Romanos
4.16-18
18- O qual, em
esperança, creu contra a esperança, tanto que ele se tornou
pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua
descendência.
A Bíblia está cheia de passagens sobre esperança. Somente as cartas de Paulo estão constantemente retornando a esse tema. Isso é de se esperar, já que a Bíblia conta a história sobre o fundamento da nossa esperança – “Cristo em vocês, a esperança da glória” (Colossenses 1:27) – e Paulo é o grande Apóstolo da Esperança.
Não tenho espaço
suficiente para fornecer as muitas passagens relevantes de suas cartas, mas
aqui estão alguns exemplos populares:
“Se
esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.” (Romanos 8:25)
“Tendo,
pois, tal esperança, usamos de muita ousadia” (2 Coríntios 3:12)
“Nós,
os que de antemão esperamos em Cristo, fomos predestinados e ordenados para o
louvor da sua glória” (Efésios
1:12)
Meu favorito,
porém, vem do relato de Paulo sobre a vida de Abraão:
“Ele
creu, esperando contra toda a esperança, que se tornaria 'pai de muitas
nações', conforme o que fora dito: 'Assim será a sua descendência.'” (Romanos 4:18)
Contra todas as
probabilidades
Abraão
não apenas esperava, ele esperava contra a esperança. Essa é uma frase
peculiar, mas pegou rápido e agora é uma expressão popular. Então, por exemplo,
alguém pode dizer: “Estou esperando contra a
esperança de que eu passe neste teste” ou “Estou esperando contra a esperança de
que encontremos uma cura para o câncer”.
Na
linguagem comum, “esperar contra a esperança”
significa nunca desistir, mesmo quando as probabilidades estão contra você, ou
esperar um resultado específico, mesmo quando é decididamente improvável.
Isso certamente descreve Abraão. Ele tinha 100 anos e não tinha filhos quando
Deus prometeu que Abraão seria o pai de muitas nações. Um mar de descendentes
para um centenário? Não fica mais improvável do que isso! E ainda assim, Abraão
perseverou.
Ao
esperar contra a esperança, Abraão se tornou um modelo para todos os cristãos.
Mas, ainda há mais a extrair dessa frase interessante. Afinal, como a esperança
pode ser contra a esperança? E como essa dicotomia de alguma forma passa a
significar “acreditar em possibilidades remotas” ou “enfrentar probabilidades
intransponíveis”?
Esperança vs.
Esperança
Acho
que a única maneira de colocar esperança contra esperança é se houver dois
tipos de esperança em questão aqui. Na verdade, há dois tipos de esperança na
Bíblia: há a esperança das cartas de Paulo, a virtude que vem e está enraizada
em Jesus. Essa esperança é a humilde expectativa de que, em Jesus, há salvação,
ressurreição e vitória sobre o pecado e a morte. Mas, há também um tipo de
esperança mundana, uma que não está enraizada na fé ou em Deus, o que a Bíblia
chama de esperança “vã” ou “incerta” (veja, por exemplo, Salmo 33:17; 1 Timóteo
6:17). Às vezes, nós a cultivamos erroneamente também.
Ao
esperar contra a esperança, Abraão está colocando a esperança que vem das
promessas de Deus acima de qualquer esperança que ele poderia ter no mundo ou
na ordem natural das coisas. É interessante que, mesmo aos 100 anos, isso não
foi fácil para ele. Ao conceber um filho por meio de sua serva Hagar, suas
esperanças se inverteram. Mas Deus renovou Suas promessas, e Abraão renovou sua
esperança nelas, até que chegou o dia em que Sara finalmente deu à Luz Isaque.
Como
vemos no exemplo de Abraão, é somente colocando esperança contra esperança que
podemos esperar a realização de nossos desejos mais profundos e podemos
perseverar nos maiores desafios da vida. Esperança em qualquer outra coisa só
nos frustrará e decepcionará, se não nos destruirá completamente. É isso que
está em jogo quando esperamos contra a esperança.
O Próximo
Abraão
Em
que está enraizada sua esperança?
É
fácil dizer que nossa esperança está em Jesus, mas será que está mesmo? Ou está
enraizada em dinheiro, saúde, vitória política, sucesso profissional ou
popularidade?
