sexta-feira, 13 de junho de 2025

RISPA UMA MÃE DEDICADA EM MEIO A DOR

RISPA UMA MÃE DEDICADA EM MEIO A DOR 


Rispa em 2 Samuel 21

Rispah é uma figura notável no Antigo Testamento da Bíblia, especificamente no livro de 2 Samuel, capítulo 21. A sua história é breve, mas profundamente comovente e ilustra a sua coragem, lealdade e o poder do luto materno.

Ela era concubina de Saul, o primeiro rei de Israel. Após a morte de Saul e de seu filho Jônatas em batalha, e a subsequente ascensão de Davi ao trono, Israel enfrentou uma severa fome que durou três anos. Davi buscou a face de Deus para entender a causa da fome, e a resposta divina revelou que a seca era uma punição pelo pecado de Saul contra os gibeonitas. Anos antes, Saul havia atacado e matado alguns gibeonitas, que tinham um tratado de paz com Israel desde os dias de Josué.

Para aplacar a ira de Deus e restaurar a paz com os gibeonitas, Davi perguntou a eles o que poderiam fazer. Os gibeonitas não pediram prata ou ouro, mas sim a vida de sete descendentes masculinos de Saul, para serem enforcados como um sacrifício ao Senhor. Davi, então, entregou-lhes dois filhos de Rispa com Saul, Armoni e Mefibosete (não o Mefibosete filho de Jônatas, que Davi poupou por causa de sua aliança com Jônatas), e mais cinco filhos de Merabe (filha de Saul) com Adriel.

O clímax da história de Rispa, e o que a torna tão memorável, ocorre após a execução dos sete homens. Por um período de aproximadamente seis meses, desde a colheita da cevada (março-abril) até o início das chuvas (outubro), Rispa permaneceu ao lado dos corpos de seus filhos, que estavam pendurados em um monte. Ela estendeu um pano de saco sobre a rocha e dia e noite, bravamente, espantou as aves de rapina durante o dia e os animais selvagens durante a noite, protegendo os restos mortais de seus entes queridos da profanação.

Seu ato de devoção e luto foi tão profundo e público que a notícia chegou aos ouvidos do Rei Davi. Comovido pela sua dedicação inabalável, Davi mandou recolher os ossos dos sete homens, incluindo os de Armoni e Mefibosete, e também os ossos de Saul e Jônatas, que haviam sido sepultados em Jabes-Gileade. Todos foram enterrados juntos no sepulcro de Quis, pai de Saul, em Zelá. Após esse sepultamento digno, Deus finalmente atendeu às orações pela terra, e a fome cessou.

A história de Rispa é um testemunho poderoso do amor materno, da resiliência e da dignidade humana diante da adversidade e da tragédia. Ela se tornou um símbolo de luto respeitoso e da persistência em honrar os mortos, mesmo em circunstâncias extremas.

RISPÁ - SIGNIFICA "PEDRA BRILHANTE"

 

Não se tem nenhuma notícia de Merab a mãe dos cinco filhos sacrificados e expostos  abandonados

com os filhos de Rispá.

Rispá, certamente tomada de profunda dor, não ousou falar uma palavra sequer. Armou uma tenda com sacos de estopa. Ficou aí vigilante e alerta, desde o princípio da ceifa da cevada, na primavera, por todo o ardente estio, até à queda das chuvas periódicas, em outubro. O texto diz que Rispá, durante todo esse tempo, conservou-se sentada sobre uma rocha, perto do lugar onde estavam expostos os sete israelitas, não consentindo que de dia as aves do céu, e de noite as feras do campo devorassem seus corpos (2 Sm 21,1 - 11). Aproximadamente seis meses, ela vigiou e protegeu os sete corpos.  

Ela não grita, não toma nenhuma vara para bater e espantar quem se aproxima. Simplesmente toma um saco de estopa que servia para a colheita e se senta sobre ele. Sobre uma rocha dura e fria.

QUEM FOI RISPA:

3 lições da trágica história da concubina do Rei Saul

Rispa era uma concubina do rei Saul, e mãe de Armoni e Mefibosete.

A tragédia é muito comum em nosso mundo, seja uma história que vemos no noticiário ou um acontecimento que chega perto de casa. 

Muitos personagens bíblicos viveram terríveis tragédias, incluindo Rispa. Mas, quem era essa mulher e o que ela experimentou? Como sua história pode nos ensinar hoje? 

Vamos, então dar uma olhada em seu mundo e na tragédia da qual ela não conseguiu escapar.

Quem foi Rispa na Bíblia?

A primeira menção de Rispa ocorre em uma disputa entre dois homens na Bíblia. Rispa era uma das concubinas de Saul. Após a morte do rei Saul, Is-Bosete foi nomeado rei de Gileade por Abner, comandante do exército de Saul. A casa de Saul e Davi estava em guerra há muito tempo, lutando pelo controle de Israel. 

Nessa época, Davi governava apenas como rei sobre a tribo de Judá, embora estivesse destinado a se tornar o governante de toda a nação.

Em 2 Samuel 3:7, o rei Is-bosete acusa Abner de dormir com Rispa. Abner ficou revoltado com as acusações, embora não negue nem confirme o ato. Abner havia ajudado a levar adiante o legado de Saul ao nomear seu filho, Is-Bosete, rei. 

Ele era um homem orgulhoso e detestava que lhe fizessem tal pergunta. Abner sabia que Deus havia prometido toda a terra de Israel ao rei Davi. Até então, Abner havia contrariado o plano, mas agora, com o coração cheio de raiva e vingança, declara que ajudará a cumprir a promessa. Ele viaja para fazer um tratado com Davi, contudo, ele foi morto Joabe, acusado de ser um espião.

Mais tarde, em 2 Samuel, Rispa sofre uma tragédia impensável

Como Rispa era viúva, ela não possuia poder algum. Seus filhos são escolhidos para serem sacrificados por um juramento quebrado anos antes. Incapaz de interromper a sentença de morte, seus filhos acabam sendo enforcados em Gibeá de Saul. 

Depois que eles foram assassinados, Rispa ficou ao lado deles por meses, mantendo os pássaros e animais selvagens longe dos corpos.

Qual o significado de Rispa?

O nome Rispa deriva da raiz hebraica “רָצַף” (rasap), que significa “Brasa viva”, “queimar”, “arder” ou “brilhar”. - "Pedra quente" ou "Pedra brilhante"

Qual foi a terrível tragédia que Rispa enfrentou?

Para entender completamente a história de Rispa, precisamos voltar em Josué 9. Josué foi o sucessor de Moisés, incumbido da tarefa de conduzir os israelitas à Terra Prometida. Outras tribos de pessoas ocuparam a área, mas Deus estava com Josué e seu povo. Ele os ajudou a vencer seus inimigos e a tomar posse da terra.

Os gibeonitas eram uma dessas pessoas. Quando souberam da destruição que o exército de Josué havia causado em Jericó e Aí, bolaram um plano para enganar os israelitas. Vestidos com roupas esfarrapadas e carregando comida mofada, eles se aproximaram de Josué e seu povo. Eles fingiram ser de um país distante e pediram um tratado de paz. Os israelitas observaram seu lamentável estado, e Josué fez o tratado selando-o com juramento.

Três dias depois, no entanto, os israelitas ouviram que os gibeonitas eram na verdade seus vizinhos. Os israelitas continuaram sua jornada, mas não atacaram os gibeonitas quando eles se aproximaram deles por causa do juramento. 

“Isto, porém, lhes faremos: conservar-lhes-emos a vida, para que não haja grande ira sobre nós, por causa do juramento que já lhes fizemos.” (Josué 9:20)

Em 2 Samuel 21, descobrimos que Saul quebrou esse juramento e matou os gibeonitas. Em resposta, uma fome de três anos se espalhou pela terra. 

