segunda-feira, 30 de setembro de 2024

SEPULCROS CAIADOS - VIVENDO A VERDADE

 


SEPULCRO CAIADO – VIVENDO A VERDADE

MATEUS: 23 SEPULCROS CAIADO -

19-Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta?

20-Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo quanto sobre ele está;

21-E quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;

22-E quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está assentado.

23-Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.

24-Guias cegos! que coais um mosquito, e engolir um camelo.

25-Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança.

26-Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo.

27-Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia.

28-Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.

 A denúncia dos fariseus (23.1-39. Mc 12.38-40; Lc 20.45-47).

Na cadeira de Moisés (2). Sinônimo da autoridade de Moisés. Observai pois... o que vos disserem (3). Em consideração das censuras que se seguem, é patente que o Senhor se refere às coisas lícitas. Muito depende do sentido em que ocupam a cadeira de Moisés. Não se pode incluir, por exemplo, a tradição dos anciãos, condenada em 15.1-20. Como o texto revela, o pecado dos fariseus consistia mais em suas práticas más do que nos seus ensinamentos, visto que eles mesmos não praticavam o que pregavam. Alargam as franjas dos seus vestidos (5). A franja era um amuleto que consistia numa fita de pergaminho em que foram inscritos certos trechos do Pentateuco. A franja era enrolada e colocada dentro de um pequeno cilindro de metal, levado num estojo quadrado, de couro. Os judeus prendiam esses estojos à testa e no dorso da mão direita, com correias, como interpretação literalíssima de Dt 6.8-9. Normalmente eram usados somente durante a oração, mas parece que os fariseus os usavam sempre com muita ostentação. Alargam as franjas (5). Usavam tais franjas em obediência a Nm 15.38-39.

Rabi (7-8) - gr. Rabbei, que significa literalmente do hebraico «meu professor». Mestre (8), isto é, professor. O Cristo, omitido nos melhores textos, provavelmente uma glosa.

A ninguém chameis vosso Pai (9), isto é, no sentido espiritual. Este mandamento condena o uso da palavra Padre, com referência ao Clero ou Capelão. Mestres (10) - gr. kathegetai, lit. guias ou dirigentes - professores. Servo (11) - gr. diakonos, ministro ou servidor. Os vers. 10,12 são muito típicos dos ensinos de Nosso Senhor. Cfr. Lc 14.11; 18.14.

Fechais aos homens o reino dos céus (13). Dificultavam o progresso do pecador em busca do arrependimento e conversão. Devorais as casas das viúvas (14). Extorquiam dinheiro dos indefesos, de forma que estes contraíam dívidas embaraçosas, enquanto eles mesmos exibiam sua religião. Mais rigoroso juízo (14). Frase omitida nos melhores textos. Prosélito (15). Os judeus reconheciam duas classes de prosélitos: os que aceitavam os chamados sete preceitos de Noé e os que se submetiam à circuncisão, tornando-se, pela religião, autênticos judeus.

               Os vers. 16,22 ilustram bem os sofismas dos fariseus quanto aos juramentos. Templo (16) - gr. nãos, «santuário». O Senhor ensina que todos os juramentos são de igual valor e que ninguém pode fugir das consequências perante Deus, sob os pretextos citados neste versículo.

               Dizimais (23). Pela lei mosaica, a décima parte de toda a produção devia ser dada para uso dos sacerdotes e levitas. Ver Lv 27.30. Diversas qualidades da hortelã crescem na Palestina Endro, gr. anethon, planta da Palestina que nasce sem cultivo, cuja fruta é usada na medicina. A semente do cominho tinha valor como especiaria. Os fariseus observavam minuciosamente a lei a respeito dessas coisinhas e se esqueciam por completo dos preceitos mais importantes.

               Coais um mosquito (24). Os judeus coavam vinho antes de o tomar, a fim de evitar qualquer contato com coisas imundas. O interior está cheio de rapina e de iniquidade. Os fariseus viviam do que extorquiam de outrem.

               Sepulcros caiados (27). Desde que qualquer contato com um cadáver produzia imundície na pessoa, conforme a lei de Moisés, era costume caiar os sepulcros para serem bem visíveis e assim evitar qualquer contato com os mesmos. Condenação do Inferno (33). Seriam considerados dignos do Geena. (Na Bíblia, Geena é o nome do vale de Hinom, localizado fora das muralhas de Jerusalém, que era usado como depósito de lixo e cadáveres. Jesus utilizou este vale como símbolo da destruição eterna.)

               Para que sobre vós caia (35). A geração à qual estas palavras foram dirigidas representa o auge na história pecaminosa da nação, começando com o assassínio de Abel, por seu irmão Caim (ver Gn 4 e Hb 11.4) e continuando até a morte de Zacarias, filho de Baraquias. Em 2Cr 24.20-21 lemos a narrativa do homicídio de Zacarias, filho de Jeoiada, «no pátio da casa do Senhor». Sabemos que os livros de Crônicas encerram o Cânon Hebraico do Velho Testamento. Então, se este é o incidente ao qual o Senhor alude, a menção de Abel e Zacarias pode ser considerada como uma referência a todo o Velho Testamento. É problema que o Zacarias que foi morto em 2Cr 24, não era filho de Baraquias. O Zacarias em apreço era o profeta (Zc 1.1). Este viveu depois do cativeiro, na época que encerra a história do Velho Testamento. Contudo, não há tradição nem evidência de que fosse assassinado. Outra possibilidade é que este Zacarias é idêntico ao Zacarias, filho de Jeberequias, mencionado em Is 8.2. Deste último não há outros dados. Este trecho de Mateus é também incluído no Evangelho de Lucas (11.49-51).

               Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta (38). Referência a 1Rs 9.7-8; Jr 12.7; 22.5. Aqui o Senhor prediz a destruição do templo. O ministério do Senhor aos judeus termina com o vers. 39, que prenuncia sua morte, ressurreição e ascensão à presença do Pai. Dali em diante Ele seria conhecido somente pelo novo nascimento. Bendito o que vem... (39). Estas palavras são tiradas dos LXX do Sl 118.26.

 

Carta à Igreja de Laodiceia

14 “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreva:

“Estas são as palavras do Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o soberano da criação de Deus. 15 Conheço as suas obras, sei que você não é frio nem quente. Melhor seria que você fosse frio ou quente! 16 Assim, porque você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca. 17 Você diz: ‘Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada’. Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego, e que está nu. 18 Dou-lhe este conselho: Compre de mim ouro refinado no fogo, e você se tornará rico; compre roupas brancas e vista-se para cobrir a sua vergonhosa nudez; e compre colírio para ungir os seus olhos e poder enxergar.

 

Carta à Igreja de Sardes

“Ao anjo da igreja em Sardes escreva:

“Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto. Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer, pois não achei suas obras perfeitas aos olhos do meu Deus. Lembre-se, portanto, do que você recebeu e ouviu; obedeça e arrependa-se. Mas se você não estiver atento, virei como um ladrão e você não saberá a que hora virei contra você.

“No entanto, você tem aí em Sardes uns poucos que não contaminaram as suas vestes. Eles andarão comigo, vestidos de branco, pois são dignos. O vencedor será igualmente vestido de branco. Jamais apagarei o seu nome do livro da vida, mas o reconhecerei diante do meu Pai e dos seus anjos. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

 

O Sepulcro Caiado: Uma Metáfora da Hipocrisia

Mateus 23:27 é um versículo bastante conhecido e carregado de significado, especialmente no contexto da crítica de Jesus aos escribas e fariseus. A metáfora do "sepulcro caiado" é utilizada por Jesus para denunciar a hipocrisia religiosa de seu tempo.

O que significa?

  • Sepulcro: Representa a morte e a decomposição.
  • Caiado: Significa coberto com cal, dando uma aparência externamente bela e limpa.
  • Hipocrisia: A ação de fingir qualidades que não se possui, de apresentar uma imagem falsa.

A crítica de Jesus

Ao comparar os escribas e fariseus a sepulcros caiados, Jesus está revelando que, por fora, eles aparentavam ser justos, piedosos e santos. Seus rituais, suas orações e suas aparências religiosas eram impecáveis. No entanto, por dentro, estavam cheios de "ossos de mortos e de toda imundícia", ou seja, de pecados, corrupção e falta de autenticidade.

O que podemos aprender com isso?

  • A importância da sinceridade: A fé verdadeira não se resume a práticas religiosas externas, mas a um relacionamento genuíno com Deus.
  • O perigo da hipocrisia: A hipocrisia não agrada a Deus e pode levar à condenação espiritual.
  • A necessidade de autoexame: Devemos constantemente examinar nossos corações e nossas vidas à luz da Palavra de Deus, buscando eliminar qualquer forma de hipocrisia.

Em resumo

A metáfora do sepulcro caiado é um poderoso lembrete de que a religião verdadeira não é sobre aparências, mas sobre o coração. Jesus nos convida a sermos autênticos, sinceros e a vivermos de acordo com os princípios do Reino de Deus.

Resumo do Estudo do Sepulcro Caiado em Mateus 23

A Metáfora do Sepulcro Caiado

Em Mateus 23, Jesus dirige uma crítica severa aos escribas e fariseus, líderes religiosos de seu tempo. Ele os compara a sepulcros caiados, ou seja, túmulos pintados de branco que aparentam estar limpos e bonitos por fora, mas que por dentro estão repletos de ossos e podridão.

O Significado da Metáfora

Essa imagem vívida serve como uma metáfora para a hipocrisia e a falsidade que Jesus via nesses líderes religiosos. Por fora, eles demonstravam uma piedade exemplar, cumprindo rigorosamente as leis e os costumes religiosos. No entanto, por dentro, seus corações estavam corrompidos pela hipocrisia, pelo orgulho e pela falta de amor ao próximo.

O que Jesus Queria Dizer

Com essa metáfora, Jesus queria alertar sobre o perigo da religiosidade externa, sem que haja uma transformação interior. Ele destaca que a verdadeira espiritualidade não se resume a cumprir ritos e tradições, mas a ter um coração puro e a viver uma vida de acordo com os ensinamentos de Deus.

Aplicações para Hoje

Essa passagem continua sendo relevante para os cristãos de hoje. Ela nos convida a:

  • Examinar nossos corações: É fácil fingir piedade e religiosidade, mas a verdadeira espiritualidade exige um exame profundo de nossos pensamentos, sentimentos e ações.
  • Buscar a sinceridade: Devemos buscar uma relação autêntica com Deus, livre de hipocrisia e fingimento.
  • Viver a fé: A fé não é apenas uma crença, mas uma forma de vida que se manifesta em nossas ações e atitudes.

Em resumo, o estudo do sepulcro caiado em Mateus 23 nos ensina a importância da sinceridade e da autenticidade na vida espiritual. Ele nos alerta sobre o perigo da religiosidade externa e nos convida a buscar uma transformação interior profunda.

Palavras-chave: Mateus 23, sepulcro caiado, hipocrisia, religiosidade, transformação interior, sinceridade, autenticidade.

 

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