Se você não tem
certeza, peça a Jesus para revelar as falsas esperanças em sua vida. Ele lhe
mostrará o que elas são e, melhor ainda, Ele lhe dará a força para
substituí-las por Ele. Essa é a única maneira pela qual nós, como Abraão,
podemos ter esperança contra a esperança e ver o cumprimento das poderosas
promessas de Deus.
Nestes tempos pós-modernos
as pessoas estão cada vez mais desesperançosas. São imediatistas, querem logo o
que alvejam a qualquer custo doa a quem doer, e quando não conseguem o que
querem ficam desesperadas e muitos até se suicidam. A bíblia diz em Provérbios 10:28 que “a esperança dos justos é alegria,
mas a expectação dos ímpios perecerá”. Mas, o que é esperança?
1. Definição. Para aqueles que cristãos dizem ser, esperança
é a guarda com fé e paciência da provisão ou da salvação do Senhor. Para o
justo sempre há esperança. Ela nunca se finda. A
Bíblia mesmo diz em 1Co 13:13 que a esperança nunca morre – “agora, pois,
permanecem a fé, a esperança...”.
Esperança é a certeza do
cumprimento das promessas que nos foram feitas por Deus (2Co 1:20). O Apóstolo
Paulo assim se expressou: “Ora, a esperança que se vê não é esperança;
porque o que alguém vê, como o esperará?"(Rm 8:24). O salmo 46,
composto pelos filhos de Coré, começa assim: “Deus
é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não
temeremos, ainda que a terra se mude ainda que os montes se transportem para o
meio dos mares; ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se
abalem pela sua braveza...”. E assim continua o compositor desta bela
canção hebréia. Ele canta ao Deus das coisas impossíveis, ao Jeová-Jiré que um
dia se apresentou a Abraão, e falou ao ancião de 100 anos, cuja mulher aos 90
anos de idade estava totalmente fora de cogitação humana em conceber e dar à
luz um filho. Mas Abraão, à vista da promessa de Deus, não vacilou por
incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus, e estando
certíssimo de que o que Deus tinha prometido, também era poderoso para fazê-lo.
Assim falou o apóstolo Paulo: “O qual em esperança, creu contra a esperança que
seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: assim será a
tua descendência” (Rm 4:18). Quando Deus promete,
não há dúvida que Ele vai cumprir, mesmo que as circunstâncias mostrem o
contrário. Creia nisso!
2. A esperança no livro de Jeremias. “Assim fala o Senhor, Deus de Israel, dizendo:
Escreve num livro todas as palavras que te tenho dito” (30:2). Jeremias recebe a ordem de escrever num
livro as palavras que Deus lhe tinha anunciado em relação ao futuro do seu povo
da aliança. Os capítulos 30 a 33 do livro de Jeremias são a única parte que
retrata a esperança de forma constante em todo o livro.
O período em que Jeremias foi preso no “pátio da guarda” foi um período escuro
na vida do profeta e da nação. Jerusalém estava debaixo do cerco inimigo por um
ano. Fome, peste e miséria estavam por toda parte na cidade. Mas essa hora
pesarosa deu origem a uma das mensagens mais bonitas de toda a Bíblia: a
esperança - “Porque eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei tornar do
cativeiro o meu povo de Israel e de Judá, diz o Senhor; e torná-los-ei a trazer
à terra que dei a seus pais, e a possuirão” (30:3). Este versículo aponta para
um tempo futuro seguro e incontestável, mas indefinido. Aqui, Jeremias mescla a
esperança da restauração futura de Israel com a angústia presente de Jacó.
Encontramos, também, aqui uma clara predição de um retorno do cativeiro. Tanto
Israel quanto Judá voltarão a possuir a terra que Deus tinha dado a seus pais.
Podemos dizer que é por meio do vale da tragédia e da tristeza indescritível
“que o povo de Deus será levado ao triunfo”.
3. Quando a esperança desvanece. Quando a esperança desvanece, Deus
age por meio da fé. “O profeta Jeremias recebeu a mensagem de Deus, e alimentou
a esperança de que seu povo fosse se arrepender e evitar o julgamento que os
aguardava, mas esta esperança foi frustrada porque Israel preferiu permanecer
desobedecendo a Deus. Jeremias, em suas lamentações, mostra a tristeza que teve
pela queda de Jerusalém. Ele chega a dizer: “Então,
disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no Senhor”
(Lm 3:18). Há pessoas que ao lerem esse verso de Jeremias, reprovam o profeta
por imaginarem que ele passou por uma aparente falta de fé e confiança em Deus,
mas este não é o caso. Deus não reprovou Jeremias por escrever esse verso, pois
compreendia a dor do profeta. Essa era a dor de quem viu sua mensagem sendo
rejeitada, e viu também o resultado da rejeição à Palavra de Deus” (Revista
Ensinador Cristão nº 42 –Ano 11).