Os israelitas perguntaram como poderiam expiar o juramento quebrado, e os gibeonitas responderam que poderiam sacrificar sete descendentes masculinos de Saul. Dois desses homens eram os filhos de Rispa.

Qual é o significado da história de Rispa?

A tragédia de Rispa é uma história de luto. Mesmo que seus filhos fossem inocentes, eles tiveram que morrer pelos pecados de seu pai. Como deve ter sido horrível ver seus filhos morrerem por um evento do qual não participaram. Histórias semelhantes não são desconhecidas das pessoas hoje. Quantas mães ficaram paradas depois que seus filhos morreram nas mãos de um motorista bêbado ou de uma doença terminal que os levou cedo demais?

Rispa modela uma forma de luto. Ela manteve sua tristeza, não por dias, mas meses, embora possamos inferir que sua dor durou pelo resto de seus anos. Ela cuidou dos corpos, protegendo-os de mais contaminações. Davi, então notando sua dedicação, enterrou seus filhos, dando-lhes o devido enterro que mereciam. O sacrifício acabou com a seca e choveu nas terras de Israel. E assim, a nação sobreviveu.

Existe uma vida após o luto. Depois de reservar um tempo para o luto, podemos entrar em uma nova fase da vida, embora a mágoa e a dor possam permanecer. 

A morte de seus filhos ajudou uma nação a florescer. Os planos de Deus são difíceis de entender e discernir. Com o pecado no mundo, haverá dor e sofrimento até a volta de Jesus. Aconteça o que acontecer, no entanto, Deus pode fornecer conforto e restauração.

3 lições importantes da história de Rispa na Bíblia

Apesar de termos poucas informações sobre Rispa, podemos aprender algumas lições da sua vida do pouco que sabemos. Aqui estão 3 lições:

1. Deus pode usar nossas tragédias

Perda e tristeza fazem parte deste mundo terreno. Às vezes nos tornamos parte de uma história trágica como Rispa. 

Nosso mundo virou de cabeça para baixo por algo que nunca esperávamos: o acidente, o diagnóstico ou o telefonema que mudou nossa vida. 

Deus pode não planejar nossas tragédias, mas pode usá-las para o bem. 

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8:28)

A morte dos filhos de Rispa acabou com uma fome de três anos e restaurou Israel. Deus também pode usar nossas tragédias para o bem.

2. Há um tempo para lamentar

Saber que Deus está no controle não apaga nossa dor. Depois que os filhos de Rispa morreram, ela ficou ao lado deles por 5 ou 6 meses olhando diretamente para sua tristeza, sendo cercada pela dor todos os dias. 

A cura é um processo, e está tudo bem em lamentar nossas tragédias. É saudável. 

“TUDO tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. Há tempo de nascer, e tempo de morrer; […] Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar.” (Eclesiastes 3:1-4)

O luto não é fácil. A dor de Rispa com certeza não era fácil, pois tinha que manter os animais longe dos corpos pendurados de seus filhos. Contudo, temos que enfrentar essa parte difícil do processo para chegar do outro lado e presenciar a restauração.

3. Devemos ser fortes e perseverantes

Depois de testemunhar esse ato horrendo contra sua família, Rispa permaneceu forte. Desde o início da colheita até a chuva, ela ficava junto aos corpos de seus filhos. Imagine a visão horrível e o fedor pútrido que deve tê-la cercado. No entanto, ela continuou lutando. 

Dia após dia, noite após noite, ela protegia o que restava de seus filhos. Um capítulo da tragédia de Rispa terminou quando a água encheu a terra. Ela não esmagou os pássaros para sempre. Experimentaremos nossos próprios capítulos imagináveis, e Deus nos dará forças para perseverar.

Rispa era uma mulher de tremenda força e amor por seus filhos. Quando seu mundo saiu fora de seu controle, ela não fugiu. Mas ela permaneceu fiel muito depois do fim terreno de seus filhos. 

Quantas mães já abandonaram seus filhos, mesmo vivos?  Uma tristeza.

Quantas mães já desistiram de seus filhos deixando que as aves de Rapina das drogas, dos traficantes, prostituições, más companhias, Baladas, filmes e revistas pornográficas, Internet, etc.

Deus viu Rispa, e ele usou os eventos horríveis para trazer restauração. 

Acredite, Deus fará o mesmo hoje! Ele permanece no controle, mesmo quando tudo parece acabado e os sonhos frustrados. Saiba que no momento exato, Ele se levantará em teu favor.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

MELQUISEDEQUE, O REI DE SALÉM


 MELQUISEDEQUE, O REI DE SALÉM

TEXTO BÍBLICO: Gênesis 14.18-20; Hebreus 7.1-7,17

"Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque" (Hb.7:17).

 

INTRODUÇÃO

Trataremos a respeito do caráter do enigmático personagem bíblico Melquisedeque. Não sabemos muito a respeito da sua história, mas os relatos bíblicos que temos são suficientes para extrair importantes lições a respeito do seu perfil justo e santo. Se nome significa “rei de justiça”. Foi um verdadeiro adorador, servo do Deus altíssimo, no meio de um povo idólatra e corrompido, os cananeus. Exerceu o papel de rei e sacerdote, sem fazer parte da linhagem de Israel (Gn.14:18). Sua ordem sacerdotal, com aspectos peculiares, tornou-se um tipo do sacerdócio de Cristo, que em tudo é superior a todas as ordens sacerdotais. Abraão recebeu a bênção dele quando voltava de um conflito para libertar o seu sobrinho Ló, e a aceitação da bênção por parte de Abraão demonstra que o patriarca reconheceu a autoridade sacerdotal de Melquisedeque (Gn.14:19,20). Que possamos melhorar a nossa vida cristã com o exemplo do caráter santo e justo desse homem de Deus, Melquisedeque.

I. QUEM ERA MELQUISEDEQUE

1. Um personagem misterioso. Melquisedeque é, no texto sagrado, alguém que não tinha genealogia, ou seja, não tinha estabelecido a sua etnia, a sua origem, sendo apresentado tão somente como rei de Salém. O autor aos Hebreus diz que ele era "sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida..." (Hb.7:3). Isto não quer dizer que não fosse uma pessoa que tivesse uma origem, uma família. Não merecem guarida as interpretações que fazem de Melquisedeque um anjo, ou, mesmo, o próprio Jesus numa “aparição teofônica”, porquanto o sacerdote era, antes de tudo, um ser humano e a apresentação de Jesus como “sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque” enfatiza esta humanidade.

 

2. Onde ele aparece na Bíblia. 


Melquisedeque aparece na história bíblica quando Abrão retornou de uma guerra, a primeira registada na Bíblia, na qual salvara seu sobrinho Ló e sua família, que haviam sido levados cativos, quando os reis de Sodoma e Gomorra, onde o patriarca habitava, foram derrotados por uma confederação de quatro reis, liderados por Quedorlaomer, rei de Elão (Gn.14:1-13). Depois da vitória espetacular, Abraão, já nas imediações de Salém, foi recepcionado por Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo (Gn.4:18); Melquisedeque celebra a Abraão como guerreiro de Deus e o abençoa. Abraão reconhece Melquisedeque como o legítimo sacerdote e rei de seu Deus.

