- Pedido
Alternativo: Em vez
de aceitar a honra para si, ele pediu que Davi levasse seu servo (ou
filho, dependendo da tradução) Quimã para Jerusalém, e que fizesse
por ele o que quisesse. Davi concordou, beijou Barzilai, abençoou-o, e ele
voltou para casa.
Um Legado de Bondade (1 Reis 2:7)
A
lealdade de Barzilai não foi esquecida. Em seu leito de morte, o Rei Davi
instruiu seu filho Salomão a mostrar bondade à família de Barzilai,
permitindo que seus descendentes comessem à mesa real.
Essa
instrução final mostra o profundo impacto que a fidelidade e a generosidade de
Barzilai tiveram na vida de Davi, garantindo um legado de bênçãos para
sua família.
Em
resumo, Barzilai, o gileadita, é celebrado na Bíblia como um homem rico,
corajoso, extremamente leal a Davi em tempos difíceis e que demonstrou uma rara
humildade ao recusar a recompensa real, garantindo, contudo, o benefício de
seu servo Quimã e um legado de bondade para sua própria família.
Barzilai, o gileadita, foi um homem rico e leal a Davi que o auxiliou quando o rei fugia de seu filho Absalão, fornecendo suprimentos e abrigo em Maanaim. Ele era um homem de 80 anos que se recusou a ir com Davi para Jerusalém, mas pediu que o rei honrasse seus filhos, o que Davi fez ao dar instruções a Salomão para que os filhos de Barzilai fossem sempre bem recebidos na corte.
Quem
foi Barzilai
- Um
homem rico e influente:
Era
um habitante de Gileade, uma região montanhosa a leste do Jordão.
- Um
grande amigo do rei Davi:
Ajudou
Davi com generosidade e coragem quando ele estava fugindo da rebelião de
Absalão.
- Age
com humildade e sabedoria:
Apesar
de sua riqueza e importância, era humilde e, com o passar dos anos, reconheceu
que não poderia acompanhar o rei em sua jornada.
- Deixou
um legado de lealdade:
Sua
lealdade foi lembrada muito tempo depois de sua morte, e ele é citado como um
exemplo de como usar a riqueza para o bem e servir aos outros em tempos
difíceis.
A
história de Barzilai e Davi
- Durante
a fuga:
Davi
fugia de seu filho Absalão e foi abrigado por Barzilai em Maanaim, onde recebeu
apoio e suprimentos.
- Após a
rebelião:
Quando
a rebelião terminou e Davi estava voltando para Jerusalém, Barzilai acompanhou
o rei até o Jordão.
- O
agradecimento de Davi:
Na
despedida, Davi ofereceu a Barzilai que fosse com ele para Jerusalém e o
sustentaria lá, mas Barzilai, por sua idade avançada, recusou, pedindo que o
rei apenas honrasse seus filhos.
- A
promessa:
Davi
aceitou o pedido, e pouco antes de sua morte, ordenou a seu filho Salomão que
os filhos de Barzilai fossem bem tratados por terem sido bondosos com ele em
seu tempo de fuga.
Barzilai — um homem que reconhecia suas limitações
‘POR
QUE eu devia tornar-me uma carga para ti?’ Essa pergunta dirigida ao Rei Davi,
de Israel, foi feita por Barzilai, um homem de 80 anos. A Bíblia diz que
ele era “muito grande”, ou muito importante, sem dúvida por causa de sua
riqueza. (2 Samuel 19:32, 35) Ele vivia em Gileade, uma região
montanhosa a leste do rio Jordão. — 2 Samuel 17:27; 19:31.
Sob
que circunstâncias Barzilai fez essa pergunta a Davi? E o que levou esse homem
idoso a fazê-la?
Rebelião
contra o rei
Davi
estava em perigo. Seu filho Absalão havia usurpado o trono depois de ‘ter
furtado, ou conquistado, o coração dos homens de Israel’. Era evidente que
Absalão não pouparia ninguém que fosse leal a seu pai. De modo que Davi e seus
servos saíram de Jerusalém. (2 Samuel 15:6, 13, 14) Quando Davi
chegou a Maanaim, uma região a leste do Jordão, Barzilai o ajudou.
Barzilai
e mais dois homens, Sobi e Maquir, generosamente supriram Davi de muitas
provisões materiais. Esses três súditos leais mostraram que entendiam a
lamentável situação de Davi e seus homens quando disseram a respeito desses: “O povo está faminto e cansado, e está com sede no ermo.”
Eles fizeram o possível para atender a tais necessidades, fornecendo a Davi e seus homens camas, trigo, cevada,
farinha, grãos torrados, favas, lentilhas, mel, manteiga, ovelhas e outras
provisões. — 2 Samuel 17:27-29.
Era
arriscado ajudar Davi. Absalão dificilmente deixaria de punir quem apoiasse o
rei legítimo. Portanto, exigiu coragem da parte de Barzilai ser leal a Davi.
A
situação se reverte
Pouco
depois, as forças rebeldes de Absalão se encontraram com os homens de Davi.