O apóstolo Paulo passou por uma situação parecida em Atos 27, por ocasião de
sua viagem a Roma. O navio em que estava sendo transportado foi apanhado em uma
grande tempestade, e Lucas descreve o acontecimento nestes termos: “E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem
estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a
esperança de nos salvarmos” (At 27:20). Se continuarmos, porém, a
leitura do texto, veremos que o Senhor se encarregou de lidar com essa perda de
esperança: um anjo apareceu a Paulo, confirmou-lhe a promessa de Deus de
levá-lo a Roma e garantiu a preservação de todos os que estavam no navio. Paulo
nos mostra que, quando se vai a esperança, Deus age por meio da fé - “Portanto, ó varões, tende bom ânimo! Porque creio em
Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito” (At 27:25). O
mesmo se deu com Jeremias: “Disso me recordarei no
meu coração; por isso, tenho esperança. As misericórdias do Senhor são a causa
de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim. Novas são
cada manhã; grande é a tua fidelidade” (Lm 3:21-23). Jeremias enxergou
um raio de esperança em meio a todo o pecado e tristeza que o rodeava, por isso
disse a Deus: “As suas misericórdias não têm fim. Novas são cada manhã; grande
é a tua fidelidade”.
Deus prometeu que o juízo viria se Judá lhe desobedecesse, e foi o que
aconteceu. Mas o Eterno também prometeu uma restauração futura, e Jeremias
sabia que Deus cumpriria suas promessas. Confiar na fidelidade de Deus dia após
dia nos faz crer em sua grande promessa para o futuro. Àquele que confia em
Deus, mesmo que a esperança venha a desvanecer, há de ressurgir em glória.
II. A ANGÚSTIA DE JACÓ
A salvação do povo de Deus
é apresentada de maneira clara, mas será precedida por um tempo de grande
dificuldade: “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro
semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela” (30:7).
Estas palavras parecem apontar para um tempo que vai além da destruição
presente (época de Jeremias) de Jerusalém, para um Dia em um futuro distante. E
todas as nações serão envolvidas (ver Is 2:12-21; Jl 2:11; Am 5:18-20). A
passagem termina chamando esse momento histórico de “tempo de angústia
para Jacó”, mas proclamando que ele será salvo dela.
O que vem a ser esta angústia de Jacó? É a grande tribulação que haverá de
recair sobre o povo judeu (cf Is 2:12; Ez 30:3; Dn 9:27; Jl 1:25; Zc
14:1-8,12-15; Mt 24:21). No meio dessa grande tribulação, “Jacó” (um
remanescente de Israel e Judá) será salvo (30:10); será liberto dos seus opressores
(30:8) para servir a Jesus Cristo (30:9), o descendente de Davi (cf Os 3:5; Ez
37:24,25). A “angústia de Jacó” terminará por ocasião da vinda de Cristo (o
Messias) para estabelecer o seu reino na Terra (Ap 19:11-21; 20:4-6).
Finalmente, Israel ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize (cf
30:10,11).
Entendendo melhor a Grande Tribulação. Após o arrebatamento, Israel e o
Mundo estarão aqui na Terra, padecendo no Grande e Terrível “Dia do Senhor”. A
Terra estará entregue ao domínio de Satanás e governado por “seu ungido”, o
Anticristo. Conforme a Profecia de Daniel sobre a última das setenta semanas
(Daniel 9:27), o governo do Anticristo será dividido em duas etapas iguais, de
três anos e meio cada. Na primeira etapa haverá, em toda a Terra, uma falsa
paz, e, na segunda etapa haverá a Grande Tribulação, que terá alcance mundial,
porém, a Nação e o Território de Israel serão o alvo principal de Satanás e do
Anticristo.