3. Características de Melquisedeque. A apresentação de Melquisedeque não só enfatiza que ele era um rei, mas também um sacerdote. Desta forma, ele é um tipo de Cristo, o nosso Profeta, Sacerdote e Rei.

a) Ele era rei da Paz (Gn.4:18). Melquisedeque é apresentado como rei de Salém, ou seja, rei de paz, pois este é o significado do nome da cidade por ele governada. Jesus, enquanto rei, também é assim apresentado: Ele é profetizado como o Príncipe da Paz (Is.9:6); ao nascer é apresentado como Aquele que traz paz aos homens (Lc.2:14); antes de ser separado dos Seus discípulos para sofrer e morrer por nós, deixa a eles a paz (João 14:27); quando se reencontra com os seus discípulos, concede-lhes esta mesma paz (João 20:19). Como disse o apóstolo Paulo, Ele é a nossa paz (Ef.2:14).

b) Ele "era sacerdote do Deus Altíssimo" (Gn.14.18b). Melquisedeque é a primeira pessoa que foi chamada de “sacerdote” nas Escrituras Sagradas, sendo um gentio, denominado de “sacerdote do Deus Altíssimo”. A Bíblia não nos diz como e porque Melquisedeque, que também era rei de Salém, era sacerdote do Deus Altíssimo, Deus este que era o mesmo Deus de Abrão, pois assim foi identificado pelo próprio sacerdote, quando o abençoou. Melquisedeque, portanto, era um sacerdote que servia a Deus, entre as nações, apesar da idolatria reinante, da rejeição a Deus por parte dos gentios.

c) Ele abençoou Abrão. Melquisedeque celebra a Abraão como guerreiro de Deus e o abençoa. Diz o texto sagrado: “Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou” (Hb.7:1); "E abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos [...]" (Gn.14:19,20a). Abrão aceitou ser abençoado por Melquisedeque, inclusive reconhecendo a sua supremacia (Gn.14:20).

d) Abrão deu o dízimo a Melquisedeque. Abraão reverencia Melquisedeque, o sacerdote do Deus Altíssimo, com o dízimo do despojo (cf. Hb.7:4). A prática de se pagar o dízimo ao rei ou a um deus era comum no antigo Oriente Próximo (Gn.28:22; Lv.27:30-33; Nm.18:21-32). O presente de Abraão a Melquisedeque não era, provavelmente, o pagamento do “dízimo do rei” (cf 1Sm.8:15,17), porém, uma oferta que refletia o respeito de Abraão para com Melquisedeque como sacerdote do Deus verdadeiro. O tributo de Quedorlaomer (o rei-líder invasor) é pago como um dízimo ao Senhor.

Observe que Abrão dá o dízimo de tudo, porém recusa a oferta do rei de Sodoma, nada tomando dos sodomitas como despojo pela sua vitória militar (Gn.14:21-24). Com esta atitude, Abrão mostra que quem vive pela fé é desprendido das coisas materiais, dá prioridade às coisas espirituais e põe o material a serviço do espiritual. Também nos mostra que somente seremos justos se vivermos pela fé e que a fé exige que tenhamos comunhão com Deus, por meio do Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, e que tal comunhão nos abençoa e nos permite manter separados do mundo e de tudo que ele possa vir a oferecer. Temos vivido assim?

 

II. LIÇÕES DO CARÁTER DE MELQUISEDEQUE

1. Um caráter justo. Enquanto rei, Melquisedeque é apresentado como rei de justiça, pois este é o significado de seu nome, como afirma Hb.7:2: “... e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça...”. Portanto, seu nome identifica-se com o seu caráter; suas atitudes decorriam de seu caráter ilibado e santo; daí, a sua grandeza moral e espiritual. Como bem diz o pr. Elinaldo Renovato, “no meio de uma sociedade idólatra e corrompida, com costumes estranhos e até mesmo bárbaros, como sacrificar seus filhos a falsos deuses, Melquisedeque destacou-se por ser um homem justo e praticamente da justiça”.

2. Um caráter pacífico. Conforme o texto sagrado, além de ser "rei de justiça", Melquisedeque também era "rei de Salem, ou seja, rei de paz, pois este é o significado do nome da cidade por ele governada. Salém é aparentemente um nome antigo para Jerusalém (Sl.76:2).

Melquisedeque era rei, logo era uma autoridade, porém, não uma autoridade opressora, e sim pacificadora. A autoridade de Melquisedeque não residia propriamente em sua realeza; fundamentava-se no ofício que exercia. Todos sabiam que, ali, na cidade da paz, achava-se um homem de Deus, um homem de caráter pacífico. Por seu intermédio, os peregrinos consultavam o Eterno; até Abraão foi à sua procura, pois sabia que, espiritualmente, havia alguém superior a si. Por intermédio de Abraão, toda a nação hebreia reverenciou Melquisedeque, até mesmo os sacerdotes da tribo de Levi, que sequer haviam nascido (cf.Hb.7:9).

Não resta dúvida de que o sacerdócio de Melquisedeque era diferente do levítico. Este sobressaía-se pelas oferendas cruentas; aquele tinha como essência o sacrifício único e suficiente de Jesus que, na presciência divina, havia vicariamente morto desde a fundação do mundo (Ap.13:8). Hoje, através de Cristo, é-nos facultada a entrada ao trono da graça. E, agora, podemos adentrar não a Salém terrena, mas a Jerusalém Celeste, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus.

O caráter pacífico de Melquisedeque nos inspira a sermos promotores da paz em todos os ambientes que estivermos, inclusive no meio da comunidade cristã.

 

III. SEGUNDO A ORDEM DE MELQUISEDEQUE

O escritor aos Hebreus é o primeiro a mostrar que Melquisedeque é um tipo de Cristo, pois, a exemplo de nosso Senhor, era rei e sacerdote. Ao longo da história judaica, somente Jesus Cristo reuniu em Si essas duas figuras.

1. Um novo sacerdócio. A lei de Moisés nada dizia sobre homens da tribo de Judá se tornarem sacerdotes; para aquela época isto era proibido, pois os homens não devem ir além do que a Bíblia autoriza. Nem a Jesus era permitido ser sacerdote segundo a ordem de Levi. Tendo em vista que o sacerdócio e a lei de Moisés estavam intimamente ligados, se o sacerdócio fosse mudado, então a lei, primeiramente, precisaria ser mudada (Hb.7:12,18,19). O sacerdócio de Jesus é, então, uma garantia de que uma lei (ou aliança) melhor foi estabelecida (Hb.7:20-22), e mediante esta Nova Aliança a Bíblia nos afirma que o véu do templo se rasgou e nós escapamos.

Na condição humana, os sacerdotes araônicos ou levíticos eram fracos. O próprio Arão permitiu que os homens levantassem um bezerro de ouro no deserto para poderem adorá-lo, e ainda incitou o povo dizendo que aquele bezerro era o deus que os havia tirado da terra do Egito, demonstrando, assim, fraquezas (cf. Êxodo 32). Por isso, foi necessário um novo sacerdócio por causa da fragilidade do sacerdócio levítico, conforme diz o texto sagrado: “De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (porque sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade havia logo de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e não fosse chamado segundo a ordem de Arão?” (Hb.7:11). Vê-se que houve necessidade de mudança do sacerdócio levítico por outro que lhe era superior. Dessa forma, nós os cristãos, estamos debaixo do sacerdócio de Cristo, no qual, todos somos considerados sacerdotes reais com missão muito elevada (1Pd.2:9). Por isso, em nosso comportamento, devemos nos conduzir de maneira que o nome do Senhor seja glorificado.

Hebreus 7 apresenta-nos o sacerdócio de Melquisedeque como sendo o sacerdócio que se aplica aos cristãos hodiernos, pois tanto o sacerdócio quanto o templo são representados pelos crentes. Os crentes são o templo - “Pois nós somos santuário de Deus vivo” (2Co.6:16); os crentes são os sacerdotes - “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real” (1Pd.2:9). Aqui fica claro que a característica do sacerdócio de Melquisedeque é a consolidação da autoridade sacerdotal e do poder real. Jesus é rei e sumo-sacerdote, e nele também fazemos parte deste sacerdócio e reinaremos com Ele“Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos(Ap.20:6). Assim é possível entender com clareza a superioridade do novo sacerdócio e acima de tudo o projeto de Deus, pois em Cristo (nosso Melquisedeque) somos mais que vencedores. 