Seguiu-se uma batalha na floresta de Efraim, provavelmente perto de Maanaim. O
exército de Absalão foi derrotado “e a matança
ali resultou ser grande naquele dia”. Embora Absalão tentasse escapar, logo foi
morto. — 2 Samuel 18:7-15.
Mais
uma vez, Davi era o incontestável rei de Israel. Seus seguidores não precisavam
mais viver como fugitivos. E por causa de sua lealdade granjearam o respeito e
a gratidão de Davi.
Quando
Davi estava para voltar a Jerusalém, “o próprio
Barzilai, o gileadita, desceu de Rogelim, a fim de passar adiante para o Jordão
com o rei, para escoltá-lo até o Jordão”. Foi então que Davi fez este
convite ao idoso Barzilai: “Atravessa tu mesmo
comigo e eu te hei de suprir de alimento comigo em Jerusalém.” — 2 Samuel
19:15, 31, 33.
Sem
dúvida, Davi havia apreciado muito a ajuda de Barzilai. É improvável que o rei
quisesse apenas devolver o favor provendo necessidades materiais. O rico
Barzilai não precisava desse tipo de ajuda. Talvez Davi desejasse a presença
dele na corte por causa das qualidades admiráveis desse homem idoso. Ocupar um
lugar permanente ali seria uma honra para Barzilai, que poderia desfrutar dos
privilégios de ter a amizade do rei.
Modesto
e realista
Respondendo
ao convite do Rei Davi, Barzilai disse: “Como é que
são os dias dos anos da minha vida, que eu devia subir com o rei a Jerusalém?
Tenho hoje oitenta anos de idade. Poderia eu distinguir entre o bom e o mau, ou
poderia teu servo saborear o que comer ou o que beber, ou poderia ainda escutar
a voz de cantores e de cantoras?” (2 Samuel 19:34, 35) Assim,
Barzilai respeitosamente recusou o convite e renunciou a um excelente
privilégio. Mas por quê?
Um
dos motivos da decisão de Barzilai pode ter sido sua idade avançada e as
limitações que a acompanhavam. Talvez achasse que não viveria mais por muito
tempo. (Salmo 90:10) Ele havia feito o possível para apoiar Davi, mas
reconhecia as limitações que a velhice lhe impunha. Não permitiu que a idéia de
prestígio e destaque o impedisse de ser realista ao avaliar o que era capaz de
fazer. Em contraste com o ambicioso Absalão,
Barzilai sabiamente mostrou modéstia. — Provérbios 11:2.
Outro
motivo da decisão de Barzilai talvez tenha sido o seu desejo de que suas
limitações de modo algum dificultassem as atividades do rei designado por Deus.
Barzilai perguntou: “Por que devia teu servo tornar-se ainda uma carga para meu
senhor, o rei?” (2 Samuel 19:35) Embora continuasse a apoiar Davi, é
provável que Barzilai achasse que um homem mais jovem cumpriria melhor
quaisquer funções. Provavelmente se referindo ao seu próprio filho, ele disse: “Eis o teu servo Quimão. Atravesse ele com o meu senhor,
o rei; e faze com ele o que for bom aos teus olhos.” Em vez de se ofender, Davi
aceitou essa sugestão. De fato, antes de cruzar o Jordão, Davi “beijou Barzilai
e o abençoou”. — 2 Samuel 19:37-39.
É
preciso equilíbrio
O
relato a respeito de Barzilai destaca a necessidade de equilíbrio. Por um lado,
não devemos recusar um privilégio de serviço, ou não nos esforçar em
alcançá-lo, só porque queremos levar uma vida sossegada ou nos sentimos
incapazes de assumir responsabilidades. Deus pode compensar a nossa deficiência
se confiarmos nele como fonte de força e sabedoria. — Filipenses 4:13; Tiago
4:17; 1 Pedro 4:11.
Por
outro lado, temos de reconhecer nossas limitações. Por exemplo, talvez um
cristão já esteja bastante ocupado com atividades espirituais. Ele reconhece
que aceitar mais privilégios poderia comprometer outros deveres bíblicos, como
prover para a família. Nesse caso, será que não revelaria modéstia e
razoabilidade de sua parte se, no momento, não aceitasse privilégios
adicionais? — Filipenses 4:5; 1 Timóteo 5:8.
Barzilai
deu um belo exemplo, e faremos bem em meditar sobre isso. Ele era leal,
corajoso, generoso e modesto. Acima de tudo, estava decidido a colocar os
interesses de Deus à frente dos seus. — Mateus 6:33.
Barzilai,
de 80 anos, fez uma viagem cansativa a fim de ajudar Davi
GILEADE,
Rogelim, Sucote, Maanaim, Rio Jordão,
Gilgal, Jericó, Jerusalém, EFRAIM
GRATIDÃO GERA GRATIDÃO
Temos
muitos motivos para agradecer. Aprendemos esta verdade observando as atitudes
de Barzilai (em fazer o bem) e Davi (ao retribuir o bem).
A comovente história está em 2 Samuel 19.31-40. Com estes homens de Deus
aprendemos a agir quando precisarem de nós e a proceder quando nos fizerem o
bom.
QUANDO PRECISAREM DE NÓS
1.