Assim, será, que, no final da Grande Tribulação, com o propósito de acabar, de
vez, com o povo de Deus, o Anticristo arregimentará, dentre todas as Nações, o
maior exército de todos os tempos, em número de soldados, e em capacidade
bélica. O próprio Anticristo será o seu comandante. Com este gigantesco e
poderosíssimo exército no Território de Israel, com Jerusalém totalmente
cercada, poderia considerar o fim para o povo de Deus. Não haverá qualquer
possibilidade de salvação. Porém, quando o Anticristo for desferir o “golpe de
misericórdia”, “então verão vir o Filho do Homem numa nuvem com poder e grande glória”
(Lc 21:28). Será o Dia da Revelação do Senhor, e Jesus virá para salvar e
libertar Israel. João descreve este evento em Ap 19:11-21. Travar-se-á a Grande
Batalha do Armagedom, no qual o exército do Anticristo será totalmente
dizimado. O Anticristo e o Falso Profeta serão “... lançados vivos no ardente
lago de fogo e enxofre” (Ap 19:20). Satanás será preso por mil anos. As Nações,
vivas, serão julgadas. Israel reconhecerá e receberá o Senhor Jesus como
Messias, e depois será implantado o Milênio – O Reino do Messias.
Israel no Milênio. Israel ocupará todo o território bíblico prometido
por Deus a Abraão – Do Nilo ao Eufrates; do mediterrâneo ao deserto. Jerusalém
será a capital do mundo, e a nação de Israel será a nação mais importante da
Terra – “E virão muitos povos, e dirão: vinde e subamos ao monte do Senhor, à
casa de Deus de Jacó; para que nos ensine o que concerne aos seus caminhos, e
andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra
do Senhor” (Is 2:3).
III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL
Israel, que foi criado e
formado por Deus, a partir da chamada de Abraão (Gn.12:2), será restabelecido,
pois Deus prometeu que Israel seria sua propriedade peculiar e uma nação santa,
que duraria para sempre (Ex.19:5,6; 2Sm.7:10). Jeremias, também, sabia que o
Senhor resgataria o seu povo do exílio, mesmo que as circunstâncias do momento
pregassem ao contrário. Ele profetiza: "Não temas, pois, tu, meu
servo Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei
das terras de longe, e a tua descendência, da terra do seu cativeiro; e Jacó
tornará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize"
(Jr 30.10).
Israel é como o relógio de Deus a revelar “o horário” em que nos encontramos
dentro da presente dispensação da graça (Ef 3:2). Particularmente, o retorno
dos Judeus à sua pátria, depois de quase vinte séculos, constitui um
extraordinário sinal de que estamos vivendo no “tempo do fim”, nos dias que
antecedem a volta em glória do Senhor Jesus Cristo. Ele ainda nos adverte:
“Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as
vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima” (Lc. 21:28).
Vejamos como esta profecia começou a ser cumprida:
1. A volta de Israel à sua terra. “Porque eis que dias vêm, diz o
Senhor, em que farei tornar do cativeiro o meu povo de Israel e de Judá, diz o
Senhor; e torná-los-ei a trazer à terra que dei a seus pais, e a possuirão” (Jr
30:3). Jeremias profetiza que os exilados voltariam à sua pátria e possuiriam a
terra prometida. A promessa foi feita tanto ao Reino do Norte (Israel, que fora
dispersa em 722 a.C, quando os assírios levaram cativos as dez tribos de
Israel) quanto ao Reino do Sul (Judá). “Segundo se especula, as dez tribos
perderam a sua identidade, misturando-se aos povos de sua dispersão. A profecia
de Ezequiel, porém, diz o contrário: todas as tribos, inclusive a de Dã,
voltarão à terra de promissões onde recuperarão sua formosa herança” (Ez
48:1,2,32).
2. O restabelecimento do Estado de Israel. Deus já havia predito,
desde a época de Moisés, que se Israel não O obedecesse, seria disperso entre
todas as nações (Dt 28:15,34). O próprio Jesus profetizara que Israel seria
disperso entre todas as nações da terra e que cairia à espada. Isto ocorreu no
ano 70 d.C, quando o exército do general Tito cercou Jerusalém matando milhares
de pessoas, e os que escaparam estiveram cativos entre as várias nações da
terra. O Senhor também predisse que tornaria a congregar o seu povo,
transferindo-o de entre as nações da terra para a sua terra de origem (Dt.
30:3; Is 11:11-16; Ez 36,8,24; 37:11,12; 38:8).