2. Jesus Cristo, o sacerdócio superior e perfeito


Jesus é um Sumo Sacerdote superior. Ele foi feito sacerdote pelo poder de uma vida infindável, e não através de um mandamento carnal (a Lei de Moisés). Jesus vive sempre para fazer intercessão por nós; Ele nos conduz a Deus e reina sobre nós.

Como Sacerdote, Jesus intercede por nós; como Rei, governa sobre nós.

Como Sacerdote, ele foi o ofertante e também o sacrifício; como Rei, ele se fez servo e se humilhou até a morte de cruz para nos salvar e nos fazer assentar com ele nas regiões celestes, acima de todo principado e potestade.

 

Como Sacerdote, Ele não oferece sacrifícios a Deus, mas sim ofereceu-se em sacrifício, e mediante este sacrifício vicário é que podemos ser chamados de filhos de Deus. Jesus é verdadeiramente o Sumo Sacerdote superior e perfeito.

 

3. A ordem de Melquisedeque. Em toda narrativa a respeito de Melquisedeque, a que mais nos chama atenção é sem dúvida a narrativa do escritor aos Hebreus, pois ele identificou Jesus como Sacerdote “de acordo com a ordem de Melquisedeque” (Hb.7:15,17). É uma linhagem sacerdotal diferente da levítica. Jesus não pertencia à tribo de Levi, ele pertencia à tribo de Judá (cf.Hb.7:14), por isso, não seria consagrado sacerdote segundo à ordem levítico, pois infringiria a lei mosaica. Jesus é o Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, em vez da ordem levítica, denotando assim a superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o de Arão.

 

- Como sacerdote, Melquisedeque trouxe pão e vinho seus para o ritual da bênção; Jesus, como sacerdote, ofereceu-se a Si mesmo como oferta para satisfação da justiça de Deus, corpo e sangue que são representados, em comemoração, exatamente pelo pão e pelo vinho na anta Ceia até o dia da Sua vinda (1Co.11:26).

- Como sacerdote, Melquisedeque intercedeu por Abrão perante Deus, abençoando-o e reconhecendo sua fidelidade ao Senhor. Jesus, como sacerdote, intercede pelos transgressores (Is.53:12; 1João 2:1,2), obtém para nós a bênção e aguarda o momento em que nos levará para que com Ele estejamos para sempre (João 14:1-3).

O sacerdócio de Melquisedeque era diferente do araônico quanto ao princípio da continuidade, pois após a morte do sacerdote, este já não podia exercer o ofício, enquanto Cristo o exercerá eternamente, por isto a analogia ou o paradigma entre Cristo e Melquisedeque seja tão intrínseco.

MELQUISEDEQUE, FATOS INTRIGANTES DO REI DE JUSTIÇA

A pessoa de Melquisedeque tem sido objeto de muitas controvérsias por conta das declarações alusivas a ele. Nesse estudo vamos buscar a mais correta interpretação da passagem.

Quem foi Melquisedeque na Bíblia?

Para responder a essa pergunta, várias soluções têm sido propostas.

1-              Melquisedeque é um personagem fictício.

2.               Melquisedeque é o próprio Senhor Jesus pré-encarnado.

3.               Melquisedeque é apenas o que a Bíblia diz que ele é: sacerdote do Deus Altíssimo.

1. Melquisedeque é um personagem fictício

A primeira hipótese é descartada pelo fato da Bíblia fazer referência a ele como personagem real.

Pois, vemo-lo recebendo os dízimos de Abraão.

Ora, nesse caso, se Melquisedeque fosse um personagem fictício, Abraão de igual modo também o seria.

Mas todos sabem que, tal como Melquisedeque, Abraão é um personagem real referido tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

Quanto a Melquisedeque, além de Gn 14:18, há outras passagens na Bíblia que confirmam a sua historicidade e a sua existência como um personagem real. (SI 110:4; Hb 5,6 e 7).

2. Melquisedeque é o próprio Senhor Jesus pré-encarnado

A segunda posição deve ser rejeitada por falta de base bíblica e hermenêutica.

Pois ao nos depararmos com um texto obscuro como esse de Hb 7:1-4, a primeira regra fundamental (A Bíblia é sua própria intérprete) aconselha que:

  • Devemos o quanto possível, tomarmos as palavras no seu sentido usual e comum.
  • Caso isso ainda não seja suficiente, devemos recorrer aos paralelos de passagem e de ensinos gerais das Escrituras.

Se tomarmos essas duas regras como base, para nossa reflexão, veremos que esse ensino acerca de Melquisedeque é insustentável à luz da Bíblia.

Por exemplo: No texto em foco é dito que ele não tem pai, nem mãe, nem genealogia, nem princípio e fim de vida.

Ora, o próprio Cristo, do ponto de vista humano, teve mãe, pai adotivo, genealogia, início e fim de vida, ao passo que do ponto de vista da sua divindade ele não tem nenhuma dessas coisas.

Pois é eterno, incriado, autoexistente.

Essas, por si só bastam para descartar toda e qualquer possibilidade de Melquisedeque ser o Senhor Jesus Cristo.

SEM GENEALOGIA?

Quando a Bíblia afirma que ele não tinha mãe, nem pai, nem genealogia, nem início ou fim de vida, não devemos tomar essas palavras no sentido literal, mas que a Bíblia, por um motivo específico, não registrou.

Nada diz a Bíblia da procedência do rei de Salém.

Ao afirmar que ele era “sem pai, sem mãe, sem genealogia”, não está dizendo que não tivesse pais, nem ascendência alguma.

Mas, o silêncio a respeito de Melquisedeque é necessário para afirmar o caráter perpétuo do seu sacerdócio.

Ele tinha genealogia humana como qualquer homem, porém, sendo tipo de Cristo, a Escritura a mantém oculta.

O silêncio sobre o tempo dele complementa também ao silêncio genealógico: “Que não tem princípio de dias, nem fim de vida”.

De igual modo não se deve tomar essa expressão no sentido literal.

Mas, como um dado que a Escritura não revela.

Parece que este é o significado da frase “cuja genealogia não se inclui entre eles” (V6).

Se as frases forem interpretadas no sentido de “eternidade” ou “existência eterna”, haverá necessidade de reconhecer Melquisedeque como um personagem sobre-humano, e este não é o desígnio de Gênesis 14.

Portanto, a semelhança que existe entre ele e o Filho de Deus é que ambos são sacerdotes, reis de paz e justiça, com um sacerdócio permanente.

Não se pode atribuir a existência eterna a Melquisedeque no sentido absoluto.

MELQUISEDEQUE E CRISTO

A expressão “feito semelhante ao Filho de Deus tem dado margem para alguns pensarem que Melquisedeque era uma manifestação de Cristo.

Mas essa expressão “não permite considerá-lo como uma teofania, isto é, a manifestação personificada da segunda pessoa divina.

A semelhança na Escritura entre ele e Cristo, tem a ver com a expressão “sem princípio de dias, nem fim de vida”.

O escritor está enfatizando a natureza do Filho de Deus, que sendo divina é, portanto, sem origem.

Jesus Cristo é sem princípio de dias, no plano de sua pessoa divina, portanto antecede a Abraão (Jo 8:58) e anterior também a Melquisedeque, contemporâneo de Abraão.

Este é o objetivo principal do escritor ao se referir à semelhança entre ele e Jesus”.

Com base nessas explicações concluímos que tudo que se diz acerca de Melquisedeque tem como objetivo mostrar o seu caráter tipológico em relação a Jesus Cristo.

Jesus Cristo é o único sucessor do sacerdócio de Melquisedeque, feito sacerdote não segundo a ordem de Arão, que teve vários sucessores, mas segundo a ordem de Melquisedeque a qual permanece para sempre na pessoa de Jesus Cristo que ressuscitou e vive para interceder.