Devemos prestar atenção.
Para prestar atenção, precisamos aprender (sim, é uma aprendizagem) a olhar
menos para nós mesmos. Barzilai era idoso (80 anos) e não estava nas melhores
condições de ajudar. Não gozava de boa saúde (verso 35). A generosidade não
depende de NOSSAS condições ideais, que talvez jamais cheguem. Por menos que
tenhamos, sempre temos o que repartir. Cuidemos para que a posse de bens (ou de
conhecimento) não nos torne insensíveis à necessidade do outro.
2. Devemos pressupor que a dificuldade do outro é nossa dificuldade.
Antecipemo-nos, porque nem sempre seremos demandados (por timidez ou vergonha
do outro, necessitado). Davi vivia um drama de família; fugia porque seu filho
tentava tomar o controle do governo (1Reis 2.7).
3. Devemos pôr em ação.
Barzilai “desceu” (verso 31) de sua cidade
para se encontrar com Davi. Ação às vezes demanda sacrifício.
Barzilai passou o rio (sem
ponte, imaginemos.
Fez mais: atravessou o rio com o grupo de
Davi (verso 31).
Fez muito mais: como sua condição permitia,
sustentou Davi e sua entourage (verso 32).
E tudo fez Barzilai sem qualquer expectativa (“vem tu comigo?” — verso 33). Não
fez para receber; fez. Não esperou gratidão, imaginemos, em forma de foto,
placa ou aplauso.
QUANDO NOS FIZEREM O BEM
1. Devemos prestar atenção no bem que nos fazem.
Temos sido alvos da bondade dos outros. Basta que olhemos para a nossa
história. Davi olhou e se recordou do que Barzilai lhe fizera e agora fazia de
novo.
Barzilai o alimentara (2 Samuel 17.27-29):
“Tendo Davi chegado a Maanaim, Sobi (filho de Naás, de Rabá, dos
filhos de Amom), e Maquir (filho de Amiel, de Lo-Debar) e Barzilai (o
gileadita, de Rogelim) tomaram camas, bacias e vasilhas de barro, trigo,
cevada, farinha, grãos torrados, favas e lentilhas; também mel, coalhada,
ovelhas e queijos de gado e os trouxeram a Davi e ao povo que com ele estava,
para comerem, porque disseram:
— Este povo no deserto está faminto, cansado e sedento. (2 Samuel 17.27-29)
Como
Davi, também não sobrevivemos sem gestos de bondade para conosco.
2.
Devemos ser gratos como Davi.
Pouco
depois do gesto de Barzilai, tendo-o encontrado, desejou expressar sua gratidão
em forma concreta, dispondo-se a sustentá-lo (financeiramente, como diríamos
hoje), em retribuição ao que recebera dele.
.
Devemos retribuir os atos de gratidão para conosco.
Na verdade, retribuição (gesto por gesto) é impossível. O que podemos fazer é
uma aproximação ao gesto de generosidade para conosco. No caso, Davi faria
mais.
.
Devemos retribuir com insistência, mesmo que o outro não queira, mesmo que o
outro resista em aceitar, mesmo que não consigamos fazer-lhe o bem diretamente.
Barzilai recusou. A história poderia acabar aí. Davi insistiu. Mostrando sua
face, Barzilai pediu a transferência do favor (é assim que recebia o gesto de
Davi) para outra pessoa (Quimã). Davi aceitou. Ele não queria se livrar da
responsabilidade de agradecer; ele queria agradecer.
.
Devemos abençoar quem nos abençoa.
Eis
o que Davi fez: “tendo, pois, todo o povo passado o
Jordão e passado também o rei, este beijou a Barzilai e o abençoou; e ele
voltou para sua casa” (2 Samuel 19.39).
Davi demonstrou afeto. Davi também “desceu”, no caso de sua dignidade política,
e diante do público abraçou e beijou seu benfeitor.
.
Devemos guardar para sempre o gesto que nos abençoou.
Se
estes gestos de Davi nos bastam para ver o seu coração, leiamos um pouco mais a
crônica da realeza. No seu leito de morte, Davi instrui Salomão, seu sucesso,
sobre como deveria proceder. Depois de pedir firmeza e dureza do novo monarca,
o velho pai pede:
—
Porém, com os filhos de Barzilai, o gileadita, usarás de benevolência, e
estarão entre os que comem à tua mesa, porque assim se houve comigo, quando eu
fugia por causa de teu irmão Absalão (1Reis 2.7).
Davi
jamais se esqueceu de Barzilai.
Envolvemo-nos
tanto em nossos compromissos, que não reservamos tempo para dar aos outros.
Estamos tão apertados financeiramente, que não sobra dinheiro para ofertar aos
outros. Estamos tão fechados que não nos sobra oportunidade para abrir os
braços para os outros.
Dê tempo a quem um dia lhe dispensou tempo.
Dê dinheiro a quem um dia lhe ofereceu algum.
Dê afeto a quem um dia lhe abraçou.
Seja grato, interessando-se por quem se interessou por você.
Seja grato, aprendendo a ser generoso com aquele que um dia o alcançou

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