O Retorno: A criação da primeira colônia judia em 1882, nas
proximidades de Jaffa, marcou o início da imigração de Judeus para a região - “Então o Senhor teu Deus te fará voltar do teu cativeiro
e se apiedará de ti; e tornará a ajuntar-te dentre todas as nações entre as
quais te espalhou o Senhor teu Deus” (Dt 30.3). Em 1923, quase vinte séculos
depois da diáspora (dispersão dos Judeus), milhares de famílias judaicas
começam a retornar à região, que após o domínio turco, se tornara protetorado
inglês, desde 1922. É o cumprimento da profecia que diz: “... Eis que eu
tomarei os filhos de Israel de entre as nações, para onde eles foram, e os
congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra” (Ez 37:21); “E removerei o cativeiro do meu povo Israel, e
reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, e plantarão vinhas, e
beberão o seu vinho e farão pomares, e lhes comerão o fruto. E os plantarei na
sua terra, e não serão mais arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor
teu Deus” (Amós 9:14,15).
A Restauração: Em 14 de maio de 1948, quando os ingleses deixaram a
região, os Judeus, apoiados pelos Estados Unidos, proclamaram oficialmente o
novo Estado de Israel, em cumprimento à profecia bíblica de Isaías, que diz: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas
semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma
nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos”
(Isaías 66:8). Entretanto, os árabes em hipótese nenhuma concordaram com a
restauração de Israel. A intenção deles, muitas vezes reafirmada, é a de
expulsar os Judeus e riscar Israel do mapa. Nesse sentido foram travadas cinco
grandes guerras: em 1948, a Guerra da Independência; em 1956, a Guerra de Suez;
em 1967, a Guerra dos Seis Dias; em 1973, a Guerra do Yom Kippur; e, em 1982, a
Guerra do Líbano. Em todos esses embates, as forças judaicas têm saído
vencedoras, porque o Senhor dos Exércitos está ao seu lado. Nunca se intimidou
com as inúmeras ameaças de um povo hostil que os cerca de todos os lados.
As espetaculares vitórias dos Judeus sobre seus inimigos têm sido um assombro
para o mundo. Quando em junho de 1967, os árabes, liderados pelo ditador
egípcio Gamal Abdel Nasser, planejaram e tentaram a destruição do Estado
Judaico, foram seis dias de medo e apreensão em todo o mundo, de terrível
surpresa e humilhação para os invasores e de grandes e inesquecíveis glórias
para a jovem nação israelense. Os soldados Judeus enfrentaram heroicamente os
inimigos, destroçaram por completo seu moderníssimo arsenal bélico e ampliaram,
para quase quatro vezes mais o território de seu país. Muitos indagam: como
pode um país tão pequeno prevalecer sobre seus inimigos (Israel para os árabes
está na proporção do Sergipe para o Brasil)? Nenhuma resposta fora da Bíblia Sagrada
pode satisfazer plenamente a razão humana: “E o Senhor te porá por cabeça e não
por cauda” (Dt 28:13); “E os plantarei na sua terra, e não serão mais
arrancados da sua terra que lhes dei, diz o Senhor teu Deus” (Amós 9:15).
Verdadeiramente Deus interveio em defesa da minúscula nação israelense.
Israel, hoje, é indestrutível, porque Deus é o seu protetor. As nações deveriam
prestar atenção àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho
Israel" e como Ele o protege: "Porque aquele que tocar em vós toca na
menina do seu olho" (Zc 2:8b).
“Um dia, alguém que odiava os judeus perguntou a um velho judeu: "O que
você pensa que acontecerá com o seu povo se nós continuarmos perseguindo
vocês?”. O judeu respondeu:” haverá um novo feriado para nós!". "O
que você quer dizer com isso?", perguntou o outro, "como vocês podem
ter um novo feriado se continuarmos perseguindo vocês?".
O velho judeu disse: "Veja bem, Faraó quis nos exterminar e nós recebemos
um feriado: a Páscoa! Hamã quis enforcar Mordecai e exterminar todos os judeus
e nós recebemos um novo feriado: Purim! Antioco, o rei da Síria, quis
exterminar os judeus; ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo e Israel
recebeu outro feriado: Hanucah! Hitler quis nos exterminar e nós recebemos mais
um feriado: Yom Ha’atzmaut - o Dia da Independência! Os jordanianos ocuparam
Jerusalém Oriental durante 19 anos, impedindo-nos de orar no Muro das
Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos soldados libertaram Jerusalém
Oriental; desde então, festejamos anualmente o Yom Yerushalaym - o Dia de
Jerusalém! E caso continuarem nos perseguindo, receberemos mais feriados da
parte de Deus! E o velho judeu tem razão!” (revista
Notícias de Israel, julho de 1998).