10 fatos intrigantes sobre Melquisedeque da Bíblia

Aqui está uma grande lista de coisas que a Bíblia nos diz sobre um de seus personagens mais difíceis de soletrar.

1. Apenas três livros da Bíblia mencionam Melquisedeque

Os livros em que Melquisedeque é mencionado são Gênesis, Salmos e Hebreus.

O relato de Gênesis apresenta Melquisedeque perto do início da história de Abraão (mais sobre isso mais tarde). Melquisedeque é apresentado como rei durante o tempo de Abraão.

O Antigo Testamento silencia sobre ele até o livro dos Salmos, que faz alusão a ele ao descrever um sacerdócio real. Este é provavelmente um bom sinal de que a figura de Melquisedeque manteve algum significado religioso para os descendentes de Abraão.

Muito mais tarde, no livro de Hebreus, Melquisedeque é mostrado como um estudo de caso para o sacerdócio de Jesus.

2. O Novo Testamento diz mais sobre Melquisedeque do que o Antigo Testamento

Melquisedeque é mencionado pela primeira vez no Antigo Testamento, então você pode esperar que o AT tenha mais a dizer sobre ele do que o NT. Mas não é assim que se sacode.

Comparado com o Novo Testamento, o Antigo Testamento não diz muito sobre Melquisedeque. Seu papel na Bíblia ocorre em apenas alguns versículos em Gênesis, mas o autor de Hebreus desvenda seu significado em grande detalhe.

Só para dar alguma perspectiva, o nome de Melquisedeque é mencionado 10 vezes na Bíblia: uma vez em Gênesis (Gn 14:8), uma vez em Salmos (Sl 110:4), e o resto está em Hebreus.

Ou, em outras palavras, os escritores de Gênesis e Salmo 110 nos dão quatro versículos sobre Melquisedeque. O autor de Hebreus passa todo o capítulo 7 discutindo seu sacerdócio.

3. Melquisedeque viveu durante o tempo de Abraão

Conhecemos Melquisedeque pela primeira vez logo após uma das histórias menos famosas de Abraão na Bíblia.

Depois que Deus chamou Abrão de Ur dos Caldeus (mas antes de seu nome ser mudado para Abraão), o patriarca se encontra em uma situação interessante: seu rico sobrinho Ló foi sequestrado.

Quedorlaomer, o rei que controlava as cidades-estado da região, estava conquistando o mundo próximo. Enquanto ele está em matança, cinco dos reis vassalos de volta para casa se rebelam – incluindo o rei da cidade de Ló. Como você pode imaginar, Chedorlaomer não está muito feliz em voltar para casa e ver que os ratos estão brincando.

Então Chedorlaomer leva os cinco reis rebeldes a se esconderem, depois pega os despojos da cidade de Ló Infelizmente para Ló, sua família e rebanhos são parte dos espólios de guerra de Chedorlaomer. Então Chedorlaomer faz de Ló seu prisioneiro e segue em frente.

Mas Abrão não está muito feliz com isso. Então ele leva 318 guerreiros treinados, derrota Chedorlaomer em batalha e leva Ló (e os despojos) de volta para Canaã com ele. É neste momento que Melquisedeque encontra Abrão e o abençoa.

4. Melquisedeque não tem família registrada

Os judeus eram todos sobre genealogias – não acredite na minha palavra: leia Primeiras Crônicas. No entanto, Melquisedeque não tem nenhum. Não há Melquisedeque, filho de Fulano de Tal. Nenhuma menção a uma mãe. Nenhuma menção a um filho. Não realmente nada.

O autor de Hebreus faz um grande negócio com isso. Ele contrasta o sacerdócio baseado na linhagem de Arão com Melquisedeque, que não tem registro de nascimento ou morte ou qualquer coisa (Hb 7:3, 8).

É aqui que a discussão sobre Melquisedeque fica realmente interessante e vai em muitas direções diferentes. Ele era apenas um homem justo? Uma aparição de Jesus antes de nascer na carne (chamada de “teofania”)? Um anjo enviado para governar a cidade de Salém?

Claro, isso não é realmente o ponto do autor. O autor de Hebreus está mais interessado em exibir o sacerdócio superior de Jesus aos cristãos hebreus convertidos.

De certa forma, os padres são intermediários humanos. Eles servem aos deuses em nome dos humanos, e humanos em nome dos deuses. Isso geralmente significa que os sacerdotes são mantidos em um padrão diferente dos outros humanos – para que possam ser ritualisticamente puros o suficiente para interagir com seres divinos. Os livros de Êxodo e Levítico nos dão uma boa visão de alguns dos requisitos que Deus e Moisés tinham para os sacerdotes hebreus.

Não temos certeza exatamente que tipo de rituais Melquisedeque realizou – mas provavelmente é seguro assumir que abençoar as pessoas em nome de Deus foi um deles, porque …

6. Melquisedeque abençoa Abrão

Abrão acaba de voltar de derrotar quatro reis em batalha, e Melquisedeque traz pão e vinho para o herói. Então Melquisedeque abençoa Abrão:

Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo,

Possuidor do céu e da terra;

E bendito seja o Deus Altíssimo,

Quem entregou seus inimigos em suas mãos. (Gn 14:19-20)

Melquisedeque reconhece que Abrão se alinhou com o Deus acima de todos os outros deuses – e abençoa tanto Abrão quanto seu Criador mútuo.

7. Melquisedeque é o rei de Salém

Salém era uma cidade-estado na terra de Canaã. “Salem” significa “pleno, completo, seguro, inteiro, pacífico”. 1  (Não confundir com selá, que tenho certeza que significa “solo de harpa no ar”.) de outro Príncipe da Paz que conhecemos ( Hb 7:2 ).

Isso é interessante por alguns motivos. Lembra de toda a rebelião com o rei Chedorlaomer que começou essa bagunça? Bem, Chedorlaomer tinha três reis leais ao seu lado e cinco reis desleais lutando contra ele. Cada um desses reis parece ter governado algum tipo de área de cidade-estado – mas adivinhe qual cidade nunca entra na briga?

Salem. A cidade parece fazer jus às partes “seguras” e “pacíficas” de seu nome.

Isso também é interessante porque a antiga cidade de Salém mais tarde se torna conhecida como Jeru -salém – que é onde ficaria o templo de Deus que Salomão construiu.

Você pode ver como o autor de Hebreus estaria especialmente interessado em conectar Jesus a Melquisedeque. Jesus é filho de Davi, o rei de Jerusalém. E Jesus é o sumo sacerdote de uma nova aliança — assim como Melquisedeque era um sacerdote.

8. O nome de Melquisedeque significa “rei de justiça”

O autor de Hebreus traz isso em seu argumento para a grandeza de Cristo (Hb 7:2). O nome vem de duas palavras hebraicas: malak (rei, governante) e sadaq (justo, justo, inocente). É um nome bem legal.

9. A ordem de Melquisedeque é real e eterna

O Salmo 110 é uma profecia messiânica que nos diz duas coisas que Deus prometeu fazer por Jesus: fazer de Jesus o rei em Sião e fazer de Jesus um sacerdote.

O Senhor jurou e não se arrependerá,

Segundo a ordem de Melquisedeque.” Sl 110:4

E, claro, a permanência da ordem sacerdotal de Melquisedeque é muito importante para o autor de Hebreus, já que Jesus é o grande sumo sacerdote ressuscitado da nova aliança entre Deus e o homem.

10. Melquisedeque era maior que Abraão e Arão

O autor de Hebreus argumenta que quando se trata de seres humanos realmente notáveis, Melquisedeque supera Abraão (Hb 7:7) tanto que Abraão deu a Melquisedeque um dízimo de todos os despojos que Abraão recolheu em sua missão (Gn 14:20; Is 7:4). E se Abraão olhou para Melquisedeque, e Aarão olhou para Abraão, isso coloca a ordem de Melquisedeque bem mais alto no totem do que o sacerdócio de Arão.

CONCLUSÃO

Diante do que vimos neste estudo, percebe-se que Melquisedeque teve um caráter exemplar, digno de imitação por todos os cristãos. Seu sacerdócio tornou-se tipo do sacerdócio de Cristo: santo, perfeito e eterno - "Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque" (Hb.7:17). Melquisedeque morreu, ainda que não se saiba quando e como; Cristo também morreu, mas ao terceiro dia ressuscitou e vive eternamente. Desejosos, aguardamos a sua vinda para nos levar e vivermos com Ele e O servirmos por toda a eternidade (João 14:1-3). Ora Vem, Senhor Jesus!

 


quarta-feira, 11 de junho de 2025

ESTÊVÃO - UM MÁRTIR AVIVADO – QUE VIU O CEÚ ABERTO

 

ESTÊVÃO - UM MÁRTIR AVIVADO – QUE VIU O CEÚ ABERTO

TEXTO BÍBLICO:

“Mas ele, estando cheio do ESPÍRITO SANTO [...] disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de DEUS.” (At 7.55,56)

VERDADE PRÁTICA:

Por intermédio da graça de DEUS, o cristão pode ser fiel a CRISTO até a morte e contemplar a sua glória.

LEITURAS e CONCORDÂNCIAS BIBLICAS
Mt 16.18 -     As portas do Inferno não prevalecerão
Is 43.13-        A vontade de DEUS não pode ser impedida
Mc 16,18       Sinais de avivamento na Igreja de CRISTO
Mt 10.16,20 Enviados aos lobos sob o poder do ESPÍRITO SANTO
Sl 116.15       A morte dos santos é preciosa à vista do Senhor
Ap 14.13       Os que morrem em CRISTO são bem-aventurados


LEITURA BÍBLICA - Atos 6.8-10; 7.54-60
8- E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
9- E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
10- E não podiam resistir à sabedoria e ao ESPÍRITO com que falava.
Atos 7
54- E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu coração e rangiam os dentes contra ele.
55- Mas ele, estando cheio do ESPÍRITO SANTO e fixando os olhos no céu, viu a glória de DEUS e JESUS, que estava à direita de DEUS,
56- e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de DEUS.
57- Mas eles gritaram com grande voz, taparam os ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
58- E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
59- E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu espírito.
60- E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu


INTRODUÇÃO
Neste Estudo O assunto é o martírio de Estêvão, um avivado herói da fé. Como um dos sete homens que integraram o primeiro corpo de diáconos da igreja antiga, Estêvão era “cheio de fé e de poder”, “fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Devido à sua atuação como autêntico evangelista, na unção do ESPÍRITO SANTO, causou inveja aos adversários do Evangelho. O livro de Atos revela o martírio de Estêvão por causa de sua perseverança ao Evangelho. Nesse sentido, veremos que ele foi um servo fiel até a morte e receberá a coroa da vida (Ap 2.10).


I – O TESTEMUNHO DE ESTÊVÃO


1. Estêvão usado por DEUS
.

O nome de Estevão aparece pela primeira vez na escolha dos diáconos em Atos (6.3,5). Claramente, o evangelista Lucas faz uma menção de destaque ao dizer que o primeiro mártir era um “homem cheio de fé e do ESPÍRITO SANTO” (At 6.5). No versículo 8, tomamos conhecimento de outras características de Estêvão: “cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6.8). Essa reputação causou inveja e grande oposição dos adversários da igreja: “Levantaram-se alguns da sinagoga chamados de libertinos dos cireneus, dos alexandrinos, dos que eram da Cilícia, da Ásia, e disputavam com Estêvão” (At 6.92.

Uma covarde oposição.

Os inimigos da Igreja usam de meios escusos, desonestos e malignos contra a fé cristã. Em debate com Estêvão, como eles “não podiam resistir à sabedoria, e ao espírito com que falava”, usaram o suborno para aliciar homens ímpios a fim de acusá-lo com mentiras. Esses adversários levaram “falsas testemunhas” que o acusaram de blasfemar “contra Moisés e contra DEUS” (At 6.9-14). Esses inimigos também usaram de violência contra Estêvão, estimulando a liderança política e religiosa a levarem-no violentamente ao Sinédrio. Apesar disso, algo surpreendeu os acusadores ímpios: “Então, todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” (At 6.15).

Que DEUS use o seu povo, de tal forma, que reflita o poder do ESPÍRITO SANTO!


3. A fúria dos acusadores.

 Após resumir com sabedoria a história de Israel e de sua apostasia*, Estêvão mudou o foco do discurso. Confrontou a dureza do coração dos líderes israelitas, dizendo: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao ESPÍRITO SANTO; assim, vós sois como vossos pais” (At 7.51). Em suma, denunciou as suas traições e homicídio contra JESUS. Assim, diante de tão dura denúncia, os ímpios julgadores se enfureceram contra ele (7.54). Todavia, fiel à sua missão, Estêvão expôs com autoridade o que o ESPÍRITO de DEUS pusera-lhe no coração.


II – A PRECIOSA MORTE DE ESTÊVÃO

1. Cheio do ESPÍRITO SANTO.

Após a fúria dos inimigos de CRISTO, o caminho do martírio de Estêvão estava traçado. Entretanto, antes de fazê-lo, o primeiro mártir da Igreja teve uma visão da glória de DEUS e viu JESUS ao lado do Pai, num momento especial, de tamanho êxtase espiritual, de modo que a morte não o intimidou: “Mas ele, estando cheio do ESPÍRITO SANTO e fixando os olhos no céu, viu a glória de DEUS e JESUS, que estava à direita de DEUS, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de DEUS” (At 7.55). Que visão gloriosa! Uma vida espiritualmente avivada contempla a glória de DEUS diante de uma grande tormenta.


2. A violência dos acusadores.

Se seus acusadores estavam enfurecidos por causa do enfrentamento corajoso de Estêvão, eles não suportaram ouvir que ele via a glória de DEUS e, a JESUS, nos céus. Com o fim de executá-lo, o expulsaram da cidade, o apedrejaram perante “um jovem chamado Saulo” (At 7.58) e levaram-no, com violência, para fora da cidade para, ali, fazê-lo primeiro mártir da Igreja Cristã. Àquela altura, Saulo de Tarso era o principal perseguidor dos cristãos.

3. O perdão no martírio.

Naquele momento de suplício e de dores, Estêvão não demonstrou sentimento de vingança ou de ódio: “E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor JESUS, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.59,60). Que exemplo grandioso! Estevão ainda exclamou: “Senhor JESUS, recebe o meu espírito [...]. Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7.59,60). Cumpriu-se o que diz a Palavra de DEUS: “Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Sl 116.15). Um crente espiritualmente avivado não cultiva a vingança nem o ódio no coração. Ele está pronto a perdoar seus algozes.


III – O AVIVAMENTO NO SOFRIMENTO


1. Sofrimento e morte dos apóstolos.

A Bíblia não diz como todos os apóstolos de JESUS morreram. Em livros da História da Igreja, há registros de informações orais, ou de tradições históricas sobre esse assunto. A tradição histórica, transmitida oralmente, e registrada em alguns escritos, diz que, com a exceção de João, o Evangelista, todos os apóstolos tiveram uma morte violenta. A única coisa certa é que eles foram fiéis até a morte e não negaram o nome do Senhor. Os apóstolos eram espiritualmente avivados. Quantas vezes somos tentados a negar a CRISTO por motivos banais, quer na família, quer na escola, quer na condição de uma posição profissional?! Que DEUS nos guarde de trair o Salvador!