3. A retomada de Jerusalém. Jerusalém foi destruída, pela
primeira vez, em 586 a.C por Nabucodonozor. Esta é considerada a data inaugural
em que Jerusalém não seria dominada, de forma plena, pelos Judeus, mas seria
pisada pelos gentios. E Jesus afirmou que Jerusalém seria pisada até que se
completem os tempos dos gentios (ver Lc 21:24). No entanto, Deus começou a
reverter tal situação em junho de 1967, quando os exércitos israelenses
retomaram o lado oriental da Cidade Santa. Em 1980, o então primeiro-ministro
Menachen Begin proclamou Jerusalém como a capital una e indivisível de Israel.
Mas, não foi tão fácil.
Os
inimigos de Israel procuraram com toda veemência impedir isso.
Após o renascimento de Israel como nação soberana, os árabes lançaram
sucessivas ondas de terror sobre o bairro judaico de Jerusalém. Os Judeus
passaram a viver dias de tensão e medo. Apesar da estrondosa vitória obtida na
ONU, obtendo o direito de voltar à sua terra natal, continuavam peregrinos em
sua própria terra, estrangeiros no próprio solo. No dia 28 de maio de 1948, os
árabes invadem o setor hebreu de Jerusalém e tomam a cidade, não permitindo, a
partir daí, o acesso dos judeus ao Muro das Lamentações, na velha Jerusalém.
Assim, os Judeus são obrigados a ficarem distantes de seu santuário maior. Em
maio de 1967, o presidente do Egito, Gama Abdel Nasser, faz a seguinte
declaração:” Nosso objetivo básico é destruir Israel”. E na segunda quinzena de
maio do mesmo ano ele começa a arquitetar-se a fim de concretizar o seu
intento. Nasser assina um acordo militar com a Jordânia e o Iraque. Ao mesmo
tempo, tropas argelianas, marroquinas, kuaitianas e sauditas unem-se aos
exércitos egípcios e sírios.
“No dia seis de junho de 1967, Israel reage. Em menos de uma semana, os
soldados israelenses, comandados pelo general Ytzark Rabin, conquistam toda a
península do Sinai até o Canal de Suez. Com a mesma eficiência, tomam a
Cisjordânia e as colinas de Golan. E, no auge dos combates, reconquistaram
Jerusalém. Os árabes sofrem enormes prejuízos. Na chamada guerra relâmpago,
tombam dez mil soldados egípcios, quinze mil jordanianos e milhares de sírios,
iraquianos, marroquinos, kwaitianos, etc. As perdas materiais dos mulçumanos
também foram vultosas: quatrocentos aviões egípcios destruídos, além de outros
equipamentos militares. Os prejuízos árabes foram calculados em mais de um
bilhão de dólares. Todos, na verdade, esperavam a destruição de Israel, mas o
Altíssimo saiu em defesa de seu povo. Da esperada derrota, brotou um dos mais
espetaculares triunfos da nação judaica. Até o que não esperavam, os israelitas
conseguiram: a posse definitiva da Cidade Santa” (Extraído do Livro: Jerusalém,
3000 anos de história, editado pelaCPAD).
CONCLUSÃO
Os que confiam em Deus jamais serão subvertidos pelas crises e dificuldades;
pois é justamente em meio às crises que brota a esperança. O profeta Jeremias,
que predisse com tanta certeza a queda de Jerusalém e Judá, com igual certeza
predisse a sua volta do exílio e a inauguração de uma nova e bem-sucedida
aliança no futuro, efetivada na última santa ceia, quando Jesus declara: “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo:
Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc
22:20).
Quando o crente é convicto de sua fé ele não titubeia, mas põe a sua confiança,
a sua esperança só em Deus. Ele é o que nos inspira a esperança mesmo onde não
mais há esperança. Paulo disse perante o governador Félix: “tendo esperança em
Deus, como estes mesmos também esperam, de que há de haver ressurreição tanto
dos justos como dos injustos”. É isso, só os que crêem em Jesus Cristo como o
Único Provedor de nossa salvação pode dizer isso que Paulo disse. Um dia todos
nós morreremos, caso o Senhor Jesus não venha antes disse, mas temos a
esperança de que ressuscitaremos e viveremos com ele para sempre – é sem dúvida
a nossa maior esperança.
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