2. O avivamento e sofrimento.

O avivamento espiritual, motivado pela presença gloriosa do ESPÍRITO SANTO, renova as forças dos servos de DEUS para enfrentarem situações difíceis por causa da sua fé em JESUS. A Bíblia nos mostra essa capacitação do ESPÍRITO para sermos resilientes diante das dificuldades. Para o crente, espiritualmente avivado, quando diante do sofrimento, a alegria do Senhor é a sua força (Ne 8.10). Por isso que o avivamento é uma questão de necessidade. O crente em JESUS precisa desse suporte do céu para superar as muitas agruras pelas quais passa.


CONCLUSÃO
Diante dos inimigos do Evangelho de CRISTO e da morte, o testemunho de Estêvão nos mostra que DEUS concede graça, força e equilíbrio emocional para o crente espiritualmente avivado. Que o Senhor nos ajude a glorificá-lo no meio das lutas da vida. A exemplo do primeiro mártir da igreja antiga, não neguemos a CRISTO!


VOCE ESTÁ PREPARADO PARA AS PEDRADAS DA VIDA?

texto base: atos: 6:8

“e Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”.

baseado no episódio ocorrido com o diácono Estêvão, que foi apedrejado e virou um grande mártir do cristianismo, discorreremos nesta oportunidade sobre como estarmos preparados para as pedradas da vida. pedrada é uma coisa dolorosa, que atinge a todos nós, que nos machuca.

por que as pessoas atiram pedras umas nas outras? por três motivos principais, dentre tantos motivos: inveja, ciúme e vingança. esses são os principais motivos por que as pessoas machucam umas às outras. sabe por quê?

  • porque as pessoas não podem ser o que você é;
  • não podem ter o que você tem;
  • e não podem fazer o que você faz.

é o caso de Estevão!

por que apedrejaram estevão? baseado em atos 6:8:

  • porque não podiam ser o que Estêvão era: ele era um homem cheio de fé e do espírito santo.
  • porque não podiam ter o que Estêvão tinha: era um homem que tinha uma sabedoria tremenda.
  • porque não podia fazer o que ele fazia: ele operava sinais e prodígios.

as pessoas nunca estão satisfeitas com o que são, com o que tem e com o que fazem.

também, as pessoas atiram pedras porque o sucesso de alguém expõe o fracasso delas.

tem muita gente incomodada com o sucesso do outro. a pessoa fica incomodada porque não é o outro, porque não tem o que o outro tem e não pode fazer o que o outro faz.

há pessoas que estão inconformadas consigo mesmas. e por causa da inveja e do ciúme querem jogar pedras.

pedradas doem muito! por que as pedradas doem tanto?

1- Porque, geralmente, são atiradas por pessoas que estão pertos de nós: amigos, família, irmão. é por isso que a pedrada dói tanto! quem apedrejou Estevão? quem foram as pessoas que atiraram pedras nele? foram pessoas de sua nação, seu vizinho, do seu bairro, do mesmo templo que frequentavam; enfim, gente de perto. é por isso que as pedradas doem tanto.

2- Porque elas são sustentadas pelo ódio. é por isso que pedrada dói tanto. porque geralmente ela vem sustentada pelo ódio.

como, então, está preparado para as pedradas da vida? como está preparado para as coisas que nos atingem e que atingem violentamente a nossa alma, os nossos sentimentos? vamos aprender isso com a vida de Estêvão, leiamos novamente atos 6:8:

“e Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”.

encontramos aqui, neste episódio ocorrido com Estêvão, como uma pessoa pode estar preparada para as pedradas da vida. se você quer aprender suportar pedradas que nos atiram nesta vida, siga o exemplo deste servo de Deus. aqui está a receita:

1. Estêvão era um homem cheio de fé (atos 6:8)

uma pessoa cheia de fé é uma pessoa vitoriosa. não é qualquer pedrada e não é qualquer pedra que vai desanimá-la. diz a bíblia em 1joão 5:4: “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. portanto, a fé é um elemento importante para suportar as pedradas da vida. uma pessoa cheia de fé ver o invisível, crê no incrível, crê no impossível.

2. Estêvão era um homem cheio do espírito santo” (atos 6:8)

eu aprendo que para suportar as pedradas da vida temos que estar cheio do espírito santo, e ser cheio do espírito santo é ser cheio de Deus. uma pessoa cheia de deus, tem o poder e autoridade para suportar, porque ela tem algo maior do que a força da pedra.

se um crente em jesus ficar todo desanimado, todo complexado, cheio de amargura, cheio de feridas na alma por causa das pedradas - e as pedradas podem ser calunias, injustiças, rejeição e outras cousas mais -, essa pessoa precisa ser cheia de deus. se essa pessoa for cheia de Deus, o poder de deus ameniza o poder e o efeito da pedrada.

3. Estêvão suportou as pedradas da vida porque ele era uma pessoa diferente (atos 6:15)

em atos 6:15 está escrito: “então todos que estavam assentados no conselho fixando os olhos nele viram o seu rosto como o rosto de um anjo”. sabe o que diz aqui? que Estêvão era uma pessoa diferente.

você tem jesus em sua vida? então você é uma pessoa diferente. e por ser uma pessoa diferente, você reage de maneira deferente. porque no mundo, quando uma pessoa joga uma pedra, ela pode receber dez pedras de volta! no mundo, quando alguém recebe uma pedrada, ele pode pegar aquela mesma pedra e pode pegar outras para atirar em você. mas estevão não devolveu pedradas, porque ele era diferente. ele tinha jesus em sua vida. ele era transformado pelo evangelho. ele tinha um brilho diferente. ele tinha um estilo de vida diferente.  então, se somos servos fiéis de Deus, somos diferentes; sendo assim, a nossa reação será diferente.

4. Estêvão suportou as pedradas da vida porque ele tinha conhecimento da palavra de deus – ele compreendeu o plano da salvação

a partir de atos 7:2, Estêvão dá um show de conhecimento da palavra de Deus. ele demonstra que entendeu o plano da salvação. ele faz uma descrição desde o início da história de Israel até cristo. ele compreendeu algo superior e maior. Estêvão compreendeu o plano de Deus para sua vida.

portanto, só quem tem a compreensão da palavra, o entendimento da palavra, pode entender por que aquela pessoa está tendo uma atitude contrária.

5. Estêvão suportou as pedradas da vida porque teve uma vida voltada para Deus (atos 7:55)

veja o que diz atos 7:55: “mas ele estando cheio do espírito santo e fixando os olhos no céu...”. o entendimento aqui é que Estêvão estava com a vida voltada para Deus.

aqui, eu aprendo com Estêvão que para suportar as pedradas da vida, além da fé, além de ser cheio do espírito santo, além de ser transformado pelo poder do evangelho, além de ser um conhecedor da palavra de deus para entender o mundo espiritual, é necessário estar voltado pra Deus.

quando alguém está com os olhos fixos em alguma coisa, ele volta o seu ser para aquela coisa. para onde estamos olhando? para as pessoas que estão atirando as pedras? tem gente que está olhando para quem está atirando as pedras. se você está olhando muito para quem estar atirando as pedras, você está tendo a oportunidade para guardar ódio e rancor em relação a essa pessoa. se você fixar os olhos em quem está atirando pedras, com certeza vai acontecer isso.

ou quem sabe você está olhando para a ferida causada pela pedrada! você já percebeu que quando uma pessoa está com um machucado na mão ela trabalha o dia todo com aquele machucado e não reage fortemente. mas, no final da tarde, se alguém disser: olha você está com um machucado na mão! a pessoa imediatamente vai perceber que está com um machucado, e começa se lastimar daquilo; e a sensação de dor aumenta.

se estais olhando para quem está atirando as pedras em você, com certeza você está acumulando no coração ódio, rancor e vingança. se você estiver olhando para a ferida que a pedrada está fazendo, com certeza você vai aumentar a sua dor.

Estêvão não estava olhando nem para quem estava atirando as pedras e nem tão pouco para a ferida; ele estava voltado para jesus cristo. e sabe o que acontece com a pessoa que está voltada para jesus?

a)    ele vê a glória de Deus. veja o que diz o texto: mas ele estando cheio do espírito santo fixando os olhos no céu viu...”.  o que Estêvão viu? ele viu a glória de Deus. o que ele viu? ele viu o céu aberto. sabe o que significa céu aberto? vitória, benção, milagre. então, se você estiver voltado para Deus, você vai ver a glória de Deus. se você se voltar para Deus, você vai ver o céu aberto sobre a tua vida, para sua casa, para sua família. há um céu aberto para você! portanto, não olhe para quem estar atirando pedra. não olhe muito para a ferida. olha para Deus. você vai ver o céu aberto em teu favor.

b)   o que mais que Estêvão viu? ele viu o filho do homem em pé à direita do pai. depois da morte e ressurreição de cristo, você vai ver jesus assentado à destra de deus, significando que alguém concluiu uma obra, que alguém terminou um trabalho. afora este texto, você não encontra nenhuma passagem no novo testamento dizendo que jesus está em pé. esta passagem aqui é una. essa visão é una: “e viu o filho do homem em pé à direita de Deus”. se alguém está assentado e depois se levanta, significa que saiu de uma atitude de inércia para uma atitude ativa. quando jesus se pôs em pé, significou que ele ia agir. estevão viu jesus em pé, queria dizer que ele ia agir. fique certo de que, se você se voltar para cristo, você vai vê-lo agindo em favor de tua vida.

6. sabe o que Estêvão fez em relação às pedradas? clamou a jesus

veja atos 7:59: “e apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: senhor jesus, recebe o meu espírito”. eu aprendo aqui que, quando alguém está sendo apedrejado, não adiante xingar, não adianta reclamar, não adianta murmurar. clame a jesus. invoque a Deus: “senhor a pedrada está doendo? senhor me ajuda? senhor me dá graça para suportar isso”! fale com Deus. não adianta ficar murmurando; não adianta ficar reclamando; não adianta ficar choramingando. invoque a deus!!! fale com Deus a respeito disso que está te machucando.

7. eu aprendo com Estêvão que, quando recebo pedradas, tenho que liberar perdão (atos 7:60)

 “e, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: senhor, não lhes imputes este pecado”.

a intenção dos algozes de Estêvão era matá-lo, mas ele não lhes desejou nenhum mal. se fosse outro diria: senhor, quero vingança depois que eu morrer. senhor, tua é a vingança! o juízo de pertence! manda aquele anjo com a espada de fogo na mão para detonar esta cambada de incrédulos!

mas não foi isso que Estêvão disse. ele liberou perdão. ele “clamou com grande voz: senhor, não lhes imputes este pecado”. aqui está um grande segredo em relação às pedradas da vida.

um certo escritor disse que o perdão “tem a enlouquecedora qualidade de ser não merecido, injusto e sem mérito “. ele está certo.

você já percebeu que na palavra perdoar tem a palavra doar? quem perdoa está doando alguma coisa.

de certa forma misteriosa, o perdão de Deus depende de nosso perdão. o que jesus ensinou na oração do pai nosso? duas vezes ele fala sobre o perdão. em Mateus 6:12 ele diz assim: “perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos”. depois, no versículo 15, ele diz: “se, porém, não perdoardes aos homens, vosso pai celestial também não vos perdoará”. portanto, se eu não perdoar, eu também não recebo perdão de Deus. quer consubstanciar este texto? então leia Mateus 18:23-35 – “a parábola do credor incompassivo”. nesta parábola, “o rei se moveu de íntima compaixão”. você sabe o que significa íntima compaixão? seja você se colocar no lugar do outro. está faltando isso em muitos crentes hoje. sabe qual é a conclusão da parábola? “se vós não perdoardes as ofensas dos vossos irmãos, vosso pai celestial também não vos perdoará”. “assim vos fará também meu pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas” (mt.18:35).

então, de certa forma, o perdão de Deus depende do nosso perdão. se você quer perdão de deus, aprenda a liberar perdão para aquele que tem apedrejado você.

mais uma base bíblica sobre o porquê disso. Mateus capítulo 5, a partir do versículo 44, você vai entender. jesus disse: “eu, porém, vos digo: amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do pai que está nos céus...”. aqui você vai ter a real compreensão que, quando eu perdoei, eu me pareço com Deus. todo filho recebe uma herança genética do pai. você não se parece com Deus quando você ora. mas, quando você perdoa, você se parece com Deus. para que você seja filho do vosso pai que está no céu, para que você tenha semelhança de filiação, tem que saber perdoar.

O perdão traz perdão! perdão não traz feridas; pelo contrário, cura feridas!

perdão faz bem a todos - a quem libera e a quem recebe.

a bíblia diz em Isaias 53:11: “o trabalho de sua alma ele verá e ficará satisfeito”. jesus ficou satisfeito em nos perdoar. e nós ficamos satisfeitos em receber perdão.

o perdão traz satisfação. o perdão traz restauração. se não fosse o perdão não haveria possibilidade da restauração entre o homem e Deus.

prezado ouvinte, você sabe por que o diabo trabalha para que não tenhamos corações perdoadores? para que não tenhamos espírito perdoador? para que você acumule no teu coração rancor, ódio vingança, contra alguém que te machucou? para você não liberar perdão? por dois motivos principais, a fim de levar a uma grande consequência. em hebreus 12:15 está escrito: “tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”. aqui estão os dois motivos. “raiz de amargura, brotando vos perturbe” - uma raiz, pequenininha, uma raiz de amargura. o que a raiz de amargura faz? te perturba.

pergunto: você está com alguma doença? você não dorme direito? isto ocorre porque você está perturbado, porque uma raiz de amargura, pequenininha, entrou no teu coração.

você não tem mais paz? então você deixou brotar uma raiz de amargura em teu coração. isto perturba você e contamina outra pessoa. você participa de seu problema para outro, e a pessoa que é teu amigo já fica com raiva da pessoa, que nunca viu. contaminou outra pessoa. e assim por diante. e com isso vai contaminando toda a igreja.

na igreja existem muitas pessoas que não se falam, porque foram contaminadas por outras pessoas. e sabe qual é a grande consequência? satanás joga para que você não perdoe, para que você fique perturbado, contaminado, e contamine outros para atingir o grande objetivo: privar você da graça de Deus. está na abertura do versículo: “ninguém se prive da graça de Deus” (hb.12:15).

a coisa mais fantástica do evangelho é a graça de Deus; é o favor de Deus; é a benção de Deus; é o amor de Deus; é a misericórdia de Deus.

o diabo quer que você fique privado da graça, porque ele sabe que, se a graça de Deus não se manifestar em tua vida, você está irremediavelmente perdido, você está afastado do convívio da casa de Deus, e você é um forte candidato ao inferno, e você fica privado das bênçãos de Deus. porque as bênçãos de Deus não é porque sou santo ou mereço, mas porque é graça, é favor imerecido. eu não mereço, mas Deus dá. e o diabo quer que você não tenha em sua vida a manifestação da graça de Deus.

portanto, se pedradas tem acertado você, aceite a receita de estevão:

  • ele era um homem cheio de fé;
  • ele era cheio do espírito santo;
  • ele tinha uma vida transformada;
  • ele era conhecedor da palavra de deus;
  • ele tinha uma vida voltada para Deus;
  • ele era um homem que clamava a Deus na hora da adversidade, da dificuldade;
  • ele foi um homem que liberou perdão para quem lhe apedrejou.

Eles mataram Estêvão, mas não conseguiram matar a fé dele, o amor. não conseguiram separar Estêvão de jesus.

quem sabe, as pedradas são tão violentas que tiraram alguma coisa importante da tua vida. mas, não deixe que essas pedradas abalem a tua fé, abalem a tua comunhão com Deus, abalem a tua vitória.

Amém?

 

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